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Onde os Fracos Não Têm Vez (No Country for Old Men, 2007)

Sua nota para o filme:


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    32
Ela é a principal junto com a Reneé. Tanto que nos Globos de Ouro ela concorreu como atriz. Depois, vendo que ela podia levar o prêmio como coadjuvante, o estúdio fez o "for your consideration" dela como coadjuvante e o resto é história.

Me desculpa, Tisf, mas ela era coadjuvante sim. O filme era sobre a Roxie. A Welma era foda, tinha destaque e tal, mas o filme era sobre a Roxie, do crime ao pós-julgamento.
 
Pois, eu também fiquei com essa impressão. Mas já vi Chicago há uns 4 anos e não me lembro de muita coisa, talvez esteja errado.
 
wow... é a segunda vez que vejo e gostei mais ainda. o filme é um espetáculo, é basicamente uma lição de como se construir uma narrativa interessante, que te suga pra dentro da história e te deixa hipnotizado até o fim.

Eu gosto bastante dos Coen, não que eu seja um fã fervoroso, mas eles merecem um lugar de respeito na minha lista de diretores preferidos. O único filme do Joel Coen que não vi é o Arizona Nunca Mais, eu curto MUITO a estréia deles Gosto de Sangue, Fargo, O Homem que Não estava Lá e O Grande Lebowski... e Onde os Fracos Não tem Vez é sem dúvida o auge dos caras.

Achei tudo muito foooda, do começo ao fim. É fantástica a habilidade deles em criar momentos de suspense quase que insuportáveis, e geralmente com pequenas coisas, como mostrar a sombra de alguém passando pelo vão da porta, etc.

A atuação do Bardem é realmente um caso a parte, ele faz um personagem extremamente assustador sem ser caricato, sabe, aquela coisa de fazer cara de mau sempre e gritar ao inves de falar, nada disso. Ele dá uma voz calma e aos poucos vai mostrando o quão louco ele é.

E esse titulo do filme é perfeito, em inglês mesmo.... No Country for OLD Men... no começo o personagem do Tomy Lee Jones conta que nos tempos antigos tudo era diferente, teoricamente não havia tanta crueldade gratuita pelas redondezas, mas isso começou a mudar... e quem continuar pensando como antigamente vai simplesmente sucumbir. É só pensar sobre "herói" do filme. Ele fraqueja, pensa como os antigos e resolve fazer um ato de bondade, mais para se livrar do remorso do que qualquer outra coisa. Por esse momento "romântico" de querer ser bom, ele vai ter que fugir do mal e da loucura em pessoa, sem ter um segundo de paz...
 
Nunca tinha visto nenhum dos Coen. Me surpreendi =]

O começo do filme me fez criar uma expectativa enorme e o resto do filme não desapontou. Saí do filme feliz. Mentira, na verddade; eu fico angustiada quando noto que a maioria das pessoas que estão na sala não apreciam uma obra prima. Acho que nesse, em particular elas esperavam que o Josh Brolin conseguisse matar o Bardem e acabasse o filme com alguma frase de efeito positiva e cool a lá arnoldschwarzenegger.
Tommy Lee Jones tá ótimo, mas o troféu joinha vai pro Bardem. [Medo dele]
aquela cena em que ele conversa com um dono de lojadebeiradeestrada foi WOW!!!!!! que foda!! O rosto dos dois de frente... a loucura de um e a impotência do outro
Aliás, a reação diante de uma situação maior do que vc pode lidar é o que desenvolve o filme. Ou o que o filme desenvolve. O personagem do Lee Jones é similar a Llewelyn Moss; pessoas comuns que se encontram envolvidas em acontecimentos extraordinários além de suas respectivas capacidades. A reação de cada um é o que os difere
Llewelyn tentando enfrentar e acreditando que pode, acaba morto. Xerife(?) Tom Bell acompanhando, com atraso, a situação e tentando ajudar, acaba por fim desacreditando em si enquanto policial. Catalizador do processo: Chigurh, ou a violência nua, crua e sem razão

Não importa o quanto vc tenta impedir uma situação, não é o bastante... a coisa acontece e não há mais nada que se possa fazer. Além do sentimento de impotência há tb o desgaste psicológico/físico; em várias cenas se nota o contraste entre o que foi e o que é. Toda pessoa é um 'herói' em potencial, mas esse herói é momentâneo e ngm dura pra sempre.

