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Marcha das Vadias reúne centenas com pouca roupa na Avenida Paulista

Mas vir me dizer que "o homem é a cabeça da relação e a mulher tem que acatar todas as suas decisões" (uma das frases mais comuns nas homilias e pregações) é pedir para eu nunca mais voltar a pisar ali a não ser, como no caso, quando não tenho opção por estar a trabalho.
Só um adendo. Essa citação é de são Paulo em uma de suas epístolas, lida no rito matrimonial. Eu defendo o valor dessa passagem pelo lado Tradicional, mas seria interessante frisar o verdadeiro sentido e não o que ele adquiriu.

Cristo é a cabeça da Igreja, e a Igreja é submissa a Cristo. A mentalidade antiga entendia a mulher como a Igreja, casta e que deveria obedecer ao homem, que era como Cristo, cabeça.

Porém, felizmente, essa mentalidade foi superada. Seria interessante os padres e pastores enfatizarem a mudança de perspectivas sociais e morais referentes ao papel do homem e da mulher. Mais correto seria dizer que a Cabeça (Cristo) que se sacrifica pelo Corpo (Igreja) é uma imagem do casamento como um todo, o matrimônio vivido igualmente por homens e mulheres.

Teologicamente mais correto até.

Mas não sei, ainda vai demorar uns bons anos pra mentalidade da submissão feminina sumir do cristianismo, até pelo solo onde ele nasceu e se desenvolveu, solo grego e judeu, fortemente misóginos. Posso garantir que a rivalidade entre homem e mulher, a guerra dos sexos, enfim, toda tentativa masculina de diminuir a mulher, oprimí-la, da mesma forma que os exageros feministas são, espiritualmente, frutos do pecado original, que deturparam as relações maritais, como as filiais, enfim, todas as relações humanas, como o próprio cosmo enfraquecido, corrupto e decaído. E esse estado de coisas só mudará definitivamente com a parúsia, a Segunda Vinda de Cristo, que restaurará todas as coisas ao seu estado original na Jerusalém celeste, nos novos céus e nova terra.

Mas esse caminho vai sendo preparado já na terra decaída para que possamos ter um mínimo de paz já agora.

Theology mode off
 
Totalmente fora da sequência... Essa de dizer não quando quer dizer sim das mulheres não é desculpa.
Mesmo que algumas façam isso, achar que uma mulher pouco conhecida fala não para fazer charme, é a mesma coisa que achar que o um homem pouco conhecido é estuprador e maníaco simplesmnte porque alguns são. E insistir no caso 1 é a mesma coisa que chamar a polícia no caso 2.

Tá, exagerando um pouco.

Confesso que fiquei chocada com comentários sobre isso, depois de toda a discussão sobre não julgar as pessoas pela aparência e etc.
 
Nhá, houve atendimento, e agora eu tô com preguiça de fazer um post elaborado. :tedio:

Deixa eu só fazer uma observação, porque há um argumento que já foi reiterado neste tópico que está saltando aos meus olhos:

"para brigar por respeito, as mulheres têm que primeiro se dar ao respeito".

Até onde eu entendi, a bandeira do movimento é justamente questionar a visão do que é "se dar ao respeito" para as mulheres, que tem um fundamento arcaico. Não haveria aí uma contradição?
 
Última edição:
O que vai depende também de valorações morais, pode-se querer revolucionar essa moralidade e costumes mas não se pode agredir ninguém por discordar disso.

Mas isso não invalida a Marcha, não tira seu valor, desde que ela se mantenha em um nível pacífico, diferente do que ocorreu em Copacabana.

Mas é complicado. Acho que religiosos ou não que se sintam incomodados com esse tipo de protesto nu tem todo o direito de se manifestarem contra a moralidade (ou falta de) do mesmo (da forma, não do ato).
 
Nhá, houve atendimento, e agora eu tô com preguiça de fazer um post elaborado. :tedio:

Deixa eu só fazer uma observação, porque há um argumento que já foi reiterado neste tópico que está saltando aos meus olhos:

"para brigar por respeito, as mulheres têm que primeiro se dar ao respeito".

Até onde eu entendi, a bandeira do movimento é justamente questionar a visão do que é "se dar ao respeito" para as mulheres, que tem um fundamento arcaico. Não há aí uma contradição?

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Ótima pergunta! No caso da marcha o "se dar ao respeito" seria não invadir uma missa, por exemplo. Algumas delas poderiam retrucar: "Mas a igreja católica sempre nos oprimiu blá, blá, blá...". O que não justifica o ocorrido. Se você quer que os seus limites sejam respeitados, respeite, também, os alheios. Isto, para mim, é a essência do "se dar ao respeito".

