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Julgamento do Mensalão

Tá um maior quebra pau na plenária de hoje. Joaquim Barbosa chutou a barraca toda.

Alguém tem acompanhado o julgamento da ação penal 470?
 
Os ministros Joaquim Barbosa e Ricardo Lewandowski discordaram nas interpretações no que diz respeito ao crime de lavagem de dinheiro. O debate se alongou tanto que envolveu TODOS os ministros. O clima ficou super tenso entre os dois, e quando Lewandowski lia o segundo voto de hoje, outra discussão surgiu entre os dois, e Joaquim Barbosa proferiu uma série de insunuações (cheio de razão. Concordo com ele) ao revisor, dizendo que estava havendo hipocrisia, falta de transparência e negligência na leitura, interpretação e revisão dos autos. :uou:
Provavelmente a Tv Justiça ou o G1 vai reprisar. No rádio já não sei.
 
Isso tudo chega a ser um absurdo! Tem gente que rouba um shampoo no mercado não demora 2 dias quase pega prisão perpetua.. Agora esse povo que rouba milhões dos pobres fica, nessa lenga lenga, e ainda é capaz de sair livre... Aff :mad:
 
Isso tudo chega a ser um absurdo! Tem gente que rouba um shampoo no mercado não demora 2 dias quase pega prisão perpetua.. Agora esse povo que rouba milhões dos pobres fica, nessa lenga lenga, e ainda é capaz de sair livre... Aff :mad:

Ly, isso foi citado hoje a tarde durante a discussão dos dois. Tu acredita que há um processo que chegou ao SUPREMO Tribunal Federal de uma pessoa que roubou uma chupeta!? Joaquim Barbosa citou isso como exemplo argumentativo pra defender a ideia de que o povo brasileiro está mais interessado em ver preso os que comentem o "crime de colarinho branco", e não os que cometem erros por origem da miséria. Já o Lewandowski, discordou dele, afirmando que furto é furto e tal pessoa deve ser presa, porém... absorveu Roberto Jefferson da acusação de lavagem de dinheiro. Engraçadinho ele né... ¬¬
 
Se eu vejo alguém ir preso por causa de uma chupeta eu pago. E dou outra. aqui onde eu trabalho tem aos montes... rsrsrsrsrs
 
Houve réplica! Hoje Joaquim Barbosa solicitou a palavra para rebater as opiniões e absolvições que o ministro Lewandowski fez. Foi pontual ao dizer que era infundado, inexplicável e incompreensível absolver réus como Pedro Henry, por falta de provas, já que as provas saltam as vistas em tantos outros tópicos já julgados.

Sinceramente, tem sido gratificante e bastante enriquecedor assistir as plenárias. Não por causa do alvoroço que estão fazendo pelo exemplar desempenho do ministro relator Joaquim Barbosa, mas especialmente por perceber as nuances do código penal e eleitoral, além de pela primeiravez "creditar crença" às atitudes e decisões dos parlamentares.
 

O contraditório. Interessante a opinião do professor. Foge um pouco da opinião pública formada sobre o julgamento do "mensalão".
 
Última edição por um moderador:

O contraditório. Interessante a opinião do professor. Foge um pouco da opinião pública formada sobre o julgamento do "mensalão".

Fale mais Ricardo. Tenho assistido pelo G1 e sempre vejo ele fazendo comentários. Creio que dado o tempo que se passou e se tratar de uma série de crimes ligados principalmente a corrupção passiva feitos todos na informalidade, não sobra muito de "provas". A dúvida razoável normalmente favorece o réu em sua absolvição, mas ao se tratar de um esquema de tanta magnitude, acho que a simples possibilidade já é suficiente para uma condenação. O ministro Luiz Fux falou alguma coisa sobre isso, aqui ressalta essa fala.
 
