Elriowiel Aranel
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"Nada me faz tão feliz quanto possuir um coração que não se esquece de seus amigos".
Filme Shakspeare Apaixonado
Pois então.... Me sinto até um pouco intimidada ao ter que fazer este post... claro, eu o indiquei porque ele merecia ter a sua semana... e justamente, ele não é qualquer escritor. Ele é considerado, simplesmente, um dos (senão O) maiores dramaturgo de todos os tempos!
Será que o fato de Tolkien não gostar dele e estarmos num fórum dedicado à Tolkien torna uma heresia criar um tópico para homenagear Shakespeare???
Fiquei um pouco apreensiva também porque eu não posso me considerar uma grande conhecedora de sua obra. Conhecer MESMO, só conheço Macbeth (já vi a montagem da peça) e Romeu e Julieta (filme de 1968.. e não, NÃO considero isso como um filme digno de sua obra). Ah, conheço, digamos "a ideia central" de A Megera Domada, devido à novela "O Cravo e a Rosa". Tenho o livro de Macbeth, mas nunca o li até o fim.
Vou começar então com uma lista de suas obras e acho que a maioria vai se surpreender ao notar que não conhece todas as suas obras, nem mesmo só de nome:
Comédias
- O Mercador de Veneza (já ouvi esse nome)
- Sonhos de Uma Noite de Verão (tenho a camiseta do filme, mas nunca vi )
- A Comédia dos Erros (nunca ouvi falar)
- Os Dois Fidalgos de Verona (nunca ouvi falar)
- Muito Barulho por Coisa Nenhuma (nunca ouvi falar)
- Noite de Reis (nunca ouvi falar)
- Como Gostais (nunca ouvi falar)
- Medida por Medida (nunca ouvi falar)
- Conto do Inverno (nunca ouvi falar)
- Cimbelino (nunca ouvi falar)
- Megera Domada (conheço)
- A Tempestade (nunca ouvi falar)
- Tudo Bem quando Termina Bem (nunca ouvi falar)
- As Alegres Comadres de Windsor (nunca ouvi falar)
- Trabalhos de Amores Perdidos (nunca ouvi falar)
- Péricles, Príncipe de Tiro (nunca ouvi falar)
Tragédias
- Titus Andronicus (nunca ouvi falar)
- Romeu e Julieta (quem nunca ouviu falar se mata )
- Julio César (conheço o personagem pelo menos)
- Macbeth (conheço)
- Antônio e Cleópatra (não conheço a obra, só os personagens)
- Coriolano (nunca ouvi falar)
- Timon de Atenas (nunca ouvi falar)
- O Rei Lear (só de nome... queria ter visto a peça montada com o Raul Cortez )
- Otelo (só de nome)
- Hamlet (só de nome. Quase vi o filme 1x na TCM, mas tive que sair... )
- Tróilo e Créssida (nunca ouvi falar)
Dramas Históricos
- Rei João (nunca ouvi falar)
- Ricardo II (só de nome)
- Ricardo III (só de nome)
- Henrique IV - Partes I e II (só de nome)
- Henrique V (só de nome)
- Henrique V - Partes I a III (só de nome)
- Henrique VIII (só de nome)
- Eduardo III (só de nome)
Sobre Suas Obras
William Shakespeare (Stratford-upon-Avon, 26 de Abril de 1564 — Stratford-upon-Avon, 23 de Abril de 1616) foi um poeta e dramaturgo inglês, tido como o maior escritor do idioma inglês e o mais influente dramaturgo do mundo. É chamado frequentemente de poeta nacional da Inglaterra e de "Bardo do Avon" (ou simplesmente The Bard, "O Bardo").
De suas obras restaram até os dias de hoje 38 peças, 154 sonetos, dois longos poemas narrativos, e diversos outros poemas. Suas peças foram traduzidas para os principais idiomas do globo, e são encenadas mais do que as de qualquer outro dramaturgo.
