Em vez de editar o post antigo, vou postar de novo, OK?
Nome: Boca Juniors (2000)
Time-base: Córdoba; Ibarra, Bermúdez, Samuel e Arruabarrena; Battaglia, Traverso, Basualdo e Riquelme; Guillermo Schelotto (Delgado) e Palermo. T: Carlos Bianchi.
Títulos: Argentino (Apertura 1998/2000, Clausura 1999), Libertadores (2000/2001), Mundial Interclubes (2000)
Por que ele é o Melhor? Porque foi o time mais temido das Américas, o mais vencedor do mundo no último ano do século XX e um dos mais durante a primeira década do século XXI, que transformou um clube vindo de anos de "vacas magras", que não vencia a Libertadores há 12 anos, em um dos maiores ganhadores do torneio continental.
Para chegarmos no 2000 praticamente perfeito, deve-se primeiro lembrar da formação do time. E tudo começou com a eleição do presidente Marcelo Macri em 1998, trazendo em seguida o técnico Carlos Bianchi, vindo de grandes campanhas com o Vélez Sarsfield (6 títulos em 3 anos, incluindo Libertadores e Mundial), cuja tarefa era reconstruir um elenco que vinha de 4 anos sem títulos e que tinha perdido vários jogadores (Néstor Fabbri, Diego Latorre, Caniggia, Rodolfo Estebán Cardoso, Nolberto Solano). Com poucos recursos, Bianchi juntou jovens valores como Palermo, Riquelme, Guillermo Schelotto, Batagglia e Samuel a contratações pontuais como Ibarra, Barijho, Pereda e a volta de Basualdo, além dos experientes Córdoba e Bermúdez, o capitão.
Com defesa e meio-campo sólidos, além de uma triangulação infernal entre Román, Martín e Guillermo, os xeneizes venceram o Apertura 98 (invicto) e o Clausura 99, com direito ao recorde argentino de 40 partidas sem perder.
Após perder a chance do inédito tricampeonato para o arquirrival River Plate no Apertura 99, o Azul Y Oro começou 2000 com expectativas de voos maiores, e isso se traduzia na chegada de um atacante, vindo do Racing, que se transformaria num ídolo naquele ano e nos seguintes: Marcelo Delgado, "El Chelo".
No Argentino, acabou vendo os rivais vencerem novamente. Já a Libertadores merece um parágrafo à parte.
Classificando-se sem sustos na primeira fase, num grupo com Peñarol, Universidad Católica e o boliviano Blooming, passou pelo El Nacional nas oitavas num jogo de muitos gols; nas quartas, superou o River com direito a um 3 x 0 em La Bombonera; e tomou um susto contra o América do México que, após tomar 4 x 1 na Argentina, chegou a fazer 3 x 0 no Estádio Azteca, mas um golzinho salvador de Samuel no fim do jogo levou os xeneizes à sua quinta final de Libertadores, que seria contra o forte Palmeiras, que, a exemplo do Boca, também passara por seu arquirrival, o Corinthians, ainda que de forma bem mais dramática.
No primeiro jogo, em Buenos Aires, um resultado ruim, 2 x 2, o que levava o favoritismo ao Alviverde, que decidiria o título com o apoio de 75 mil palmeirenses lotando o Morumbi. Contra todos os prognósticos, o time de Bianchi surpreendeu, e atacou o Palmeiras desde o início, criando várias chances de gol, enquanto Traverso buscava anular Alex, craque do Verdão. No segundo tempo o time de Felipão foi pra cima, mas pecou na pontaria e parou na boa marcação auriceleste. Sem gols, a decisão foi para os pênaltis. Schelotto, Riquelme, Palermo e Bermúdez converteram para o Boca. Alex e Rogério converteram para o Palmeiras, enquanto Asprilla e Roque Júnior pararam em Córdoba, o herói da noite, que garantiu o terceiro título da Libertadores para o time de La Boca.
Vencer a principal competição sul-americana lhe deu o direito de jogar, em 28/11, com o campeão europeu, o Real Madrid de Roberto Carlos, Raúl, Luís Figo, Hierro, Makelele e o então jovem Casillas. Mas foi uma partida atípica, já que o placar se definiu com apenas 12 minutos: dois gols de Palermo, aos 3 com passe de Delgado e aos 6 com passe de Riquelme, e Roberto Carlos descontando aos 12. Daí em diante, um jogo parelho, com algumas chances para o Real e o Boca tentando ampliar nas faltas de Román. Nada mais aconteceu, e o Azul Y Oro vence seu segundo Mundial.
Após voltar do Japão, ainda faltava o Apertura. Faltando duas rodadas, o Boca tinha 2 pontos à frente do River, e uma derrota para o Chacarita Juniors parecia botar tudo a perder. No entanto, o rival apenas empatou com o lanterna Huracán, e assim bastava uma vitória contra o Estudiantes em casa. O 1 x 0 foi suficiente, mais a vitória do Lanús sobre o River, para garantir a tríplice coroa do Boca.
O mesmo time, com poucas alterações (como o então jovem Nicolás Burdisso no lugar de Samuel, vendido à Roma), viria a ganhar o bicampeonato da Libertadores em 2001, sobre o mexicano Cruz Azul, e perderia o Mundial para o Bayern München.
Formação da final da Libertadores 2000:
Formação de Boca Juniors x Real Madrid:
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