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Há milhares de porcos mortos em Xangai e ninguém sabe porquê

Morfindel Werwulf Rúnarmo

Geofísico entende de terremoto
Cerca de 6000 animais já foram retirados do rio Huangpu, a principal fonte de água da maior metrópole chinesa.

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Milhares de porcos já foram retirados do rio, mas as autoridades dizem que a água é segura

Cerca de 6000 porcos mortos foram retirados nos últimos dias do rio Huangpu, a principal fonte de água da metrópole chinesa de Xangai, com mais de 20 milhões de habitantes. Mas até esta quarta-feira, ninguém sabia explicar ao certo de onde vinham e por que tinham morrido.

A principal origem suspeita é o município vizinho de Jiaxing, onde há cerca de 100.000 suiniculturas, com 4,5 milhões de porcos criados por ano, segundo números avançados pela comunicação social chinesa.

Os animais mortos começaram a ser encontrados em grande quantidade já na semana passada, em cursos de água entre Jiaxing e Xangai, sobretudo no rio Huangpu. Até terça-feira, tinham sido removidas 5916 carcaças.

A população está preocupada com o impacto sobre a qualidade da água para consumo humano, que é captada no Huangpu. As autoridades reforçaram a frequência de análises à água da torneira e têm dito que, até agora, não foi detectado qualquer problema de poluição.

Pelo menos 14 brincos que servem de bilhete de identidade dos animais indicavam que tinham nascido em Jiaxing, não significando que tenham sido lá criados.
“Pelo que sabemos, não excluímos a possibilidade de que os porcos mortos encontrados em Xangai sejam de Jiaxing. Mas não temos certeza absoluta”,
disse um porta-voz do governo local, Wang Dengfeng, citado pelo jornal Shanghai Daily.

Toda a área em torno de Xangai está povoada de lagos e é atravessada por inúmeros cursos de água, formados pelo enorme delta do rio Yangtze. Os porcos poderão vir de outros locais, segundo Wang Dengfeng.

As informações sobre a causa da morte dos animais são controversas. As primeiras análises identificaram, num animal, a presença de um vírus que afecta apenas os suínos – o circovírus. Embora as autoridades veterinárias digam que não há nenhum sinal de epidemia, estatísticas indicam a morte de 10.078 animais em Janeiro e 8325 em Fevereiro. “Estes números ainda precisam de ser verificados”, disse o director dos serviços veterinários de Jiaxing, Jiang Hao, citado pelo Shanghai Daily.

Há quem diga que a causa terá sido o frio e que os porcos estão a morrer a um ritmo de 300 por dia.

Ironicamente, medidas de controlo sanitário do comércio da carne de porco podem ser a explicação para os animais estarem a ser deitados ao rio. Com tantas suiniculturas na região, a carne dos animais mortos ou doentes tem vindo a alimentar redes ilegais de comércio, contra as quais as autoridades de Jiaxing investiram firmemente.

Em Novembro, 17 pessoas foram presas, acusadas de vender ilegalmente mais de mil toneladas de carne obtida de 80.000 porcos por doença na região, ao longo de três anos. Três dos acusados foram condenados a prisão perpétua.

Nesta quarta-feira, mais 46 pessoas foram condenadas, com penas de seis meses a seis anos e meio de prisão, pelo mesmo motivo, segundo a agência de notícias chinesa Xinhua.

Com a válvula de escape do comércio ilegal fechada, os suinicultores poderão estar a desfazer-se dos animais mortos simplesmente deitando-os para o rio.

O consumo de carne na China tem subido em flecha desde os anos 1980. No ano passado, os chineses comeram 71 milhões de toneladas de carne, mais do dobro do consumo norte-americano (33 milhões). Três quartos são carne de porco, a preferida dos chineses: cada cidadão consome 38 quilos por ano, contra 27 por cada norte-americano, que opta mais pelo frango e vaca.

Fonte
 
Outro dia estava vendo na TV um documentário sobre a história da cidade de Londres desde os tempos medievais e lendo essa noticia na China vi até uma certa correspondência com o que rolava no passado com a Londres medieval em que houve uma época que a cidade estava muito inchada pro padrão feudal da época e naqueles tempos muitos porcos (que sempre fez parte da base alimentar dos britânicos) e restos mortais deles eram jogados em grande quantidade no Tâmisa, além do esgoto sem nenhum tratamento e chegou a um ponto terrível em que a cidade passou por uma grave crise sanitária que culminou com a grande peste Negra que dizimou grande parte da população londrina no século 14 e se repetindo numa escala um pouco menor no século 17.

Tomara que no caso dos chineses a coisa não chegue a esse ponto, mas de qualquer maneira não deixa de ser um grave problema de vigilância sanitária que precisa ser combatido urgente.
 
Pelo que entendo eles comercializavam a carne dos animais mortos por doença e como agora a fiscalização pegou firme eles estão simplesmente descartando as carcaças no rio. O potencial de disseminação de doenças que isso traz é enorme. Concordo com a pena de prisão perpétua para os envolvidos.
 

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