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Livros difíceis de ler

eu concordo com ele
pra mim Grande Sertão Veredas é um mistério, e tenho uma amiga q já leu 3 vezes...
livro chato é mais dificil,
pelo menos pra mim é
 
Pode ser frustrante, trabalhoso, complicado etc, mas nada disso é sinônimo para chato.
Muitas vezes, é sim.

Não que isso signifique que complicar um livro torna-o bom apenas por isso, mas se é necessário uma "chave de leitura" mais complexa, provavelmente é porque o livro tem mais a dizer além do óbvio.
Você está querendo dizer que quanto mais complicado for de ler, mais profunda é a mensagem? Existem muitos livros que tem uma linguagem bem acessível e que conseguem passar mensagens mais grandiosas e profundas do que outros que só enrolam e enrolam e no fim deixam tudo confuso.
 
um que me deu bastante trabalho foi "Lampião", não sei por que peguei aquele livro, muito cansativo e massante, linguagem meio rebuscada, eca!
hhehehe.
Nossa achava que esse "enigma do quatro"devia ser bom! bom saber.
 
daeril disse:
Muitas vezes, é sim.

Não, quase nunca é.

daeril disse:
Você está querendo dizer que quanto mais complicado for de ler, mais profunda é a mensagem? Existem muitos livros que tem uma linguagem bem acessível e que conseguem passar mensagens mais grandiosas e profundas do que outros que só enrolam e enrolam e no fim deixam tudo confuso.

Atenção nas partes em negrito:

Paulo disse:
Não que isso signifique que complicar um livro torna-o bom apenas por isso, mas se é necessário uma "chave de leitura" mais complexa, provavelmente é porque o livro tem mais a dizer além do óbvio.

Sim, existem livros simples com mensagens profundas, e são excessão. Geralmente se utilizam de grandes metáforas (o que vem a minha cabeça no momento é A Revolução dos Bichos), mas de novo, esses livros são as excessões.

A regra geral é que, na maioria das vezes, uma mensagem complexa vai exigir uma meio de ser comunicada também complexo.

Por outro lado, a idéia de A Revolução dos Bichos não tem nada de simples, e se você não tem a chave de leitura certa nesse caso (a Revolução Russa), a mensagem não vai ser nada além do óbvio e possivelmente o livro vai passar por chato (nesse tópico seria "difícil").

Pode parecer banal o conhecimento da Rev. Russa, mas para (por exemplo) a maioria da população brasileira não é.

Esses livros aos quais você se refere, que enrolam e deixam o final confuso, provavelmente (e estou dando um tiro no escuro, uma vez que você não deu exemplos) o fazem por que você não soube ler o que eles tinham a dizer. Obviamente depende de que livro você está falando, porque, como eu já disse várias vezes, nem todo livro complexo (o termo "díficil" parece criar muita confusão) é bom. Mas a grande maioria o faz com o objetivo de comunicar algo que não é facilmente atingido atravéz de uma leitura simples, lançando mão da complexidade para chegar a esse fim.

Acho que está havendo uma confusão em relação à uma igualdade entre livro difícil (complexo) e livro com uma linguagem rebuscada. Isso é verdade na maioria dos casos, mas não em todos. Livros complexos (e existem diferentes níveis de complexidade) são aqueles que requerem algo além do "entender um significado (ou o significado mais óbvio) das palavras que estão ali". Obviamente isso pode ser difícil ou não, depende do leitor.
 
Quote:
Post Original de daeril
Muitas vezes, é sim.

Não, quase nunca é.

Continuo achando que é, mas não vamos sair do lugar se cada um ficar apenas em suas próprias percepções ou modos de pensar.

Esses livros aos quais você se refere, que enrolam e deixam o final confuso, provavelmente (e estou dando um tiro no escuro, uma vez que você não deu exemplos) o fazem por que você não soube ler o que eles tinham a dizer.

Provavelmente:joinha: Mas não me lembro de ter lido nenhum livro que não tenha entendido. Só de Maya, de Jostein Gaarder, que eu sofri um pouquinho. Filosofia demais pro meu gosto. Nem terminei o livro, mas por uma sucessão de fatalidades que me impediram de continuar a leitura.

Portanto:
A regra geral é que, na maioria das vezes, uma mensagem complexa vai exigir uma meio de ser comunicada também complexo.

