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Dogville (idem, 2003)

O que eu ouvi dizer é que a versão completa só vai passar em festivais, e depois nunca mais.

Se for esse o caso, eu vou boicotar o filme e o Sr. Von Trier pode enfiar as cenas cortadas onde o sol não brilha, sinceramente. :clap:
 
V disse:
O que eu ouvi dizer é que a versão completa só vai passar em festivais, e depois nunca mais.

Se for esse o caso, eu vou boicotar o filme e o Sr. Von Trier pode enfiar as cenas cortadas onde o sol não brilha, sinceramente. :clap:

c nao le posts mesmo, ne?
ta na bravo deste mes q no brasil vai passar a original, completa, versao do diretor, ou mais o q vc queira chamar
alias, ele deixou claro q a versao com cortes nao foi ideia dele, e que nao eh a visao dele, mas q ele achou "ok". ou seja, ele nao pode falar q nao gostou nem um pouco.
 
Bachelorette disse:
V disse:
O que eu ouvi dizer é que a versão completa só vai passar em festivais, e depois nunca mais.

Se for esse o caso, eu vou boicotar o filme e o Sr. Von Trier pode enfiar as cenas cortadas onde o sol não brilha, sinceramente. :clap:

c nao le posts mesmo, ne?

Como é que é?
 
dogville_03.jpg


(...) os espectadores brasileiros ganharam a chance de assistir à versão integral nos cinemas. Pelo menos, é o que informa o site da revista Bravo!, dizendo que Dogville será lançado este mês no Brasil com sua duração original, 3 horas e 17 minutos, edição exibida somente na França e em festivais."

Fonte: Cinema Em Cena
(a bachelorette já tinha postado, mas taí de novo só pra reforçar :mrgreen: )

IAHUUUUU!!!!!

Aliás, no site do Cinema Em Cena tá dizendo que a estréia aqui no Brasil é dia 19 de dezembro (sim, sexta agora). Mas não pode ser. Deve estar errado. É bom demais pra ser verdade.
 
caraca
EU QUERO ESSE POSTER

EU PRECISO DESSE POSTER

essa cena eh phoda! lml



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Hanukkah is the festival of lights,
Instead of one day of presents, we have eight crazy nights.
 
Nem acredito! Parece menitra! Deposi de ter ficado frustrada por não conceguir ingresso pro Festival de São Paulo (o Folco rogou uma praga que pegou!) vão exibir a versão extendida aqui no Brasil!!!!
Realmente, deus é brasileiro
 
Assisti ontém, o filme tinha três horas mas pelo que parece a versao full tem 3h17min. Whatever.
O filme é incrível. É uma peça de teatro (dividida em nove capítulos) sobre o ser humano, principalmente, o norte-americano. O discurso do filme, um tanto pessimista, já foi usado em filmes como Tiros em Columbine - e nem por isso deixa de nos dar o que pensar, de nos tocar.
É sobre a natureza humana, o egoísmo, desejos, medo, manipulaçao, instintos.
Uh, eu nao to afim de estragar a diversao de vocês entao... fé, gente, fé. Aguardem, vale a pena. :wink:
 
Uh, Dogville é maravilhoso. Excelente. Estonteante. Spoilers (talvez).

Os cenários (ou a falta deles - linhas demarcando as casas e todo o ambiente; após os limites de Dogville, um negrume (ou 'brancume' durante o dia) infinito) dá um toque especial ao filme e predem bastante a atenção. Depois de alguns minutos, já dá pra ser 'ver' as montanhas, as portas, os arbustos, etc. Parece que estamos num teatro, só que com alguns close-ups e zooms de longa distância, além da hand-cam de Von Trier. Planos que pegam a cidade por cima fazem parecer que Dogville é nossa casa de brinquedo - mas que tem vida e sentimentos próprios.

O filme é dividido em um prólogo e mais nove capítulos, com plaquetas bem tosquinhas com o nome do capítulo. No prólogo, vemos que os poucos habitantes da minúscula Dogville, localizada nas Montanhas Rochocas, são excluídos do resto do mundo (o único rádio só toca música) e tem uma mente fechada contra novas vindas e aceitações. Apenas um habitante, Tom, tenta encorajar a cidade a favor de mudanças.

Um certo dia, Grace (a fantástica Nicole Kidman) chega a cidade, fugindo de gângsters. Tom propõe a cidade que eles acolham ela, em troca de alguns serviços. No primeira dia, ninguém quer que ela faça serviço algum, pois ainda estão desconfiados. Mas, ela começa a fazer coisas não necessariamente importantes, mas que acabam sendo necessitadas.

Porém, a busca por Grace se intensifica, e Dogville quer que a frágil moça trabalhe mais horas por dias pra cada família. Apartir daí que os personagens começam a mudar de tom (mesmo que Dogville tenha ficado mais feliz com a presença de Grace, que trouxe ares diferentes, ela é mantida num trabalho de escravidão - literalmente). Agora, existe uma mais profunda análise sobre as relações humanas. Os personagens reagem sobre um mesmo acontecimento ou pro bem ou pro mal, fazendo um sutil pergunta sobre até ondee vai a bondade humana; é sobre escolhas, motivações, egoísmo, malícia, etc.

