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Dogville (idem, 2003)

:wink:
... Para mim ela se tornou como eles... Para mim, Dogville é a prova da transformação do homem em animal

Erradicou-se o mal como nas guerras contra os infiéis. É uma regressão ao Estado De Natueza (Leiam Hobbes, Locke, Russeau- O Contrato Social). O pivô ou pêndulo da história era Grace e a sua opção final apenas justificou o massacre que de qulquer modo seria feito.
A história sempre pende para os que exercitam o poder sem complacência, apesar de os artifícios da civilização tentarem encobrir este fato.

Por este angulo achei o filme muito bom.
Só achei o filme muito longo para mostrar esta evidência.
 
Mas o filme não é apenas sobre isso.

Antes de analisar qualquer sub texto do filme, ele já vale a pena pelos cenários. Algo muito inusitado no cinema e que ficou excelente. Se o filme fosse só sobre o cotidiano de Dogville, mostrando a vida das pessoas, o dia-a-dia, etc já a epna. Eu poderia ficar as três horas vendo isso. Não é banal, e sim mágico.

Então vêm tudo isso que você falou sobre o Contrato Social, que claro, não tem importância menor.
 
Se o filme fosse só sobre o cotidiano de Dogville, mostrando a vida das pessoas, o dia-a-dia, etc já valeria a pena

Esteticamente é o teatro filmado. Mas às vezes dava a impressão que poderia ser o Big Brother.
Com todo o respeito ao filme e ao programa Big Brother.
 
Vi finalmente ontI!
Não vou perder tempo no que já falaram aqui!
Então meus pontos:

1-Dançando no Escuro, achei melhor.
2-O cenário me irrita! DE VERDADE!
3-Sabe o que é pior? Saber que nesse mundo, aquilo tudo acontece de verdade!
4-DVD JÁ!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
 
Barbárvore Æ disse:
Se o filme fosse só sobre o cotidiano de Dogville, mostrando a vida das pessoas, o dia-a-dia, etc já valeria a pena

Esteticamente é o teatro filmado. Mas às vezes dava a impressão que poderia ser o Big Brother.
Com todo o respeito ao filme e ao programa Big Brother.

Eu acho que essa coisa de ser "teatro filmado" e de parecer Big Brother é parte do método de filmagem do Grupo dogma do qual o diretor faz parte.
Uma coisa que me chamou atenção foi a discussão que a Grace tem com o pai sobre ser arrogante...eu nunca havia pensado em arrogância nesses termos.
 
Lisavieta disse:
Uma coisa que me chamou atenção foi a discussão que a Grace tem com o pai sobre ser arrogante...eu nunca havia pensado em arrogância nesses termos.
Essa conversa me deixou absurdamente calado! Sem palavras! E no final ela mesmo executa o Tom!!! Gente, o que é aquilo????????????? MEU DEUS!!!
 
Boreli -> EK79 disse:
Lisavieta disse:
Uma coisa que me chamou atenção foi a discussão que a Grace tem com o pai sobre ser arrogante...eu nunca havia pensado em arrogância nesses termos.
Essa conversa me deixou absurdamente calado! Sem palavras! E no final ela mesmo executa o Tom!!! Gente, o que é aquilo????????????? MEU DEUS!!!

Esse diálogo foi absolutamente estarrecedor e pra mim foi um das coisas mais marcantes do filme...Tb nunca tinha pensado assim sobre arrogância... E eu adorei o cenário, mais do que achie que gostaria a princípio.
 
Boreli -> EK79 disse:
Lisavieta disse:
Uma coisa que me chamou atenção foi a discussão que a Grace tem com o pai sobre ser arrogante...eu nunca havia pensado em arrogância nesses termos.
Essa conversa me deixou absurdamente calado! Sem palavras! E no final ela mesmo executa o Tom!!! Gente, o que é aquilo????????????? MEU DEUS!!!

Cuidado com os spoilers, hein. Esse é dos grandes. :)
 
Quando forem falar algo assim, coloquem em fonte preta que evita do pessoal que não viu ler essas informações :obiggraz:
 
Faz muito tempo que quero ver esse filme. Desde que virei fã da Nicole Kidman. Achei que nem vinha mais, tava já procurando pra vender ou por aí. E veio a surpresa de que Dogville viria para cá. Eu achei muita coincidência e fiquei muito feliz.

Demorei pra ver. Mas hoje peguei um onibus, enfrentei horas de viagem, andei pra caramba, fui no Frei Caneca e assisti. Voltando pra casa à noite, o que pro nível de perigo que costumo enfrentar chega a ser absurdo.

Achei que iria me arrepender. Nunca.

Não quero nem falar nada. É perfeito. Perfeito. Perfeito! A história é perfeita, as falas são perfeitas, os temas são perfeitos...

O autor engana a gente o tempo todo... Eu só consegui entender o final quando já tava próximo. E foi por acaso. É o tipo de filme que não se deduz. A mensagem inicial, central e final, assim como a geral, são incríveis. É não só uma fábula sobre as mentes restritas que imperam nos EUA quanto uma fábula sobre o ser humano, sobre a sociedade....

Em uma palavra? Ok: Arrogância. O filme pra mim gira em torno disso. Esse assunto foi discutido em vários pontos do filme.

Outra palavra? Ok: Surpresa!

Mais uma? A última: Absurdo. É tudo absurdo, tudo. E é totalmente real.

