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Disputa de Autores (Segunda Fase)

Escolha os [SIZE=6][COLOR="#FF0000"][B]DOIS[/B][/COLOR][/SIZE] melhores!


  • Total de votantes
    17
  • Votação encerrada .
Mais um voto e Lima Barreto empata. Ui! Vamos votar, pessoas. 13 votos ainda é tãããããooo pouco!
 
Mas e a influência desses caras na cultura e na arte, como fica? tsc tsc
Albert Camus influenciou largamente a literatura predecessora, colocado como um bastião da resistência ao totalitarismo, como símbolo do espírito obcecado pela ânsia de decifrar a todo custo, como modelo de defensor do direitos humanos, através de opiniões jornalísticas e conferências.
Em acréscimo influenciou também as artes, com destaque nesse post para a música.


Para começar, a inspiração mais óbvia, a canção "Kiling an Arab" da banda britânica The Cure. Curiosamente, esse foi o primeiro single em 1978 da banda formada em 1976, e angariou críticas de racismo (matando um árabe), quando, na verdade, faz referência ao romance "O Estrangeiro" de Albert Camus. Romance esse, onde o acontecimento central do livro é o assassinato de um árabe desconhecido pelo protagonista. Um assassinato banal e sem motivo, no qual o personagem dirá que foi por conta do sol em seus olhos.

Kiling an Arab (The Cure):


Letra:
I'm Standing on a beach
With a gun in my hand
Staring at the sky
Staring at the sand
Staring down the barrel
At the arab on the ground
See his open mouth
But hear no sound

I'm alive
I'm dead
I'm the stranger
Killing an arab

I can turn and walk away
Or I can fire the gun
Staring at the sky
Staring at the sun
Whichever I choose
It amounts to the same

Absolutely nothing

I'm alive
I'm dead
I'm the stranger
Killing an arab

Feel the steel butt jump
Smooth in my hand
Staring at the sea
Staring at the sand
Staring at myself
Reflected in the eyes of
The dead man on the beach

The dead man on the beach

I'm alive
I'm dead
I'm the stranger
Killing an arab

Outra influência musical é a canção "Albert Camus", da banda de punk rock "Titus Andronicus", no seu álbum de estreia "The Airing of Grievances" de 2007.


Letra no fansite: http://titusandronic.us/albert-camus
Que também tem várias músicas para ouvir.



Mas nem só de bandas estrangeiras se observa os músicos leitores e fãs de Albert Camus. A banda brasileira "Engenheiros do Hawaii" tem o álbum "Revolta dos Dândis" de 1987 fortemente inspirado em Albert Camus e Jean-Paul Sartre. A começar pelo título do álbum que é também o nome de um dos capítulos do livro "O Homem Revoltado" de Camus.

Mais um fato curioso, esse álbum começou a polêmica da banda com a crítica, pois passaram a ser acusados de elitistas e, inversão total das obras dos homens aos quais serviram de inspiração no álbum, de fascistas.

Sobre o caso, integrantes da banda comentaram:

Humberto Gessinger disse:
"Às vezes, a citação não precisa ser entendida. No mundo de hoje não tem diferença entre Albert Camus e Mike Tyson. São dois produtos de consumo. Eu saboreio Camus como saboreio Mike Tyson. A maioria do povo brasileiro entende mais de existencialismo do que de boxe. Cito Camus porque está mais próximo de mim. Acho que as pessoas entendem o que é 'dândi', pelo menos tanto quanto eu. A "obra aberta" possibilita que uma música seja entendida em todos os níveis. Os Titãs conseguem isso. Caetano, o mais genial de todos, não consegue. Talvez nem a gente consiga. A nível de "intelectuália" citar Camus é kitsch e demodé. Pra agradar a crítica eu citaria Levi Strauss na baía de Guanabara".

Carlos Maltz disse:
"Fascista não é fazer citações pretensamente intelectuais, mas deixar de fazer por julgar que as pessoas não vão entender. Isso é intelectual e elitista".

Fonte: Engenheiros Do Hawaii http://whiplash.net/materias/biografias/038524-engenheirosdohawaii.html#ixzz2M8Rg7DDp

Em especial a música título do álbum faz referências óbvias à obra camusiana.

