Sonhei há uns 2 dias...
Aqui na minha cidade tem um lugar lindo chamado banhado, uma paisagem digna de Arda.
Sempre que passo pelo centro da cidade gosto de parar lá, admirar e meditar. Meditar é mais difícil por causa do trânsito da avenida logo atrás... Mas aos domingos até dá. Fica um silêncio. Enfim... é um lugar especial e mágico pra mim.
Então, esses dias sonhei que eu estava mais uma vez em pé, na borda do banhado. Mas não estava com roupas comuns. Eu vestia uma roupa semelhante a das mulheres do século XIX [deve ser porque estou revendo A Casa das 7 Mulheres]. Um vestido longo e simples, azul claro e uma capa, um tipo de manto com capuz, azul escuro e bem pesado, de inverno. O vento batia no meu rosto e jogava meu cabelo para trás e eu respirava fundo. Meu cavalo estava ao meu lado e eu era uma meia-elfa que ainda não havia se decido entre a imortalidade e a mortalidade [não era Arwen].
Eu estava partindo em algum tipo de missão. Às minhas costas a cidade era diferente. No lugar de asfalto havia ruas feitas de pedra e no lugar nos altos prédios e condomínios de luxo havia casas também de pedra e pequenas torres e mais ao fundo um grande e alto palácio.
Quando dei o primeiro passo para descer o banhado, em direção às montanhas, vi o Capitão Faramir lá embaixo. Embora usasse um pano cobrindo o rosto o reconheci. Ele não se parecia com Faramir como o vemos no filme, era mais parecido com a descrição dos livros: cabelo escuro e olhos verdes penetrantes.
Montei no cavalo, desci até onde ele estava e o cumprimentei como um velho amigo. Vi tristeza e pesar em sua expressão e, de alguma forma, compreendi o que se passava e o que sentia.
Era fim de tarde e o céu começava a ficar rosado para o pôr-do-sol. Homens que antes estavam camuflados na encosta, em meio aos arbustos, saíram e me convidaram para ir ao seu acampamento passar a noite. Já havia uma fogueira acesa.
Sentei no chão próximo à fogueira e por muito tempo conversei com o Capitão Faramir, mas não recordo de nenhuma palavra. Quando, no sonho, o sono começou a bater e eu adormecia coberta apenas pelo manto, na vida real acordei...
Como é normal eu esquecer meus sonhos pela manhã, tratei de anotar tudo que pude lembrar. Foi um sonho bonito, porém triste...