Geraldo Og Nicéas Marques Fernandes, magistrado que atualmente ocupa o cargo de ministro do STJ
Na mesma página está um retweet do juiz com a notícia do Portal R7 de que 43% dos brasileiros querem intervenção militar.
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Não precisa conhecer o perfil dele, basta saber que ele é um juiz e ministro do STF e está perguntando se a gente acha que deve ter um GOLPE MILITAR ("intervenção" o cassete) no país.Não conheço o perfil do ministro pra saber a intenção por trás da enquete, mas mano... Esse lance de intervenção militar tá ficando preocupante.
Pqp! Aqui no fórum, que tem gente que acha que todo mundo é melhor (sic), mais evoluído do que a galera de fora, tem gente que defende esse tipo de absurdo, imagina na população em geral? Isso é muito preocupante.
Mas fico bastante preocupada de ver como o jornalismo não tem o mínimo domínio dos termos mais básicos e corriqueiros do aspecto jurídico do país, como, sei lá, por exemplo, o nome do fucking Tribunal??!?!?
Essas matérias não passam por fact-checking??
Mas fui consultar o Twitter do Ministro Og e a enquete acabou 51% contra e 49% a favor:
https://twitter.com/ministro_og?lang=en
Curioso, não? Provavelmente uma página de bolsominions e afins compartilhou convocando seus seguidores para votar.
OBS. Não leiam os comentários se não quiserem ter uma gastrite
Eu que escrevi errado, Mellime, não copiei isso (os dados do juiz) de matéria nenhuma, só li rapidamente em algum lugar que ele é ministro do STJ e já tasquei o "S" como "supremo".
Obrigada por avisar, eu nunca havia pensado nisso, que o adjetivo Supremo fosse só pra um tribunal, o que aliás faz todo sentido.
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Não entendi a correlação. A pesquisa indica que quem votaria no Lula apoia golpe militar? Ou você está supondo que já que o percentual é o mesmo então são as mesmas pessoas?Segundo essas pesquisas malucas, quase metade da população apóia intervenção, e quase a mesma proporção votaria no Lula.
Não entendi a correlação. A pesquisa indica que quem votaria no Lula apoia golpe militar? Ou você está supondo que já que o percentual é o mesmo então são as mesmas pessoas?
Não quero assustar ninguém aqui, mas... tenho um tio materno maior de 60 que defende ardentemente a intervenção militar. Cheguei a ter que pedir que esse cidadão parasse de postar sua estrumeira na minha linha do tempo do Facebook, pois tenho o direito de pensar o contrário. Essa turma está tão cega que para eles, quem se disser contrário à intervenção, ou é comunista ou/e é contra o Brasil.Às vezes o cara pode até fazer na melhor das intenções (sei lá, algo como "vou mostrar pra esses lambe-botas que a maioria da população é contra!"), mas esse tipo de enquete é tiro no pé. Primeiro que, de um ponto de vista estatístico, não diz absolutamente nada. Segundo que ignora a mobilização de grupos organizados nas redes sociais para votar em massa em uma opção, o que pode gerar um resultado completamente oposto ao esperado por quem realiza a enquete.
Enfim, também não conheço nada desse Og Fernandes, mas concordo que fazer essa enquete foi uma baita burrada da parte dele.
Mas aí é forçar muito a barra. Essa interpretação é válida, mas acho mais provável é que os outros 50% da estatística, os que não votam no Lula é que apoiariam isso. Como você bem apontou. Aqui mesmo no tópico duas pessoas (a Seiko e a Pim) disseram que preferem Bolsonaro a Lula. Bolsonaro que defende abertamente a ditadura, não Lula.O que a Seiko quis dizer (me corrija se não for isso, Iza) é que, por dedução, se algo em torno de 50% da população supostamente apoia um golpe militar e também 50% votaria no Lula, é muito provável que exista alguma intersecção entre esses dois conjuntos - i.e., que eles não sejam conjuntos perfeitamente disjuntos, porque isso seria bastante improvável.
Sinceramente, não sei como poderia haver outra interpreação para o que ela disse.
De toda forma, essas estatísticas são certamente furadas. Acho bizarro e improvável alguém votar no Lula e apoiar um golpe militar (apesar de não ser impossível - se há algo de consistente sobre o ser humano é que ele não é consistente).
Talvez a correlação que a Seiko possa ter feito considera o tempo em que o PT (Lula e Dilma) estiveram no poder. Há muitos comentários na rede que supõem que, nesse período em que as Forças Armadas estiveram sob seu comando, possa ter havido uma "contaminação" no que a gente conhece das FA da época da ditadura mais recente. Não sou eu falando, mas se fosse para ter uma intervenção militar, ela já teria acontecido ainda dentro da "era lulopetista" (hehehe, esses termos são daora). Se ocorresse agora, existiria a possibilidade de o "golpista", na verdade, ser outro.Mas aí é forçar muito a barra. Essa interpretação é válida, mas acho mais provável é que os outros 50% da estatística, os que não votam no Lula é que apoiariam isso.
Não entendi a correlação. A pesquisa indica que quem votaria no Lula apoia golpe militar? Ou você está supondo que já que o percentual é o mesmo então são as mesmas pessoas?
Ah, não se preocupe, aposto como a maioria daqui tem pelo menos um parente que ""pensa"" parecido. Só eu tenho dois tios.Não quero assustar ninguém aqui, mas... tenho um tio materno maior de 60 que defende ardentemente a intervenção militar. Cheguei a ter que pedir que esse cidadão parasse de postar sua estrumeira na minha linha do tempo do Facebook, pois tenho o direito de pensar o contrário. Essa turma está tão cega que para eles, quem se disser contrário à intervenção, ou é comunista ou/e é contra o Brasil.