Outra coisa que me chamou a atenção são as insinuações de violência, em detrimento da violência em si, em alguns momentos:
cena da morte da Carla Jean Moss, ou melhor, não morte, só Bardem fora da casa vendo se a sola do sapado ficou suja de sangue

Vou rever assim que puder.
Enfim, 82
 
Última edição:
Eu não esperava um filme tão sério e sombrio. Fargo definitivamente este não é. Eu tinha uma boa expectativa e este filme a superou. Matador que vai se tornar clássico, xerife filosófico, personagens humanos. Pequenas ações que vão ter um impacto depois. Tudo muito bem alinhavado.

Sobre uma cena em particular, aquela em que o xerife Ed Tom Bell vai entrar no quarto de motel e
aparece Chigurh atrás da porta. A princípio eu achei que Chigurh estava lá mesmo, mas ele não é homem de fugir do confronto. O xerife verificou que não havia ninguém no quarto. Então, eu diria que o xerife estava imaginando o pior, que sua hora havia chegado.

Almie, talvez o melhor seja dizer:
A não-cena da morte de Carla Jean. Porque Chigurh é um homem de palavra (e preocupado com sangue nos sapatos).
 
Última edição:
Eu esperava mais, talvez pelo tanto que li de elogios, mas achei muito bom sim (não o melhor dos Coen) e eu a partir de agora não quero ver o Javier Bardem na minha frente, sob o risco de eu me cagar de medo.
 
Vou colocar aqui o que eu postei no blog.

Quem lê a sinopse do filme Onde os Fracos Não Têm Vez, acaba achando que o filme é apenas uma historinha de polícia e ladrão. O cara que acha uma mala de dinheiro no meio do deserto, o cara mal que está atrás dele e o policial atrás de ambos.

Na verdade, o filme dos irmãos Coen acaba sendo muito mais do que isso. A força das duas horas do filme reside justamente na noção de que aqueles três personagens representam algo maior. Tommy Lee Jones é a espinha dorsal da história. O título diz respeito à ele e é nele que recai toda a desesperança, a justiça cansada e atônita de uma época onde matar virou algo totalmente banal. Época retratada no filme, lá pelos anos 80, época que perfeitamente poderia se aplicar à nossa.

Javier Bardem representa a violência pura e simples. Da onde ele veio? Pra onde vai? São perguntas sem respostas, assim como um ato de atrocidade cometido contra outras pessoas: não há explicação. Seu personagem é tudo aquilo que está tomando conta do sistema. Seu rosto sem expressão é impressionante, assim como seu método de agir, simplesmente igualando as pessoas a gado.

Josh Brolin é o cara comum, suscetível, ganancioso. É a maior parte da população, da sociedade, corruptível, que quer se dar bem, que quer ajudar a esposa a ter uma vida melhor. É nele que a maioria vai se identificar. E é justamente ele que perde a vida, nesse jogo entre a violência e o sistema.

Três personagens, três representações maiores, que fazem do filme uma das melhores coisas dos últimos anos. Além disso, a maneira como os Coen jogam com o anti-clímax é brilhante. Cenas de embates não precisam ser mostradas pra sabermos como aconteceu, como é o caso do cenário onde é achado o dinheiro, ou mesmo
da morte do Josh Brolin e da sua esposa. Quem dirá o final do filme, que deixa muita gente não entendendo nada. Mais um ponto positivo do filme.

Pra finalizar, é interessante a cena dos garotos no filme. Na cena em que o Josh Brolin cruza a fronteira, o menino dá sua jaqueta à ele depois do primeiro lhe dar dinheiro, e queria mais pela cerveja. É o cara comum sucumbindo. No final do filme,
no acidente do Javier Bardem, vemos dois garotos e um deles lhe entrega sua camisa sem querer nada em troca. É o cara comum ainda inocente, não contaminado pelo mundo em que vive. Dois paralelos de uma mesma pessoa, em épocas diferentes. E assim, os Coen finalizam o filme com uma ponta de esperança.
 
Sobre uma cena em particular, aquela em que o xerife Ed Tom Bell vai entrar no quarto de motel e
aparece Chigurh atrás da porta. A princípio eu achei que Chigurh estava lá mesmo, mas ele não é homem de fugir do confronto. O xerife verificou que não havia ninguém no quarto. Então, eu diria que o xerife estava imaginando o pior, que sua hora havia chegado.