Muitos de seus textos e temas, especialmente os do teatro, permaneceram vivos até aos nossos dias, sendo revisitados com freqüência pelo teatro, televisão, cinema e literatura. Entre suas obras mais conhecidas estão Romeu e Julieta, que se tornou a história de amor por excelência, e Hamlet, que possui uma das frases mais conhecidas da língua inglesa: To be or not to be: that's the question (Ser ou não ser, eis a questão).
Shakespeare foi um poeta e dramaturgo respeitado em sua própria época, mas sua reputação só viria a atingir o nível em que se encontra hoje no século XIX. Os românticos, especialmente, aclamaram a genialidade de Shakespeare, e os vitorianos idolatraram-no como um herói, com uma reverência que George Bernard Shaw chamava de "bardolatria".
No século XX sua obra foi adotada e redescoberta repetidamente por novos movimentos, tanto na academia e quanto na performance. Suas peças permanecem extremamente populares hoje em dia e são estudadas, encenadas e reinterpretadas constantemente, em diversos contextos culturais e políticos, por todo o mundo.
Romeu e Julieta - Filme de 1968
Shakespeare produziu a maior parte de sua obra entre 1590 e 1613.
Os eruditos costumam anotar quatro períodos na carreira de dramaturgia de Shakespeare. Até meados de 1590, escreveu principalmente comédias, influenciado por modelos das peças romanas e italianas. O segundo período iniciou-se aproximadamente em 1595, com a tragédia Romeu e Julieta e terminou com A Tragédia de Júlio César, em 1599. Durante esse tempo, escreveu o que são consideradas suas grandes comédias e histórias. De 1600 a 1608, o que chamam de "período sombrio", Shakespeare escreveu suas mais prestigiadas tragédias: Hamlet, Rei Lear e Macbeth. E de aproximadamente 1608 a 1613, escrevera principalmente tragicomédias e romances.
Os primeiros trabalhos gravados de Shakespeare são Ricardo III' e as três partes de Henry V, escritas em 1590, adiantados durante uma moda para o drama histórico. É difícil datar as primeiras peças de Shakespeare, mas estudiosos de seus textos sugerem que A Megera Domada, A Comédia dos Erros e Titus Andronicus pertencem também ao seu primeiro período.
Suas primeiras histórias, parecem dramatizar os resultados destrutivos e fracos ou corruptos do Estado e têm sido interpretadas como uma justificação para as origens da dinastia Tudor. Suas composições foram influenciadas por obras de outros dramaturgos isabelinos, especialmente Thomas Kyd e Christopher Marlowe, pelas tradições do teatro medieval e pelas peças de Sêneca. A Comédia dos Erros também foi baseada em modelos clássicos.
Sonho de uma Noite de Verão é uma mistura de romance espirituoso, fantasia, e envolve também a baixa sociedade. A sagacidade das anotações de Muito Barulho por Nada', a excelente definição da área rural de Como Gostais, e as alegres sequências cênicas de Noite de Reis completam essa sequência de ótimas comédias. Após a peça lírica Ricardo II, escrito quase inteiramente em versículos, Shakespeare introduziu em prosa as histórias depois de 1590, incluindo Henry VI, parte I e II, e Henry V.
Suas primeiras peças eram principalmente comédias e obras baseadas em eventos e personagens históricos, gêneros que ele levou ao ápice da sofisticação e do talento artístico ao fim do século XVI. A partir de então escreveu apenas tragédias até por volta de 1608, incluindo Hamlet, Rei Lear e Macbeth, consideradas algumas das obras mais importantes na língua inglesa.
Seus personagens tornam-se cada vez mais complexos e alternam entre o cômico e o dramático ou o grave, ou o trágico, expandindo, dessa forma, suas próprias identidades. Esse período entre essas tais alternações começa e termina com duas tragédias: Romeu e Julieta, sem dúvida alguma sua peça mais famosa e a história sobre a adolescência, o amor e a morte; e Júlio César.
