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Marcos Ponte, o primeiro astronauta Brasileiro

Smaug, não é apenas isso. Não me lembro onde eu vi que uma escola de educação básica tinha selecionado alguns experimentos para que Ponte levasse ao espaço, inclusive todos haviam sido testados com relação a segurança, etc. Não sei se a experiência dos feijões é uma delas, nem se teve o apoio de algum cientista, mas percebe o valor subjetivo? Crianças tendo seu lado de pesquisador estimulado, que seja com feijões ou o que for, mas isso não tem preço.

Se alguém tiver mais detalhes (eu lembro que vi isso em um dos jornais depois que voltei das aulas na faculdade e estava no hotel, me preparando para dormir (já devia ser 1:00h da manhã) e puder complementar, seria ótimo.
 
Maglor disse:
Eu acho que a crítica do Jedan foi em relação a um certo ufanismo que aparece nesses momentos, e não em relação aos progressos científicos que viagens ao espaço trazem.

pode ser, Maglor... mas fato é que no país onde o modelo é pura, só, simples e constantemente jogador de futebol, é necessário mostrar aos jovens alternativas.
Eu me lembro que a passagem do Halley despertou a curiosidade por astronomia em muitos jovens... claro que a maioria esqueceu, mas aquele 1% que "seguiu o cometa" não teria ido por esse caminho alternativo se não fosse aquela papagaiada toda.

E por mais que seja papagaiada, quem é o foco precisa ter ciência que é oportunidade para mostrar "olha, tem este caminho também! Não vai todo mundo por aí, que pra muitos vai ser beco sem saída!"

Usar de falsa modéstia, antipatia e amargura porque está sendo "usado" é uma bruta perda de oportunidade... como o Ponte fez, ele virou o jogo, para divulgar as outras coisas (ciências? diplomacia?)

Erulasto disse:
É hora do Brasil deixar sua cultura de país emergente e de estrelas efêmeras (Ronaldos, Giseles e tutti-quantti) para tomar um rumo acadêmico/científico decente. Precisamos de mais pessoas como César Lattes e Santos Dumont para representar nossa nação não apenas de 4 em 4 anos, mas para toda a posteridade.

alguém, fora eu e Logan, que sabe quem foi César Lattes ;_; (comovida)
 
Última edição:
Talvez seja um dos motivos da total ignorância acadêmica dos brasileiros. Não conhecer nomes como o de Lattes (que infelizmente, o CNPq transformou uma justa homenagem em uma ferramenta de tortura) é que deixa boa parte da população pensando que o Brasil não tem pesquisa decente. Esse sim foi um Pesquisador (com P mesmo). Espero que o feijão de Marcos Ponte seja (literalmente) uma semente que desperte outros pesquisadores do quilate de César Lattes no país.
 
Não sei se alguém estava vendo o treino da formula 1, mas bem no final dele a Soyuz estava terminando a aproximação com a estação espacial.

Eu achei que a globo ia fazer a mesma papagaiada de quarta-feira, quando deu mais importância ao jogo tosco de futebol do que ao lançamento, mas pra minha surpresa isso não aconteceu...

Enfim... foi o primeiro acoplamento espacial narrado pelo Galvão Bueno :lol:
 
Maglor disse:
Eu acho que a crítica do Jedan foi em relação a um certo ufanismo que aparece nesses momentos, e não em relação aos progressos científicos que viagens ao espaço trazem.

O Maglor é um cara que sempre me entende :mrgreen:

Primula disse:
Jedan, tu me decepciona assim...
Opa, quer dizer que eu tinha uns pontinhos com você? :joy:

Mas então Primula, eu realmente devo ter me expressado mal, minha bronca não é o fato da importância que estão dando, mas como estão dando essa importância. Estão explorando demais o fato dele ser brasileiro. Por exemplo, nas reportagens da Globo eu não estava interessado em ficar vendo o que ele vai comer, onde ele está instalado na Rússia e etc, são assuntos secundários, eu queria era saber dos experimentos dele, de sua função, do avanços que seriam alcançados graças a ele. Eu sou um grande, mas muito grande mesmo, entusiasta da Ciência, quem me conhece sabe disso, e talvez já tenham percebido isso devido a alguns posts meus nessa área, o problema é que a mídia trata muito infantilmente a ciência, e isso me revolta.

