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Resenhas Albums

Puta merda, eu tinha esquecido....

Me dá uns dois dias aí...
Nem esquenta cara,eh que eu so queria ter uma ideia de um pessoa que eu sei que entende de Marduk,esse pessoal de site nem da pra confiar muito....
 
Como só eu escrevo nesse tópico lá vai mais um (na verdade dois):


MARDUK
Plague Angel
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O Marduk sempre foi uma daquelas bandas que provocou reações extremas, sem existir meio-termo: ou você ama, ou você odeia. Simples assim. E nem poderia ser mesmo diferente. Seu Black Metal ultra veloz e pesado, completamente inacessível, sua postura polêmica (anti-cristã e anti-homossexual até não poder mais) e o visual carregadaço ('corpsepaint', couro, correntes, sangue, etc). No entanto é curioso notar que mesmo assim a banda se tornou um ícone, atingindo até mesmo o 'mainstream' no Metal. Mais do que isso, se tornou praticamente um estereótipo metálico, tanto que em conversas com headbangers, a banda sueca sempre é associada àquilo que de mais extremo, porrada e anti-comercial existe no Metal. E não me venham dizer se tratar de uma banda vendida, pois nenhum de seus discos é passível de vozes femininas, intervenções sinfônicas, teclados ou qualquer outra coisa que fez com que o Black Metal (outrora polêmico e odiado) se tornasse moda nas mãos de bandas como Dimmu Borgir, Cradle Of Filth, Borknagar ou Agathodaimon. Este Plague Angel acaba sendo mais um item que honra plenamente sua tradição, embora seja também um item a chamar ainda mais atenção, principalmente por ser o primeiro a contar com os vocais de Mortuus Arioch (ex-Triumphator), com o baixo de Magnus 'Devo' Andersson (que no passado foi guitarrista base do mesmo Marduk), além de ser o segundo disco com o baterista Emil Dragutinovic. Mas isso de nada muda o panorama, visto que a banda sempre foi (e sempre será) propriedade do guitarrista/mentor Morgan Steinmeyer Hakansson. No entanto, vale dizer aqui que o Marduk vinha ensaiando cada vez mais uma maior projeção desde que lançou o clássico Panzer Division Marduk (talvez o melhor e mais fodido disco da história do Metal extremo), visto os andamentos cadenciados de seus dois últimos álbuns (La Grande Danse Macabre e World Funeral). Aqui o Marduk nitidamente procura se atualizar, jogando na cara mais músicas diferenciadas e que jamais poderiam ser incluídas em algum disco da banda lançado 5 anos atrás, como na ótima Seven Angels Seven Trumpets. Paralelamente, outras músicas mais velozes como Steel Inferno nos remetem ao feeling dos primeiros discos da banda (aqueles cantados por Joakin Gothberg), enquanto o restante tenta ir na cola do já citado clássico Panzer Division Marduk. Talvez aí resida o grande diferencial do disco, o que sinceramente não me agradou, pois ao tentar soar como uma mescla de toda sua carreira, a banda perdeu um pouco a homogeneidade nesse disco. Mais ainda, por vezes eles soam como uma cópia deles mesmos, o que é ruim, visto a enorme quantidade de bandas que os copiam hoje em dia. Claro, individualmente todas as músicas são boas, mas não soam tão bem como um todo, além do que, os fãs certamente sentiram falta dos membros da antiga line-up da banda: Erik Legion (vocal), B. War (baixo) e Fredrik Andersson (batera), que eram inegavelmente superiores aos novos membros. Não é um mal disco, não mesmo, só não é tão bom quanto poderia (e deveria), ainda mais se você analisar a importância do Marduk para o Black Metal. Mesmo assim vale dizer que os momentos menos inspirados da banda ainda são imensamente superiores a qualquer coisa feita por muitos dos medalhões do estilo. Vale uma conferida, mas só compre se já tiver em casa o Panzer Division Marduk, o Nightwing, o World Funeral, o Those Of The Unlight, etc, etc, etc...

ANO DE LANÇAMENTO: 2004
GRAVADORA: Blooddawn Productions (existe a chance de sair por aqui pela Hellion).
NOTA: 8
 
