Arthen
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Teocracia de Pale
Pale é um reino de tamanho moderado localizado às sombras das Rakers, e limitado pela Phostwood e a Gamboge no oeste. Estas florestas são compartilhadas com o Ducado de Tenth e Nyrond, respectivamente, enquanto as montanhas ao leste formam uma barreira quase intransponível para Ratik e Bone March na Costa Solnor. Pale é governada da cidade de Wintershiven por uma burocracia religiosa com comando direto sobre os militares, as forças da lei, a economia e o comércio, e praticamente cada outro aspecto da vida no reino. A hierarquia clerical governa a terra em nome do deus Pholtus e o mais poderoso dentre eles, o teocrata, é dito como o escolhido por seu deus para ocupar o Trono do Sol por toda a vida. Ele é selecionado pelo corpo administrativo conhecido como o Conselho dos Nove, que se reúne quatro vezes por ano em Wintershiven para aconselhar o teocrata. A intolerância de seus membros se tornou legendária, e Pale é geralmente vista como tendo ambições territoriais por todos os vizinhos. Isto pode ser verdade, mas a sociedade não pode ser sempre categorizada tão facilmente.
Os invernos em Pale são severos e imperdoáveis e a terra e seu povo tendem a refletir essa atitude. Diz-se que apenas duas estações existem em Pale: o insuportável inverno e o apenas tolerável “verão”, onde as colheitas crescem com dificuldade. Uma porção razoável da população tem rebanhos. Comida também é importada de outros reinos. Pale é composta de nove províncias grandes, que englobam um número igual de cidades que servem como capitais regionais, cada uma controlada por um prelado que se senta no Conselho dos Nove. A população é dividida entre pessoas de descendência Oeridiana relativamente não misturada e Flan. Os Flan são considerados inferiores pelas classes superiores dos Aerdi, e casamento entre eles é raro. Curiosamente, os Flan são tidos como uma raça bela por todos, mas eles sustentam os ensinamentos “pagãos” desprezando os Oeridianos adoradores de Pholtus. A maioria freqüentemente evita as cidades grandes de Pale, onde eles muitas vezes trabalham como criados e trabalhadores braçais, preferindo o interior e a oportunidade de trabalharem em suas próprias fazendas familiares. Algumas poucas famílias Palish incluem meio-elfos, particularmente no sul.
Não houve mobilidade social por pelo menos dois séculos, e esta estagnação é amplamente atribuída à estrutura de classe e ao preconceito íntimo de seus líderes. Pale está vivendo sob uma inquisição por mais de dois séculos, desde a primeira invasão de Nyrond ao país. Sacerdotes malignos e cultos hostis são ativamente expulsos e destruídos, enquanto outras fés são oprimidas. Magos e outros assim chamados “consortes de demônios” são vigiados de perto em Pale e devem ser cuidadosos para não atraírem muita atenção indesejada. Os Templários da Igreja Militante trabalham junto com as hierarquias religiosa e militar, e são encarregadas da condução da inquisição. Aos errantes Altos Delegados é dada grande autoridade e eles são muito temidos em Pale for sua habilidade de colocar alguém contra o Questionamento.
Apesar destes aspectos desagradáveis, o Bem existe em Pale. Monastérios próximos das florestas ocidentais e nos pés orientais das Rakers possuem algumas das mais impressionantes bibliotecas e alguns dos filósofos mais respeitados da região. A cidade de Ogburg, no sudeste, é um prodigioso centro de comércio e seus líderes demonstram uma tolerância incomum com estranhos. Muitos dissidentes podem falar mais abertamente aqui do que em qualquer outro lugar. Finalmente, os soldados de Pale estão entre os mais bem treinados e mais disciplinados em Flanaess, e as fronteiras são muito bem patrulhadas e defendidas, tornando as viagens no interior de Pale uma das mais pacíficas em Flanaess, ainda que os Charcos dos Trolls, na fronteira noroeste, permaneça uma ameaça constante.
