Episódio começou bem morno, pra falar verdade. Mais um ataque do 'Phantom' e o Hanna McKay's father chegando pra conhecer o genrinho querido e mostrar como ele se tornou uma pessoa boa. Papinhos de família e tals, e a coisa só começa a esquentar quando vimos o 'Phantom' em ação pela primeira (e única) vez. E tenho que confessar que é bem tenso ver um cara jogar fogo noutra pessoa, por mais que você saiba que aquilo é só encenação e que na cena nem mostra direito isso.
Antes disso, o Dexter elimina aquele analista da lista de suspeitos. No núcleo, LaGuertaatrasadaporcincotemporadas, ela finalmente fecha o círculo de suspeitos e chega a um único nome: Dexter Morgan, com a ajudinha de um incrédulo Matthews. Agora não tem mais como enrolar e o bicho pegou pro serial killer. Lógico que há umas temporadas atrás isso seria facilmente resolvido com um ataque cardíaco pro Matthews (que já tá velhinho) e a LaGuerta bateria as botas de um jeito criativo também, mas, como essa é a penúltima temporada, acho que vai dar um pano pra manga 'sas paradas. Vejamos como será a conversar Dexter/Matthews no próximo episódio.
No núcleo eusouOQuinnefaçomerdamesmo, temos o sujeito atirando no infeliz da Fox Hole e acabando com o cenário-fonte de peitinhos de toda a temporada. Só pela diferença no tempo entre os disparos já deu pro Batista sacar que a história do Quinn é furada. A Nadia deve ser feliz para sempre agora, mas quero ver o tipo de merda que o Quinn vai se meter por conta desse assassinato (se com a máfia, com a polícia ou com os dois). Pode ser que até o fim da temporada, bata as botas. (E nem vai fazer falta.)
Deb ficou bem de lado nesse episódio também. Nos últimos episódios, os diálogos mais fodas eram aqueles em que ela participava, nesse não me lembro de nenhum mais marcante. Ela, não sem razão, começou a tomar uns remedinhos e essa pode ser uma causa de problemas futuros. Acho que de importante nesse episódio com ela, só essa cena dos remédios mesmo.
E por último e mais importante que essa besteirada toda, a relação Hannah/Dexter. Interessante como ela tenta entendê-lo e ele se vê desconcertado com a atitude dela. O grande diferencial dela pra Deb é que ela, ao descobrir que o Dexter era um assassino, teve uma reação do tipo 'Você mata pessoas? Tell me more about it.' e não aquele asco completamente justificável da Deb, o que permitiu a ela explorar mais a mente do Dexter e fez com que ele se abrisse mais. E, nessa abertura, ele conta a ela sobre o 'Dark Passenger' e ela então o questiona sobre a existência dessa... bodega. É engraçado. O Dexter baseia-se nesse pressuposto durante toda a série e de repente alguém o questiona sobre a fundamentação desse sentimento/desejo/necessidade e ele não sabe se fazer entender. Então, numa de suas reflexões com o Harry, ele pensa:
Harry: But you're not a boy anymore.
Dex: You sound like Hannah.
Harry: Maybe she's right. Maybe the Dark Passenger is just a feeling.
Dex: It can't be.
Harry: Why?
Dex: Because if there's no Dark Passenger I am responsible for everything I've done.
O que casa perfeitamente com a reflexão com a qual ele começa o episódio. É, Dexter, você é diferente, mas é igual: prefere acreditar na existência de um ser 'sobrenatural' que justifique seus atos do que assumir a responsabilidade por eles. É interessante ver como o episódio é todo bem encaixado: desde o início tudo já apontava, já preparava praquilo.
E então o serial killer que parecia ter surgido do nada apenas pra tapar buraco nos últimos episódios, mostra toda sua razão de ter sido inserido ali. O Dexter novamente dá o nó na polícia, acha o cara e vai executá-lo, afinal o Dark Passenger já tá amolando ele de novo com essa necessidade de matar. Pra cumprir o ritual, ele vai ter sua conversinha pré-execução e quer saber quem é Bobby e otras cositas más. E nesse momento, quando ele levanta a faca pra mais um assassinato, temos uma das melhores cenas da série até o presente momento. Com a faca empunhada, ele começa o discurso:
Dexter: No, you're the one who is setting those fires, you're the one who's burning people alive. You can't blame it on something that happened to you when you're a kid. You're not a kid anymore. It's time to you to take responsibility...
FUCK.
RÁ! Concordo demais contigo, Dexter! Agora você tá vendo, né? Você é o responsável por todos os homicídios que pratica, não o 'Dark Passenger'. Como resultado dessa reflexão, temos a vida do Phantom salva e a polícia descbrindo sua localização. A história do Phantom foi resolvida rapidamente e tals, não teve o suspense de descobrir quem era o sujeito, mas serviu bem demais aos propósitos da série. Ficou sensacional esse 'arco'.
Mas depois de toda essa reflexão, o episódio não ia acabar sem alguém sendo plastificado. Eu sei que nem comentei isso antes, mas o pai da Hannah estava a chantageando, pois tinha provas que poderiam botá-la na cadeia. Pra resolver a situação, Dexter mata o sujeito. Any problem? Of course, it is. Pra começar, era o sogrão. Além disso, ele não se encaixava no Código. Era um filho da puta, mas não era um assassino. E pela primeira vez, o Dex mata porque quer, não por causa de um código de conduta. Pra que achava que o que ele fazia era justificável, justifica aê agora. O velhinho foi assassinado sem jamais ter matado ninguém. Resolvido o problema, ele volta pros braços da Hannah e ouve (e retribui!) o primeiro 'I love you' do casal.
E só pra acabar... O pai da Hannah, como grandessíssimo filho da mãe que é, ligou pra polícia avisando da testemunha que pode incriminar a Hannah antes de ser executado pelo Dexter, ou seja: agora a Deb tá com a faca e o queijo na mão pra colocá-la atrás das grades. O próximo episódio promete!