Pra vcs terem uma ideia: eles veem FHC e Lula como comunistas (FHC, pasmem!!!) e aliados. Nem preciso dizer mais nada...
Muito se discute sobre a possibilidade, necessidade e legalidade de uma intervenção militar para combater a corrupção, retomar o desenvolvimento e evitar uma convulsão social. (Ver o editorial “O altar da salvação nacional”, na página ao lado.)
O artigo 142 da Constituição federal define a missão das Forças Armadas, estabelecendo que elas “são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da República, e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem”.
O artigo deixava dúvida se o emprego das Forças poderia ser determinado diretamente pelo Judiciário e pelo Legislativo, haja vista a subordinação das Forças Armadas à autoridade suprema do presidente da República. Essa lacuna foi parcialmente preenchida com a Lei Complementar 97/1999, que em seu artigo 15, § 1.º, diz: “Compete ao Presidente da República a decisão do emprego das Forças Armadas, por iniciativa própria ou em atendimento a pedido manifestado por quaisquer dos poderes constitucionais, por intermédio dos Presidentes do Supremo Tribunal Federal, do Senado Federal ou da Câmara dos Deputados”. A lei não eliminou a possibilidade de um impasse institucional caso o Judiciário ou o Legislativo requeiram o emprego das Forças Armadas e o presidente se recuse a dar a respectiva ordem, pois o Brasil não está imune ao conflito entre os Poderes da União, como se vê no atual contexto político.
Está claro, porém, não haver nenhum dispositivo legal que autorize o emprego ou a intervenção das Forças Armadas por iniciativa própria. Aliás, nesse caso, quem assumiria o comando das Forças? O comandante da Marinha, o do Exército ou o da Aeronáutica? Haveria consenso? Em 1964 o Exército conduziu o movimento civil-militar de 31 de março, mas o contexto político era diferente. Por outro lado, houve intervenções militares em algumas situações de grave crise política, a despeito de, salvo melhor juízo, nunca ter existido tal dispositivo legal.
No Brasil, indivíduos e grupos poderosos vêm usando a lei, ou a prerrogativa de legislar, com o propósito de auferir vantagens injustificáveis, portanto, ilegítimas. A sociedade e as instituições confiáveis precisam tomar atitudes resolutas para, licitamente, se livrarem das lideranças corruptas, cujas permanência no poder e atuação prepotente e nociva podem levar o País a uma desastrosa convulsão política e social, pois tolerância tem limite.
A intervenção militar será legítima e justificável, mesmo sem amparo legal, caso o agravamento da crise política, econômica, social e moral resulte na falência dos Poderes da União, seguida de grave instabilidade institucional com risco de guerra civil, ruptura da unidade política, quebra do regime democrático e perda de soberania pelo Estado. Esse processo revolucionário já foi propugnado, publicamente, por líderes de movimentos pseudossociais e políticos de ideologia socialista radical, todos investindo constantemente na divisão da sociedade.
Em tal quadro de anomia, as Forças Armadas tomarão a iniciativa para recuperar a estabilidade no País, neutralizando forças adversas, pacificando a sociedade, assegurando a sobrevivência da Nação, preservando a democracia e restabelecendo a autoridade do Estado após livrá-lo das lideranças deletérias. São ações inerentes às missões constitucionais de defesa da Pátria, não restrita aos conflitos externos, e de garantia dos Poderes constitucionais, da lei e da ordem.
O Executivo e o Legislativo, profundamente desacreditados pelo envolvimento de altos escalões em inimagináveis escândalos de corrupção, perderam a credibilidade para governar e legislar. Embora moralmente desgastadas, as lideranças políticas têm força para tentar deter a Lava Jato e outras operações congêneres, escapar da Justiça e manter seu ilegítimo status de poder. São visíveis as manobras insidiosas da velha ordem política patrimonialista fisiológica e da liderança socialista radical, cuja aliança afundou o País em 13 anos de governo.
Pela credibilidade da presidente do STF e da maioria dos ministros, a Alta Corte tem autoridade moral tanto para dissuadir essas manobras insidiosas quanto para encontrar caminhos legais e legítimos que permitam acelerar os processos das operações de limpeza moral, como a citada Lava Jato. Não fossem o foro especial e os meandros de uma Justiça lenta e leniente, o País já teria avançado muito mais em sua higienização política.
Por sua vez, a sociedade, hoje descrente, tenha consciência de que, para traçar seu destino, precisa manter constante pressão para sanear instituições fisiológicas, que não cumprem a obrigação de defender interesses coletivos. Não se iluda a liderança nacional. A apatia da Nação pode ser aparente e inercial, explodindo como uma bomba se algo ou alguém acender o pavio.
Na verdade, só o STF e a sociedade conseguirão deter o agravamento da crise atual, que, em médio prazo, poderá levar as Forças Armadas a tomarem atitudes indesejadas, mas pleiteadas por significativa parcela da população.
O Brasil não pode continuar sangrando indefinidamente, pois isso aumenta a descrença no futuro, retarda a retomada do desenvolvimento econômico e ameaça a estabilidade política e social.
O comandante do Exército estabeleceu a legalidade, a legitimidade e a estabilidade como cláusulas pétreas para guiar a instituição, mas a mensagem se estende, também, à sociedade e à liderança nacional. Que tenham visão de futuro e responsabilidade cívica e política para impedir que a legalidade continue sendo corrompida pela ilegitimidade, assim desestabilizando o País.
As cláusulas pétreas são pilares que precisam ser rígidos, sendo os Poderes da União e a sociedade os responsáveis pela firmeza do tripé.
*General da reserva