O período chamado "período trágico" durou de 1600 a 1608, embora durante esse período ele tenha escrito também a "peça cômica" Medida por medida. Muitos críticos acreditam que as maiores tragédias de Shakespeare representam o pico de sua arte.
Seu primeiro herói, Hamlet, provavelmente é o personagem shakespeariano mais discutido do que qualquer outro, em especial pela sua frase "Ser ou não ser, eis a questão". Ao contrário do reflexivo e pensativo Hamlet, os heróis das tragédias que se seguiram, em especial Otelo e Rei Lear, são precipitados demais e mais agem do que pensam. Essas precipitações sempre acabam por destruir o herói e frequentemente aqueles que ele ama. Segundo o crítico Frank Kermode, "a peça não oferece nenhum personagem divino ou bom, e não supre da audiência qualquer tipo de alívio de sua crueldade" (a respeito de Rei Lear).
Em Macbeth, a mais curta e compactada tragédia shakespeariana, a incontrolável ambição de Macbeth e sua esposa, Lady Macbeth, de assassinar o rei legítimo e usurpar seu trono, até à própria culpa de ambos diante deste ato, faz com que os dois se destruam.
Portanto, Hamlet seria seu personagem talvez mais admirado. Hamlet reflete antes da ação em si, é inteligente, perceptivo, observador, profundamente proprietário de uma grande sabedoria diante dos fatos. Suas últimas e grandes tragédias, Antônio e Cleópatra e Coriolano contêm algumas das melhores poesias de Shakespeare e foram consideradas as tragédias de maior êxito pelo poeta e crítico T.S. Eliot.
Na sua última fase, escreveu um conjuntos de peças classificadas como tragicomédias ou romances, e colaborou com outros dramaturgos. Completou suas três mais importantes peças dessa fase: Cimbelino, Conto de Inverno e A Tempestade, e também Péricles, Príncipe de Tiro.
Menos sombrias do que as tragédias, essas quatro peças revelam um tom mais grave da comédia que costumavam produzir na década de 1590, mas suas personagens terminavam com reconciliação e o perdão de seus erros. Certos comentadores vêem essa mudança de estilo como uma forma de visão da vida mais serena por parte de Shakespeare. Shakespeare colaborou com mais dois trabalhos, Henry VIII e Dois Parentes Nobres, provavelmente com John Fletcher.
Diversas de suas peças foram publicadas, em edições com variados graus de qualidade e precisão, durante sua vida.
Em 1623 dois de seus antigos colegas de teatro publicaram o chamado First Folio, uma coletánea de suas obras dramáticas que incluía todas as peças (com a exceção de duas) reconhecidas atualmente como sendo de sua autoria. Contém 36 textos, sendo que 18 impressos pela primeira vez. Não há evidências de que Shakespeare tenha aprovado essa edição, que o First Folio define como "stol'n and surreptitious copies". No entanto, é nele em que se encontram um material extenso e rico do trabalho de Shakespeare.
As peças shakespearianas são peculiares, complexas, misteriosas e com um fundo psicológico espantoso. Uma das qualidades do trabalho de Shakespeare foi justamente sua capacidade de individualizar todos seus personagens, fazendo com que cada um se tornasse facilmente identificado. Shakespeare também era excêntrico e se adaptava a gêneros diferentes. Trabalhando com o sombrio e com o divertido ou cômico, Shakespeare conseguiu chegar perto da unanimidade.
Londres e The Globe
Foi em Londres onde se atribui a Shakespeare seus momentos de maiores oportunidades para destaque. Não se sabe de exato quando Shakespeare começara a escrever, mas alusões contemporâneas e registros de performances mostram que várias de suas peças foram representadas em Londres em 1592.
Neste período, o contexto histórico favorecia o desenvolvimento cultural e artístico, pois a Inglaterra vivia os tempos de ouro sob o reinado da rainha Elizabeth I. O teatro deste período, conhecido como teatro elisabetano, foi de grande importância e primor para os ingleses da alta sociedade.
