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Filme traz perfil de cartunistas

ricardo campos

Debochado!
In Memoriam
Cinema.Documentário que traça uma trajetória dos quadrinhos no Brasil será exibido hoje na mostra CineBH


CARLOS ANDREI SIQUARA



Os diretores Daniel Garcia e Daniel Paiva possuem semelhanças e afinidades que vão além do primeiro nome. Ambos desenham e são fãs declarados de quadrinhos, o que contribuiu para a concepção conjunta do documentário "Malditos Cartunistas", atração de hoje na mostra CineBH.
Reunindo alguns dos principais autores que ainda estão na ativa, inclusive o cartunista Glauco - cuja vida foi interrompida após ser assassinado no ano passado, mas chegou a ser entrevistado antes -, o filme conta boa parte da história dos quadrinhos no Brasil por meio de antológicos depoimentos.
Aparecem diante das câmeras e contextualizados pelo ambiente em que trabalham Adão Iturrusgarai, Allan Sieber, André Dahmer, Angeli, Arnaldo Branco, Caco Galhardo, Chiquinha, Fábio Zimbres, Fernando Gonsales, Glauco, Guazzelli, Jaguar, Laerte, Leonardo, Lourenço Mutarelli, Maurício de Souza e Nani, dentre outros.
"Cada um tem uma história interessante para contar, o que faz o documentário ser ao mesmo tempo leve e bastante informativo. Ao longo das nossas conversas, surgiram variados temas que tocam o universo dos quadrinhos, num resultado até então pouco visto. Na época, em 2007, quando nós começamos, ainda não existia um longa-metragem com esse foco, o que nos impulsionou a ir atrás dos caras que nós conhecíamos e admiramos", conta Daniel Garcia.
Com um breve roteiro esquematizado por pontos considerados indispensáveis, como a produção em tempos de ditadura e o início da carreira dos cartunistas, Garcia e Paiva transitaram durante o período de dois anos pela ponte área Rio-São Paulo para colher as entrevistas.
Ao recordar a abordagem realizada por ele e pelo colega Paiva para ter acesso aos entrevistados, que, muitas vezes, se sentem mais à vontade com os traços e as palavras no papel do que com a fala sobre si mesmos, Garcia lembra ter sido surpreendente o resultado de todas as conversas. Elas renderam um vasto material e parte considerável teve que ser cortada para caber em um formato de pouco mais de uma hora.
"Mas os pontos mais marcantes eu acho que estão ali. Tem muitos assuntos que a gente já ouviu falar, mas no filme isso se torna ainda mais evidente. Por exemplo, na época da ditadura, quando os desenhos eram censurados, eles vinham com xis enormes, estragavam um trabalho que tinha custado um tempo. Quem viveu naquela época reporta isso", diz. "Um outro momento relevante que quase todos lembram é do governo de Fernando Collor. Foi duro para quem trabalhava sem anúncio e apenas dependia de venda de banca", completa.
Além do enfoques nos contextos sociopolíticos, ganha atenção o percurso das publicações que vieram na esteira de "O Pasquim", tais como a revista "Chiclete com Banana" e "Animal", que abriram espaço para uma leva de cartunistas que criavam de maneira completamente independente.
"A fala de Adão é bem representativa desse início dos cartunistas que a gente pouco conhece. Lá nos anos 1990, ele produzia uma revista muito inspirada na pornografia e foi aquilo ele produziu e pouca gente hoje conhece que o lançou para o futuro", diz Garcia.
Estreia
Daniel Garcia (jornalista) e Daniel Paiva (cineasta) realizaram a primeira direção de longa com "Malditos Cartunistas".
Exibido mais em eventos para leitores de quadrinhos, o filme passou a circular também em festivais de cinema, como o de Ouro Preto.


Fonte:

http://www.otempo.com.br/otempo/noticias/?IdNoticia=183948,OTE&IdCanal=4
 

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