Só para constar: Não sou católico, sou um agnóstico.

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Última edição:
Como diria o velho De Gaulle "A reforma sim, defecar no leito não". E foi o que elas fizeram com essa invasão à igreja. Cagaram violentamente. É incrível como as pessoas tendem a virar boiada e perder totalmente a razão quando em coletivo. O que essas descerebradas fizeram foi um puta desserviço à uma causa legítima.


P.S Antes que o meu post seja invadido por uma horda que fique claro que o "descerebradas" se refere à essas mulheres da invasão em específico.
 
Última edição:
Nhá, houve atendimento, e agora eu tô com preguiça de fazer um post elaborado. :tedio:

Deixa eu só fazer uma observação, porque há um argumento que já foi reiterado neste tópico que está saltando aos meus olhos:

"para brigar por respeito, as mulheres têm que primeiro se dar ao respeito".

Até onde eu entendi, a bandeira do movimento é justamente questionar a visão do que é "se dar ao respeito" para as mulheres, que tem um fundamento arcaico. Não haveria aí uma contradição?

Se se dar ao respeito é sair com as tetas de fora e/ou invadir igrejas, pára o mundo que eu vou descer nesse ponto mesmo.
 
Deixa eu só fazer uma observação, porque há um argumento que já foi reiterado neste tópico que está saltando aos meus olhos:

"para brigar por respeito, as mulheres têm que primeiro se dar ao respeito".

Até onde eu entendi, a bandeira do movimento é justamente questionar a visão do que é "se dar ao respeito" para as mulheres, que tem um fundamento arcaico. Não haveria aí uma contradição?
Eu sinceramente não tenho certeza, mas pelos comentários que eu li aqui de quem leu o blog delas ou o discurso delas, isso parece mais como a fachada do movimento, não a bandeira, existe uma diferença entre se fazer ouvir, exigir direitos, lutar contra o preconceito e simplesmente gritar achando que todos deveriam pensar e agir igual a você, mas tirando as feministas radicais, seria ótimo ver um grupo de protesto coerente com essa bandeira.
 
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Se, como algumas delas dizem, isto se trata de guerra, lamento muitíssimo informar, mas elas cometeram um erro tático e estratégico gravíssimo ao invadir aquela igreja. Em qualquer exército sério seria um caso de corte marcial e rebaixamento a soldado raso ou expulsão ou até fuzilamento. O clichê da feminista louca e frustrada sexualmente ganhou uma sobrevida de 10 anos por conta daquilo. Deplorável...

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Também não vamos exagerar, né? Isso é coisa de machista frustrado. Pelo que me consta o direito de viver a sua sexualidade e ter prazer sexual de forma livre sempre foi uma das bandeiras do movimento feminista.

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Diga isto às minhas irmãs e amigas, que são muito mais veementes do que eu em condenar o ocorrido e lamentar suas consequências.

Ou seria mais um daqueles casos em que as mulheres podem dizer certas coisas, mas os homens, não?