A crítica contra os EUA (Dogville faz parte da trilogia de Lars Von Trier chamada "U, S and A", sendo Dogville o "U") é bem clara e violenta. Dogville é os EUA, os habitantes, os americanos, fazem maldades arbitrariamente; que são contra novas aceitações; coisas que não conhecem e já temem - cena muito boa, quando um policial pendura um papel dizendo que Grace é uma mulher perigosa e está com uma grande recompensa e Dogville fica com medo. Tom, então, diz "Vocês tem medo de um pedaço de papel?"

O final é chocante até dizer chega - e Von Trier não chega. Dogville passa por um julgamento, mas não representando só os americanos, e sim uma experiência com toda humanidade.

5/5

(acho que me empolguei 8O :oops: )
 
Decepcionante. Um lixo. Atuações vergonhosas, produção precária e uma direção insegura. Gastei meu dinheiro à toa.

:puke:



Hm... tá, tá, eu não sei mentir... mamãe me disse isso há um tempão, preciso começar a escutá-la. :disgusti:

O que eu achei mais interessante em Dogville é que o filme poderia se passar inteiramente num teatro (sim, ser uma peça ao invés de um filme) e transcorrer naturalmente. Uma das coisas mais legais no teatro é a capacidade que ele tem de fazer nos esquecer que tudo se passa numa área de 20m² e acreditar que estamos observando uma rua, uma cidade ou até mesmo um mundo. Não se pode obter muitos recursos ou efeitos, a coisa tem que se sustentar pela história e pelas atuações, para que tudo funcione e se torne 'convencível' pelo público.

Mas quando falamos em cinema, automaticamente exige-se mais dos recursos técnicos (no entanto não necessariamente, é claro, mas certamente na visão da maioria), já que quase tudo é capaz e não há limitações. Então, a idéia de que existe um filme 100% filmado sobre um palco, onde o cenário é desenhado no chão (com exceção de alguns elementos) e não há sequer uma tomada externa, pode causar hesitação na visão de alguns (leia-se muitos), mas foi um desafio que Trier fez e deu certo.

Porque a história é humana, porque tudo é narrado com extrema elegância e beleza, porque todas as reações são reais; porque o filme ironiza a sua própria ciscunstância teatral, e isso enriquece cada segundo do longa de uma maneira grandiosa.

Eu não conseguiria dizer o quanto eu gostei de Dogville, porque pra mim significa mais que um bom filme. Que é ótimo e genial todos (ou quase todos, eu diria) que verão também acharão isso; mas aquele sentimento lá no fundo que só alguns sentem ao ver um certo tipo de história é indiscritível, então vou me limitar a apenas sentí-lo, e torcer para que o filme afetem vocês da mesma maneira. Ele não critica apenas os EUA socialmente, ele critica as pessoas em geral, pois vocês reconheçam ou não, esse tipo de gente está no mundo inteiro. Mentes fechadas, ignorantes, preconceituosas. Não aceitam mudanças, e as vêem com medo. Porque são covardes, medrosas e hipócritas.

Eu não iria longe se dissesse que Dogville é um dos melhores filmes que vi, se não o melhor.

O final... bem, o final foi lindo. Foi cruel, e por isso foi lindo. Pensei que fosse acordar o psicopata dentro de mim nas últimas palavras de Grace, onde ela expressa sua vontade em relação ao destino do povo de Dogville; porque a cada palavra que ela dizia, eu sentia deleite e um senso de justiça.

Mas, sabe, no fim... eles só são apenas seres humanos...

Pois é, isso que é triste. Eles são seres humanos.

5/5
 
Ristow disse:
O final... bem, o final foi lindo. Foi cruel, e por isso foi lindo. Pensei que fosse acordar o psicopata dentro de mim nas últimas palavras de Grace, onde ela expressa sua vontade em relação ao destino do povo de Dogville; porque a cada palavra que ela dizia, eu sentia deleite e um senso de justiça.

Sim, o final foi realmente muito bom. Lindo mesmo. Parece até masoquismo falar que o diálogo final entre Grace e o pai dela falando sobre arrogância, etc, e principalmente, maquinando sobre o assassinato de todos os habitantes de Dogville, mas foi uma vingança que até vale à pena. Talvez o "olho por olho, dente por dente" não seja a melhor maneira de tratar, mas que foi bem inspirador, foi - mais por ser fictício, posso dizer. Foi um cala a boca, isso foi.

Ah, queria comparar com "Dançando no Escuro" - o outro filme dele que eu vi. Tem uma cena que é igualzinha nos dois filmes. Em "Dogville", o garoto ordena que Grace espanque ele, se nã ele contaria para a mãe. Em "Dançando no Escuro", Selma é obrigada pelo próprio policial para dar um tiro nele. Nesses dois momentos, o filme tem uma reviravolta - num, Selma (Bjork) vai a julgamento e sua situação fica mais difícil; noutro, Grace é tratada com mais repudio.