Olha, só... o Fenômeno ganha bilhões, não dá nenhum retorno para o Brasil (exceto a "alegria"), não dá sua vida pelo progresso do Brasil, ganha minas, e muitos gosta dele e dão muita atenção a ele.
Mas isso é senso comum. Creio que todos em sua sã consciência concordão que dão atenção a ele muito mais do que merece.

".

São experiências "meia boca"? Então me digam o que acontece em microgravidade com o feijão no algodão.
Eu disse isso? Eu sou a favor de QUALQUER gasto com ciência, nessa área ou em outras. Eu achei a expeirência do feijão extremamente válida, e achei até um absurdo que não tivessem pensado nisso antes. É como a história da NASA que gastou uma quantia e tempo enormes tentando desenvolver uma caneta que funcionasse no espaço e a Rússia sem perder tempo adotou um lápis.

Jedan... é um aviso: essa frase que você proferiu é um perigo para ti mesmo. É o comportamento de quem não vai fazer nada, e desmerece quem fez.
Que frase? A primeira? Dentro do contexto no qual eu me referia ainda a acho extremamente válida. Eu acho que a TV devia dar muito mais atenção a essas viagens, e não abordarem o tema, única e exclusivamente, porque um brasileiro está envolvido. Esse pensamento é pequeno demais. As conquistas de outras nações favorecem a todos. O conhecimento se acumula. A ciência é apátrida. Sempre que vejo um americano trabalhando junto com um russo um sorriso toma o meu rosto e penso que a humanidade está caminhando para um mundo cada vez melhor.

É o comportamento de 99% da humanidade. E por isso estamos nesta merda.
Ah Primula, sem essa de tentar criar fórmulas para a desgraça da humanidade. Mesmo porque eu sou otimista e acho que a cada século o mundo está melhor, mais justo, mais feliz, e melhor para se viver de uma forma geral. Eu concordo que esse pensamento ao qual você se refere é degradante, mas apontá-lo como principal (e aparentemnte único) condutor de nossos problemas é minimalista demais.


Enfim Primula, você foi precipitada em sua análise do que eu penso sobre o assunto.

Ah sim, o mais engraçado é que eu ainda debati com minhas amigas na faculdade outro dia defendendo essas viagens que elas acham totalmente inúteis. Foi semana passada isso.:lol:
 
Última edição por um moderador:
Maedhros disse:
Mas foi legal. O cara acenando e tal. Mas eu também não sei o porquê de tanto alarde.

É nada mais nada menos que o velho e ridiculo complexo de vira-latas do brasileiro tendo como seu maior representante e idiota-mor o presidente anarfa Luiz Gambá Lula da Silva.

Esse é o Brasil que mandou literalmente pro espaço a base de Alcântara e simplesmente a nata de seus melhores cientistas e que ninguém mais lembra deles.

E como muito comentado.. enquanto isso a Amazônia e o Cerrado vão sendo impiedosamente devastados..
 
Última edição:
É melhor uma cobertura superficial e nada científica do acontecimento do que nenhuma cobertura, pois ainda irá existir a chance de criar novos interessados em se aprofundar no assunto.

Infelizmente a cada década (ou até menos) é mais uma geração perdida pela falta de uma educação realmente saudável que a faça se interessar pelas ciências, criando um maior nacionalismo, acabando com o seu derrotismo e mudando a mentalidade do brasileiro que ainda é totalmente errada sobre o trabalho. Um bom exemplo disso: Você está lendo um livro, seja por prazer ou por necessidade, vêm alguém do seu lado e fala -Ah já que você não está fazendo nada vai ali na padaria comprar um pão.

Senti um pouco de vergonha ao ter que ir no google pesquisar quem é Cesar Lattes, mas não consigo entender se isso é culpa minha.

:|
 
Galera, por favor nao me apedreja, eh que nao resisto, mas eh tudo mentira isso do Marcos Pontes ser o 1° Brasileiro a ir pro espaço. O Palocci foi antes dele ahsuieashuiehaiusehaiusheiasheiauhuishesiusaheuiahsuiehasea


Editando: Mas falando serio, ele n foi o primeiro ASTRONAUTA Brasileiro, e sim o 1° COSMONAUTA Brasileiro, lembrando que ele viajou com os Russos, e nao com os americanos.
 