FREEDOM CALL
Stairway To Fairyland

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Esse talvez seja o melhor disco de Metal Melódico em todos os tempos a não ser lançado por uma banda do Alto Escalão do estilo (Stratovarius, Helloween, Gamma Ray, Edguy, etc.). Provavelmente é também o disco mais injustiçado da história do estilo, ainda mais se considerarmos o excessivo número de bandas inegavelmente inferiores a atingir o estrelato (Sonata Arctica, Rhapsody, Shaman entre outros). Lançado em 1999, o disco imediatamente chamou a atenção por ser o primeiro de um suposto projeto paralelo formado pelo baterista do Gamma Ray (Dan Zimmermann), com dois ex-membros do Moon'Doc (o guitarrista, vocalista e mentor do Freedom Call, Chris Bay e o baixista Ilker Ersin). Tanto é, que até hoje o Freedom Call é conhecido assim. Mas não deveria! Seu Power Metal Melódico extremamente exagerado, melodioso, épico e pomposo tinha tudo para naufragar, mas ao contrário disso, deu ao mundo três discos realmente especiais. E esse Stairway To Fairyland é o primeiro deles, o melhor de todos. Contando com uma produção simplesmente espetacular, o disco despeja ao todo 10 pérolas absolutas, uma mais linda que a outra. Eu sei que eu já disse isso, mas é realmente injusto ver como composições tão fantásticas como Over The Rainbow, a grudenta balada We Are One, a pesada Holy Knight, a épica Tears Of Taragon e a esplêndida Hymn To The Brave não se tornaram hinos do estilo. Riffs grudentos (e até certo ponto bem pesados pro estilo da banda), solos lindos, refrãos majestosos (que surpreendentemente fogem do lado descartável da coisa), influências clássicas e um bom gosto absurdo. Praticamente tudo o que fizeram (e fazem) as bandas de Power Metal, mas com um talento indiscutível, nunca soando oportunista ou forçado. Até mesmo os excelentes vocais de Chris Bay se destacam, pois embora tenha um timbre muito parecido com o de André Matos, ele demonstra muito mais feeling e bom gosto. Uma jóia eterna do estilo que deveria ter sido mais divulgada e assim ter evitado a injustiça de ser suplantada em popularidade a bandas de qualidade duvidosa. Para encerrar, uma nota interessante porém trágica: se antes eles eram conhecidos como um projeto do batera do Gamma Ray com dois ex-membros do Moon'Doc, hoje eles são conhecidos como a ex-banda do guitarrista do Helloween, o exímio Sascha Gerstner, que fez aqui sua estréia. Muito pouco para uma banda que realmente merecia muito mais.

ANO DE LANÇAMENTO: 1999
GRAVADORA: Steamhammer (Rock Brigade/Laser Company no Brasil).
NOTA: 9,5
 
Como só eu escrevo nesse tópico lá vai mais um (na verdade dois):

Na verdade só eu e vc, não lord? Mas o pior é que dá muita preguiça mesmo de fazer um texto grande mas quanto se termina ele a sensação é boa não?

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E aí vai mais um:

Never Say Die! (Black Sabbath, 1978)

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Pouca gente daria muita coisa por este disco. Afinal Ozzy já estava totalmente "queimado" dentro da banda e os outros dois últimos discos do grupo ficaram muito aquém do que o Sabbath já tinha oferecido. A verdade é que Never Say Die! é um disco único dentro da carreira da banda, é um trabalho de hard rock certeiro e variado, eu diria que é um dos grandes discos da história do estilo. Com este trabalho o Sabbath se distanciou consideravelmente da pegada soturna e metaleira buscando novos timbres e sonoridades com muita criatividade sem deixar de ser pesado. Até as letras modificaram-se, antes falando sobre ocultismo e drogas, agora se focam em dramas pessoais, sentimentos, depressão e o cotidiano urbano.

O álbum abre com a faixa-título; rápida, veloz e certeira, logo de cara percebemos a linha de bateria bem forte e marcante, no meio da música uma bela quebra de ritimo e variação, grande faixa que virou o hit do disco. Na sequência temos Johnny Blade, uma verdadeira odisséia hard, a bateria também chama a atenção logo na primeira audição, aliás Bill Ward fez o diabo neste disco, o seu instrumento está mais poderoso e impactante do que nunca, sobresaindo-se bastante na mixagem, e olhem que nesta época o músico estava obeso e afundado no álcool, imaginem só; mas a bateria não é o único atrativo desta faixa, com um teclado sintetizador que lembra os antigos filmes de ficção científica, nada mais nada menos do que dois refrões super bem feitos e com um final onde Tonny Iommy manda solos e linhas gutarrísticas insanas acompanhado por uma base detonadora, Jonnhy Blade é um dos pontos mais altos do álbum. A faixa seguinte é outra música marcante, Junior's Eyes teve a letra escrita por Ozzy Osbourne em homenagem ao seu pai recém-falecido, portanto é uma música muito pessoal, e por isso mesmo a interpretação do vocalista é bem carregada e emocionante, o instrumental também não fica atrás, a linha principal é feita com o baixo de Geeze Butle sobresaindo-se e retornando sempre durante o prolongamento da canção, mas o que mais se nota da música é o seu refrão triunfante e perfeito, acompanhado do maravilhoso solo de Tony Iommy, fica difícil imaginar como uma música tão perfeita e com um potencial tão forte não tenha se tornado um mega-hit; periga a ser a melhor faixa do disco. Igualmente emocionante é Air Dance, uma canção bastante atípica do Sabbath, possui um estilo onírico, delicado e um piano excepcional de Don Airey (hoje no Deep Purple), a ótima letra fala sobre as lembranças de uma dançarina esquecida e decadente, no final da canção ocorre uma quebrada brusca que descamba totalmente para o jazz, neste caso não é surpresa já que Iommy é grande fã do estilo. Shock Wave impressiona pela pegada, intensidade e pela sua incrível coleção de riffs, daria para desdobrar seu instrumental em três músicas diferentes, tamanha a riqueza de sons de sua levada alucinante. A dobradinha final do disco é a instrumental curta Break Out e a ótima Swinging the Chain, cantada por Bill Ward (que mostra que também sabe cantar muito bem), e com uma gaita tocada por Ozzy, um fechamento muito bom. Over to You e Hard Road também são boas músicas mas empalidecem um pouco se comparadas as outras do disco.

