Bom, são deixados poucos traços de feitos de crianças élficas e jovens com exceção de casos mais importantes como Maeglin ou mesmo Elrond e Elros que foram acolhidos por um filho de Feanor e há verdade em dizer que Tolkien não foca as aventuras em crianças de modo geral apesar de aqui e ali ser necessário falar algo como a aventuras das crianças com as águias e o reino oculto dos elfos. Mas mesmo nesses casos a infância funciona mais como mecanismo do que como centro de nossa atenção. Um acontecimento mágico no passado de grandes guerreiros no meio de um grande conflito.
Os elfos tinham em conta seus filhos como estando entre os maiores bens e os guardavam ao ponto de poderem querer condená-los fatalmente a maneira de Thingol e Feanor que desejavam que seus filhos crescessem sob a sua sombra e autoridade. No que a criança élfica partilhava muito do destino dos pais e era influenciada pelo que se conta no texto Leis e Costumes. De certo modo Feanor trata seus filhos como fazia com as Simalrils desejando manter seus destinos em um cofre. Nerdanel percebia isso e não interfere. O paralelo do valor entre filho élfico e jóia se repete com Thingol e a não interferência de Melian.
Nos livros da terra média as narrativas, para todos os povos (elfos, anões, ents e homens) citam crianças apenas de modo disperso e esporádico. Diferentemente de contos voltados a um protagonismo infantil como Alice (No País das Maravilhas) na terra média Frodo e Bilbo embarcam já bem entrados na idade (diferente do que se mostra nos filmes), bem como outros grandes nomes Turin, Beren, etc... Aragorn é um homem feito, soldado, rastreador, líder de guardiões e herdeiro que cresceu numa casa élfica. Boromir e Faramir eram capitães, Tronquesperto já conta uma longa vida para padrões normais. Legolas e Gimli também já são soldados habilidosos, os amigos de Frodo são adultos, e assim por diante...
Os tempos descritos de fato eram muito perigosos e duros para crianças. Para os elfos, que são principais inimigos do Escuro, mais que todos os povos. O mundo construído tinha um bocado do que se encontra nos relatos da grande guerra vivida por Tolkien. Mulheres e crianças se escondendo, a paz não tinha muita coisa para contar então os textos sempre saltavam os momentos de infância e descoberta das crianças quando não era necessário, quando não havia um encontro ou uma relíquia em especial.
Haveria na história espaço para colocá-las inspirando-se em eventos reais como a Cruzada das Crianças no cristianismo. E é num sentido solene como esse das cruzadas (o catolicismo de Tolkien) em que aparecem as histórias de crianças nos textos de Tolkien, com papéis que demonstrem reverência. Nesses casos o destino brilhava mais do que a infância e pouco sobrava dos tempos de inocência. A poesia e alegria eram comedidas com modéstia.
Com relação ao crescimento dos elfos:
http://tolkiengateway.net/wiki/Elven_Life_cycle
http://tolkiengateway.net/wiki/Elven_Customs
http://tolkiengateway.net/wiki/Elven_Characteristics
Notável o seguinte comentário sobre orelhas pontudas:
Pointed ears
Whether Elvish ears were pointed or not is open for speculation,
[2][3] but it should be noted that there are no explicit references to pointed Elvish ears in
The Hobbit,
The Lord of the Rings or
The Silmarillion.
In the
Etymologies (a linguistic manuscript from ca. 1937-8 published posthumously) is stated that "the
Quendian ears were more pointed and leaf-shaped than
Human."
[4][5] In another linguistic manuscript (from ca. 1959-60), the
Elvish connection between ears and leaves is again noted: "
Amon Lhaw. ¶SLAS-, ear.
las, leaf.
slasū > Q
hlaru, S
lhaw."
[6][7]
Answering to a question on
Hobbit ears,
Tolkien wrote that these were "only slightly pointed and 'elvish'".
[8] Some fans take this to mean that Elvish ears were pointed, while others argue that it is an ambiguous statement.
[2][3][9]