Hoje finalmente aconteceu! Anunciaram a liberação da vacina para minha faixa etária e assim que a notícia pipocou eu saí correndo feito louco para o parque de eventos que centraliza a vacinação aqui.
Peguei minha senha às 14h19 e saí devidamente picado com a primeira dose da BioNTech às 19h28 (tem algo para ser dito sobre o estado da organização aqui em Jaraguá, mas dane-se o que importa é a vacina no braço).
Não tenho histórico de reações com vacinas, então tudo deve ser tranquilo... 04 de Outubro tomo a segunda.
Follow up rápido depois de quatro dias: nenhuma reação estranha. Senti um pouco de dor no braço no dia seguinte, mas acho que foi mais da aplicação que da vacina em si -- e engraçado, porque na hora a minha euforia era tal que eu não senti nem a agulhada; só depois eu vi que sangrou bastante também, então acho que foi o caso do sujeito colocando a agulha fundo demais.
Aqui também chegou na minha faixa ontem. Mas aqui estão fazendo assim: eles liberam um cadastro por formulário google, você responde e a dose é reservada, hoje entre 17 e 19 horas será feito o drive thru pra aplicar, daí não tem correria, não tem fila e nem demora, quem está agendado toma, quem não está não adianta nem ir. Pessoal que não consegue o cadastro fica puto em casa. Mas eu consegui, então ganho o melhor presente de aniversário que eu poderia: bracinho picado!
Até que essa é a alternativa óbvia, mas não entendo porque as cidades não fazem algo similar. Aqui é entrar na fila como um Neandertal, pegar a senha e ficar esperando a mulher cantar o número numa caixa amplificada (sequer pensaram em automatizar essa parte com um sintetizador de fala para não ter alguém falando números mecanicamente o dia todo).
O que complicou ainda mais no meu caso foi que, só descobri depois, parece que anunciaram a liberação na noite anterior num grupo de WhatsApp aleatório, enquanto a notícia só saiu no site da prefeitura após a abertura dos portões. Fazia dias que eu tinha um script martelando o site e me alertando para notícias com títulos que batessem contra um padrão usado para avisar das liberações, mas ainda assim levei cerca de 40 min para chegar lá (depois da publicação) e peguei a senha com 715 pessoas na frente. Fiquei esperando por algumas horas para ter certeza da velocidade do atendimento, confirmei que não tinha buracos na fila, voltei para o trabalho em casa e voltei lá 1h antes do horário previsto (na base da regra de três, porque não informavam nada). Caótico, mas a vacina valeu o estresse.
... e eu teria me ferrado se tivesse esperado, porque na terça-feira
avisaram (
mirror) que as vacinas reservadas para a primeira dose acabaram e a
promessa até ontem (
mirror) é que um novo lote chegaria hoje.
Quanto a mim, estou com a imunização completa (mais de 15 dias da segunda dose de astrazeneca). Tenho meu QRCode de 'passe Covid'. Ainda não usei para viajar (em breve) ou para entrar em balada (nem quero), e sigo usando máscara em locais fechados.
Sentirei falta de um documento desses a nível nacional quando começarmos a retomar atividades em público. A União Europeia já tem um padronizado para o bloco inteiro, etc. Eu até começo a imaginar os eventos e convenções voltando no ano que vem, mas sem uma forma confiável de limitar à entrada a pessoas vacinadas tudo fica mais complicado. Já ando até pensando no Dia de Ler Tolkien em Curitiba e o primeiro requisito será algo como "antivaxxers podem se divertir junto com os orques
lá fora".
Reiterando o que eu já falei antes: primeira dose foi paulada, segunda nada nada, e imagino que na Europa vá ter terceira dose ainda.
Eu já dou isso como certo; a variante Delta *quase* escapa das vacinas atuais e a pressão seletiva sobre o vírus é imensa (dada lentidão da vacinação e o número de sobreviventes se reinfectando). Bem provável que será como a gripe, com doses periódicas atualizadas para as cepas novas que vão sendo descobertas.