Psyche
Usuário
Acabo de descobrir que estou viciada, mas acho que ainda é cedo pra procurar um grupo de apoio.
Depois de ter assistido CLOSER e ter ouvido a música tema (The Blower´s Daughter) até ter sinais concretos de que o meu cérebro havia começado a derreter eu decidi ouvir o álbum do Damien Rice, e acho que as coisas até pioraram um pouco. A música do bardo irlandês me conquistou completa e inteiramente.
Colei um artigo sobre Damien Rice e seu último cd “O”
(acho que a minha opinião sobre eles seria por demais passional)
Damien está de volta
Novo CD do cantor irlandês Damien Rice acaba de ser lançado no País pela Warner. Na mercado britânico, o trabalho está na oitava posição entre os mais vendidos [12 Maio 19h12min 2005]
Levou mais de três anos, mas finalmente chegou. O, disco de estréia do cantor e compositor irlandês Damien Rice, acaba de ser lançado no Brasil pela Warner, e, ainda que tardio, corre o risco de ser ''o'' disco de 2005.
Puxado pela música-tema de ''Closer - Perto Demais Closer'' - Perto Demais, filme de Mike Nichols, O foi lançado em fevereiro de 2002 no mercado britânico e em janeiro deste ano continuava na oitava posição entre os mais vendidos do reino.
''The Blower's Daughter'', que é tocada integralmente na abertura e no final da produção mais recente do diretor alemão, provocou nele uma reação parecida à de quando, em 1967, ''descobriu'' uma certa dupla Simon & Garfunkel e resolveu incluí-la em ''A Primeira Noite de um Homem''.
Dos versos inesquecíveis para quem viu o filme ou ouviu a música -''Eu não consigo tirar os olhos de você'' - nasceu também o slogan de ''Closer'': ''Se você acredita em amor à primeira vista, nunca vai parar de procurar''.
Em entrevista a um jornal americano, Jude Law, um dos atores do filme, revelou que a música de Rice foi ''contratada'' por Nichols antes das estrelas do elenco.
E não é para menos. Com a voz e o violão de um Nick Drake ou Leonard Cohen contemporâneo, "The Blower's Daughter" é só a ponta do iceberg de um dos mais sinceros e doídos discos de estréia de que se tem notícia -feito que o geninho Beck levou oito anos e sete álbuns para atingir com o subestimado ''Sea Change'' (2002).
Gravado praticamente todo em um porta-estúdio caseiro, O junta os dedilhados intimistas do cantor com arranjos de violoncelo e violino e, como cereja do bolo, a voz adocicada de Lisa Hannigan. E tome sofrimento:
''Um brinde a você e ao seu amorzinho / Eu tenho anos para esperar por você / E os sinos do seu casamento em meus ouvidos / Você me deu três cigarros para fumar as minhas lágrimas'', canta, com a voz embriagada, piano ao fundo, em ''Cheer’s Darlin’ ''.
''Cold Water'', talvez a mais triste de todo o disco - o que não é pouco - abre com os lamentos de Rice agonizando à beira da morte ("Tudo o que tenho é a sua mão / Senhor, você pode me ouvir agora?"). A agonia é logo interrompida quando a voz angelical de Lisa assume o dueto e, mais tarde, quando a canção é tomada por um coral de canto gregoriano. Soturno, não caricato.
Ao longo das dez faixas de "O", a poesia do bardo irlandês, que, como seu conterrâneo Bono, não dispensa uma luta pelos direitos humanos em Mianmar, Irã e onde seja necessário, visita o drama de casais de jovens namorados às voltas com um amor impossível ("Delicate"); as circunstâncias de uma separação ("Volcano"); e o medo da perda ("Cannonball").
Mas ao mesmo tempo em que abrem as portas para o desespero, as composições de Rice trazem embutidas a possibilidade de redenção catártica pelas cordas -de orquestra, em "Amie" e "Eskimo", ou vocais mesmo, como na esgoelada "I Remember", que faz os pêlos do braço levantarem com o volume da música. Pense no radiohead Thom Yorke, em sua melhor forma, cantando o hino indie "Creep"...
Rice tem esse mesmo poder: o de, com as modulações de voz, jogar a instrumentação para cima, para baixo, para todos os lados. E, quando o faz, bem mais que a intensidade física de suas canções, é o coração de quem ouve que é jogado para cima, para baixo, para todos os lados.
O trabalho musical de Damien Rice é extremamente refinado. Soa como o de um grupo clássico, por conta do apoio do violoncelista Vyvienne Long, da cantora Lisa Hannigan e dos percussionistas Shane Fitzsimmons e Tomo. As letras carregam doses de romantismo e algum niilismo, deflagrando a veia poética de bardo irlandês.
Retirado dos endereços
http://www.noolhar.com/opovo/vidaearte/473651.html
http://www.antena1.com.br/content.php?recid=873
Alguém aqui conhece/gosta?
