Er...
Eu disse:
Se você quis dizer "(...) sendo Deus definido como o conceito popularmente atribuído à palavra", então estou com vocês.
Tipo, minha posição não mudou, então... não vejo como impactaria. Em nenhum momento discuti sobre minha posição no tocante a "existe ou não Deus".
Já vi muita merda ser jogada no ventilador com relação a religiões e definições e etc, e só por isso entrei aqui. Mas... já que isso entrou em pauta, minhas convicções:
Deus é definido como o conjunto de tudo aquilo que existe, o que quer que seja. Isso inclui o que a ciência conhece
e o que a ciência desconhece. Logo, se a ciência prova que A = B, não há fé no mundo que seja sensata em afirmar que não o é, sem dispor de melhores provas. No entanto, o fato da ciência não se pronunciar sobre um assunto não significa que ele não exista (posição essa contrária a dos céticos, maioria entre os ateus), e portanto creio (e estudo buscando por provas pessoais) que exista um conjunto de coisas que a nossa "ciência" nega por desconhecimento.
A parte de convicção pessoal é "chamo Deus o conjunto daquilo que existe". Daí para a frente é lógica.
1. Se Deus é o conjunto do todo ("meu" postulado), é portanto ambos os conjuntos: o cientificamente provado e o cientificamente não provado. E nada pode existir fora do todo, do contrário o todo não seria o todo. Como Deus foi previamente definido como o todo, logo nada pode existir fora de Deus. Logo, se existe algo, ele é parte do todo, logo parte de Deus. Encurtando: se existe algo, lá está Deus. Logo, Deus está em tudo, portanto
onipresente (porque é lógico afirmar que nada pode existir fora do todo).
2. Se existe algum meio através do qual algo é possível, esse meio faz parte do todo (explicar isso seria me repetir). Se alguma lei é possível, ela é possível no todo, porque existe no todo. Se o todo é Deus, ela é possível em Deus. Logo tudo o que é possível está em Deus. Invertendo a frase, Deus contém tudo o que é possível. Logo, Deus é
onipotente.
3. Se Deus é o todo, isso inclui o ambiente em que vivemos, e as coisas necessárias à nossa sobrevivência, em qualquer sentido que o termo assuma. O "desejável" é, por definição, aquilo que queremos, e vou partir do pressuposto de que todos querem alguma coisa, e logo todos temos um desejável (estou usando o termo "desejável" porque "bem" e "mal" é relativo). A obtenção daquilo que é desejável está condicionada ao meio que nos envolve, em alguma magnitude, mas de qualquer forma está no todo (porque, relembrando, nada pode existir fora do todo, pois do contrário o todo não seria o todo). Consideramos como "bem" aquilo que nos é desejável. Assim, é através do todo que vamos obter o desejável, ou seja, o bem. Se o todo é Deus, logo
todo bem vem de Deus.
4. Assim como o desejável, o indesejável também vem do todo, ou seja, de Deus, porque, afinal, tudo vem do todo (por definição), e o indesejável também faz parte de "tudo". Conhecemos a "ação e reação", logo sabemos que coisas desagradáveis podem vir como reação a alguma ação nossa. Devemos, portanto, antes de agir, nos lembrar que sempre há uma reação, e respeitar isso. Nosso respeito, portanto, vem do temor de receber o indesejável como reação. Para obtermos o desejável e não o indesejável, devemos portanto respeitar as leis (que são a origem das reações) do todo, sabendo e temendo resultados indesejados, e como Deus é o todo, devemos, para tal,
respeitar e temer a Deus.
Repetindo: disso tudo, só a definição de Deus é que é convicção pessoal. O resto é lógica.
E o que eu tinha a dizer sobre o assunto está dito, e é tudo.