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Evolução do uso do VAR nos campeonatos

Fúria da cidade

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Chuva de VAR: tecnologia é decisiva, corrige erros e muda histórias

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O recurso tecnológico do árbitro de vídeo se apresentou de maneira decisiva no último fim de semana. Em Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo, o VAR serviu para corrigir erros, salvar os árbitros e, de certa forma, mudar a história dos três campeonatos estaduais em que foi utilizado.

No Campeonato Mineiro, o Cruzeiro acabou beneficiado pela tecnologia, que evitou a confirmação de um gol irregular do América-MG. Um dia depois, o Atlético-MG viu a partida contra o Boa Esporte parar três vezes.

No Rio, logo nos primeiros 15min do Fla-Flu, a arbitragem consultou o vídeo duas vezes. Vasco e Bangu também contou com a intervenção do recurso. No Paulistão, tanto Palmeiras quanto São Paulo acabaram frustrados pelo VAR.

Campeonato Carioca
Flamengo x Fluminense (sábado)

Logo aos 8min de partida, o volante flamenguista Willian Arão subiu de cabeça para inaugurar o placar no Maracanã. Porém, após consultar o vídeo, a arbitragem apontou falta do zagueiro Léo Duarte no goleiro Rodolfo, instantes antes de o meio-campista acertar a finalização e estufar as redes do Maracanã.

Praticamente um minuto depois, a arbitragem novamente parou o jogo para analisar uma falta cometida por Gilberto, que levou apenas o cartão amarelo e permaneceu em campo para, posteriormente, anotar 1 a 0 para o Flu.

O gol obrigou o Flamengo a se abrir para buscar o empate e a classificação para a final - Gabigol igualou o placar na segunda etapa e assegurou o resultado necessário para decretar a ida do clube rubro-negro para a decisão.

Vasco x Bangu (domingo)

O time da Colina acabou beneficiado pelo árbitro de vídeo. Já com a vantagem de jogar pelo empate em virtude da campanha superior ao Bangu, o Vasco teve um pênalti concedido pela arbitragem, que não havia visto um puxão de camisa dentro da área.

Confirmada a infração pelo vídeo, Bruno César converteu a finalização, abriu o placar e encaminhou a ida cruz-maltina para a final (o time de Alberto Valentim venceu por 2 a 1).

Campeonato Mineiro
Cruzeiro x América-MG (sábado)

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Léo (esq) abriu o placar instantes depois de a arbitragem anular gol do América-MG Imagem: Thomás Santos/Agif
O Cruzeiro passou de forma tranquila para a final do Mineiro, muito graças ao VAR. A arbitragem anulou um gol de Felipe Azevedo ainda na primeira etapa, depois de quase 5min de conversa e debate. O próprio jogador americano elogiou a tecnologia e admitiu a falta confirmada após o uso do recurso. Praticamente no minuto seguinte, a equipe de Mano Menezes abriu o placar com Léo e encaminhou a vaga.

O gol do América-MG naquele momento mudaria o confronto. A resposta quase imediata do zagueiro facilitou um duelo que tomaria ares de dramaticidade com o gol irregular do América, que perdeu por 3 a 2 na ida e dependia do resultado positivo para seguir na competição.

Atlético-MG x Boa Esporte (domingo)

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Luan "ironizou" o VAR: só o segundo gol acabou confirmado pela arbitragem após consulta no vídeo Imagem: Marcelo Alvarenga/Agif
Ninguém usou tanto o VAR quanto Anderson Daronco ontem (07), no Mineirão. Em três oportunidades, o árbitro visitou a cabine do VAR, todas envolvendo lances ofensivos do Atlético-MG. No início do jogo, Luan teve um gol anulado por impedimento. Instantes depois, o próprio camisa 27 do clube alvinegro se viu novamente na mira do recurso.

No entanto, após minutos de consulta, Daronco e a equipe de arbitragem confirmaram o "segundo" gol de Luan no duelo, concluindo que não houve desvio de Ricardo Oliveira, que colocaria o "Menino Maluquinho" em impedimento. O VAR também serviu para confirmar o gol de Vinicius, responsável por fechar o 5 a 0.

Campeonato Paulista
Palmeiras x São Paulo (domingo)

O São Paulo venceu o Palmeiras nos pênaltis, em pleno Allianz Parque, e avançou à final do Campeonato Paulista, depois de passar por duas vezes no teste do árbitro de vídeo. No primeiro momento, o time comandado por Cuca se viu frustrado com a confirmação do impedimento de Liziero, que havia superado Fernando Prass e aberto o placar.