A Vila de Bosque de Carvalho
Uma pequena vila fundada à cerca de 60 anos por peregrinos Flan que buscavam uma vida melhor, longe dos grandes centros e da Inquisição, Bosque de Carvalho no início possuía uma população pequena, em torno de 60 pessoas, mas logo a vila cresceu por causa da Estrada Velha, que ligava Stradsett, às margens da Floresta Gamboge, à Ogburg, uma cidade que fica aos pés da gigantesca cadeia de montanhas Rakers. Viajantes precisam parar para descansar e comprar mantimentos, e isso atraiu comerciantes para Bosque de Carvalho, que passou a abrigar tabernas, estalagens, ferrarias e empórios. A vila, que fica a três dias de viagem de Stradsett e a um dia de Ogburg, também abrigou diversos fazendeiros e criadores de gado, afim de oferecer seus produtos aos viajantes famintos.
Em poucos anos algumas famílias Oeridianas se mudaram para Bosque de Carvalho, para manter a ordem na cidade e os dois olhos nos Flan e em seus cultos pagãos. Quando os Oeridianos chegaram em Bosque de Carvalho, a cidade já possuía uma estrutura de poder consolidada e completamente diferente da convencional encontrada nas cidades de Pale; ao invés de sacerdotes de Pholtus, a cidade tinha um prefeito e pessoas que não pertenciam ao clero nos cargos administrativos. É claro que os Oeridianos tentaram mudar isso, mas não conseguiram. Bosque de Carvalho faz parte da província que está sob o comando da Arquidiocese de Ogburg, controlada pelo Prelado Maximillian Thace, um sacerdote conhecido por ser um progressista. O Prelado Maximillian, ao tomar conhecimento da disputa que ocorria em Bosque de Carvalho, decidiu que a administração da cidade deveria permanecer a mesma, e que o clero de Pholtus cuidaria dos aspectos judiciais da cidade. Nos bastidores a decisão foi completamente repudiada pelos Oeridianos, mas ela foi acatada para evitar retaliações.
As idéias do Prelado Maximillian fizeram de Bosque de Carvalho uma cidade atípica em Pale. Administrada por não-Oeridianos e não-adoradores de Pholtus, a pequena cidade tem em seus habitantes uma maioria Flan que não é sequer imaginada em nenhum outro lugar de Pale. Em Bosque de Carvalho não existe nenhum tipo de distinção por classe por parte do prefeito ou de qualquer outro corpo administrativo, mas os Oeridianos ainda mantêm seus preconceitos; o casamento entre Oeridianos e Flan é proibido em Bosque de Carvalho, Oeridianos não comem na mesma mesa que um Flan, não vivem no mesmo bairro e se sentam nas primeiras filas nos cultos à Pholtus. Alguns Oeridianos levam isso ao extremo, evitando comer na mera presença de um Flan.
O prefeito Vurnor Leng tolera esse tipo comportamento apenas pelo fato de que seu povo tem em Bosque de Carvalho a liberdade para realizarem seus casamentos seguindo suas tradições; para fazerem suas oferendas aos Deuses em paz e podem celebrar seus feriados mais abertamente e sem medo. Os sacerdotes de Pholtus vêem essa liberdade com maus olhos, e já enviaram missões à Ogburg algumas vezes para delatarem esse comportamento e exigir uma atitude do Prelado, mas isso nunca aconteceu. O prefeito e os outros Flan de Bosque de Carvalho sabem que essa atitude da Arquidiocese de Ogburg é muito incomum e apesar de desfrutarem dela, imaginam que uma retaliação de Igreja de Pholtus possa chegar à cidade a qualquer momento atravéz da Inquisição e dos Altos Delegados.