Revolta dos Dândis I (Engenheiros do Hawaii):


Letra:
Entre um rosto e um retrato, o real e o abstrato
Entre a loucura e a lucidez,
Entre o uniforme e a nudez
Entre o fim do mundo e o fim do mês
Entre a verdade e o rock inglês
Entre os outros e vocês

Eu me sinto um estrangeiro
Passageiro de algum trem
Que não passa por aqui
Que não passa de ilusão

Entre mortos e feridos, entre gritos e gemidos,
(a mentira e a verdade, a solidão e a cidade)
Entre um copo e outro da mesma bebida
Entre tantos corpos com a mesma ferida

Eu me sinto um estrangeiro
Passageiro de algum trem
Que não passa por aqui
Que não passa de ilusão

Entre americanos e soviéticos, gregos e troianos
Entra ano e sai ano, sempre os mesmos planos
Entre a minha boca e a tua, há tanto tempo, há tantos planos
Mas eu nunca sei pra onde vamos

Eu me sinto um estrangeiro
Passageiro de algum trem
Que não passa por aqui
Que não passa de ilusão
 
Última edição por um moderador:
Não tenho dúvida que o Camus é excelente autor Kainof. Eu mesmo só não votei porque nunca li nada dele (ainda). E amo de paixão o Gabriel e o Dostoiévski.

Como estou de saco cheio desse avatar, vou usar como avatar a foto do vencedor por uma semana, enquanto procuro um. Não que isso seja grande coisa, mas... :hihihi:
 
foto-2012-02-22-03-46-41-Saraiva-Blipou.jpg


Nestas últimas horas de votação, gostaria de mencionar um livro do qual gostei muito e que tem relação com o nosso autor russo; trata-se de Meu Marido Dostoiévski, escrito por Anna Grigorevna Snitkina Dostoevskaia, segunda esposa do escritor. Aqui ela relata seus 14 anos de vida em comum com Dostoiévski. Achei um belo livro, escrito por alguém que reverencia e idolatra o personagem principal.

Annagrigdost.jpg


Anna é apaixonada por seu marido do início ao fim da obra, e traz uma visão diferente das outras, pois o vemos por um ângulo familiar e pessoal, ou seja, suas relações com os amigos, parentes e filhos.

Com esse livro podemos verificar como foi feita cada obra de Dostoiévski, de que forma foi pensada e em que circunstâncias de vida ela aconteceu.

Além disso, conhecer a vida conjugal daquele tempo, tentar entender a forma como as mulheres lidavam com sua família e filhos naquela época é, sem dúvida, uma viagem pelo túnel do tempo.

Ler Meu Marido Dostoiévski vale a pena.
 
Última edição:
Justiça seja feita, o Anderson votou no Lima Barreto por engano, já que anunciou Dostoiévski. O Spartaco tá na frente.
 
Mas a enquete não pode ser editada. Teve gente que votou só em um candidato.
 
Existe a opção de anular os votos de quem não votou em 2 autores... mas quem manda aqui é a Clara :g:
 
Justiça seja feita, o Anderson votou no Lima Barreto por engano, já que anunciou Dostoiévski. O Spartaco tá na frente.

Obrigado Cantona pela sua honestidade e vontade de jogar limpo. No entanto, quem deve decidir o cômputo do voto do Andreson é a moderação, leia-se Clara, acho eu.
 
Essas enquetes acabam com os meus nervos. Terminou empatada e agora?
 
É assim, pessoal.
O que vale é o voto dado, não quem a pessoa disse que votou, né? =/
(E isso foi praga da Lynoka, que queria os votantes ocultos. :lol: )

Mas enfim, resolvendo a pendenga, vamos às regras:

Segunda Fase

1. A 2ª Fase dessa competição será pontos corridos de todos contra todos, a enquete será de múltipla escolha e cada pessoa poderá votar em dois candidatos.

2. Se houver empate nessa competição, será vencedor o que foi indicado primeiro na Primeira Fase.

Na Primeira Fase o Spartaco indicou Dostoiévski antes de o Cantona indicar o Lima, sendo assim, a Fase Final será entre PP EXG GG Marques vs. Dostoiévski. :yep:
 

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