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Última edição:
Provavelmente algumas pessoas não vão gostar do que eu vou dizer, mas aí vai...
Eu sou a favor de ir pras ruas e lutar por direitos e por espaço na sociedade. As classes historicamente reprimidas têm mais é que se organizar e forçar a criação deste espaço. Quando olhamos para a situação social da mulher no ocidente (e aqui vou me permitir generalizar), vemos um histórico de lutas que resultou em grandes conquistas desde meados do século XIX. As lutas foram árduas, mas hoje vemos mulheres indo às urnas, às universidades, competindo no mercado de trabalho, constituindo renda, entre outras coisas. Sobre a marcha das vadias, eu havia lido pouca coisa a respeito. E pude entender algumas questões um pouco melhor a partir das discussões neste tópico.
Bom, vamos ao ponto. Existe uma coisinha chamada cultura, em que estão envolvidos costumes, práticas sociais e representações. As pessoas crescem e se formam nesse meio cultural, que embora não seja estático, tem peso significativo na formação do sujeito a partir dos círculos de sociabilidade que este freqüenta. O que me incomoda por vezes nesses discursos é supor que a mulher que se idealiza é um extra-terrestre sem qualquer vinculação com o meio social que a produziu e que, portanto, pode tomar quais atitudes queira sem ser submetida a quaisquer formas de julgamento. A questão da roupa curta é uma bandeira? Certo, mas toda mulher na maior parte do ocidente tem o direito de se vestir da maneira como escolher. Mas elas não vão mudar a consciência cultural de uma hora pra outra. Se recorrermos aos clássicos da Sociologia (e aqui o Felagund pode falar com mais propriedade que eu), quando Durkheim teoriza sobre os "fatos sociais", ele diz em determinado momento que é possível escapar às suas determinações... mas nesse processo o sujeito sofre múltiplas coações. Se recorremos a Marx, podemos ainda buscar o conceito de dominação, historicamente presente nas relações de gênero.
Mas a mim a tal Marcha das Vadias parece um movimento burro, que não teve sequer a capacidade de definir de maneira mais precisa as suas bandeiras. Privilegiou-se muito o espetáculo: "oh, estamos chocando com esse nome radical e com os peitos de fora...", e o movimento foi extremamente esvaziado do ponto de vista político. O objetivo da marcha é chocar para propor reflexões? Não vejo este efeito, com exceção de alguns nichos. O objetivo é a construção de um consenso menos opressor em relação à mulher (digo menos opressor, porque opressões sempre haverão sobre homens ou mulheres) no seio da sociedade civil e não apenas em determinados círculos interessados, certo? Então há algo de errado na forma como a manifestação foi levada adiante.
Noções de moda e estética são historicamente elaboradas, isto é, há uma noção de bonito e feio socialmente aceita. Se se pretende atacar essa questão, é preciso fazê-lo de maneira mais inteligente. Adotar como nome, de bom grado, a pecha que os ditos "machistas" atribuem a certos comportamentos femininos é um erro político. Isso ataca o problema ou o reforça perante a sociedade civil? O nome de um movimento não é um detalhe sem importância... é a síntese de uma luta.
Me chamem de machista se quiserem, mas acho pouco provável que eu algum dia namore uma mulher que use roupas muito curtas. Sou um homem do meu tempo, gerado em um contexto em que as representações interiorizadas classificam como imoral este tipo de comportamento. E assim eu penso. A moral não é algo alienígena, que as pessoas escolhem a que mais lhe aprouver na 25 de março. Ela é historicamente constituída. E se se pretende mudá-la, o caminho é muita luta mesmo. Mas essa luta deve ser bem pensada para não cumprir o papel contrário do que tem como objetivo no plano da retórica. Como o feminismo como ação política em geral está situado na esquerda, acho que, na forma como essa tal marcha vem sendo realizada, não seja um abuso classificá-la como um "esquerdismo" de gênero.

PS: Só pra ressaltar: essa coisa de culpabilizar mulheres vítimas de estupro com base na maneira como se vestem é uma babaquice aviltante.

Opa! Brigado pela citacao Timewolf, mas voce foi muito bem na citacao dos dois "porquinhos" da Sociologia (digo porquinhos porque brincamos na faculdade sobre " os tres porquinhos" da Sociologia, com Durkheim, Marx e Weber).

Sobre a manifestacao, eu tenho uma opiniao que muitos aqui ja expressaram:
Eu apoiei todas as ocupacos da reitoria na PUC e na USP desde que entrei na faculdade. Apoio todo o tipo de luta contra opressao e contra abusos das camadas dominantes. Para mim a questao da mulher esta nesse mesmo ponto.
Historicamente a mulher sempre foi propriedade do homem? Sim, mas as caracteristicas dessa " propriedade" mudaram. Com o capitalismo, a mulher foi jogada nas industrias, no mercado de trabalho, recebendo menos, trabalhando muito. Os poucos direitos dos trabalhadores homens nao eram repassados as mulheres, o que dificultava uma tranquilidade financeira de uma mulher que quisesse viver sozinha.
A sociedade e a cultura oprimem as mulheres, isso eh um fato, porem no meu ponto de vista, o capitalismo oprime ainda mais.

Sobre a manifestacao em si, eu tenho um exemplo proprio:
Na ocupacao da reitoria e do predio administrativo da USP, eu fui as reunioes e apoiei sim as ocupacoes, achava que so dessa forma chamariamos a atencao da midia e da sociedade, e que as nossas ideias seriam absorvidas e alimentariam o debate na sociedade de temas como a militarizacao do estado de Sao Paulo, termino das atividades de uma policia militarizada na sociedade civil, o que representa para uma cidade e uma sociedade uma universidade como a USP e porque precisamos garantir a liberdade de pensamento nela, a questao das drogas e etc..