A paciência são-paulina, entretanto, passou por uma prova ainda maior por volta dos 32min da segunda etapa. Após jogada de Diogo Barbosa, Deyverson dominou dentro da área e abriu o placar para o Palmeiras. O camisa 16 comemorou, o estádio explodiu e o torcedor tricolor pela TV se frustrou.

Contudo, minutos depois, o VAR interrompeu toda a festa para o gol que encaminharia o Palmeiras na final. O sistema flagrou impedimento do palmeirense e fez a arbitragem não dar o gol. O placar permaneceu zerado, e o São Paulo levou a vaga nos pênaltis diante do rival.

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A tecnologia definitivamente veio pra ficar.
 
Todos os lances que pude conferir, o VAR acertou e e foi essencial.
Povo fica reclamando do tempo que leva e discute quando se deve usar, vai bastar 1 erro pra cair de pau nele.
 
Cada vez mais considero imprescindível, até porque já estou bastante habituado do quanto o recurso de vídeo é bom em outras modalidades esportivas onde o recurso de vídeo pra decidir um lance duvidoso já é utilizado há mais tempo.
 
VAR falha, e time abandona a final da Champions africana

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Muito menos badalada que a sua homônima europeia, a Champions League africana também realizou sua final de 2019.
Um dia antes de Liverpool 2 x 0 Tottenham, Espérance, da Tunísia, e Wydad Casablanca, de Marrocos, entraram em campo em Radès, cidade tunisiana, para definir o campeão da África. O jogo de ida, no dia 24 de maio, em Rabat, tinha terminado 1 a 1.

No duelo decisivo, o Espérance, que defendia o título e jogava empurrado por sua torcida, marcou logo aos 4 minutos do primeiro tempo com o argelino Belaïli.Não conseguiu, entretanto, ampliar, e o Wydad, que ganhara a Champions em 2017, empatou aos 14 minutos do segundo tempo com El Karti, de cabeça.

Só que o gol foi anulado, com marcação de impedimento pela arbitragem. Lance duvidoso? Sim. Deveria ser um problema? Não.
Por quê? Porque existe o VAR (árbitro assistente de vídeo), que deve, com o uso de recursos tecnológicos, mostrar-se infalível em lances não interpretativos, como é o caso do impedimento.

Os jogadores do Wydad esperaram então que o árbitro Bakari Gassama, de Gâmbia, fosse avisado pelo VAR a respeito da posição de El Karti.
Porém isso não aconteceu, e iniciou-se uma confusão, com Gassama conversando com os atletas do Wydad, tentando explicar o inexplicável: o VAR não estava operante.
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O árbitro Bakari Gassama conversa com jogadores do Wydad, avisando-os de que o VAR não estava funcional para a decisão da Liga dos Campeões africana (Fethi Belaid – 31.mai.2019/AFP)
Algum defeito impediu o equipamento de funcionar. Ou seja: deveria ter o VAR, mas não teve o VAR. Em uma final de Liga dos Campeões, mesmo sendo na África, continente menos favorecido economicamente, é inaceitável que isso aconteça. Tomando conhecimento da situação, o Wydad decidiu não jogar mais.

Não adiantou nem a ida ao campo do presidente da Confederação Africana de Futebol (CAF), o madagascarense Ahmad Ahmad, para tentar fazer jogadores e comissão técnica mudarem de ideia. Passada mais de uma hora de paralisação, Gassama deu a partida por encerrada, e a CAF proclamou o Espérance campeão. A decisão do clube marroquino de desistir da partida, por indignação, foi correta?

Não. Recusando-se a jogar, a derrota era certa, por desistência, conforme estabelecia o regulamento da Champions africana.
Mesmo com a impossibilidade de revisão do lance do impedimento pelo VAR, o Wydad deveria continuar jogando, pois poderia ter chance de fazer outro(s) gols(s). Sem jogar, a chance inexistiu.

Leia também: Videoarbitragem pifa na decisão do Campeonato Australiano

Em tempo 1: Replay do lance mostra que El Karti estava claramente em posição legal no lance do gol anulado pela arbitragem. Se o VAR estivesse ativo, certamente haveria a validação do gol do Wydad.
Em tempo 2: Esse foi o quarto título do Espérance na Liga dos Campeões da África, cuja primeira final foi realizada em 1965. O clube mais vezes campeão é o Al Ahly, do Egito (oito). Outro egípcio, o Zamalek, ganhou cinco vezes, assim como o Mazembe, do Congo.
 