Além disso, outro fator foi importante para o crescimento de Bosque de Carvalho. Há cerca de 150 anos, um pequeno forte de pedra afundou na terra, vítima de algum cataclismo desconhecido. A Estrada Velha foi inutilizada – o que obrigou a criação da Estrada Nova – e todos os residentes morreram. Lendas sobre o forte logo se espalharam e poucos meses depois o primeiro grupo de aventureiros adentrou a fenda onde, no fundo, jaziam os restos da construção. Isso atraiu para Bosque de Carvalho um novo tipo de comerciante: pessoas especializadas no compra e venda de itens mágicos, alquimistas e um ferreiro élfico de grande talento, além do número de tabernas que, obviamente, cresceu.
Com o tempo as incursões de aventureiros nas ruínas diminuíram, mas não cessaram. Isso deu a chance para que uma tribo goblins se estabelecesse no lugar, saqueando as poucas pessoas que ainda utilizavam a Estrada Velha, fazendo com que esse caminho fosse abandonado de vez. Soldados de Pale já tentaram, em vão, expulsar os goblinóides da Cidadela, e os sacerdotes de Pholtus pagarão uma boa recompensa para quem conseguir destruir essas criaturas e limpar a Cidadela Sem Sol.
O Lobo Sussurrante
Um largo sobrado localizado numa rua estreita chamada Rua dos Alfaiates, O Lobo Sussurrante tem uma fachada de madeira crua, sem pintura. Uma placa com o nome da taberna, entalhado em letras vermelhas e desbotadas, está pendurada acima da porta de entrada. Quatro janelas cobrem a fachada, duas de cada lado da porta dupla de madeira, entreaberta e extremamente convidativa. Das janelas flui um aroma de cordeiro assado e canções de conquista e camaradagem. O interior d'O Lobo Sussurrante é tão simples quanto sua fachada, mas muito aconchegante. Um longo balcão estende-se na parede oposta à da entrada, com queijos, pães, tonéis e diversos tipos de garrafas nas prateleiras; há um batente no canto direito do balcão, fechado apenas por uma cortina que não impede o vai e vem intenso de duas garotas. As bandejas e pratos sempre entram vazias e saem cheias. Do outro lado da parede, depois do fim do balcão, uma escada leva ao andar superior e um homem grande e ruivo fica ali, aparentemente o tempo todo. Ele era mal-encarado e tinha a cara fechada, e um pequeno lagarto estava deitado sobre seus ombros.
De frente para o balcão, próximo a parede da direita, existe um espaço cercado por pedras grandes e com o chão forrado com cascalho. Agora dois cordeiros grandes então sendo assados, e vários homens cantam sentados em cadeiras e em pé ao redor das carnes. Uma lareira de pedra jaz apagada na parede direita, ao lado dos homens que cantam, e doze mesas estão dispostas ao redor do espaço onde os cordeiros assam e em todo o resto do salão de uma forma que o caminho entre a entrada e a escada, e de toda a taberna até o balcão, fique livre. Esse espaço acolhedor é iluminado por três lustres antigo de ferro, cada um com vinte velas.
A taberna estava cheia e a cantoria tornava qualquer conversa um desafio. Qualquer um que prestasse atenção ao redor por cinco minutos perceberia um homem grande e alto, de barba castanho-avermelhada volumosa e barriga redonda de pé, cantando mais alto que os outros e sempre com uma caneca cheia na mão. Ao seu lado estava um rapaz tão alto quanto o homem, mas muito mais magro e com o rosto barbeado. Ele acompanha os outros nas canções, mas parece um pouco tímido e está bebendo menos cerveja do que todos ali. Todos os que estão no Lobo agora parecem se conhecer e estão claramente comemorando alguma coisa, e o dono da festa parece ser o grande homem barbado.
Qualquer estranho que entrar na taberna será bem recebido, mas todos ficarão com um pouco de receio diante de entusiastas que decidirem comer e beber sem ao menos se apresentarem e fizerem juz ao que decidiram pegar. Aos que desejam um pouco de sossego, as mesas próximas da escada estão tão imersas no barulho quanto todas as outras, mas ali o vai e vem de pessoas é muito menor. Independente de quem entrar pela porta, encontrará um clima amigável e pessoas simpáticas e dispostas à partilhar canções, histórias e cerveja.