Never say Die! é audição quase obrigatória para quem gosta de um bom e velho hard, pessoalmente arrisco a dizer que é um dos melhores trabalhos da banda, ao lado de Sabbath Bloody Sabbath, além de ser o canto de cisne de Ozzy no grupo. Infelizmente ficou um disco estigmatizado e subestimado devido à desastrosa turnê de divulgação onde Ozzy se arrastava no palco já sem nehuma motivação e a banda americana de abertura roubava a cena toda a noite, um tal de Van Halen.

Faixas:

1. Never Say Die
2. Johnny Blade
3. Junior's Eyes
4. Hard Road
5. Shock Wave
6. Air Dance
7. Over to You
8. Break Out
9. Swinging the Chain

Formação:

Ozzy Osbourne: vocais, harmônica
Tony Iommy: guitarras
Geeze Butle: baixo
Bill Ward: bateria, vocais
Don Airey: teclados, sintetizadores

Nota: 9/10
 
Sepultura - Roots
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Vamos começar pelo ponto crucial:Depois deste album,o sepultura nunca mais foi o mesmo.Depois dele,o Max saiu,a banda atingiu um patamar de "elite de bandas mundiais" e alem disso,eh um dos albuns que mais influenciou todo o New Metal.Tambem foi aqui que o Sepultura mais utilizou os elementos tribais,contando ate com uma faixa acustica com participaçao dos Xavantes,uma tribo indigena,na faixa "Itsari".

O album omeça de forma espetacular com "Roots Bloody Roots",uma musica que desde o momento que voce poem pra tocar,ja percebe que eh um classico que somente o sepultura pode produzir.O Refrao eh uma porrada unica na orelha!

Depois,entra "Attitude" Com seu berimbau,e em seguida a banda entra,danda uma pequena pausa para um vocal que,suponho,tenha sido tirado alguma tribo indigena ou africana,que eh muito boa.Uma das mehores do album.

Depois vemos Cut Throat,que eh uma musica mais fincada na fase antiga da banda,sem tantas inovaçoes.Um Refrao muito bom tambem,e um dos melhores Grooves do Album.

Seguimos entao para Rattamahata.E ja de inicio nós percebemos que vira uma faixa que deixou os fans mais cabeças fechadas extremamente assustados.A musica começa com instrumentos indigenas,e com vocais que nao sei descrever,de tao hipnotizantes.E entao entra um vocal estranho,um convidado:Carlinhos Brown ! E acreditem ou nao,a participaçao ficou boa,pois Carlinhos brown usa muito um ocal grave nessa msuica,em algumas passagens ate mesmo rasga ! Bem,a mussica eh toda cantada em portugues,tirando a parte em que ambos,Max e Carlinhos,cantam "Rattamahata".Uma das melhores para cabeças abertas.

Enfim,depois da polemica,vem faixas extremamente boas como "Straighthate".Essa musica muito boa,tem uma levada cadenciada,porem nao ao estilo sepultura,vemos uma levada cadenciada caracteristica de bandas de new metal de hoje em dia.Uma Otima musica.

Seguindo,encontramos "Spit",musica tambem considerada Hino,ate hoje tocada por Soulfly e Sepultura em seus show.A musica eh mais rapida que as outras,mas ainda sim com a marca de S de Sepultura.Muito boa tambem.

Em Seguida vemos mais uma faixa polemica,que conta com Johnathan Davis(Korn) fazendo dueto com Max nos Vocais.Alem disso a musica tambem conta com a participaçao de DJ Lethal,do Limp Bizkit.Outra musica que sem duvida foi uma grande inspiraçao para as bandas de new metal de hoje em dia.

Seguindo,ainda encontramos a faixa "Dusted",outro grande destaque deste album,

Enfim,seria muito cansativo comentar faixa faixa,porem os destaques foram comentados.Neste album,tudo que o Sepultura prometia e falava sobre nacionalismo foi posto aqui.Depois deste album,Max Cavalera saiuda banda,e Derrick Green entrou na banda.Max fundou seu Soulfly,
e continuou a mistura que fora vista aqui neste album.Enfim,um marco na historia do Sepultura,do Metal nacional e do metal internacional.

