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"O Mochileiro das Galáxias" (Douglas Adams)

Uns anos atrás eu vi o filme e achei muuito ruim.
Aí eu deixei passar um tempo e quando estava na livraria um dia peguei pra ler umas páginas e adorei.
Daí não resisti, comprei e li. Gosto demais.
Muito inteligente, um humor irônico.
A Vida, o Universo e Tudo mais também é muuito engraçado.
Mas ainda não li Até mais, e obrigado pelos peixes...
Acho que ao todo são 5 livros da série.
 
Uma coisa que eu achei bizarra foi que esse livro não tem o número 5 na lombada... enfim, já li ele há anos e vou dizer: o 42 é o número de vezes que o Marvin foi esquecido pelo grupo.


O 5 é considerado um livro com os mesmos personagens, mas não uma sequência.

E o Marvin é esquecido mais que 42 vezes, se pá...
 
Sobre o 42

O 42 na verdade não rola uma explicação, porque se descobrirem qual é a pergunta o universo acaba. Então a explicação do 42 fica no ar. E o terceiro livro é no mesmo nível que o primeiro, o nonsense está melhor. O pior é o quarto mesmo.
 
tem uma explicaçao .... é um grande piada, muitosautores de renome sao loucos por esse numero Lewis Carol por exemplo, ele fez uma piada em cima disso.....


alem disso 42 é o numero de minutos (medio) q um corrpo levaria caiundo de um lado da terra ate o outro lado passando exatamente no centro da terra. oq melhora ainda mais a piada... afinal o computador (a terra) vem com a resposta em si.
 
Eu tenho os 4, adoro!
E conversando com um amigo há alguns dias ele comentou que na verdade são 6... alguém confirma isso?

Devo confessar que assim como tenho vontade de comer lembas, morro de vontade de pegar um porre de pangalática! XD

Também achei o filme legalzinho...
dei boas risadas com ele.
 
Última edição:
Na página passada todo mundo parecia ter tanta certeza sobre qual é melhor e qual é pior, eu me sinto obrigado a dizer que na minha honesta opinião a série foi ficando progressivamente melhor, e sim, isso definitivamente inclui Mostly Harmless.

O primeiro é legal, mas não é tão maduro, e ainda sofre pela narrativa episódica (a coisa começou como uma série de rádio, não?) e propositalmente* aleatória. *Sim, essa aleatoriedade reflete a ação do principal mecanismo de impulsão da narrativa (o Gerador de Improbabilidade), o que além de refletir as limitações do conhecimento do homem sobre a natureza do universo também funciona como um comentário metalingüístico sobre a dificuldade de se criar situações e resoluções em histórias fictícias, mas o fato é que isso cria uma distância emocional -- não dá pra se importar muito com ninguém ali já que eles estão sendo jogados de um lado para o outro por causa de eventos arbitrários, e não pelos seus próprios desejos e/ou buscas pessoais. Ainda é hilário, claro.

O segundo já melhora bastante, primeiro porque o Adams não tenta enfiar muita trama na história, deixando as cenas fluírem pelo tempo necessário (obviamente o extenso interlúdio no Restaurante vêm à cabeça), mas principalmente porque a partir do momento em que nós começamos a caminhar para uma "resolução", as coisas começam a ficar realmente especiais: Zaphod, Trillian e Zarnwoop conhecem o Homem que Rege o Universo, e Arthur e Ford descobrem o segredo sobre as origens da civilização no Planeta Terra. Esses dois eventos em particular fazem a coisa dar um salto filosófico para um patamar que o primeiro livro não chega a atingir em nenhum momento. A imaginação do Adams continua maluca, mas agora ela está mais focada, menos ingênua e aleatória, com mais peso emocional. E sem perder um iota do humor (na verdade ele provavelmente evoluiu nesse sentido também).