Pale é um reino de tamanho moderado localizado às sombras das Rakers, e limitado pela Phostwood e a Gamboge no oeste. Estas florestas são compartilhadas com o Ducado de Tenth e Nyrond, respectivamente, enquanto as montanhas ao leste formam uma barreira quase intransponível para Ratik e Bone March na Costa Solnor. Pale é governada da cidade de Wintershiven por uma burocracia religiosa com comando direto sobre os militares, as forças da lei, a economia e o comércio, e praticamente cada outro aspecto da vida no reino. A hierarquia clerical governa a terra em nome do deus Pholtus e o mais poderoso dentre eles, o teocrata, é dito como o escolhido por seu deus para ocupar o Trono do Sol por toda a vida. Ele é selecionado pelo corpo administrativo conhecido como o Conselho dos Nove, que se reúne quatro vezes por ano em Wintershiven para aconselhar o teocrata. A intolerância de seus membros se tornou legendária, e Pale é geralmente vista como tendo ambições territoriais por todos os vizinhos. Isto pode ser verdade, mas a sociedade não pode ser sempre categorizada tão facilmente.
Os invernos em Pale são severos e imperdoáveis e a terra e seu povo tendem a refletir essa atitude. Diz-se que apenas duas estações existem em Pale: o insuportável inverno e o apenas tolerável “verão”, onde as colheitas crescem com dificuldade. Uma porção razoável da população tem rebanhos. Comida também é importada de outros reinos. Pale é composta de nove províncias grandes, que englobam um número igual de cidades que servem como capitais regionais, cada uma controlada por um prelado que se senta no Conselho dos Nove. A população é dividida entre pessoas de descendência Oeridiana relativamente não misturada e Flan. Os Flan são considerados inferiores pelas classes superiores dos Aerdi, e casamento entre eles é raro. Curiosamente, os Flan são tidos como uma raça bela por todos, mas eles sustentam os ensinamentos “pagãos” desprezando os Oeridianos adoradores de Pholtus. A maioria freqüentemente evita as cidades grandes de Pale, onde eles muitas vezes trabalham como criados e trabalhadores braçais, preferindo o interior e a oportunidade de trabalharem em suas próprias fazendas familiares. Algumas poucas famílias Palish incluem meio-elfos, particularmente no sul.
Não houve mobilidade social por pelo menos dois séculos, e esta estagnação é amplamente atribuída à estrutura de classe e ao preconceito íntimo de seus líderes. Pale está vivendo sob uma inquisição por mais de dois séculos, desde a primeira invasão de Nyrond ao país. Sacerdotes malignos e cultos hostis são ativamente expulsos e destruídos, enquanto outras fés são oprimidas. Magos e outros assim chamados “consortes de demônios” são vigiados de perto em Pale e devem ser cuidadosos para não atraírem muita atenção indesejada. Os Templários da Igreja Militante trabalham junto com as hierarquias religiosa e militar, e são encarregadas da condução da inquisição. Aos errantes Altos Delegados é dada grande autoridade e eles são muito temidos em Pale for sua habilidade de colocar alguém contra o Questionamento.
Apesar destes aspectos desagradáveis, o Bem existe em Pale. Monastérios próximos das florestas ocidentais e nos pés orientais das Rakers possuem algumas das mais impressionantes bibliotecas e alguns dos filósofos mais respeitados da região. A cidade de Ogburg, no sudeste, é um prodigioso centro de comércio e seus líderes demonstram uma tolerância incomum com estranhos. Muitos dissidentes podem falar mais abertamente aqui do que em qualquer outro lugar. Finalmente, os soldados de Pale estão entre os mais bem treinados e mais disciplinados em Flanaess, e as fronteiras são muito bem patrulhadas e defendidas, tornando as viagens no interior de Pale uma das mais pacíficas em Flanaess, ainda que os Charcos dos Trolls, na fronteira noroeste, permaneça uma ameaça constante.
