Entender a estrutura desta temporada leva alguns episódios, causando estranhamento nos primeiros capítulos quando referências a acontecimentos jamais vistos eram feitas como algo intrínseco e orgânico. Mas logo descobrimos que a linha temporal da série começa com uma reunião da família num galpão da capitania dos portos, logo após Lucille Bluth ter propositalmente afundado o Queen Mary (mais uma vez, numa alusão à série ter “afundado” também), seguindo, a partir daí, com a jornada individual que cada membro dos Bluth e agregados seguiu no que eles chamaram de “território obscuro”, ou seja, nos anos em que a comédia ficou fora do ar.
Porém, rapidamente vemos que os acontecimentos isolados com Michael, George Michael, GOB, Lindsay, Tobias, George Sr., Lucille, Buster e Maeby estavam interligados num emaranhado complexo de tramas e subtramas paralelas, simultâneas e totalmente interligadas entre si, exigindo um esforço grande do espectador, mesmo aquele acostumado com as idas e vindas de narrativas compostas de séries como LOST, Fringe e Breaking Bad, por exemplo. Além dos já mencionados flashbacks e flashforwards, a história foi contada com múltiplos pontos de vista de um mesmo acontecimento – especialmente o feriado Cinco de Cuatro e os três eventos no centro de convenção, tornando este também um exercício constante de memória (e paciência).