Eu já tive muito disso, mas aos poucos eu vou dissolvendo tudo. No comecinho de minha jornada como leitor eu achava o parnasianismo uma porqueira, um charlatanismo sem igual... E hoje eu admiro muito um número muito grande de parnasianistas ou de poetas advindos do parnasianismo, como Guilherme de Almeida e Onestaldo de Pennafort.
Até recentemente eu tinha um preconceito com Agatha Christie também; mas não tem como você saber que "A Ratoeira" é a peça mais encenada da história e simplesmente julgá-la como uma escritora ruim... Oras: se ser clássico é ultrapassar a barreira dos tempos, "A Ratoeira" é o quê então?
Acho que hoje eu só mantenho um certo preconceito com literatura altamente experimental, como a vertente da OuLiPo (já admirei eles mais no passado; hoje eu vejo como um ateliê ao contrário) e algumas vertentes concretistas (eu sinceramente não entendo poesia concreta), ou a literatura beat, como Kerouac, Bukowski e outros (entenda-se: não sei mais quem)... Ainda que mais cedo ou mais tarde eu sinta que vá encarar um deles -- e acho que vou até mesmo gostar. Existem muitos autores contemporâneos que eu mantenho essa posição; mas é só porque meu relógio interior não terminou de dissolver o passado para tentar dissolver o presente.
Até recentemente eu tinha um preconceito com Agatha Christie também; mas não tem como você saber que "A Ratoeira" é a peça mais encenada da história e simplesmente julgá-la como uma escritora ruim... Oras: se ser clássico é ultrapassar a barreira dos tempos, "A Ratoeira" é o quê então?
Acho que hoje eu só mantenho um certo preconceito com literatura altamente experimental, como a vertente da OuLiPo (já admirei eles mais no passado; hoje eu vejo como um ateliê ao contrário) e algumas vertentes concretistas (eu sinceramente não entendo poesia concreta), ou a literatura beat, como Kerouac, Bukowski e outros (entenda-se: não sei mais quem)... Ainda que mais cedo ou mais tarde eu sinta que vá encarar um deles -- e acho que vou até mesmo gostar. Existem muitos autores contemporâneos que eu mantenho essa posição; mas é só porque meu relógio interior não terminou de dissolver o passado para tentar dissolver o presente.