Metz disse:
É melhor uma cobertura superficial e nada científica do acontecimento do que nenhuma cobertura, pois ainda irá existir a chance de criar novos interessados em se aprofundar no assunto

Será? Achar que essa cobertura supercial está bom porque poderia ser pior é um tanto de comodismo. E eles sempre distorcem as coisas. O ufanismo da Globo me dá raiva.

Metz disse:
Senti um pouco de vergonha ao ter que ir no google pesquisar quem é Cesar Lattes, mas não consigo entender se isso é culpa minha.

:|

Você ao meno teve esse trabalho e curiosidade. Se a maioria fosse assim, estaríamos numa situação melhor, imo.
Afinal, ignorante é que aquele que não quer aprender, e não aquele que não sabe.
 
Será? Achar que essa cobertura supercial está bom porque poderia ser pior é um tanto de comodismo. E eles sempre distorcem as coisas. O ufanismo da Globo me dá raiva.

A Globo ta colocando toda hora crítica de cienscistas, nem ta sendo tão ufanista, as outras emissoras estão bem piores nesse sentido...
 
Sei lá gente, às vezes penso que os brasileiros são tão estranhos, mesmo apesar de eu ser um desde quando nasci.
Qualquer coisa, os brasileiros fazem uma hiper comemoração, agora é isso só porque um brasieliros tá no espaço... Ah, me poupe, o cara tá lá para estudar coisas e etc, e não pra fica agitando bandeira brasileira... ¬¬
 
O engraçado é que comemorarmos 'x' anos de aniversário de Louis Armstrong dando o primeiro passo na Lua não é exagero algum.
 
Ana Lovejoy disse:
O engraçado é que comemorarmos 'x' anos de aniversário de Louis Armstrong dando o primeiro passo na Lua não é exagero algum.
Imaginei o Louis Armstrong na Lua cantando "[SIZE=-1]What A Wonderful World"... :lol:


Ok, ok... o outro era da família também, mas se chamava Neil...
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Um passeio de 10 milhões de dólares
RONALDO ROGÉRIO DE FREITAS MOURÃO

Como um dos parceiros no projeto de construção da ISS (Estação Espacial Internacional), o Brasil assumiu o compromisso de construir algumas peças -ao custo de US$ 120 milhões. Além de dar treinamento, a Nasa se encarregaria de enviar Marcos Cesar Pontes ao espaço; tudo sem custo adicional.