NOTA - 9,5
 
Operation: Mindcrime (Queensryche, 1988)

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Eis aqui uma obra de respeito. Um disco que mostra como uma banda que tinha tudo para prosseguir na mediocridade rasa do enxame de bandas hard da cena americana dos anos 80, consegue se sobressair como um supergrupo após uma aposta de risco. Digo aposta de risco porque o salto foi enorme, resolver praticamente de uma hora para outra compor uma opera-rock hard, sobre controle social, fascismo, religião e crítica política sem possuir um respaldo anterior foi uma jogada de coragem que felizmente para o Queensryche deu certo, afinal surgiu aí uma obra-prima. É claro que ajudou muito a boa capacidade técnica da banda aliada à voz estupenda de Geoff Tate. As letras do disco são fantásticas, diretas secas e inteligentes, refletindo muito da época, como a guerra fria e o governo reacionário do presidente americano Ronald Reagan. Musicalmente temos o hard com a forte carga oitentista, mas com uma técnica tão boa, tão apurada, com tudo no seu lugar e momento certo, que o flerte com prog-metal fica claro e evidente. É bom deixar de aviso que é uma obra de sua época, portanto musicalmente soa datado e a interpretação das letras é muitas vezes carregadíssima; mas uma audição livre de preconceitos revela o quão maravilhoso este álbum é.

Falando mais detalhadamente sobre o conceito do disco ele narra uma história em um formato típico de opera sobre um homem chamado "Nikki" que perde a sua identidade e seu "controle mental" em nome de de uma conspiração misteriosa que pretende despertar o mundo para o verdadeiro inferno de submissão em que vive. Através das faixas o personagem vive inúmeras aventuras e provas sob o controle desta revolução, como assassinatos, a descoberta do amor e da verdadeira sociedade que vive e ao mesmo tempo a terrível descoberta que o grupo revolucionário que o controla é tão detestável quanto à situação vigente. Tudo muito bem elaborado e bem feito, creio que foi algo único dentro do estilo nos anos 80.

Mas vamos às faixas:

Como se trata de um disco de conceito forte, várias faixas são meras passagens narrativas para "cimentar" as canções propriamente ditas. A abertura com I Remenber Now é uma mostra disto e nos revela logo de cara que toda a história será contada em flashback, ficou bem famosa a passagem onde a enfermeira do hospital onde Nikki está internado fala "Sweet Dreams, you bastard!". Anarchy X é uma abertura curta, percebemos uma pequena mostra do som que virá, bastante técnico, os de memória mais recente logo farão associações com as bandas de progressivo-metal dos anso 90. Mas é com Revolution Calling que o disco engata de forma propriamente dita, uma música de abertura poderosa, onde a forte guitarra de Chris DeGarmo mostra ao que veio, refrão pesado, letra sensacional sem dúvida um grande som, a letra nos dá uma panorâmica geral da sociedade americana do final dos anos 80. A faixa-título aparece em seguida, possui uma levada mais cadenciada e sinistra, e ainda de quebra um solo de guitarra espertíssimo, difícil esquecer a estrofe principal. Speak é um dos pontos mais altos da obra, logo no começo temos dedilhadas finas de guitarra maravilhosas, a letra é um pedido da conspiração para que Nikki desabafe todo o seu ódio e raiva do mundo, o refrão é fantástico, feito na medida para ser cantado ao vivo:

Speak to me the pain you feel
Speak the word (Revolution)
The word is all of us


Spreading The Disease, é sem dúvida outro ponto alto, a bateria forte e percussiva de Scott Rockenfield nos pega no início, aliada do impressionante alcançe vocal de Tate quando berra a frase que dá nome a música. Na polêmica letra, somos apresentados à Mary uma prostituta que se torna freira e que sera o amor capaz de libertar Nikki de todo o redemoinho que está vivendo. É bom que se diga que as estrofes desta música trouxeram alguns problemas para banda, pois deixa a entender que as pessoas que se prostituem são execráveis e "Espalham a Doença" como fica evidenciado nesta forte passagem (na verdade os versos são ditos do ponto de vista de um reacionário):

Sixteen and on the run from home
Found a job in Times Square
Working Live S&M shows
Twenty-five bucks a fuck
And John's a happy man
She wipes the filth away
And it's back on the streets again

Spreading the disease
Everybody needs
But no one wants to see


The Mission é uma canção maravilhosa, pode-se chamar de a balada do álbum. Belos violões aparecem nela e uma interpretação carregada do vocalista. Apesar da crueza dos versos fica claro que é uma bela composição de amor onde o personagem principal percebe que ama a mulher citada anteriormente, uma música romântica ao seu modo como mostra esta parte:

I'll wait here for days longer
Till the sister comes to wash my sins away
She is the lady that can ease my sorrow
She brings the only friend
That helps me find my way