Na época, o teatro também era lido, e não apenas assistido e encenado. Havia companhias que compravam obras de autores em voga e depois passavam a vender o repertório às tipografias. As tipografias imprimiam os textos e vendiam a um público leitor que crescia cada vez mais. Isso fazia com que as obras ficassem em domínio público.
Biógrafos sugerem que sua carreira deve ter começado em qualquer momento a partir de meados dos anos 1580. Ao lado do The Globe, haveria um matadouro, onde aprendizes do açougue deveriam trabalhar. Ao chegar em Londres, há uma tradição que diz que Shakespeare não tinha amigos, dinheiro e estava pobre, completamente arruinado. Segundo um biógrafo do século XVIII, ele foi recebido pela companhia, começando num serviço pequeno, e logo fora subindo de cargo, chegando provavelmente à carreira de ator. Há referências que apresentam Shakespeare como um cavalariço. Ele dividiria seu emprego entre tomar conta dos cavalos dos espectadores do teatro, atuar no palco e auxiliar nos bastidores. Segundo Rowe, Shakespeare entrou no teatro como ponto, encarregado de avisar os atores o momento de entrarem em cena. O então cavalariço provavelmente tinha vontade mesmo era de atuar e de escrever.
Seu talento limitante como ator teria o inspirado a conhecer como funcionava o teatro e seu poeta interior foi floreando, floreando, foi lembrando-se dos textos dos mestres dramáticos da escola, e começou a experimentar como seria escrever para teatro. Desde 1594, as peças de Shakespeare foram realizadas apenas pelo Lord Chamberlain's Men. Com a morte de Elizabeth I, em 1603, a companhia passou a atribuir uma patente real ao novo rei, James I da Inglaterra, mudando seu nome para King's Men (Homens do Rei).
Todas as fontes marcam o ano de 1599 como o ano da fundação oficial do Globe Theatre. Fundado por James Burbage, ostentava uma insígnia de Hércules sustentando o globo terrestre.
Registros de propriedades, compras, investimentos de Shakespeare o tornou um homem rico. William era sócio do Globe, um edifício que tinha forma octogonal, com abertura no centro. Não existia cortina e, por causa disso, os personagens mortos deveriam ser retirados por soldados, como mostra-se em Hamlet. Inclusive, todos os papéis eram representados pelos homens, sendo os mais jovens os encarregados de fazerem papéis femininos. Em 1597, fontes dizem que ele comprou a segunda maior casa em Stratford, a New Place.
De 1601 a 1608, especula-se que ele esteve motivado para escrever Hamlet, Otelo e Macbeth. Em 1613, O Globe Theatre foi destruído pelo fogo. Alguns biógrafos dizem que foi durante a representação da peça Henry VIII.
Shakespeare teria estado um tanto cansado e por esse motivo resolveu se desligar do Globe e voltar para Stratford, onde a família o esperava.
Após 1606-7, Shakespeare escreveu peças menores, que jamais são atribuídas como suas após 1613. Suas últimas três obras foram colaborações, talvez com John Fletcher, que sucedeu-lhe com o cargo de dramaturgo no King's Men. Escreveu a sua última peça, A Tempestade terminada somente em 1613.[7]
Então, Rowe foi o primeiro biógrafo a dizer que Shakespeare teria voltado para Stratford algum tempo antes de sua morte; mas a aposentadoria de todo o trabalho era rara naquela época; e Shakespeare continuou a visitar Londres. Em março de 1613, comprou uma gatehouse no priorado de Blackfriars; a partir de novembro de 1614, ficou várias semanas em Londres ao lado de seu genro John Hall.
