Finarfin
Li-o porque qui-lo
Comentário da Melian: Sobre a lista da Jhulha, não sei o que é mais impressionante: se o fato de ela nunca ter visto o tópico dos Cinco Livros Favoritos antes de ter sido marcada nele ou se o fato de ela ter preterido Drácula. Brincadeira. Isto é o melhor da lista: não se trata, necessariamente, da qualidade da obra, mas do que a obra nos diz, no momento em que nos colocamos diante dela, no momento em que abrimos o livro e, com um singelo "oi!", esperamos que ele nos dê as respostas de que precisamos. Todos nós temos livros assim, não? Livros que nos marcaram mais pelo momento da leitura do que pelas técnicas narrativas neles empregadas. Não somos nós, também, como os nossos livros favoritos na vida das pessoas que nos têm como suas pessoas favoritas? Não é sobre o tempo que passamos com essas pessoas, é sobre a capacidade de fazermos o tempo valer a pena. E os livros aqui elencados, acredito, fizeram com que a Jhulha se orgulhasse do tempo que passou, e ainda passa, na companhia deles.
Jhulha disse:
Pensei em mil e uma possibilidade de montar essa lista e vários critérios para colocar os livros em um top cinco. Foi difícil, mas resolvi elencar pelos motivos de leitura. Dentre todos os meus favoritos, estes foram os que eu mais reli.
1. O Vampiro Lestat (Anne Rice)
Sim, escolhi esse ao invés de Drácula, explicitamente por causa da temática gótica desse livro, que me deixou apaixonada desde a primeira vez que o li. Na época, eu estava sofrendo de estresse, por causa do vestibular, e toda aquela melancolia da história se tornava um alívio para a pressão da época. Quando releio o livro, sempre tenho a mesma sensação. Pena que Anne perdeu esse estilo em seus demais livros.
2. A Sociedade do Anel (J. R. R. Tolkien)
Minha relação com o livro é puramente emocional. De tempos em tempos, sempre releio o livro, mas não posso dizer o mesmo dos dois que vêm em sequência. Meu apego a esse livro quase o fez virar temática do meu tcc, mas as circunstâncias me levaram a não fazê-lo. Foi por pouco.
3. O Guia do Mochileiro das Galáxias (Douglas Adams)
A sátira da vida cotidiana é o que mais me atrai nos livros do Douglas, e n'O guia é onde isso mais está presente. É tanta crítica que, em meio a tudo, não consigo parar de rir, enquanto tento refletir sobre os acontecimentos do livro. Até hoje não acredito que destruíram um supercomputador, que já estava quase respondendo à pergunta cuja resposta todos desejam saber, para fazerem a estrada, e ninguém nunca chegou a utilizá-la. E o fato de todos ainda estarem olhando para seus relógios de pulso ainda faz muito sentido.
4. História Medieval da Península Ibérica (Adeline Rucquoi)
Meu livro de cabeceira, desde quando eu estava fazendo meu tcc. Provavelmente, é o livro que mais li na vida, e embora ele seja um livro de entrada — para se estudar a Ibéria — eu vivo recorrendo a ele quando preciso renovar, ou acabar com os blackouts de escrita.
5. Daomu Biji (Xu Lei)
Não sou grande fã de livros com a temática de Arqueologia, porque eles sempre me são tão óbvios, que não chego a finalizá-los. Mas como há tanto mistério na caverna cheia de zumbis, na vida do Wu Xie e de vários personagens fica difícil conseguir desgrudar do livro. Eu fiquei aflita por só poder ver o que tem na caverna pelos olhos do protagonista. E como tem vários outros livros em sequência, eu sempre dou uma relida neste, para checar detalhes dos fatos.
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