Eu leio mulheres desde sempre, e não gosto muito destas listas também, não, porque gosto de ler as coisas nos meus próprios termos. Mas, vou tentar fazer uma listinha hipotética, aqui, e justificar a escolha dos livros que botarei nela.
Janeiro:
Distância de resgate (Samanta Schweblin)
Quero ler algo da Samanta desde que a Anica falou sobre
Little Eyes (mas a Língua Inglesa e eu ainda temos um longo caminho a percorrer para que eu possa ler em Inglês, e acho que a edição espanhola ainda não foi publicada por aqui não, foi? De qualquer modo, vou esperar traduzirem para o Português). E já li coisas comparando a Samantha ao Adolfo Bioy Casares e ao Cortázar (em termos de estilo). Então, vale dar uma conferida, né?
Fevereiro:
Correndo para você (Ana Rita Cunha)
O carinha é um jovem, e promissor, piloto automobilístico. E parece que ele entra num relacionamento (ou numa guerra? hahaha) com uma engenheira. Como eu adoro corridas, acho que seria de boa dar uma chance. Tem pra Kindle, e tá baratinho.
Março:
Espaços Íntimos (Cristina Peri Rossi)
Faz uma cara de tempo que quero ler algo da Cristina Peri Rossi. Ela é uma mulher fantástica, foi exilada do Uruguai por causa da ditadura, e sempre teve posicionamentos feministas e coisa e tal. Adoro um trem que ela falou sobre a Clarice: "Acredito que Clarice tenha sido a primeira mulher a fazer uma literatura que um homem brasileiro não poderia fazer." O problema é que
Espaços Íntimos, único livro dela publicado no Brasil, é difícil de achar, até mesmo em sebos.
Abril:
A vegetariana (Han Kang)
Eu comecei a ler esse livro, em 2020. E estava sensacional! Essa mulher escreve bem demais da conta. Parei a leitura porque fico lendo mil coisas ao mesmo tempo, mas, ó, indico para qualquer um.
Maio:
Canções de Atormentar (Angélica Freitas)
Eu adoro a Angélica Freitas! Tenho os dois primeiros livros dela, que sempre releio, e estava mais do que ansiosa pelo terceiro. Sempre indico os poemas dela para quem quer ler poesia, mas não sabe bem por onde começar (porque tem medo; hermetismo e coisa e tal).
Junho:
Felicidade e outros contos (Katherine Mansfield).
Felicidade é um conto indispensável para qualquer feminista, né? Adoro! Mas preciso ler outras coisas da Katherine Mansfield. (Sim, só li Felicidade, até hoje).
Julho:
Redemoinho em dia quente (Jarid Arraes)
A Jarid é uma voz que se faz ouvir. Escreve muito bem, se posiciona, não abre mão da sua identidade: mulher negra, feminista, nordestina, enfim, preciso ler a literatura que ela faz.
Agosto:
A vida submarina (Ana Martins Marques)
É o livro de estreia dessa moça que, dizem, é uma excelente poetisa cá das bandas de Minas Gerais. Dá pra ler comendo
queijim e tomando
cafezim.
Setembro:
O dia depois do fora (Laura Conrado)
Além de estar puxando sardinha para o
povudiminas,
tô querendo prestigiar uma amiga (e já comprei o livro, há algum tempo, na verdade). Não vejo a Laura há uma eternidade (trabalhamos juntas, há alguns anos), mas tenho boas lembranças da gente conversando sobre literatura e futebol (ela também é torcedora do Galo). Meu exemplar de
A hora da estrela foi presente dela que, à época, me tirou no amigo oculto.
Outubro:
Niketche (Paulina Chiziane)
Vi uma defesa de tese, online, em que a moça trabalhou o riso nesse livro. Achei sensacional. (Sim, gente, olha como eu escolho passar meu tempo de quarentena
). E tem toda a questão da dança (Niketche é uma dança) e coisa e tal.
Novembro:
Vintém de Cobre (Cora Coralina)
Por ser uma espécie de memórias poéticas da Corinha.
Dezembro:
Nebulosas (Narcisa Amália)
Tem na Amazon, e não é barato, não. Mas sempre quis ler os poemas dela.