Essa história de personagens unidimensionais ou multidimensionais existem nos dois sistemas da mesma maneira. Pode ter certeza que tem muito jogador de GURPS que diz coisas do tipo "Meu personagem tem a vantagem nobre então ganha um bônus de +x nos testes de reação" ou invés de simplesmente interpretar a cena. Mesmo porque comprar beleza ou aliados com ponto de experiência não faz sentido.
E no D&D acontece a mesma coisa. Tem jogador que diz "Vou convencer o guarda a deixar a gente passar" e rola blefar, sem se importar com o que vai dizer ou que definem seu personagem pela sua ficha. Eu mesmo já vi jogadores de Storyteller que criavam personagens memoráveis quando jogavam Lobisomem criarem personagens totalmente superficiais e idiotas quando jogavam D&D com a desculpa de que "é só D&D, não precisa de história".
E existem jogadores que jogam direito (digo direito mesmo porque pra mim jogar como eu citei antes é jogar errado) nos dois sistemas.
Pra mim o que dá dimensionalidade pra um personagem não é nunca a sua ficha, mas sim a sua história e a sua interpretação.
Barlach, estamos falando coisas diferentes. A dimensionalidade a que me referí nada tem a ver com a forma como o jogador interpreta ou ilustra seu persona. A dimensionalidade a que me refiro é uma característica de
sistema. Ou seja, há sistemas que ilustram e abordam aspectos diversos dos personagens, sejam esses psicológicos, emocionais, sociais, profissionais, marciais, etc. e Gurps permite tal abordagem multidimensional por que oferece mecânicas pra isso. Já D&D só se preocupa com a dimensão
marcial do persona, o resto o jogados pode criar se quiser - mas o
sistema per se caga pra isso.
Isso é fato. Não há o que contestar.
Daí a um jogador usar isso de uma forma ou de outra, é particular de cada um, ou seja, se um jogador de Gurps usar sua vantagem nobre para evitar interpetação, ou se um guerreiro de D&D interpreta corretamente o tempo todo condizendo com a personalidade deste, nada disso tem a ver com
sistema. Não confundam:
uma coisa é o sistema ; outra coisa é como ele é jogado.
Cada sistema estimula/sugere uma forma/estilo de jogo. Mas qualquer um pode jogar qualquer sistema da forma que bem entender.
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Sky...
aí eu te pergunto: fora a quarta edição, que saiu ano passado... quandos lançamentos de GURPS tu ouviu falar nos últimos 10 anos? Nenhum?
Hummm... lembro de cabeça alguns:
Gurps Alpha Centauri;
Gurps Covert Ops;
Gurps Blue Planet;
Gurps Imperial Rome;
Gurps Y2K;
...sem contar a melhor série de hard Sci-Fi que há ( considerada assim pela maior comunidade de RPG do planeta, a RPGnet): Gurps
Transhuman Space, com seus suplementos: Fifth Wave;Toxic Memes; Deep Beyond; In the Well; Personal Files; entre outros que não lembro.
Será que é suficiente?
Pois é... isso que dá falar sem conhecer.
O GURPS existe há quase tanto tempo quanto o D&D, então por que é o Munchkin e não o GURPS o carro chefe da Steve Jackson Games?
Seria pelas preferências do mercado? sim. E isto tem necessariamente a ver com qualidade? não.
E eu não tenho preconceito em relação ao GURPS. O que eu falo eu falo com conhecimento de causa, pois já joguei mais de uma vez esse sistema. Isso sem falar nos suplementos, que são absolutamente surtados, como o Gurps Space
Mais uma vez vou lembrar que os suplementos de Gurps são considerados, pela comunidade internacional de RPG, excelentes fontes de referência sobre os assuntos que se dispõem a abordar - até jogadores de outros sistemas usam os suplementos de Gurps.
Mais uma vez você fala de algo sem conhecer.
Isso pra mim é RPG de segunda linha
Esta é unica e exclusivamente a SUA opinião. E a menos que você a apoie com argumentos
concretos e mensuráveis, esta de nada vale para a discussão.
Aliás me parece, a esta altura da discussão, que você é
fanático por d20, a ponto de defende-lo com unhas e dentes, como se sua vida dependesse disto, fechando a cuca, e denegrindo outras alternativas, sem evidências concretas.
Já estou cansando. Fica difícil (e improdutivo ) discutir com um fanático.