Suite Sister Mary é a faixa épica do disco. Longa, variada, cheia de sons incidentais e progressiva. Possui um duelo vocal de interpretações muito inspirado entre Tate, fazendo o papel de Nikki e um vocal feminino fazendo ás vezes de Mary; uma música conduzida com muita intensidade, os corais religiosos completam o clima. The Needle Lies, marca a virada na narrativa do disco, quando o personagem principal percebe que a "revolução" nada mais é do que outro tipo de dominação; musicalmente é uma canção rápida e direta, bastante agitada. Breaking The Silence e I Don't Believe In Love são duas músicas que aparecem em sequência e representam uma clara incursão "comercial" do disco, são bastante radiofônicas e com refrões grudentos, não por coincidência viraram hits na época; mas estão longe de serem ruins, mostram um sadio e nostálgico espírito da década que foram escritas, além de dentro do conceito do disco mostrarem um aprofundamento muito bom em sua letras, com uma desilusão profunda do personagem principal do álbum. Não poderia haver um final melhor para o disco que Eyes of a Stranger; uma música sensacional, mais uma vez uma performance vocal irreprensível de Tate, com arranjos de orquestra feitos nada mais nada menos por Michael Kamen, o "maestro do rock", a canção se tornou o maior sucesso do disco e merecidamente, pois coroa o trabalho de maneira magistral, conceitualmente com um final pessimista e depressivo, mas fechando a narrativa de uma maneira cíclica com a primeira música que mostra a inspiração do grupo ao compor o disco. As demais faixas que não comentei (Electric Requiem, Waiting for 22 e My Empty Room) possuem a característica que já comentei antes, são vinhetas curtas com peças instrumentais rápidas e frases narradas).

Sem dúvida um dos grandes momentos do hard rock dos anos 80. Criatividade, inteligência e feeling a flor da pele. Apesar de seguirem lançando muitos discos de grande sucesso comercial, o Queensryche teve o seu maior momento em Operation: Mindcrime, e souberam capitalizar isto muito bem, lançando vídeos e discos ao vivo inteiros dedicados ao disco. É um trabalho empolgante e muito influente para várias bandas principalmente aquelas que seguiram o prog-metal nos anos 90.

Formação:

Geoff Tate: Vocais, Teclados
Chris De Garmo: Guitarra e Violões
Michael Wilton: Guitarra e Violões
Eddie Jackson: Baixo
Scott Rockenfield: Bateria e Percussão

Faixas:

01 - I Remember Now 01:17
02 - Anarchy-X 01:27
03 - Revolution Calling 04:39
04 - Operation: Mindcrime 04:45
05 - Speak 03:42
06 - Spreading The Disease 04:07
07 - The Mission 05:47
08 - Suite Sister Mary 10:39
09 - The Needle Lies 03:08
10 - Electric Requiem 01:22
11 - Breaking The Silence 04:34
12 - I Don't Believe In Love 04:23
13 - Waiting For 22 01:05
14 - My Empty Room 01:32
15 - Eyes Of A Stranger 06:38

Nota: 10/10
 
Palmas para o Waters!

Sua resenha do álbum never Say Die ficou muito boa. Um álbum excepcional que é injustamente subestimado (e comparado com o mais fraco Technical Ecstasy). Para mim, também é um dos melhores do Black Sabath, melhor inclusive que o primeirão, por exemplo.

Vou fazer uma resenha mais tarde.

Nossa ... o fórum agora esta com ícones de menssagem :puke:


Ouvindo: Air Blower - Jeff Beck
 
Palmas para o Waters!

Sua resenha do álbum never Say Die ficou muito boa. Um álbum excepcional que é injustamente subestimado (e comparado com o mais fraco Technical Ecstasy). Para mim, também é um dos melhores do Black Sabath, melhor inclusive que o primeirão, por exemplo.

Valeu, faramir. Eu também considero o Never Say Die um pouco melhor do que o primeiro.

Na verdade o primeiro disco é mais lembrado por ter praticamente inaugurado um estilo e isto é inegavelmente importante mesmo.
 
Mantendo o tópico vivo:



KREATOR - Enemy Of God (2005)
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O Kreator sempre foi a personificação pura do Thrash Metal. Não apenas musicalmente, mas até mesmo em sua história. Trata-se de uma formação que viveu todo tipo de glórias nos anos 80, lançando discos que até hoje figuram entre os melhores e mais clássicos do estilo em todos os tempos. Seus cinco primeiros discos (Endless Pain, Pleasure To Kill, Terrible Certainty, Extreme Aggression e Coma Of Souls) são considerados itens obrigatórios na discografia de qualquer fã de Thrash Metal.

O problema foi que a banda começou a decair incrivelmente depois disso, lançando na década de 90 discos que não só queimaram eternamente seu filme, como tiraram dos fãs qualquer esperança de um dia ver a banda de volta ao topo. É verdade que os anos 90 foram realmente uma bosta pro estilo em questão, mas isso não tira o fato de discos como Renewal, Outcast ou Cause For Conflit serem muito fracos e decepcionantes. Em 1999, a banda lançava o polêmico Endorama, onde mergulhava de cabeça em influências góticas e até eletrônicas (eu pessoalmente acho um bom disco, mas ninguém gosta mesmo), sendo definitivamente sepultado pelos fãs.