William Shakespeare morreu em 23 de Abril de 1616, mesmo dia de seu aniversário.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/William_Shakespeare
A Identidade de Shakspeare
Interessante que é o mesmo tipo de dúvida que se levanta quanto a Homero.
o debate, que remonta ao século XVIII, sobre se as obras atribuídas a William Shakespeare de Stratford-upon-Avon foram realmente escritas por ele ou por uma outra pessoa, ou ainda por um grupo maior de dramaturgos/poetas.
Embora tenham sido propostos inúmeros candidatos alternativos como o verdadeiro autor das obras, os principais reivindicadores incluíram os nomes de Francis Bacon, Christopher Marlowe, William Stanley (6º Conde de Derby) e Eduardo de Vero (17º Conde de Oxford), que é o candidato mais popular atualmente.
Os que duvidam que a autoria seja de Shakespeare acreditam que há uma falta de evidências concretas que demonstrem que o ator/empresário – às vezes conhecido como Shaksper de Stratford – também foi responsável pelo corpo de obras literárias que carregam um nome com uma grafia similar (mas não sempre idêntica) à sua própria. Outro argumento dos estudiosos que desconfiam da autoria é sobre o conhecimento educacional absurdamente superior presente nos trabalhos shakespearianos, que contém, juntos, um vocabulário imenso de aproximadamente 29.000 palavras diferentes (incluindo versões diferentes de palavras); vocabulário esse quase cinco vezes maior que a grande versão do Rei Jaime em cima da Bíblia, que emprega somente 6.000 palavras diferentes.
Muitos críticos têm encontrado dificuldades em acreditar que uma pessoa comum do século XVI, sem qualquer conhecimento educacional elevado, pudesse ser tão bem fluente na Língua inglesa, e muito menos em política, direito e em línguas estrangeiras – o latim, por exemplo, presente em obras como Hamlet.
Até o início da década de 1920, Bacon foi o mais apontado como o autor das obras. Marlowe, Stanley, o 6º Conde de Derby e numerosos outros candidatos têm sido propostos, mas não conseguiram atrair grandes seguidores.
No entanto, atualmente, a teoria suplente mais popular é que as obras de Shakespeare foram escritas por Eduardo de Vere (o 17º Conde de Oxford).
Embora os principais estudiosos rejeitem todas essas alternativas e acreditem que Shakespeare de Stratford realmente escreveu os textos, o interesse na verdadeira autoria tem crescido, especialmente entre profissionais de teatro, acadêmicos e estudiosos independentes.
Visão dos principais estudiosos
O principal ponto de vista dos estudiosos mais experientes de Shakespeare é que o mesmo nasceu em Stratford-upon-Avon em 1564 e então mudou-se para Londres, tornando-se poeta, dramaturgo e ator, além de co-proprietário da companhia Lord Chamberlain's Men (mais tarde, The King's Men), que pertencia ao Globe Theatre e ao Blackfriars Theatre, em Londres.
Dividiu seu tempo entre Londres e Stratford, e aposentou-se aproximadamente em 1613 até chegar sua morte em 1616. O nome de Shakespeare aparece no título de aproximadamente quatorze volumes das quinze obras publicadas durante sua vida útil. Em 1623, sete anos após sua morte (e após a morte da maior parte dos candidatos), suas peças foram recolhidas para uma publicação denominada First Folio.
Shakespeare de Stratford é identificado pelas seguintes evidências: ele presenteou os atores da companhia londrina em sua vontade; o homem de Stratford e o autor dos trabalhos compartilham, de alguma forma, de um nome comum; e os elogios aos poemas no First Folio referem-se ao "Cisne de Avon" e seu "Monumento de Stratford". Os principais estudiosos presumem que esse último termo refere-se ao monumento funerário na Igreja Santíssima da Trindade em Stratford.