  • Haha
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Eu sou defensora do VAR. Mas não estou defensora do VAR, no momento. Depois que passar a raiva pela merda feita no jogo do Galo contra o Corinthians (O VAR NEM CHAMOU O JUIZ, MEU DEUS DO CÉU! O JUIZ FINGIU QUE NÃO ERA NADA, E O VAR, QUE TINHA AUTORIDADE PARA CHAMAR O JUIZ E PEDIR PARA ELE REVER O LANCE DO PÊNALTI, NÃO O FEZ!), eu volto a ser defensora.
 
Última edição:
  • Mandar Coração
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Segue.

Fifa testa tecnologia para tornar o VAR mais confiável no impedimento.

Tudo que seja empregado para tornar mais precisas e objetivas as decisões da arbitragem deve ser posto em prática

Um importante teste de aperfeiçoamento da tecnologia na arbitragem está sendo feito pela Fifa agora, durante a Copa das Nações Árabes.

Realizada no Qatar, esse torneio serve também como um evento teste para a Copa do Mundo de 2022, que terá o país do Oriente Médio como sede.

A entidade que controla o futebol no mundo decidiu aproveitar a competição para tentar dar mais confiabilidade a um dos momentos que mais trazem dúvidas quando o VAR (árbitro assistente de vídeo) intervém: o impedimento.

Atualmente, quando um lance traz dúvida, o sistema computadorizado é capaz de traçar linhas no gramado que permitem ao VAR identificar se o jogador que recebe a bola está ou não adiantado na hora em que o companheiro faz o passe ou lançamento.

O problema é o seguinte: o momento em que a imagem de TV é congelada para que seja feita essa verificação.

Lance de partida na Inglaterra em que a atual tecnologia do VAR traça linhas no campo para determinar a ocorrência ou não de impedimento

Lance de partida na Inglaterra em que a atual tecnologia do VAR traça linhas no campo para determinar a ocorrência ou não de impedimento - Reprodução de TV

Caso o operador de vídeo não seja 100% exato ao fazer a pausa –e não terá condição de ser sempre, já que é humano–, a decisão pode ser incorreta.

Algumas vezes, ao observar uma jogada de impedimento que passa pela avaliação do VAR, eu digo a mim mesmo: "Está errado. O momento do passe não é esse. O congelamento da tela foi impreciso".

A Fifa também notou isso, e recorre a uma nova tecnologia para auxiliar a tecnologia já existente.

O objetivo é automatizar o processo, tirando das costas do funcionário que opera o vídeo a responsabilidade de apertar com precisão o botão.

"Teremos uma configuração de câmera instalada sob o teto de cada estádio. Os dados de rastreamento serão enviados para a sala de operação [do VAR], e a linha de impedimento calculada e o ponto de início [do lance] serão oferecidos ao operador de replay quase em tempo real", disse Johannes Holzmüller, diretor da Fifa para Tecnologia e Inovação.

A Copa das Nações Árabes, que existe desde 1963, é realizada em seis faustosos estádios de quatro cidades (Doha, Al Rayyan, Al Khore e Al Wakrah).

Dezesseis seleções participam da edição deste ano, a décima da história, que terminará no dia 18.

A mais recente foi disputada em 2012, na Arábia Saudita, e o campeão foi o Marrocos. O Iraque, com quatro títulos, é o maior campeão.

Já que o VAR é um caminho sem volta, os testes da Fifa são bem-vindos.

Tudo que seja empregado para tornar mais precisas e objetivas as decisões da arbitragem deve ser elogiado e posto em prática.

Há, contudo, um porém: sendo aprovada, essa automatização das decisões relacionadas ao impedimento será para poucos, devido a uma questão estrutural, arquitetônica.

Nas palavras de Holzmüller ("câmera instalada sob o teto de cada estádio"), para ter essa nova tecnologia, cujo custo não foi revelado, o estádio precisa de uma configuração específica para que ela possa ser instalada.

É necessário que a arena tenha um teto. Entendo que esse teto seja a cobertura. E apenas as mais modernas e/ou as mais recentes contam com esse item.

Desse modo, a não ser que o campeonato que deseje implementá-la habilite todos os estádios nesse sentido, a fim de a tecnologia funcionar em todos eles, haverá desigualdade.

E, no futebol como na vida, as desigualdades não são desejáveis, pois tornam partidas, e seres humanos, "melhores" ou "piores" que outros
 

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