A coisa começou a mudar com o disco Violent Revolution de 2001. Lá, a banda buscava um retorno as origens, sem no entanto se distanciar de sua atual proposta em demasia. O disco foi um sucesso. Agora voltam com esse Enemy Of God. E ele é ainda melhor que seu antecessor. Muito melhor !! Soando cada vez mais como o velho Kreator, a banda parece ter aqui acertado mão e lançado seu melhor disco desde 1990. Com uma produção excelente por trás (Andy Sneap que já cuidou dos trabalhos do Exodus, Nevermore e Blaze foi o responsável), o Kreator aqui ignora todos os elementos viajantes, repetitivos e esquisitos dos discos anteriores ao Violent Revolution, pra investir de vez na proposta de seu último álbum: Thrash Metal anos 80 com uma dose extra de melodias. Nunca antes um disco do Kreator teve um trabalho de guitarras tão matador assim, com riffs 'old school' e um certo cacoete Arch Enemy.

O disco abre com a faixa-título, certa e merecidamente o ponto alto incontestável do disco, uma daquelas raras faixas que já nascem com jeitão de clássico, com a velocidade ditando o tom e um final apoteótico. Mas outros momentos de emoção metálica seguem na 'cavalgada' Impossible Brutality, na brutal World Anarchy (uma das mais variadas, com partes lentas e um refrão melodiso), na maravilhosa Murder Fantasies (com participação especial de Mike Amott do Arch Enemy no melhor solo do disco), na excelente One Evil Comes (A Million Follow) (melhor refrão do disco) e na longa e épica The Ancient Plague (com um feeling a lá Hypocrisy), embora todas as outras também sejam excelentes.

Certamente não é um disco tão bom quanto Pleasure To Kill e Extreme Aggressions, mas deixa pra trás tudo feito em termos de Thrash Metal na recente década. Mesmo porque ele possui a assinatura de uma das melhores bandas da história do Metal.

ANO DE LANÇAMENTO: 2005
GRAVADORA: SPV
NOTA: 9,5
 
Mantendo o tópico vivo:



KISS - Kiss Symphony - Alive IV (2003)
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Confesso que nunca fui muito fã do Kiss. Lembro me bem que eles foram uma das primeiras bandas de Rock que ouvi na vida, que de imediato me chamou atenção o fato dos caras serem maquiados e o caralho a quatro. Também me chamou atenção aquela música que muitos dizem ser o 'Grande Hino do Rock', Rock And Roll All Nite. Mas sejamos justos, o Kiss nunca fez por merecer tal título. Por mais que possua alguns discos realmente especiais (Kiss de 1974, Destroyer de 1976, Love Gun de 1977, Creatures Of The Night de 1982 e Revenge de 1992), o quarteto mascarado de Nova York também soltou muita porcaria por aí (Unmasked de 1980, The Elder de 1981, Asylum de 1985, Crazy Nights de 1987 e Carnival Of Souls de 1997). Além disso, toda atitude "pró-grana" protagonizada desde sempre por seu baixista/vocalista/líder/linguarudo Gene Simmons (uma das figuras mais folclóricas da história do Rock) só ajudava a depor ainda mais contra a imagem da banda.

Pois bem, em 2003 a banda anunciou a gravação de um show ao lado da orquestra sinfônica de Melbourne (Austrália), onde todos os membros da mesma estariam maquiados como os integrantes da banda. Cheirava oportunismo puro. Para completar, na guitarra solo estaria Tommy Thayer, um desconhecido guitarista da cena Poser de Los Angeles e que também já havia gravado com a Doro Pesch, além do baterista original do Kiss, Peter Criss, um dos piores músicos a integrar uma banda grande em todos os tempos. Parecia ser só mais um passo a passar desapercebido na decadente carreira desse (outrora) gigante do Rock. O disco foi lançado e eu nunca ouvi, até o início desse ano, quando um amigo meu comprou uma cópia e me emprestou. Sem esperanças, botei o CD para rodar e... quase caí para trás!!!

Aqueles que andavam desanimados com a banda podem-se esquecer disso. Kiss Symphony - Alive IV vem para apagar todas as más impressões deixadas pela banda nos últimos anos. É emocionante ver a garra com que Paul Stanley (V/G), Gene Simmons (V/B), Tommy Thayer (G) e Peter Criss (D) detonam seus instrumentos, num repertório muitíssimo bem escolhido (ainda que eu pessoalmente jamais deixaria I Still Love You, God Gave Rock'n'Roll To You, I Stole Your Love, War Machine e Creatures Of The Night de fora).

O CD1 (sim, é um CD duplo) abre como se fosse mais um show na carreira da banda, apenas os quatro e muito Rock'n'Roll. Deuce é a primeira numa execução inspiradíssima, seguida (surpreendentemente) por Strutter e a ótima Let Me Go Rock'n'Roll. A primeira grande surpresa vem na execução da clássica Lick It Up, seguida saudosa Calling Dr. Love e do último clássico da carreira da banda (contando que eles nunca mais gravarão um disco): Psycho Circus.