Última edição por um moderador:
Os problemas desse grande evento que o país vive é, em primeiro lugar estar acontecendo ao mesmo tempo que as eleições municipais (que são o primeiro passo para as eleições presidenciais), o que quer dizer que não poderíamos nunca aceitar esse espetáculo nesse momento em particular; depois, e mais grave ainda, é que apesar da respeitabilidade do STF, é evidente que o julagamento é um instrumento político (aconteça em qual época acontecer). Ou seja, é a sociedade e não o STF quem deveria julgar o caso. Porque essa pretensa neutralidade do direito é uma grande tolice, não existe neutralidade. Ora, se não existe neutralidade, então a própria sociedade deveria ser convocada e julgar, excluindo da vida política os culpados e tomando as rédeas de sua própria vida, assumindo as consequencias. Lamento muito que mais uma vez o país tenha escolhido o caminho de ser conduzido pela mão, como se o povo não tivesse capacidade de dizer o que prefere.
Enfim, apesar da vontade de justiça da sociedade, em particular da mídia, o caso não passa de um grande espetáculo desde o início. Os envolvidos já foram condenados pelos jornalistas, que pensam que política é uma atividade moral, onde os pais da nação devem ser justos, corretos e rigorosos. Bem o que o ministro Joaquim Barbosa encarnou... Pai de todos...
 
. Ou seja, é a sociedade e não o STF quem deveria julgar o caso. Porque essa pretensa neutralidade do direito é uma grande tolice, não existe neutralidade. Ora, se não existe neutralidade, então a própria sociedade deveria ser convocada e julgar, excluindo da vida política os culpados e tomando as rédeas de sua própria vida, assumindo as consequencias.

Gosto disso, mas a enxergo no plano ideal.
Em questões metodológicas (práticas) como isso se daria, Marc_dell ?
 
Alexandre.

O problema é a ação penal 470 se transformar em um julgamento de exceção e, se as provas são “ tênues”, isso poderá mudar todo o ordenamento jurídico brasileiro quanto a condenação de réus. Seria um estado democrático em que, o judiciário faz julgamentos com condenações baseadas em “provas tênues”. Cria-se uma jurisprudência perigosa, e fere alguns princípios do estado democrático de direito . Outra questão é a “pressão” da mídia e da opinião pública exerce para a condenação dos réus de qualquer forma e baseada em qualquer prova mesmo sendo “fraca”. Alguns réus poderão recorrer à justiça internacional, caso sejam condenados. Dúvida não poderá haver quanto à condenação de réus. Concordo com o Mac Dell, todos já foram condenados antecipadamente. O que está havendo é apenas o STF referendando o que a mídia quer. Alguns políticos mineiros estão de cabelo em pé com a possibilidade de algum dia serem julgados no famoso "mensalão mineiro" que desde de 1998 está aguardando a vez. Abraços!
 
Pelo que eu soube de gente que acompanhou mais a fundo o julgamento todo, e por esse vídeo aí que postaram, o Joaquim Barbosa só tá pagando vale e desrespeitando todo o mundo para enfiar uma opinião goela abaixo.
Parece que tá querendo ficar de bem com o público e mandando o decoro à puta que pariu.
 
Gosto disso, mas a enxergo no plano ideal.
Em questões metodológicas (práticas) como isso se daria, Marc_dell ?

Pode acontecer de muitas maneiras: por um plebiscito, onde as pessoas votariam apenas culpado ou inocente (e o STF decidiria a pena, que é uma questão técnica mesmo). Ou por um típico julgamento comum, com juri popular (que lembremos, é uma amostra da população média). Ou, o mais provável num tipo de sistema onde a política é vista como um produto e o candidato é "vendido"(votado e eleito) e o eleitor é mais um consumidor do que qualquer outra coisa, bastaria não votarmos mais naqueles que consideramos culpados. Embora, na prática isso funcione pouco porque os Malufs, Collor e afins sempre acabam eleitos de novo por gente com memória curta ou olho grande, quem sabe.
E o Ricardo tem razão em lembrar que esse julgamento abre um precedente muito sério. Porque ninguém sabe dizer o que isso pode virar, a que ponto esse tipo de condenação, baseada mais um indícios do que em provas concretas pode chegar. Uma coisa se sabe, nosso país tem um histórico muito grande de autoritarismo e esse tipo de "inovação", em um Estado autoritário (ou em vias de se tornar um) pode ser um instrumento legítimo (porque dentro da lei) para silenciar oposições (isso para dizer o mínimo).
Francamente, só temos a lamentar todo esse espetáculo. Que houvesse a necessidade de punir a corrupção, todos concordam, mas não desse jeito.
E politicamente, não há novidade nenhuma em uma figura central, que toma decisões no lugar do povo. Essa é a história do Brasil, sempre com seus coronéis, chefes, líderes, o que seja, mandando e o povo apenas olhando estático.
 
