Produção da Netflix baseada no livro A Assombração da Casa da Colina (The Haunting of Hill House) de Shirley Jackson.
É uma série de terror, mas eu vi mais um drama familiar do que terror, já que os sustos e aparições são previsíveis.
Não é uma adaptação do livro, embora vários fatores da história estejam presentes, a começar pelo nome dos personagens, Eleanor, Theo, Luke, que na história original são os participantes da experiência do Dr. Montagne e dão nome a três dos cinco filhos do casal que compra Hill House com a intenção de reformar e revender a antiga e mal afamada propriedade.
Além de ganharem o nome dos personagens principais, os três filhos são os mais sensíveis ao clima mórbido da mansão, ao contrários dos irmãos mais velhos Steve (o mais cético e que se tornará escritor de livros de terror) e Shirley (evidente referência à autora do livro).
Ao longo dos episódios há uma série de outras referências ao livro pra os fãs se divertirem procurando: a menina da xícara de estrelas, a escada de ferro, as mãos geladas inexistentes, as batidas na parede, as estátuas grotescas, as imagens de leões.
.
Eu não achei ruim a série. Na verdade achei muito boa.
Me tocou bastante a história da família que, completamente desestruturada pela perda da mãe, tenta, cada um a seu modo, reconstruir a vida da melhor maneira possível.
É interessante notar que muitas famílias quando sofrem a perda do pai conseguem se manter de pé e seguir em frente, ainda que carregando a dor e sentindo a falta (no aspecto monetário e emocional) do homem.
Mas a mãe, a falta da mãe, tem um poder avassalador de destroçar um núcleo familiar.
Poucas famílias conseguem se recompor com a ausência da mãe.
Então a série é muito sobre isso, sendo a mansão Hill e seus fantasmas representando um suicídio mal explicado, o pai negando a possível degeneração mental da esposa, vista pelos olhos infantis, as falhas, os erros, a culpa, o vício, a depressão, a decisões equivocadas que todos tomamos ao longo da vida.
Impossível não ter empatia pelos integrantes da família Crain, não sentir carinho pelas suas características e raiva pelo seus defeitos, lembrando que isso é muito mérito dos atores, principalmente as crianças.
Confesso que alguns momentos me deram nó na garganta e em uma cena em especial (11:47, episódio 6) chorei mesmo. Tive até que parar por uns instantes e voltar a assistir mais tarde.
O último episódio também é bem emocionante e meio que encerra a história, de modo que não sei como pode ter uma segunda temporada.
Talvez façam uma outra história, com outros personagens, tipo antes de a família Crain comprar a mansão?
É uma série de terror, mas eu vi mais um drama familiar do que terror, já que os sustos e aparições são previsíveis.
Não é uma adaptação do livro, embora vários fatores da história estejam presentes, a começar pelo nome dos personagens, Eleanor, Theo, Luke, que na história original são os participantes da experiência do Dr. Montagne e dão nome a três dos cinco filhos do casal que compra Hill House com a intenção de reformar e revender a antiga e mal afamada propriedade.
Além de ganharem o nome dos personagens principais, os três filhos são os mais sensíveis ao clima mórbido da mansão, ao contrários dos irmãos mais velhos Steve (o mais cético e que se tornará escritor de livros de terror) e Shirley (evidente referência à autora do livro).
Ao longo dos episódios há uma série de outras referências ao livro pra os fãs se divertirem procurando: a menina da xícara de estrelas, a escada de ferro, as mãos geladas inexistentes, as batidas na parede, as estátuas grotescas, as imagens de leões.
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Eu não achei ruim a série. Na verdade achei muito boa.
Me tocou bastante a história da família que, completamente desestruturada pela perda da mãe, tenta, cada um a seu modo, reconstruir a vida da melhor maneira possível.
É interessante notar que muitas famílias quando sofrem a perda do pai conseguem se manter de pé e seguir em frente, ainda que carregando a dor e sentindo a falta (no aspecto monetário e emocional) do homem.
Mas a mãe, a falta da mãe, tem um poder avassalador de destroçar um núcleo familiar.
Poucas famílias conseguem se recompor com a ausência da mãe.
Então a série é muito sobre isso, sendo a mansão Hill e seus fantasmas representando um suicídio mal explicado, o pai negando a possível degeneração mental da esposa, vista pelos olhos infantis, as falhas, os erros, a culpa, o vício, a depressão, a decisões equivocadas que todos tomamos ao longo da vida.
Impossível não ter empatia pelos integrantes da família Crain, não sentir carinho pelas suas características e raiva pelo seus defeitos, lembrando que isso é muito mérito dos atores, principalmente as crianças.
Confesso que alguns momentos me deram nó na garganta e em uma cena em especial (11:47, episódio 6) chorei mesmo. Tive até que parar por uns instantes e voltar a assistir mais tarde.
O último episódio também é bem emocionante e meio que encerra a história, de modo que não sei como pode ter uma segunda temporada.
Talvez façam uma outra história, com outros personagens, tipo antes de a família Crain comprar a mansão?
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