Diversas evidências apoiam a vista stratfordiana – a teoria que apóia a tese de que as obras foram escritas por Shakespeare de Stratford:
- em primeiro lugar, um panfleto de 1592 do dramaturgo Robert Greene, chamado Greene's Groatsworth of Wit, que contém uma sátira pela qual Greene chama um determinado dramaturgo de sua época de Shake-scene, ou, literalmente, Abalador de cena, além de dizer que é an upstart crow (corvo próspero, literalmente) e Johannes factotum (um "Jack-of-all-trades"), homem capaz de fingir habilidade; isto sugere que as pessoas tinham conhecimento de um dramaturgo chamado Shakespeare (Shake).
- Além disso, o poeta John Davies uma vez referiu-se a Shakespeare com o termo "Nosso Terêncio Inglês", embora isto não explique muita coisa, uma vez que esse termo seja um misto de referências a Cícero, Quintillian, Michel de Montaigne.
- O monumento da tumba de Shakespeare em Stratford, construída uma década após sua morte, apresenta-o atualmente com uma caneta na mão, o que sugere que ele era conhecido como dramaturgo, poeta. No entanto, os investigadores debatem se o monumento em si foi alterado após sua criação original, e se o original não mostrava um mero homem segurando, em vez de uma caneta, um saco de sementes.
A partir das provas acima, a opinião principal (e a mais conhecida entre as populações) é de que William Shakespeare de Stratford, que deixou sua cidade natal para se tornar um ator e dramaturgo bem-sucedido em Londres, foi realmente quem escreveu as obras a ele atribuídas.
Visão dos que duvidam da autoria
Para os incertos quanto à identidade de Shakespeare, há diversas situações que os fazem acreditar que Shakespeare de Stratford era apenas um homem - provavelmente pago - que assumia os dotes literários de terceiros, que permaneciam anônimos: ambigüidade e falta de provas concretas quanto à evidência histórica da autoria de Shakespeare; a afirmação de que as peças possuem um nível alto de instrução (conhecimentos gerais e línguas estrangeiras) maior do que aquele que sabe-se que Shakespeare chegou a conhecer; a evidência sugestiva de que o autor faleceu quando Shakespeare de Stratford ainda estava vivo; dúvidas quanto à autoria expressas pelos próprios contemporâneos; mensagens codificadas em alguns trabalhos que parecem identificar um outro autor (como a sigla "W.S.") e paralelas percebidas entre as personagens nas peças shakesperianas e a vida favorecida dos candidatos.
Em 8 de setembro de 2007, os aclamados atores britânicos Derek Jacobi e Marque Rylance revelaram uma "declaração razoável da questão" em cima da autoria dos trabalhos shakespearianos, após o matinê final de Eu sou Shakespeare, uma peça que investiga a real identidade do bardo, encenada em Chichester, Inglaterra.
A "declaração" nomeia 20 proeminentes anti-Stratfordianos que viveram no passado, incluindo Mark Twain, Orson Welles, Sir John Gielgud e Charlie Chaplin. O documento foi patrocinado pela União da Autoria de Shakespeare e assinado por cerca de 1.000 pessoas na página on-line da união, sendo que destas mil pessoas, 200 foram acadêmicos, que incentivaram essa nova pesquisa em relação à questão da autoria.
A possibilidade de Shakespeare ter sido um ator assumindo habilidades que não possuía gerou pesquisas históricas por parte dos estudiosos. Os anti-Stratfordianos, por exemplo, apontam documentos em que personalidades isabelinas - contemporâneas dos candidatos e de Shakespeare - discutem sobre a possibilidade de uma publicação anônima ou até de um pseudônimo que camuflava pessoas de status social elevado da época. A personalidade mais conhecida é o dramaturgo Robert Greene, que em seu Farewell to Folly menciona a prática adotada por escritores que camuflavam seus nomes enquanto outros apareciam nas publicações de suas obras.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Identidade_de_Shakespeare
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Livros Sobre Shakspeare
- Shakespeare - Vidas Ilustradas
Autor: Holden, Anthony
Editora: Ediouro - RJ
- Shakespeare - Coleção L&pm Pocket - Série Biografias
Autor: Mourthé, Claude
Editora: L&PM
- GUERRAS DE SHAKESPEARE
Autor: Ron Rosenbaum
Editora: Record
Sinopse
Um livro sobre os mistérios e controvérsias no estudo da obra de Shakespeare. Com reflexões provocativas, Ron Rosenbaum conduz o leitor para um campo de batalha entre os mais brilhantes diretores e especialistas em Shakespeare, a fim de mergulhar mais profundamente no universo do autor. Interroga peritos. Examina documentos conflitantes. Revê e refaz teorias e hipóteses. E determina não quem foi o dramaturgo — em um sentido biográfico —, mas o que havia de tão peculiar em relação à sua obra.