E aí... o livro 3. É aqui que as coisas começam a ficar chiques. Aqui o Adams não apenas cria uma narrativa muito mais focada e empolgante (na verdade ela é empolgante por ser focada), com conflitos amarrados em um único ponto antagônico altamente desenvolvido (Krikkit (lol)), bem como esse ponto antagônico em si é um conceito extremamente original que ilustra de forma fantástica um dos temas principais da série: a idéia de que o Universo é uma questão de perspectiva. Claro que isso já havia sido explorado desde o primeiro livro (com coisas como verbetes do Guia), passando pelo segundo (com o Vértice de Perspectiva Temporal (ou algo assim)), mas Krikkit leva essa idéia a lugares muito mais profundos, filosóficos, poéticos e (sim) emocionantes. Eu não vou me aprofundar nisso porque o objetivo desse post é simplesmente descrever as minhas preferências, e não fazer uma análise temática de coisa, mas basta dizer que a complexidade da frustração humana é proporcional ao avanço de suas descobertas. Em outras palavras, quanto mais se sabe, menos se sabe. (Isso tudo sem falar na evolução do Adams como escritor -- os neologismos humorísticos no capítulo 9 (aquele do colchão) fazem um interlúdio "irrelevante" se tornar uma das melhores e mais hilárias passagens da obra toda --, e na sua habilidade em criar conceitos fundamentalmente insanos que de alguma forma parecem fazer total sentido (bistromática???))

O livro 4... eu entendo porque algumas pessoas têm uma certa impaciência com ele. É um desvirtuamento considerável nas prioridades narrativas, mas a apreciação desse desvirtuamento é uma questão de investimento por parte do leitor, já que tematicamente a história continua numa progressão totalmente coerente: ele ainda está falando da Vida, e esse tipo de coisa (amor/sexo) é uma parte importantíssima da Vida. Considerando ainda o tema da perspectiva que eu mencionei acima, fica claro que o desvirtuamento nas prioridades é completamente coerente: Arthur está apaixonado. Ele já viajou pelo Tempo e pelo Espaço, pelos confins do Universo, descobriu as origens da civilização humana, viu seu planeta ser destruído e depois o viu ressurgido como se nada tivesse acontecido, mas no momento ele está, digamos, pouco se lixando pra tudo isso. Fenchurch ( :lol: ) é o Universo dele, o resto pode se ferrar. Também é um livro mais focado e conciso, mas os periféricos, apesar de mais esparsos e efêmeros, são extremamente inspirados (o "Deus da Chuva", "Wonko, o São" e o "asilo", a velha da rifa, a velha que vê os dois amantes na asa do avião, etc, etc, etc). Eu acho que consideraria esse equivalente ao terceiro.

E aí, depois de vários anos, o Adams lançou a obra-prima dele. É besteira não considerar Mostly Harmless parte da série. É definitivamente não só uma parte, mas também uma conclusão perfeitamente satisfatória. Em termos de ritmo é definitivamente o melhor dele, alternando de Ford para Arthur em momentos-chave, construindo uma narrativa muito mais controlada e elegante que em todo resto da série (eu que geralmente considero Pratchett superior nesse aspecto, acredito nesse aqui o Adams está no mesmo nível); e em basicamente todos os outros aspectos também é o melhor dele. Nunca os temas do Adams estiveram tão em evidência e apresentados de forma tão sincera, e nunca os personagens dele foram tão humanos. O mais importante é a dinâmica entre Arthur e Random (a menina se chama Random! :lol: ), que funciona em pelo menos mais de um nível: em termos dramáticos trata-se obviamente do choque entre gerações ("filhos" sendo a próxima coisa na lista das "coisas que acontecem na vida" -- é por isso que esse é tão parte da série quanto os outros; a ênfase na confusão temporal é uma dica de que o Tempo é uma questão de perspectiva (saca?)), mas há mais por baixo da superfície: observe a ênfase na complexidade do trabalho artesanal (a paixão com que ele descreve o trabalho do Fazedor de Sanduíches é tão hilária quanto inspiradora), em contraste com a confusão e incerteza da vida moderna, personificada por Random. Repare na busca de Arthur, começando com uma perda terrível, passando por uma procura por respostas, chegando em uma estabilidade confortável, quebrada por uma descoberta quase igualmente terrível à perda anterior (só que de outra forma), gerando mais procura por respostas, e assim por diante. É a vida. Imperfeita, incerta, e definitivamente diferente de qualquer coisa que você tenha planejado. O único pensamento reconfortante é que você nunca vai entender nada completamente mesmo, então pra que se preocupar? Enfim, basicamente cada capítulo desenvolve algum conceito hilário/inspirado (Colin, o Pássaro-Guia, os Oráculos, esquilos, etc, etc, etc), mas o mais importante é que dessa vez os conflitos estão intimamente ligados à busca de Arthur por um sentido na vida, e os problemas são mais palpáveis e identificáveis. Na minha opinião.
 