Agora spoillers:


O que mais me emocionou foi a maneira como tudo se desenrrolou. Por exemplo, o Lars faz com que a gente ame aqueles bonecos horríveis de porcelana como amamos a própria Grace, faz com que a gente sinta a importância deles... E... Quebra, quando a gente pode jurar que não vai quebrar... Todos eles morrem, ali, porque uma pessoa não aceita a sua própria realidade. É perfeito!

E o fim... Que tudo parece uma piada, uma bobeira. A mudança súbita da Grace! Era o que eu esperava pra aplaudir de pé o filme. Eu só queria aquilo pra considerar o filme perfeito e aconteceu. Fiquei atônito. Foi tudo lindo. Não é porque eu sou fã de carteirinha da Nicole não, sério gente... É porque o filme é totalmente duca!


Pena que filmes que tratam da verdade sem rodeios não façam sucesso. Principalmente quando contestam os EUA, right? É meio óbvio porque não foi indicado ao Oscar.

Eu poderia falar de cada cena, mas é tão perfeito que não consigo.

Valeu cada suor meu pra chegar lá, mesmo gripado.

Quem me conhece sabe que eu estava deprimido esses dias. Mas esse filme me fez esquecer tudo - quer dizer, me emocionar quando me lembrava e encaixava tudo no filme, mas quando eu sai eu realmente achava que não importava mais. Estou feliz, estou radiante!

É o tipo de filme que devia vir grudado na gente pra gente ver quando quiser... Todo mundo... Pena que não há divulgação dessa obra de arte.

Tenho certeza que vai ser um filme pra ser lembrado eternamente. =)

É isso! ^^
 
Eu vi ontem uma versão que estreiou no circuito alternativo de Curitiba...
Era uma versão de 177min... Não sei se tinha cortes!

É bem difícil começar a falar de Dogville, afinal o filme é um turbilhão de emoções que culmina num final simplesmente estarrecedor! Desde o prólogo, até o seu desfecho, não consegui desgrudar os olhos da tela, tentando desvendar cada elemento do filme. Observava o cenário, as personagens, suas falas, seus gestos, suas atitudes... Traçava paralelos na minha cabeça entre o que estava explícito no discurso e o que estava nas entrelinhas... Tentava entender principalmente o papel de Tom no filme... Tudo me encantava e, ao mesmo tempo, me intrigava...

Bem, como disseram, a linguagem do filme seria perfeita não só para o teatro, mas também para um livro! Eu acho que Dogville deve ser assistido assim, como quem lê um livro. E ainda quero relê-lo várias vezes!
 
Parágrafo final do comentário no jornal The Independent (Londres) de hoje.

"(...)
In the end, Von Trier's movie feels like a rebuke not just to the myth of American fraternity - the dark flipside of Thornton Wilder's Our Town - but to the very notion of common humanity. When Grace, in a moment of utter weariness, says, "I want to make this world a little better", we believe her, but the method she adopts to make it so supplies the film with a shocking twist. The test of stoicism that one of the Dogville matrons had goadingly visited upon her is returned with terrible interest. A cameo by James Caan inevitably suggests the triumph of a certain type of American "businessman", so that even the moral retribution of the finale feels sullied: a rat killing a rat.

Such bleakness is what we've come to expect of Lars von Trier, but the style is something new, and very welcome.
13 February 2004 14:56"

Comentário na íntegra
 
Paraíba, você viu a sem cortes também, a versão de 3 horas!

Nem deviam fazer cortes :babar:
 
Calma...
Primeiro tenho q dizer que eu amo a minha cidade que tem uma faculdade de cinema que passou a versão integral de Dogville e eu pude ve-la.

Acho que com isso deu pra perceber o quanto eu amei o filme. Eu amei um filme do Trier e nunca fui tão sincera...

Eu acho que só escrevi isso pra botar o tópico aqui na frente de novo pq não consigo escrever tudo q estou pensando agora sobre o filme e organizar.

Só quero dizer que o filme é mais genial que eu podia imaginar, é fabuloso.
E que nunca vi nada mais incrível como a [spoooooiler] carnificina do final e o cachorro desenhado no chão com a palavra: DOG [spoooooiler].

Eu prometo que depois escrevo uma coisa mais direita nesse post. Agora que não dá.
 
Primeiro tenho q dizer que eu amo a minha cidade que tem uma faculdade de cinema que passou a versão integral de Dogville e eu pude ve-la.

Mas essa foi a única versão que passou no Brasil mesmo. Eles não iam encontrar a editada pra exibir :)
 
Eu tbm vi a integral !!! :mrgreen:
Bem... Eu achei o filme meio arrastado e cansativo, mas é MARAVILHOSO.
Uma pergunta... quantos minutos vcs demoraram pra se acostumar com o "clima" do filme ?? Eu demorei uns 20 minutos. É muito diferente de tudo que eu ja vi.

E o final então... todo mundo bateu palmas na parte em que a nicole... :mrgreen:
Bem vcs ja sabem !! 8-)
 
The Berserk disse:
E o final então... todo mundo bateu palmas na parte em que a nicole... :mrgreen:
Bem vcs ja sabem !! 8-)
Putz essa era a reação oposta que o pessoal teria que ter tido :?
 
Melkor disse:
Pena que filmes que tratam da verdade sem rodeios não façam sucesso. Principalmente quando contestam os EUA, right? É meio óbvio porque não foi indicado ao Oscar.

Só dizer que o filme não poderia ter sido indicado ao Oscar, pq ainda não estreou nos EUA. Acho que estréia semana que vem, aliás.




E o filme eh muito foda! Talvez depois comento melhor, mas vcs jah falaram muita coisa do q tinham pra falar e tal.
 

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