A Vila de Bosque de Carvalho
Uma pequena vila fundada à cerca de 60 anos por peregrinos Flan que buscavam uma vida melhor, longe dos grandes centros e da Inquisição, Bosque de Carvalho no início possuía uma população pequena, em torno de 60 pessoas, mas logo a vila cresceu por causa da Estrada Velha, que ligava Stradsett, às margens da Floresta Gamboge, à Ogburg, uma cidade que fica aos pés da gigantesca cadeia de montanhas Rakers. Viajantes precisam parar para descansar e comprar mantimentos, e isso atraiu comerciantes para Bosque de Carvalho, que passou a abrigar tabernas, estalagens, ferrarias e empórios. A vila, que fica a três dias de viagem de Stradsett e a um dia de Ogburg, também abrigou diversos fazendeiros e criadores de gado, afim de oferecer seus produtos aos viajantes famintos.
Em poucos anos algumas famílias Oeridianas se mudaram para Bosque de Carvalho, para manter a ordem na cidade e os dois olhos nos Flan e em seus cultos pagãos. Quando os Oeridianos chegaram em Bosque de Carvalho, a cidade já possuía uma estrutura de poder consolidada e completamente diferente da convencional encontrada nas cidades de Pale; ao invés de sacerdotes de Pholtus, a cidade tinha um prefeito e pessoas que não pertenciam ao clero nos cargos administrativos. É claro que os Oeridianos tentaram mudar isso, mas não conseguiram. Bosque de Carvalho faz parte da província que está sob o comando da Arquidiocese de Ogburg, controlada pelo Prelado Maximillian Thace, um sacerdote conhecido por ser um progressista. O Prelado Maximillian, ao tomar conhecimento da disputa que ocorria em Bosque de Carvalho, decidiu que a administração da cidade deveria permanecer a mesma, e que o clero de Pholtus cuidaria dos aspectos judiciais da cidade. Nos bastidores a decisão foi completamente repudiada pelos Oeridianos, mas ela foi acatada para evitar retaliações.
As idéias do Prelado Maximillian fizeram de Bosque de Carvalho uma cidade atípica em Pale. Administrada por não-Oeridianos e não-adoradores de Pholtus, a pequena cidade tem em seus habitantes uma maioria Flan que não é sequer imaginada em nenhum outro lugar de Pale. Em Bosque de Carvalho não existe nenhum tipo de distinção por classe por parte do prefeito ou de qualquer outro corpo administrativo, mas os Oeridianos ainda mantêm seus preconceitos; o casamento entre Oeridianos e Flan é proibido em Bosque de Carvalho, Oeridianos não comem na mesma mesa que um Flan, não vivem no mesmo bairro e se sentam nas primeiras filas nos cultos à Pholtus. Alguns Oeridianos levam isso ao extremo, evitando comer na mera presença de um Flan.
O prefeito Vurnor Leng tolera esse tipo comportamento apenas pelo fato de que seu povo tem em Bosque de Carvalho a liberdade para realizarem seus casamentos seguindo suas tradições; para fazerem suas oferendas aos Deuses em paz e podem celebrar seus feriados mais abertamente e sem medo. Os sacerdotes de Pholtus vêem essa liberdade com maus olhos, e já enviaram missões à Ogburg algumas vezes para delatarem esse comportamento e exigir uma atitude do Prelado, mas isso nunca aconteceu. O prefeito e os outros Flan de Bosque de Carvalho sabem que essa atitude da Arquidiocese de Ogburg é muito incomum e apesar de desfrutarem dela, imaginam que uma retaliação de Igreja de Pholtus possa chegar à cidade a qualquer momento atravéz da Inquisição e dos Altos Delegados.