Para desespero do séquito petista o Capo Don Lulloni, não conseguiu reescrever a história como queria, o mensalão realmente existiu, e a alta cúpula petralha tem tudo para ser condenada. Isso tudo em um país onde a oposição se acovardou e praticamente não existe, e em um Tribunal onde a ampla maioria do colegiado foi escolhido pelo próprio PT.
E agora José (Dirceu / Genuíno)? Agora é tentar mais uma vez botar a culpa na imprensa “golpista” ou então desmerecer o julgamento e os Ministros “bobos, feios e cabeça de melão” que votam a favor da condenação, que enfim vai de acordo com o que todo cidadão de bem quer, que é a punição a crimes de colarinho branco.


Interessante que no caso Battisti a justiça brasileira era soberana e devia ser respeitada e acatada, já no Mensalão a mesma justiça não serve, e deve ser questionada inclusive internacionalmente.....Vá entender!
 
Para desespero do séquito petista o Capo Don Lulloni, não conseguiu reescrever a história como queria, o mensalão realmente existiu, e a alta cúpula petralha tem tudo para ser condenada. Isso tudo em um país onde a oposição se acovardou e praticamente não existe, e em um Tribunal onde a ampla maioria do colegiado foi escolhido pelo próprio PT.
E agora José (Dirceu / Genuíno)? Agora é tentar mais uma vez botar a culpa na imprensa “golpista” ou então desmerecer o julgamento e os Ministros “bobos, feios e cabeça de melão” que votam a favor da condenação, que enfim vai de acordo com o que todo cidadão de bem quer, que é a punição a crimes de colarinho branco.


Interessante que no caso Battisti a justiça brasileira era soberana e devia ser respeitada e acatada, já no Mensalão a mesma justiça não serve, e deve ser questionada inclusive internacionalmente.....Vá entender!




Uma que o Partido dos Trabalhadores não é “petralha” isso é retórica de editorial de revista Veja e discurso reacionário de pouca consistência. A questão do Battisti é completamente diferente da ação penal 470 ( misturando alhos com bugalhos). Se a escolha do colegiado foi a maior parte feita no governo PT, mais uma mostra de que não há interferência no julgamento por parte do governo atual e o resultado deverá ser prontamente acatado.

Realmente o PT está reescrevendo a história porque muito recentemente no governo PSDB as apurações de fatos como os que estão sendo julgados jamais aconteceu ( recomendável a leitura do livro finalista do prêmio Jabuti categoria reportagem A Privataria Tucana-Amaury Ribeiro Jr. )
Concordo.

A oposição no país é péssima e inexistente (o que esperar de um Aécio Neves, ACM Neto, Demóstenes Torres, Tasso Jereissati, José Serra etc.) assim como uma imprensa que faz jornalismo investigativo seletivo e apura a verdade que convém aos interesses mercadológicos (vide cachoeira) e escusos.

Sou filiado ao Partido dos Trabalhadores e: Podemos carregar o peso de julgamentos, os erros, as contradições, o desalento, a vergonha, mas ainda temos esperança e, palavras de Frei Betto “manter viva a indignação e engajar em prol de mudanças que façam cessar a marginalização e a exclusão” Há pessoas sérias dentro do Partido dos Trabalhadores e isso é motivo de continuar acreditando na causa.
Se for preciso dar a cara à tapa: estaremos prontos, se for preciso defender o PT de acusações levianas como essa de “ petralhas” estou aqui sem medo.


Ricardo Campos
 
Eu adoro política, mas uma coisa que me enoja são esses rótulos: Petralha, PiG, As elites reacionárias... se a pessoa é anti-PT ela é considerada uma reacionária escrava da PiG o grande monstro brasileiro, se é pró PT é uma ingenua apoiadora dos petralhas. Quando eu escuto esse tipo de discurso da vontade de mandar tudo pra PQP, até disputa pra ver quem tem o bilau maior é menos infantil que isso, dai chegam as eleições a discussão fica só nessa putaria. Não existe discussão de políticas publicas não existe plano de nação. Votar em partido no Brasil não faz o menor sentido, tem neoliberal no PT, comunista no PSDB, palhaço no PR...
 
A coisa que mais me enjoa na politica e a falta de variedade de candidatos. São sempre os mesmos.
Pô da uma chance pra outros roubarem um pouquinho tbm!
 

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