Até aí nada de anormal, mas pode-se dizer que a banda injetou novo fôlego nessas composições, soando muito melhor que nas turnês "Reunion Tour" e "Psycho Circus Tour". Prosseguindo o set temos a entrada do quarteto de cordas e um set semi-acústico, onde são executadas de forma intimista (mas bem inspirada) mais cinco músicas. A primeira é a melhor versão de Beth que eu ouvi na minha vida, com Peter cantando muito bem e o quarteto de cordas deixando ainda mais bonita essa música. Seguida de uma linda (embora burocrática) versão para Forever (que não era tocada ao vivo há anos) e mais duas surpresas: Goin' Blind e Sure Know Something, que assim como Shandi (que encerrou essa parte do show) são belas músicas, embora pouco conhecidas da maioria dos fãs (talvez por serem de origem de álbuns não tão cultuados assim). Assim de encerra o CD1.

Indivudualmente vale dizer que por mais que Gene Simmons nunca tenha sido incluído em lista alguma de maiores baixistas do Rock, seu estlo singular e sua voz rouca são marca registrada na história do Rock'n'Roll. Peter Criss, a respeito de sua pouca habilidade, está tocando pra cacete, naquela que foi (provavelmente) sua melhor noite em muitos anos e Tommy Thayer em momento algum faz as pessoas sentirem falta de Ace Frehley, já que ele debulha de forma fiel os solos, mudando ousadamente um ou outro arranjo, e se saindo muito bem. Mas o show tem nome: Paul Stanley. Sim, pois além de ser um dos melhores e mais carismáticos 'frontman' da história do Rock, Paul ainda mantém o mesmo belo timbre e alcance de seus áureos dias. Gene Simmons pode até ser o símbolo da banda, mas Paul Stanley quem realmente é a estrela (Star Man) do Kiss.

Porém, apesar disso, Kiss Symphony - Alive IV ainda não é um álbum espetacular, até se iniciar o CD2. E é nele onde todos os elogios ditos acima se tornam justos. Esteja preparado para se surpreender ou até mesmo se assustar, pois o Kiss gravou o que parecia improvável e até mesmo impossível: gravou o melhor disco de Rock com orquestra de fundo que já se viu!

De cara o hino Detroit Rock City chega arregaçando tudo, numa execução soberba, o ponto alto do disco, que chega a tirar lágrimas. Seguindo (assim como no disco de estúdio) com King Of The Night Time World e desabando numa versão bem empolgada (pela participação do público) de Do You Love Me?, o Kiss já se mostra com o jogo ganho, podendo acabar o disco por aí. Mas tem mais (felizmente): Shout It Out Loud e a mais espetacular versão de God Of Thunder que você irá ouvir na sua vida seguem o massacre Nova Ioquino em terras australianas, para descambarem nas (na minha humilde opinião) duas melhores músicas da história da banda: Love Gun e Black Diamond (quem diria que músicas tão simplórias podiam soar tão épicas e majestosas). No encore final, a maior surpresa da noite: Great Expetaction e uma das músicas mais massacradas pelos fãs da banda, a polêmica (porém genial) I Was Made For Lovin' You. O desfecho final vem (obviamente) com o maior clássico de sua carreira: Rock And Roll All Nite, soando aqui revigorada.

É uma pena que o Kiss tenha anunciado que não mais lançará discos de estúdio. Visto o que se tem aqui, a banda ainda tem muita lenha para queimar. Não é um disco perfeito, claro. É verdade que algumas músicas aqui foram mal incluídas, algumas não são tão boas e outras que o são ficaram de fora. Mas ainda sim um disco que mantém o nome KISS em evidência como uma das maiores bandas da história. Pois pode você curtir o som deles ou não, mas que eles são sim um dos maiores nomes de Rock de todos os tempos, isso ninguém pode sequer ousar duvidar.

ANO DE LANÇAMENTO: 2003
GRAVADORA: BMG
NOTA:9,5

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Jon Oliva's Pain - Tage Mahal

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Esse é o projeto solo do tecladista-e-as-vezes-vocalista do Savatage, Jon Oliva. Sendo o principal compositor do Savatage, muitos se perguntaram o porque desse álbum solo. Mas Oliva mostrou que sua criatividade não se limita ao Savatage e despejou nesse trabalho solo todas suas influências que não encaixariam muito bem na música do Savatage. Devido a minha grande empolgação que me encontro hoje farei um review música por música:

The Dark - Abre o álbum espetacularmente bem, essa música se encontra entre as 3 melhores do álbum. Tem uma levada sinistra, sombria, como se caminhando no limite para algo desconhecido. O grande barato da música são os coros a-la-Queen intercalando com a voz agressiva e característica do Jon. Aliás, só por curiosidade, a introdução (com o Jon no piano e cantando) e o final dessa música foram feito há um bom tempo, mas acabou nunca sendo usado no Savatage.

Ela emenda na segunda música, People Say - Gimme Some Hell, que tem como característica marcante o refrão, com um riff matador, no melhor estilo Heavy Metal de ser e os vocais sempre agressivos de Jon. Outra coisa que chama muito a atenção nessa faixa é a letra, que menciona várias coisas relacionadas ao Savatage. É mais uma brincadeira mesmo, algo como um "tributo" à banda de Oliva. Nessa música pra se ter uma idéia podemos encontrar versos como "I told you about the sirens" e "From the streets to the gutter".