Além disso, outro fator foi importante para o crescimento de Bosque de Carvalho. Há cerca de 150 anos, um pequeno forte de pedra afundou na terra, vítima de algum cataclismo desconhecido. A Estrada Velha foi inutilizada – o que obrigou a criação da Estrada Nova – e todos os residentes morreram. Lendas sobre o forte logo se espalharam e poucos meses depois o primeiro grupo de aventureiros adentrou a fenda onde, no fundo, jaziam os restos da construção. Isso atraiu para Bosque de Carvalho um novo tipo de comerciante: pessoas especializadas no compra e venda de itens mágicos, alquimistas e um ferreiro élfico de grande talento, além do número de tabernas que, obviamente, cresceu.
Com o tempo as incursões de aventureiros nas ruínas diminuíram, mas não cessaram. Isso deu a chance para que uma tribo goblins se estabelecesse no lugar, saqueando as poucas pessoas que ainda utilizavam a Estrada Velha, fazendo com que esse caminho fosse abandonado de vez. Soldados de Pale já tentaram, em vão, expulsar os goblinóides da Cidadela, e os sacerdotes de Pholtus pagarão uma boa recompensa para quem conseguir destruir essas criaturas e limpar a Cidadela Sem Sol.
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O Lobo Sussurrante
Um largo sobrado localizado numa rua estreita chamada Rua dos Alfaiates, O Lobo Sussurrante tem uma fachada de madeira crua, sem pintura. Uma placa com o nome da taberna, entalhado em letras vermelhas e desbotadas, está pendurada acima da porta de entrada. Quatro janelas cobrem a fachada, duas de cada lado da porta dupla de madeira, entreaberta e extremamente convidativa. Das janelas flui um aroma de cordeiro assado e canções de conquista e camaradagem. O interior d'O Lobo Sussurrante é tão simples quanto sua fachada, mas muito aconchegante. Um longo balcão estende-se na parede oposta à da entrada, com queijos, pães, tonéis e diversos tipos de garrafas nas prateleiras; há um batente no canto direito do balcão, fechado apenas por uma cortina que não impede o vai e vem intenso de duas garotas. As bandejas e pratos sempre entram vazias e saem cheias. Do outro lado da parede, depois do fim do balcão, uma escada leva ao andar superior e um homem grande e ruivo fica ali, aparentemente o tempo todo. Ele era mal-encarado e tinha a cara fechada, e um pequeno lagarto estava deitado sobre seus ombros.
De frente para o balcão, próximo a parede da direita, existe um espaço cercado por pedras grandes e com o chão forrado com cascalho. Agora dois cordeiros grandes então sendo assados, e vários homens cantam sentados em cadeiras e em pé ao redor das carnes. Uma lareira de pedra jaz apagada na parede direita, ao lado dos homens que cantam, e doze mesas estão dispostas ao redor do espaço onde os cordeiros assam e em todo o resto do salão de uma forma que o caminho entre a entrada e a escada, e de toda a taberna até o balcão, fique livre. Esse espaço acolhedor é iluminado por três lustres antigo de ferro, cada um com vinte velas.
A taberna estava cheia e a cantoria tornava qualquer conversa um desafio. Qualquer um que prestasse atenção ao redor por cinco minutos perceberia um homem grande e alto, de barba castanho-avermelhada volumosa e barriga redonda de pé, cantando mais alto que os outros e sempre com uma caneca cheia na mão. Ao seu lado estava um rapaz tão alto quanto o homem, mas muito mais magro e com o rosto barbeado. Ele acompanha os outros nas canções, mas parece um pouco tímido e está bebendo menos cerveja do que todos ali. Todos os que estão no Lobo agora parecem se conhecer e estão claramente comemorando alguma coisa, e o dono da festa parece ser o grande homem barbado.
Qualquer estranho que entrar na taberna será bem recebido, mas todos ficarão com um pouco de receio diante de entusiastas que decidirem comer e beber sem ao menos se apresentarem e fizerem juz ao que decidiram pegar. Aos que desejam um pouco de sossego, as mesas próximas da escada estão tão imersas no barulho quanto todas as outras, mas ali o vai e vem de pessoas é muito menor. Independente de quem entrar pela porta, encontrará um clima amigável e pessoas simpáticas e dispostas à partilhar canções, histórias e cerveja.
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