Acho que a regra está ultrapassada. Qual o sentido de passar uma mensagem que a grande maioria da pessoas não vai entender? Nem todo mundo tem as bases necessárias para o entendimento de um livro, como você mesmo disse. Então, se é assim, não seria mais prático os autores arrumarem uma maneira mais simples de passar a mensagem? Ganhariam mais dinheiro e suas idéias chegariam mais longe. No mundo de hoje as informações estão cada vez mais acessíveis, não? Claro que não estou dizendo que devam ser escritos livros infantis, mas livros com linguagem não tão rebuscada como os "livros complexos". E, como você falou, os livros complexos são assim em sua maioria.

Livros complexos (e existem diferentes níveis de complexidade) são aqueles que requerem algo além do "entender um significado (ou o significado mais óbvio) das palavras que estão ali".

Livros simples (ou os níveis mais baixos de complexidade) podem fazer a mesma coisa, talvez com mais êxito, do que livros com alto grau de complexidade.
 
Sabe a palavra difícil anda enchendo a minha paciência. Nem lê o problema e meus alunos já classificam qualquer coisa como difícil. E o pior é que alguns problemas nem é questão de saber física, mas de INTERPRETAR corretamente o texto que acabou de ler. Ou melhor, ler direito e não imitar papagaio que repete as palavras e não sabe o que significam...

Sabe como é frustrante ver que essas pessoas fracassarão na vida, simplesmente porque não conseguem ler e interpretar um simples texto?
 
Pelo que entendi, daeril, vc gostaria que os autores baixassem o nível de seus escritos, abrissem mão de seu vocabulário, enterrassem toda sua experiência de vida, sua filosofia, seu grau de abstração... para alcançar as massas que não gostam de se dar ao trabalho de pensar e querem receber uma leitura toda mastigadinha...

Fala sério. :roll:
 
daeril disse:
Acho que a regra está ultrapassada. Qual o sentido de passar uma mensagem que a grande maioria da pessoas não vai entender?

Nessa discussão sobre "complexidade" vocês sempre esquecem que Literatura também é ARTE, e que não consiste apenas em "passar mensagem". Quando um autor consegue transpôr as barreiras comuns da linguagem, inovando e criando uma obra como Guimarães Rosa fez com "Grande Sertão: Veredas", a questão das "mensagens" que o autor passa na obra COMPLEMENTAM o valor estético da mesma, mas não são o principal.


daeril disse:
Nem todo mundo tem as bases necessárias para o entendimento de um livro, como você mesmo disse. Então, se é assim, não seria mais prático os autores arrumarem uma maneira mais simples de passar a mensagem?

Ahhh, certo. Vamos nivelar por baixo, Ó-TI-MO. Aí teremos uma massa de idiotas que conseguem entender uma "mensagem" mas não sabem interpretar um texto, ou reconhecer o que faz daquele texto algo especial.

:clap:

daeril disse:
Ganhariam mais dinheiro e suas idéias chegariam mais longe.

Como eu disse, nem sempre é uma questão de 'ganhar dinheiro' ou 'passar mensagem'. A não ser que nós nesse caso estamos falando do Paulo Coelho (que encaixa bem nessa sua descrição de literatura: linguagem absurdamente simples, "mensagem" para o público.

daeril disse:
No mundo de hoje as informações estão cada vez mais acessíveis, não?

É justamente por causa da facilidade para obter informações que não vejo motivo para nivelar por baixo a linguagem utilizada em um livro. De mais a mais, não confunda a facilidade de obter a informação com a facilidade para absorvê-la e/ou compreendê-la, uma coisa não tem nada a ver com a outra.

daeril disse:
Claro que não estou dizendo que devam ser escritos livros infantis, mas livros com linguagem não tão rebuscada como os "livros complexos". E, como você falou, os livros complexos são assim em sua maioria.

Os autores, pelo menos os BONS autores, não se utilizam do que você chama de 'linguagem rebuscada' à toa. Em Literatura, tudo tem uma razão de ser. Como eu citei o "Grande Serão: Veredas" no início do post, concluo com mais um exemplo desse livro.

Entre muitas outras coisas, a obra lida com a dualidade do ser humano. Um dos artifícios que Guimarães Rosa utilizou para reforçar essa idéia, foi o de unir dois tipos de linguagem ao longo da narrativa: a do sertanejo, com uma mais 'arcaica'. Para alguns pode ser difícil de entender, especialmente pelos neologismos. Mas não está ali de graça.
 
Última edição:
Ana Lovejoy disse:
Nessa discussão sobre "complexidade" vocês sempre esquecem que Literatura também é ARTE, e que não consiste apenas em "passar mensagem". Quando um autor consegue transpôr as barreiras comuns da linguagem, inovando e criando uma obra como Guimarães Rosa fez com "Grande Sertão: Veredas", a questão das "mensagens" que o autor passa na obra COMPLEMENTAM o valor estético da mesma, mas não são o principal.