Guardian of Heaven - Chegamos nessa, que é talvez a melhor do álbum. Tem uma introdução linda, riffs oitentistas maravilhosos e algumas partes com Jon e seu piano que chegam a emocionar. O refrão dessa música, em coro, também é muito bonito. Destaque também para o solo de guitarra que é foda! A letra também é legal, fala mesmo sobre o que o título sugere, um suposto "Guardião da Eternidade", que observa a todos nós e parece incapaz de atuar no selvagem mundo atual. Mas as letras do Jon tem a qualidade de poderem ser interpretadas de várias formas, de modo que na questão "letras" é melhor cada um avaliar por si mesmo.

Slipping Away é o ponto baixo do disco, onde a coisa desanda um pouco. De novo os coros, mas dessa vez muito insossos e o refrão é fraco, muito fraco. A música toda tem uma levada meio "Hard Pop" irritante.

Walk Alone é a primeira balada do disco, e talvez a melhor. Sua introduçao é, novamente, linda. E esse trecho da introdução, com o Jon no piano, com um vocal menos "rasgado", volta algumas vezes no meio da música e tem um clima sombrio, misterioso, até certo ponto melancólico.

The Non Sensible Ravings Of The Lunatic Mind chama atenção a princípio pelo curioso título. De novo aquele clima misterioso, de algo que corre desesperadamente para seu limite, além de belas melodias. A letra também é interessante, e segundo uma entrevista com o Jon ele diz que a tal Mente Lunática supostamente é a dele mesmo. Aliás, dessa mesma entrevista, gostaria de retirar um trecho que define perfeitamente essa música, "(...)começa com aquelas trompas e instrumentos metálicos de sopro e, então entra em uma linha de piano bem diferente (...) Depois disso vem aquele refrão doentio, cheio de vozes. Essa música é como Guardian of Forever, pois se move por diferentes atmosferas e intensidades."

No Escape é uma música já um pouco mais direta, com riffs de guitarra fudidos a-la-Sabbath, que começam destruindo tudo. Seria uma puta música se não tivesse um refrão tão fraco. Mesmo assim tá valendo!

Father Son, Holy Ghost também fulgura entre as melhores do álbum. Uma levada mais cadenciada, tem seus versos cantados de uma maneira de uma certa forma até meio "pop". No entanto essa levada "pop" misturada a levada cadenciada e ao belo clima criado pelas guitarras e pelo piano criaram uma música belíssima. Destaque para o refrão, que é muito legal, aonde pára tudo e fica só o Piano de Jon com o prato da bateria e a guitarra fazendo uns "cortes" espaçados.

All The Time tem uma introdução baseada no piano, pra logo depois entrar num trecho muito interessante com riffs de guitarras muito legais e o piano bem grave. Dessa vez o refrão funciona, fazendo uma música tipicamente Savatage.

Nowhere to Run é bem pesada, de certa forma. Pode ser dividida em partes onde se destaca a guitarra e os vocais quase doentios de Jon e partes com o piano (e a guitarra "por trás") e a voz de Jon bem mais suave e menos rasgada. Essas duas partes se revezam até o fim da música.

Pain é outra música bem direta, sem muita firula, se fosse encontrada em um álbum de Heavy Metal dos anos oitentas eu não me surpreenderia nem um pouco.

Outside The Door é uma música legalzinha, mas que não acrescenta nada ao álbum, embora tenha um estilo bem peculiar que eu não saberia definir em palavras. Creio que a principal característica dessa música é a forma como os versos são cantados por Jon, de uma maneira quase que falada (berrada, no caso), sem muita melodia. Esse artifício já foi muito usado por bandas como Rolling Stones e Aerosmith por exemplo, se não me engano.

Fly Away fecha o álbum com magestria. Trocando o piano por um violão acústico, a introdução continua linda. Aliás, que capacidade esse cara tem de fazer baladas fodas, é incrível. Essa música tem uma típica cara de final de disco, final de filme, etc. Bem melancólica, triste, mas ao mesmo tempo alegre...eu tenho uma real impressão, observando a letra dessa música, que ela é dedicada ao saudoso ex-guitarrista do Savatage e irmão de Jon, Chris Oliva (falecido em 1994, em um acidente de carro). Mas é uma suposição, pode não ter nada a ver. Como eu disse antes eu algum lugar, as letras do Jon podem ser interpretadas de diversas maneiras.

Enfim, foi um belo disco, com poucos pontos fracos e algumas músicas maravilhosas. Altamente recomendado! Ouça esse disco e viaje com Jon Oliva:

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:lol:

Line Up:
Jon Oliva – Teclados/Vocais
Matt LaPorte – Guitarras
John Zahner – Teclados
Kevin Rothney – Baixo
Christopher Kinder – Bateria

(Todos os componentes da banda já foram membors da banda do ex-Savatage Zak Stevens, Circle II Circle.)

Ano de lançamento: 2004
Gravadora: SPV
Nota: 9,5
 

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