- A Linguagem de Shakespeare
Autor: Frank Kermode
Editora: Record
Sinopse:
Contrariando a fama dos textos críticos, muitas vezes herméticos e entediantes, A LINGUAGEM DE SHAKESPEARE nos remete ao que sentimos “mesmo antes de começarmos a desembrulhar os versos, seus ritmos, suas súbitas reviravoltas e retrocessos, suas metáforas brilhando diante nós e desaparecendo mesmo antes de podermos alcançá-las”. De leitura fácil e agradável, “este livro é endereçado a um público não-profissional interessado em Shakespeare”, revela o autor.
- O Rosto de Shakespeare
Autor: Stephanie Nolen
Editora: Record
Sinopse:
O ROSTO DE SHAKESPEARE é a biografia desse auto-retrato, que suscitou uma furiosa polêmica mundial causando furor na indústria movida pela herança do gênio de Stratford upon-Avon. Além das pesquisas da jornalista o livro reúne oito ensaios de experts sobre o tema.
- Shakespeare - O Gênio Original
Autor: Süssekind, Pedro
Editora: JORGE ZAHAR EDITORES
Sinopse:
Na segunda metade do século XVIII, a valorização de Shakespeare na Alemanha influenciou decisivamente uma mudança profunda na prática e na teoria da arte. Os principais dramaturgos e críticos da época - como Lessing, Goethe e Schiller - pretendiam reavaliar os parâmetros tradicionais da poética em busca de uma literatura nacional autêntica. E o principal modelo dessa nova e contestadora criação artística foi a obra de Shakespeare. Se por um lado Shakespeare passou a ser equiparado a Sófocles, por outro - em função de sua originalidade, das condições de surgimento de seu teatro ligadas à história, à cultura e às questões do homem moderno -, sua obra se tornou o modelo da criação artística inovadora, intensa e vigorosa. Neste livro, Pedro Süssekind mostra com extrema clareza e fluência como se deu essa mudança de perspectiva que possibilitou a valorização da poesia moderna. E acompanha de que modo - contra a superioridade dos antigos sobre os modernos e contra as normas rigorosas do teatro de Racine e Corneille - foi pensada na estética alemã a noção do Gênio Original, cuja criatividade espontânea não segue as regras tradicionais da arte.
- Shakespeare Nosso Contemporâneo
Autor: Kott, Jan
Editora: Cosac Naify
Sinopse:
Uma interpretação das peças históricas de Shakespeare sob a luz da experiência política e filosófica de nosso século foi o que fez o crítico, ensaísta, tradutor e poeta polonês Jan Kott neste livro. Kott faz uma conexão entre as tragédias do bardo inglês e o dramático cotidiano da sociedade moderna, tornando esta uma obra essencial para todos os interessados em teatro. Para esta edição, foram produzidos apêndices com o texto original das citações das obras do dramaturgo inglês e resumos de suas principais peças.
E sabiam que existe Hamlet em MANGÁ???
Aqui ó: http://compare.buscape.com.br/hamlet-manga-shakespeare-emma-vieceli-8501084123.html
Bom, gente... esse tópico foi mais relacionado à carreira e obra d'O Bardo.
Depois farei um da biografia dele, no sentido mais pessoal
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