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Futuros clássicos da literatura

.Penny Lane.

Usuário
Eu estava aqui pensando... o que há de bom na literatura atual? Ou pelo menos bom o suficiente pra se tornar um clássico? Já pensaram se daqui a 30 anos um aluno perguntar ao professor de literatura sobre o período em que estamos vivendo, o que teve de marcante, etc, ele vai falar o que? Que foi a época da auto-ajuda? :blah:
Não estou dizendo que não existam escritores bons atualmente, até porque não estou em condições de falar sobre isso, já que não tenho lido nada atual pra poder julgar. Mas o que tivemos de excepcional? Como a literatura dessa época vai ser lembrada daqui a vinte anos? O que vocês acham?
 
com certeza eles vão falar de um movimento revolucionário chamado Meia Palavra, que fez com que os jovens do mundo repensassem a era da auto-ajuda :))))
 
Já havia pensado nisso, será realmente dificil, estamos numa época de releituras, acabamos por ler classicos. Eu por exemplo, ganhei de presente o "1808" de Laurentino Gomes, q foi lançado em dezembro de 2007. A história é comemorativa do centenário da vinda da corte portuguesa para o Brasil e narra sua trajetória. O livro tem cerca de 400 pgs....mas ler uma historia q estudei tanto nas intermináveis aulas de história....confesso q nem comecei, e nem um pouco animada. E veja bem, um lançamento com uma história dessas, sinceramente , não deverá ser lembrado por muito tempo....mas como no Brasil, tudo é em função de algum lucro, o livro está no ranking da Veja a pelo menos 26 semanas, ocupando os primeiros lugares.......e nada de excepcional!!!!
 
Também não tenho lido nada de atual, pelo simples fato de que
não me atrai. Compro ou pego uns tantos livros emprestados, e quando
vejo, são todos antigos... Toda vez que visito uma livraria fico com
preguiça de dar uma olhada nos livros, porque é sempre a mesma coisa.
Uma nova edição de algum livro antigo, ou uns tantos livros novos de
auto-ajuda. Acho que no futuro os professores de literatura vão ter
que falar que foi a época da auto-ajuda mesmo, infelizmente. Porque é
a realidade, são os livros mais vendidos e mais comentados. Que nem
aquele 'O Segredo', tomou tais proporções que nossa, parecia até
que era uma obra maravilhosa que passaria a ser um clássico!
Haha vaamos seguir a idéia da Amélia, e fazer um movimento revolucionário! (Ignorem as aleatoriedades e os erros gramaticais, estou com o cérebro estourado ok.)
 
Na minha opinião o grande livro dos últimos anos é o Menina que roubava livros, do Zusak. Livro espetacular e infinitamente acima de muitas das melhores coisas de hoje em dia.
 
Estou na pág. 203 do livro, e é contagiante mesmo! Não sei ainda o que vêm pela frente, não quero esperar muito! mas, me lembra muito "Maus", acho que me marcou! Talvez Art Spielgman também seja um grande autor de clássicos para o futuro!
 
Estou na pag 135 ainda, por pura falta de tempo, mas realmente me surpreendeu...estou amando a Liesel...
 
É, não tem como não se apaixonar por ela. ^^

Sobre a pergunta inicial, infelizmente ser bom (ou locodebom ehehe) não garante que um livro vire um clássico. Até porque dependerá do interesse das gerações futuras, que serão as que os definirão como clássicos, certo? E nesse sentido é tudo tão inconstante que até Paulo Coelho pode virar clássico.

De qualquer forma, eu ficaria feliz em ter Paulo Leminski entre os tais clássicos do futuro =D
 
Eu estou quase me mordendo porque queria ler A Menina que Roubava Livros.

Acho que alguém deveria me dar de aniversário (e isso me lembra de ter de atualizar meu censo, acho que não coloquei nada lá esse ano).

Paulo Leminski vai ser clássico (vejam que eu falo com uma certeza só). Entretanto acho muito difícil decifrar o que se tornará obrigatório para quem quiser saber de literatura, do nosso tempo, nosso retrato. Qual seria o modelo de escrita hoje em dia? Além do existencialismo, modernismo, etc? Só poderemos definir daqui uns 20 anos [???] ou mais, quando classificarem nosso tempo. Ainda acho que será algo como Reciclassicismo, uma era em que buscamos no passado escrever nosso presente, usamos outras escolas como nossas bases e não rompemos barreiras, reconstruísmo algumas. Foi assim na música, no cinema e espero que seja na literatura. Chamam de pós-modernidade, mas por falta de termo, pós é muito vago e acho que só mais alguns anos para classificar. Classificando é que conseguiremos catalogar nossos clássicos contemporaneos.
 
Nunca tinha pensado nisso, talvez por não gostar muito de ler a literatura atual. Prefiro ler livros antigos, clássicos mesmo, por serem mais ricos e com essência, coisa que hoje em dia eu não vejo muito. Quem sabe eu ainda não mude a minha opinião sobre isso.
 