Essa cena também me deixou um pouco confuso.
Será que o Chigurh não estava no quarto do lado? Ele veio buscar o dinheiro que estava escondido na tubulação do ar condicionado, aparentemente. Preciso assistir novamente para notar/apreciar melhor os detalhes.

Pra finalizar, é interessante a cena dos garotos no filme. Na cena em que o Josh Brolin cruza a fronteira, o menino dá sua jaqueta à ele depois do primeiro lhe dar dinheiro, e queria mais pela cerveja. É o cara comum sucumbindo. No final do filme,
no acidente do Javier Bardem, vemos dois garotos e um deles lhe entrega sua camisa sem querer nada em troca. É o cara comum ainda inocente, não contaminado pelo mundo em que vive. Dois paralelos de uma mesma pessoa, em épocas diferentes. E assim, os Coen finalizam o filme com uma ponta de esperança.

Esse paralelo é interessante, mas
acho que o filme termina sem muita esperança.

Aquele diálogo final do Tom Bell seria reconfortante, pois fala do pai que segue adiante e prepara um lugar iluminado e quente para o filho, envolto na escuridão e frieza do mundo. Mais ainda, o filho sabe que não estará só, pois o pai o espera. Infelizmente, Bell "acorda", ou seja, a realidade é que ele não tem nenhuma certeza se haverá luz/calor/companhia humana no final de sua jornada, ou, em outras palavras, qualquer tipo de paraíso pós-morte.
 
A cena confusa do quarto:

Sim, Chigurh veio buscar o dinheiro. É possível que a imagem de Chigurh no quarto fosse só imaginação do Bell, mas prefiro interpretar que Chigurh ainda estava lá, no mesmo quarto ou não. A moeda usada pra abrir o ar condicionada tinha a cara voltada pra cima, e gosto de acreditar que isso simbolizaria Chigurh poupando a vida de Bell como fez com o antendente no posto de gasolina.

Esse paralelo é interessante, mas
acho que o filme termina sem muita esperança.

Aquele diálogo final do Tom Bell seria reconfortante, pois fala do pai que segue adiante e prepara um lugar iluminado e quente para o filho, envolto na escuridão e frieza do mundo. Mais ainda, o filho sabe que não estará só, pois o pai o espera. Infelizmente, Bell "acorda", ou seja, a realidade é que ele não tem nenhuma certeza se haverá luz/calor/companhia humana no final de sua jornada, ou, em outras palavras, qualquer tipo de paraíso pós-morte.

O final é desesperançoso não por questionar a existência de paraísmo pós-morte, mas sim por duvidar que o Bell o mereça. Ele no primeiro sonho perde o dinheiro que o pai lhe dá. Bell não cumpriu sua missão dignamente, como fez o pai de quem herdou a profissão. São novos tempos, e Bell está velho, mais do que o pai jamais estivera. Moss e a mulher foram mortos: Bell falhou e está no inferno, não no céu como seu pai.

Tem umas boas explicações no FAQ do IMDb. http://www.imdb.com/title/tt0477348/faq.
 
Na verdade, o filme dos irmãos Coen acaba sendo muito mais do que isso. A força das duas horas do filme reside justamente na noção de que aqueles três personagens representam algo maior. Tommy Lee Jones é a espinha dorsal da história. O título diz respeito à ele e é nele que recai toda a desesperança, a justiça cansada e atônita de uma época onde matar virou algo totalmente banal. Época retratada no filme, lá pelos anos 80, época que perfeitamente poderia se aplicar à nossa.

A ironia do filme é que o mundo ideal em que o xerife parece acreditar na verdade nunca existiu, como aponta o tio dele lá pro final, a violência é comum naquela região desde sempre (Velho Oeste, etc)
 
Fargo - 90
No Country.. - 84
The Man.. - 70
O Brother.. - 66
Intolerable Cruelty - não lembro absolutamente nada desse filme

Quero ver se consigo Blood Simple.

Sabem que eu acho The Man.. parecidíssimo com Beleza Americana. É uma pena, pq os Coen não servem pra isso. Esse filme (assim como O Brother) despenca vertiginosamente na última meia hora.
 
1-O Grande Lebowski - 5/5
2-Ajuste Final - 5/5
3-O homem que não estava lá - 5/5
4-Barton Fink - 5/5
5-E aí meu irmão, cadê você? - 4/5
6-Fargo - 3/5
7-O amor custa caro - 3/5
8-Arizona Nunca Mais - 3/5
9-Matadores de Velhinhas - 3/5
10-Gosto de Sangue - 3/5
 

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