Eu comecei [e terminei] de ler o primeiro livro ontem, mesmo eu já tendo visto o filme tempos atrás... de qualquer forma, eu não lembrava muita coisa, e valeu a pena ter lido.

É interessante que, apesar de ser uma ficção científica, ela não é totalmente conceitual, apesar de ser cômica. O enredo é muito bom, e os personagens são bem construídos.
 
é demais!!!! li todos direto, muito show... Só que tem gente que diz que o Praticamente inofensiva não faz parte da "trilogia"(esse termo é hilário).
só pq não tem o número no cantinho da encadernação, na capa...
só axo uma pena um cara tão brilhante com o DNA ter morrido tão cedo! foi em 2001, ne? "Nos desculpamos pelo inconveniente" quaquaquaqua:mrgreen:
 
Ahn, eu só fui concluir o Mostly Harmless essa semana, e percebi que é dada uma pergunta para a resposta 42 sim. Ao menos, foi o que eu entendi.

Vamos lá:

Início do último capítulo: qual o número do local onde Arthur e Ford param? 42. O capítulo se desenrola, e no fim percebemos que o tal lugar é o Stavro Mueller Beta, que Arthur tanto procurava.

Ele então percebe que a pergunta para a resposta 42 é "Onde fica Stavro Muelller Beta?"

Aí chegamos naquilo que é dito anteriormente de que Existe uma teoria que diz que, se um dia alguém descobrir exatamente para que serve o Universo e por que ele está aqui, ele desaparecerá instantaneamente e será substituído por algo ainda mais estranho e inexplicável. Existe uma segunda teoria que diz que isto já aconteceu."

Pois então, Arthur tem a pergunta e a resposta ao mesmo tempo. Por causa disso, seu universo (interessante perceber a noção de particularidade do Universo) deixa de existir, e tudo o mais que era diretamente conectado a ele também, como o novo Guia-Pássaro, na nave dos Vogons. Mas claro, isso nos leva a deduzir que não existe obviamente uma única pergunta, mas sim inúmeras. Uma para cada universo.

Também dá para encarar a pergunta como sendo "Onde tudo acaba?", para os personagens do livro.

Claro, isso apenas tratando da pergunta para a resposta. Agora, o por que diabos Adams escolheu o 42 para tal função, além do que o logan disse, tem ainda uma citação do próprio autor, que quando questionado a respeito certa vez disse:

Douglas Adams disse:
The answer to this is very simple. It was a joke. It had to be a number, an ordinary, smallish number, and I chose that one. Binary representations, base thirteen, Tibetan monks are all complete nonsense. I sat at my desk, stared into the garden and thought '42 will do.' I typed it out. End of story.

Enfim, é a minha visão, ao menos inicial, da coisa.
 
Fëanor, gostei da sua 'teoria', pra mim o final não poderia ser melhor. Acabou do jeito certo.
 
Sim, o final é perfeito mesmo. Achei Mostly Harmless extremamente bom. E pô, por esse final (principalmente), ainda não compreendo como tem gente que não considera o livro como parte da série.
 
Sim, vale. =]

Como curiosidade: eu estava procurando pelo So Long (que é o que falta na minha coleção, até hoje não sei porque comprei Mostly Harmless antes dos outros :eek: ) e achei lá na Saraiva não só a edição nova, mas a antiga da Brasiliense, traduzida como "Ate Mais; Valeu o Peixe"

Saca a capa:

imagem.dll


E agora uma pergunta: alguém já leu este livro do Neil Gaiman sobre o Douglas Adams? -> http://www.neilgaiman.com/works/Books/Don't+Panic/

Se sim, é bão? Vale a compra? Será que vai chover?
 
Se tirar 'o' fica mais engraçado
"Até Mais; Valeu peixe" (Romário no lugar de Arthur Dent)
 

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