Quanto a Paulo Coelho virar "clássico", apesar de não muito provável devido a quem determina isso (a intelligentsia acadêmica), não é de todo impossível. Tudo depende das condições socioculturais da época, claro. Hoje ele não seria considerado clássico nem a pau, visto que a regra é malhá-lo até não mais poder, mas vai saber como estaremos daqui a 100 anos, né? Talvez o misticismo e a auto-ajuda virem "ciências" e o impacto dos mesmos não possa mais ser ignorado. :dente:

No geral, da literatura atual, não consigo ver nada que merecesse ganhar esse "status" (que pra mim na verdade é algo incrivelmente esnobe e elitista, mas enfim...), pela qualidade dos textos mesmo. Mesmo nesse último século a coisa não foi das melhores, indo ladeira abaixo com o passar das décadas, ainda mais se comparado diretamente com o século XIX e com os outros.
 
é engraçado como é possível enxergar o poder das instituições legitimadoras quando alguém faz esse tipo de pergunta...

É verdade que o que faz de um clássico um clássico não é a sua qualidade, mas outro fatores alheios...

É só vocês pensarem em quantas escritoras brasileiras do século XIX vocês conseguem se lembrar, ou quantos escritores de quéchua vocês conhecem...

Mas, o que de fato surpreende é o medo que essa pergunta inspira e quanto as respostas são esquivas... Como se fizesse diferença errar ou não o que será ou não um clássico...

O único jeito de nos livrarmos (um pouco) dessas instituições é sermos sinceros dentro da nossa experiência de leitura... E ter boa vontade, porque a mitologia da nostalgia pelo século XIX (e pelo início do XX) é sinal de que a academia é realmente forte...

A minha meia dúzia de nomes é a seguinte: José Saramago, Cormac McCarthy, Cees Nooteboom, Roberto Bolaño, J. M. Coetzee (esses dois últimos eu sou suspeito e condenado), Haruki Murakami...

Dos brasileiros: Raduan Nassar, Ferreira Gullar, Dalton Trevisan e (talvez) Paulo Lins...

É uma opção bem personalista, mas qual não é? A diversão é está né?
 
Já tinha pensado nisso. Acho que vão livros como Código da Vincci, A menina que roubava livros, O caçador de pipas, entre outros.
Só não consigo achar um estilo especifico que dite o modelo do que se deve ou não escrver atualmente.
O King escrever de uma forma, o Brown de outra e assim vai...
 
Eles vão ser classificados da forma como se classifica tudo hoje em dia na literatura: pós-modernista. :uhu:
 
Saramago com certeza vai ser uma referência. Talvez o Gaarder, pelo Mundo de Sofia, mas nada muito certo. Concordo que a Menina que Roubava Livros pode vir a ser um clássico. É um livro que toca mesmo.

Eu citaria Harry Potter. Não pela complexidade do texto, nem nada do gênero, mas pelo incentivo a leitura. Eu mesmo comecei a ler mais com Harry Potter.
 
Saramago já é referência. Os Romances Históricos também são bastante comuns a nossa época. Séries como Harry Potter serão uma espécie de Sítio do Pica-Pau Amarelo.

O lord ali em cima falou alguns bons nomes, como o Dalton Trevisan. Leminski, Paulo Lins também são ótimos.

Paulo Coelho é outro que também não terá força pra ser um clássico.

Uma coisa que teve bastante, principalmente na década de 90, aqui no Brasil, foram romances memorialistas (corroborando com Romance Histórico). É uma produção bastante usada hoje em dia, principalmente em tentar uma retomada dos ideias da ditadura e da situação vivida nos anos de Segunda Guerra Mundial/Guerra Fria.

Entretanto, os traços são muito esparsos. A comunicação é rápida demais hoje em dia pra se consolidarem movimentos literários como ouve no passado. E, depois do que o Modernismo fez (meio que conciliando todo tipo de produção possível), acho difícil que tenha um outro movimento.

O natural seria uma volta aos moldes Clássicos. Só que, acredito, seria um movimento bem inexpressivo, como foi o Arcadismo e o Parnasianismo.
 
Paulo Coelho pode não ter força para ser clássico, mas seria preferivel ele ser leitura obrigátoria p/ vestibular e escolas no futuro. É melhor do que aquelas coisas chatas (desculpem-me os fãs, mas não me descem) de Memórias de um Sargento de Milicias, Macunaíma, O Cortiço e por aí vai.
 
Acredito que alguns livros já são classicos agora e espero que no futuro:
1. Reparação (Ian Mc...)
2. Desonra (John M. Coetzee )
3. Kafka a beira mar (Haruki Murakami)

Estes que eu postei já são classicos ou ainda vão ser?
 

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