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[Poema - tradução] Soneto nº 1 (Shakespeare)

C

Calib

Visitante
Lá pro início do ano eu me aventurei a traduzir poesia pela primeira vez.
Isso aí é o resultado. :hihihi:

Soneto I
Autor: William Shakespeare
Tradução: Calib Kupo

A prole ansiamos de ímpares criaturas,
Porque do Belo a rosa não se extinga,
E em fenecendo enfim as mais maduras,
Sua memória em tenro herdeiro vinga.
Mas tu, que ao teu olhar te contraíste,
O ardor co’ as próprias energias nutres,
Causando fome onde abundância existe,
Teu próprio imigo, de ti mesmo abutre.
Tu que és do mundo o adorno hoje viçoso,
E único arauto da estação garrida,
Enterras em botão teu próprio gozo
E, inculto, esbanjas na avareza a vida.
Tem dó do mundo; ou sê glutão e engole o
Que ao mundo deves, e da cova o espólio.

§§§

From fairest creatures we desire increase,
That thereby beauty’s rose might never die,
But as the riper should by time decease,
His tender heir might bear his memory:
But thou contracted to thine own bright eyes,
Feed’st thy light’s flame with self-substantial fuel,
Making a famine where abundance lies,
Thy self thy foe, to thy sweet self too cruel:
Thou that art now the world’s fresh ornament,
And only herald to the gaudy spring,
Within thine own bud buriest thy content,
And, tender churl, mak’st waste in niggarding:
Pity the world, or else this glutton be,
To eat the world’s due, by the grave and thee.
 

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