Ainda mais se lembrarmos o que Wilde disse: "Toda arte é inútil". :g:
 
Ah, Gabriel, mas sabemos muito bem que inutilidades (entretenimento, lazer, hobbies), a humanidade teria se matado faz tempo.

Pensando bem... ótima idéia :twisted:
 
Pelo que entendi, daeril, vc gostaria que os autores baixassem o nível de seus escritos, abrissem mão de seu vocabulário, enterrassem toda sua experiência de vida, sua filosofia, seu grau de abstração... para alcançar as massas que não gostam de se dar ao trabalho de pensar e querem receber uma leitura toda mastigadinha...

Fala sério.

Ai!:stars: Só uma coisa...eu não disse que era eu que queria uma "leitura toda mastigadinha".

Nessa discussão sobre "complexidade" vocês sempre esquecem que Literatura também é ARTE

Tinha esquecido mesmo...:oops:

Bom, enfim...convenceram-me!... Eu estava errado. Então que os autores escrevam os livros que quiserem, afinal, são seus livros. E que haja variedade na literatura, não?

Ah, Gabriel, mas sabemos muito bem que inutilidades (entretenimento, lazer, hobbies), a humanidade teria se matado faz tempo.

Pensando bem... ótima idéia

[Com medo de parecer egocêntrico:
Embora esteja escrito Gabriel ali em cima, espero que não tenha sido alguma coisa que eu disse que a fez ter essa idéia genocida, querida Prímula.
Ah, e eu adoro física:cerva: ]
 
Um livro difícil de ler, mas bastante interessante em época de Dan Brown e eleições é Nietzche. O homem era um demolidor nas críticas contra o Estado, a democracia, o totalitarismo e a Igreja! Aqueles artigos sim são mais contundentes que o mistério do Graal. Ainda to no início, mas vou lê-lo e ver até onde alcançou seus trabalhos!
 
Um livro que tive certa dificuldade de ler foi o : Manuscrito Holandes ou A peleja do cabloco Mitavaí com o monstro Macobeba.
De M. Cavalcanti Proença.
A linguagem é muito trabalhada usando termos do sertão brasileiro e muitos termos indigenas. Conta a história de um indio que se aventura do interior do país até a capital. Lidando com coronéis, lendas e mitos.
Livro sobre um Brasil desconhecido de muitos brasileiros.
Li a primeira vez e me perdi muito no texto. Na segunda vez pude saborear a história, pois já tinha digerido melhor a linguagem.
Vale o trabalho. Muito bom.
 
O único livro que achei difícil de ler foi uma versão estranha do livro A Odisséia, ainda sou muito novo li poucos livros (apesar que muita gente diz que eu leio demais).
 
Pra mim livro difícil de ler, é aquele que é muito longo e que esteja num idioma fora da base latina. Infelizmente não tenho saco.
 
Eu estou lendo "A loja de antiguidades" de Charles Dickens, é um ótimo livro, mas é bem difícil de ler, estou lendo já fazem três meses, eu paro, volto, paro, volto, tem um filme, mas eu não quero ver o filme, pois como disse o livro é bom, agora é só complicado de ler.
Recomendo a todos, não sei se tem em português Brasileiro, estou lendo no português de Portugal, mas vale a pena.
 
Um livro que achei difícil foi Romance d'A Pedra do Reino e o Príncipe do Sangue do Vai-e-Volta, de Ariano Suassuna....Na metade do livro eu já tinha perdido 90% do interesse, devo terminado por convicção de que tinha que ir até o fim... :dente:
 
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"Os Segredos da Bela Adormecida"- da Anne Rice.

Amo a autora, mas realmente não engoli este livro, não consegui chegar até o fim, era somente sobre estupro e escravidão sexual, com uma narrativa voltada ao sexo em si, e não a um contexto com o mínimo de sentido. Talvez tenha alguma razão de ser assim, mas não terminei; e mesmo que o fim provasse o contrário, não compensaria um livro inteiro de mesmice e banalidades.
 
Estou achando bem difícil o livro Moby Dick. O autor descreve com muitossssssssssss detalhes todo o esquema da pesca baleeira e as vezes fica meio cansativo e/ou difícil, mas ao mesmo tempo desperta aquela vontade de embarcar em um navio pesqueiro atrás de cachalotes! Ainda recomendo o livro para quem gosta de ler com tranquilidade e disposto a pesquisas, para uma leitura mas rápida e tranquila nem rola!
 

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