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Sob o ponto de vista político, a Missão Centenário só terá repercussão no Brasil nas classes menos esclarecidas
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Entretanto, o Brasil não tem honrado o compromisso de arcar com os custos das peças, enquanto outros países fazem suas contribuições para a montagem da estação. Em conseqüência, os astronautas dessas nações têm prioridade para voar, e Pontes acabava sendo preterido, ficando sempre para o fim da fila. A situação se agravou com o acidente do Columbia, em 2003, quando a frota norte-americana de veículos espaciais foi desativada.
O transporte para a ISS passou a ser feito com a espaçonave russa Soyuz. Esta, porém, tem tripulação de só três astronautas, enquanto a lançadeira comportava sete. A redução do número de assentos fez com que a fila de espera em que estava Pontes aumentasse.
O vôo de Marcos Pontes (444º astronauta ao espaço) é, na realidade, uma grande jogada eleitoreira do governo. Ela não irá contribuir em nada para reafirmar o programa espacial brasileiro.
Na realidade, Pontes poderia ir ao espaço em 2009, de graça, sem pagar os US$ 10 milhões, se o Brasil tivesse cumprido o acordo de construir algumas peças para a ISS. É mais importante cumprir essa tarefa do que enviar um brasileiro ao espaço, pois ela irá gerar um desenvolvimento tecnológico no Brasil.
Muito mais importante é destinar recursos para tornar realidade nosso programa espacial. Há mais de 10 anos, o nosso veículo lançador de satélites, o VLS, está sofrendo uma "sabotagem governamental", pois as verbas foram reduzidas no fim do governo Sarney, que estabeleceu o acordo de colaboração espacial durante visita à China.
Nosso programa espacial não será beneficiado com o vôo do astronauta brasileiro. Convém salientar que as críticas relativas à Missão Centenário não atingem Pontes, que, competente, vai levar a bom termo as oito experiências programadas. No entanto, os ganhos científicos serão muito reduzidos. Não são experiências prioritárias. Elas poderiam ser realizadas em 2009.
Sob o ponto de vista político, a Missão Centenário só terá repercussão no Brasil nas classes menos esclarecidas. Aliás, a associação do envio do astronauta brasileiro com o vôo do 14 Bis vai colocar em evidência que o Brasil, em cem anos, sofreu um grande atraso.
Naquela época, fomos os primeiros a controlar a dirigibilidade dos balões e a levantar vôo com um veículo mais pesado que o ar, graças à iniciativa de Santos Dumont. No presente, o governo gasta US$ 10 milhões para colocarmos um astronauta no espaço -sendo que mais de 30 países já o fizeram-, usando lançadores de outros países.
Talvez seja por causa disso que não existe em relação ao astronauta o mesmo senso de patriotismo que envolve o feito de Santos Dumont. Na realidade, o que existe é certa euforia, e não patriotismo. É esse espírito que o governo atual quer captar para a sua reeleição.
Criticar o gasto desnecessário não é falta de patriotismo. Ao contrário, é um ato de patriotismo -e até mesmo de coragem, durante determinados regimes. Na verdade, a falta de sensibilidade dos governos em relação à pesquisa científica e tecnológica no Brasil constitui um ato de desrespeito dos políticos com o futuro de nossa pátria.
A Índia e a China já têm os seus lançadores há mais de dois decênios. Começaram seus programas na mesma época que o Brasil. A Índia vem lançando os seus satélites por meios próprios. A China foi o terceiro país a colocar um astronauta no espaço com seus lançadores. Não lançou nenhum homem no espaço com o auxílio de outro país.
O importante é que as autoridades do governo do Brasil compreendam que o programa espacial é fundamental para a economia (o transporte de satélites é um comércio muito lucrativo) e para a segurança nacional, assim como para o progresso cientifico e tecnológico, tendo em vista o seu efeito nas mais diferentes indústrias, como na eletrônica.
O atraso do nosso programa espacial já deveria ter provocado uma CPI sobre o desenvolvimento científico e tecnológico brasileiro. Quando a URSS colocou o primeiro satélite artificial em órbita, houve um questionamento por parte dos políticos norte-americanos para saber a razão pela qual os EUA não conseguiram fazê-lo com sucesso antes dos russos. Até o sistema de ensino foi questionado. No Brasil, se perdermos a Copa do Mundo, será uma verdadeira crise...



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Ronaldo Rogério de Freitas Mourão, 70, astrônomo, doutor pela Universidade de Paris, é criador e primeiro diretor do Museu de Astronomia e Ciências Afins (RJ). É autor de mais de 70 livros, dentre os quais "Anuário de Astronomia 2006".
 
Mentor disse:
Imaginei o Louis Armstrong na Lua cantando "What A Wonderful World"...


Ok, ok... o outro era da família também, mas se chamava Neil...
Da mesma família, igualzinhos. De costa, a mesma pessoa.

Só por curiosidade, alguém sabe dizer como é que funciona o banheiro em uma estação espacial?
 
Eu estava justamente pensando nisso esse final de semana. Acho que é por vácuo.
 
Tisf disse:
Eu estava justamente pensando nisso esse final de semana. Acho que é por vácuo.
Porque já que não se tem o risco da água bater na bunda, teria o risco de outra coisa subir pelas costas ... que nojo.

Se for a vácuo, aí seria muito fácil. Tem gente que nem faria força.
 
Mentor disse:
Imaginei o Louis Armstrong na Lua cantando "[SIZE=-1]What A Wonderful World"... :lol:


Ok, ok... o outro era da família também, mas se chamava Neil...
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:rofl:

peor, se procurar "louis armstrong moon" no google images, você acha uma foto :lol:

e ahn.. como ele era da família, se ele era branco? :eek:

bem, esse é o louis :lol:

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