Porem, depois de toda a repercussão tao negativa que se deu todo o episodio, com a sociedade civil atancando ferozmente alunos e professores da USP, percebi que, infelizmente, a sociedade brasileira e seus veiculos de midia nao tem interesse nenhum em debate, muito menos quando usamos dos exageros para tentar acender a discussao.
Acredito que, depois de todo o ocorrido na USP, o Movimento Estudantil saiu mais fraco, ridicularizado pela midia, massacrado pela PM, e sem conseguir despertar o debate.
Vejo o mesmo na Marcha das Vadias, a sociedade se prendeu nos exageros, na extravagancia (proposital) que as manifestantes fizeram para sacudir a sociedade e alimentar o debate.
Eu defendo e sempre defendi o direito das mulheres. Vejo machismo em lugares e coisas em que muitos nao veem. Ja fui chamado de neurotico e paranoico por isso. Mas eh assim que um discursso autoritario se reproduz: Nas pequenas coisas, no comercial, na novela, nos desenhos da Disney como bem disse a Melian, nos cultos religiosos e etc.

Porem, infelizmente eu tiro outra triste conclusao da marcha: A sociedade brasileira nao esta acostumada com debate, muito menos com manifestacoes que usam dos exageros para se fazer entender. Eh um deficit de cidadania e reflexao que o povo brasileiro tem, e talvez tenhamos que mudar um pouco a abordagem nas proximas vezes.
Afinal de contas, toda a manifestacao tem interesse de ganhar as massas, se a forma que fazemos hoje nao esta conseguindo ( e as vezes esta servindo apenas para reforcar aquilo que tentamos mudar) eh porque a abordagem ta errada.

No mais, qualquer critica de juizo de valor ou de moralidade sobre a Marcha das Vadias, para mim, eh completamente irrelevante, o ponto a analisarmos e criticarmos nao pode ser exatamente o ponto em que a Marcha se propos a debater.
 
a sociedade brasileira e seus veiculos de midia nao tem interesse nenhum em debate, muito menos quando usamos dos exageros para tentar acender a discussao.

É a mídia brasileira que não presta, veja um exemplo

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E a Globo é a pior que tem.
 
Porem, infelizmente eu tiro outra triste conclusao da marcha: A sociedade brasileira nao esta acostumada com debate, muito menos com manifestacoes que usam dos exageros para se fazer entender. Eh um deficit de cidadania e reflexao que o povo brasileiro tem, e talvez tenhamos que mudar um pouco a abordagem nas proximas vezes.
Afinal de contas, toda a manifestacao tem interesse de ganhar as massas, se a forma que fazemos hoje nao esta conseguindo ( e as vezes esta servindo apenas para reforcar aquilo que tentamos mudar) eh porque a abordagem ta errada.

No mais, qualquer critica de juizo de valor ou de moralidade sobre a Marcha das Vadias, para mim, eh completamente irrelevante, o ponto a analisarmos e criticarmos nao pode ser exatamente o ponto em que a Marcha se propos a debater.

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Foi o que eu quis dizer quando citei a invasão da igreja, já que algumas delas dizem estar "em guerra contra o sexismo", então que tenham um planejamento tático, estratégico e operacional decente. O Brasil não é a França, a Suécia ou o Canadá, o terreno aqui é outro, portanto a "guerra" tem de ser travada de outra forma.

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Mais uma amostra do que as pseudo-feministas fazem...

Naquelas: se quer respeito, aprenda a respeitar primeiro.

Não entendo a lógica de ficar mostrando as tetas como se fosse vaca em leilão em plena rua e ainda dizer que o ato visa diminuir exploração sexual. Diminuir exploração e aumentar a exposição?

Se querem direitos iguais, beleza. Quando forem presas não podem reclamar se forem jogadas numa cela cheia de homens, direitos iguais. Quando parirem, não precisam ficar três meses em casa, porque o homem só pode tirar uma semana de licença paternidade. Direitos iguais.

Quando as imbecis entenderem que não se pode equalizar tudo, porque somos diferentes (não num sentido de superioridade/inferioridade, mas no sentido biológico), teremos um progresso. Mas pra botar isso na cabeça das feministazinhas de meia pataca...
 
Última edição:
Fanatismo político burro.
Meu respeito às verdadeiras feministas, que entendem que o machismo é uma forma histórico-cultural de submissão da mulher e o feminismo um ideal de igualdade de gênero.
Meu desprezo a esse radicalismo burro que culpa a tudo e a todos por uma questão que é estrutural, como se todos os homens da Terra tivessem plena consciência de que estão oprimindo mulheres, o que em determinados casos faz com que o ódio dessas mulheres sejam dirigidos aos homens por serem homens. WTF! E se torna assim uma causa política despolitizada, justamente por beirar a irracionalidade.
Querem o que? Criar um país de amazonas, como as de Pentesiléia?
Atacar um líder religioso dessa maneira é uma atitude burra... mesmo do ponto de vista político.
 

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