Depois de ter assistido CLOSER e ter ouvido a música tema (The Blower´s Daughter) até ter sinais concretos de que o meu cérebro havia começado a derreter eu decidi ouvir o álbum do Damien Rice, e acho que as coisas até pioraram um pouco. A música do bardo irlandês me conquistou completa e inteiramente.
Colei um artigo sobre Damien Rice e seu último cd “O”
(acho que a minha opinião sobre eles seria por demais passional)
Damien está de volta
Novo CD do cantor irlandês Damien Rice acaba de ser lançado no País pela Warner. Na mercado britânico, o trabalho está na oitava posição entre os mais vendidos [12 Maio 19h12min 2005]
Levou mais de três anos, mas finalmente chegou. O, disco de estréia do cantor e compositor irlandês Damien Rice, acaba de ser lançado no Brasil pela Warner, e, ainda que tardio, corre o risco de ser ''o'' disco de 2005.
Puxado pela música-tema de ''Closer - Perto Demais Closer'' - Perto Demais, filme de Mike Nichols, O foi lançado em fevereiro de 2002 no mercado britânico e em janeiro deste ano continuava na oitava posição entre os mais vendidos do reino.
''The Blower's Daughter'', que é tocada integralmente na abertura e no final da produção mais recente do diretor alemão, provocou nele uma reação parecida à de quando, em 1967, ''descobriu'' uma certa dupla Simon & Garfunkel e resolveu incluí-la em ''A Primeira Noite de um Homem''.
Dos versos inesquecíveis para quem viu o filme ou ouviu a música -''Eu não consigo tirar os olhos de você'' - nasceu também o slogan de ''Closer'': ''Se você acredita em amor à primeira vista, nunca vai parar de procurar''.
Em entrevista a um jornal americano, Jude Law, um dos atores do filme, revelou que a música de Rice foi ''contratada'' por Nichols antes das estrelas do elenco.
E não é para menos. Com a voz e o violão de um Nick Drake ou Leonard Cohen contemporâneo, "The Blower's Daughter" é só a ponta do iceberg de um dos mais sinceros e doídos discos de estréia de que se tem notícia -feito que o geninho Beck levou oito anos e sete álbuns para atingir com o subestimado ''Sea Change'' (2002).
Gravado praticamente todo em um porta-estúdio caseiro, O junta os dedilhados intimistas do cantor com arranjos de violoncelo e violino e, como cereja do bolo, a voz adocicada de Lisa Hannigan. E tome sofrimento:
''Um brinde a você e ao seu amorzinho / Eu tenho anos para esperar por você / E os sinos do seu casamento em meus ouvidos / Você me deu três cigarros para fumar as minhas lágrimas'', canta, com a voz embriagada, piano ao fundo, em ''Cheer’s Darlin’ ''.
''Cold Water'', talvez a mais triste de todo o disco - o que não é pouco - abre com os lamentos de Rice agonizando à beira da morte ("Tudo o que tenho é a sua mão / Senhor, você pode me ouvir agora?"). A agonia é logo interrompida quando a voz angelical de Lisa assume o dueto e, mais tarde, quando a canção é tomada por um coral de canto gregoriano. Soturno, não caricato.
Ao longo das dez faixas de "O", a poesia do bardo irlandês, que, como seu conterrâneo Bono, não dispensa uma luta pelos direitos humanos em Mianmar, Irã e onde seja necessário, visita o drama de casais de jovens namorados às voltas com um amor impossível ("Delicate"); as circunstâncias de uma separação ("Volcano"); e o medo da perda ("Cannonball").
Mas ao mesmo tempo em que abrem as portas para o desespero, as composições de Rice trazem embutidas a possibilidade de redenção catártica pelas cordas -de orquestra, em "Amie" e "Eskimo", ou vocais mesmo, como na esgoelada "I Remember", que faz os pêlos do braço levantarem com o volume da música. Pense no radiohead Thom Yorke, em sua melhor forma, cantando o hino indie "Creep"...
Rice tem esse mesmo poder: o de, com as modulações de voz, jogar a instrumentação para cima, para baixo, para todos os lados. E, quando o faz, bem mais que a intensidade física de suas canções, é o coração de quem ouve que é jogado para cima, para baixo, para todos os lados.
O trabalho musical de Damien Rice é extremamente refinado. Soa como o de um grupo clássico, por conta do apoio do violoncelista Vyvienne Long, da cantora Lisa Hannigan e dos percussionistas Shane Fitzsimmons e Tomo. As letras carregam doses de romantismo e algum niilismo, deflagrando a veia poética de bardo irlandês.
Retirado dos endereços
http://www.noolhar.com/opovo/vidaearte/473651.html
http://www.antena1.com.br/content.php?recid=873
Alguém aqui conhece/gosta?