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Autopsicografia
Bernardo Soares (Fernando Pessoa)
O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.
E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração.
Fernando Pessoa era um homem complicado. Seus heterônimos são assim considerados (ao invés de pseudônimos), visto que além de terem uma vida completa criada, Fernando Pessoa acreditava ser mesmo esses outros nomes. Quando os usava, esquecia-se por completo de quem era, e passava a ser naquele momento Ricardo Reis, Álvaro de Campos, Alberto Caieiro ou Bernardo Soares.
Continue a ler esse artigo no Blog MEIA PALAVRA
Bernardo Soares (Fernando Pessoa)
O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.
E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração.
Fernando Pessoa era um homem complicado. Seus heterônimos são assim considerados (ao invés de pseudônimos), visto que além de terem uma vida completa criada, Fernando Pessoa acreditava ser mesmo esses outros nomes. Quando os usava, esquecia-se por completo de quem era, e passava a ser naquele momento Ricardo Reis, Álvaro de Campos, Alberto Caieiro ou Bernardo Soares.
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