Ah, só uma coincidência/curiosidade.
 
Com certeza anos-luz melhor que "Dançando no Escuro". Tudo que Lars von Trier usou no filme anterior e me incomodou profundamente, nesse está bem amenizado ou funciona melhor na história.

Filme inteligentíssimo, impossível de ser degustado em uma só sessão. É preciso ver e rever, cada hora se prendendo a um detalhe, a um personagem diferente, pois todos são fantásticos. As diversas comparações feitas pelo diretor, as referências, tudo é de uma inteligência fora de série. Agora sim eu posso dizer que vi um filme do Lars von Trier e gostei... muito.

Ris von Trier disse:
O que eu achei mais interessante em Dogville é que o filme poderia se passar inteiramente num teatro (sim, ser uma peça em vez de um filme) e transcorrer naturalmente.

Ou em um livro. Isso é muito legal em Dogville: é um filme, um livro e uma peça. Funcionaria naturalmente em qualquer meio, sem grandes modificações.

O filme é quase todo narrado e não há muito o que se ver além dos personagens. É preciso imaginar, completar as lacunas com a própria imaginação. Como o Strider disse, em certo ponto eu já via as montanhas, os pés de groselha, o moinho. Eu imaginava, eu sentia, e tenho certeza que era uma visão só minha, e que cada um no cinema teve uma visão diferente.

Isso é característica típica de livro, onde você é forçado a exercitar a imaginação.


E o final do filme certamente é a melhor parte. Nada me deu mais prazer na história do que aquele final. Já estava ficando revoltado esperando algo do tipo "Dançando no Escuro", pois as semelhanças são muitas, mas não! Me surpreendeu e me agradou muito!
Senti prazer em ver aquela conclusão. Enfim, um filme fantástico.

Só não está entre os melhores que eu já vi, mas continua sendo fantástico.
 
Eu achei o filme fabuloso também.

Pô, postar depois do Ristow, Peregrin e Strider é covardia! :lol: Já disseram tudo!

Mas eu queria pegar algumas frases do final do filme, que eu achei muito f***.

Falando sobre o cenário, a cena do estupro dela ficou muito boa! Tipo, mostra de longe ela, e as pessoas fazendo suas coisas, as crianças brincando, isso que foi um toque genial extraído da falta de paredes e tal. E outra, a trilha eu gostei bastante.

Sem dúvida um dos filmes que eu mais amei! E foi o primeiro dele que eu vi =)
 
Uma cena que eu gostei muito e esqueci de comentar é a da fuga dela, entre as maçãs. A cena é linda esteticamente, além de dar muita ansiedade.
 
Amei o filme, e saí do cinema atordoada... Porque meu pensamento final foi igual o do Ristow... um senso de justiça e tudo, mas pooo... eles eram humanos...ME lembrei de Gabdalf falando ra Frodo sobre Gollum =P, que não podemos dar a vida a quem merece, então seria justo tirar a vida de quem achamos não merecer? Mas encarei o final mais pelo lado do símbolo. Um filme sobre crueldade, hipocrisia, cinismo. Aquele desfecho é aterrador. Esse na verdade foi o 1º filme que eu GOSTEI da atuação de Nicole Kidman por completo. Ela tá muuuuito bem no filme. E eu pensei eu fosse estranha aquele cenário me acostumei rapidinho. Excelente.
 
Ok, ok... Vai ter SPOILER!

Assim que a luz acendeu no cinema, minha primeira frase foi "Não quero mais ver filmes assim", só depois percebi que aquilo que mais me aterrorizou nessa OBRA-PRIMA é o fato dela ser um espelho da minha própria crueldade. Básicamente o que mais nos deixa sensibilizados é o fato de que tudo acontece só com Grace, a cidade tem só 15 habitantes, o espaço físico é só aquele. Dogville me tocou por mostrar com a mesma intensidade o que acontece no mundo, mas num microcosmo tão miserável de lugares para fuga que tudo é sufocante. A história começa simples, vai nos deixando sucetíveis aos próximos acontecimentos. Quando percebemos estamos presos numa falsa esperança de que aquele foi o ultimo abuso, a ultima humilhação, mas não, tudo só piora. Cada vez mais a passividade, crualdade, pervesão do intimo humano é jogada na nossa cara com mais força... Tudo é absurdo, é horrível, é torturante. No final, todos os valores sociais, todas as coisas que achamos certas ou erradas, são esquecidas, são misturadas, e acabam por deixar de existir conceitos, só sentimentos e terríveis lembranças. Foi o que mais me chocou. Não paro de pensar que Grace não devia ter matado todos, mas porra, olha o que fizeram com ela! Olha o que ela deixou fazerem. Olha o que ELA fez! Pensar se a vingança não é arrogância ou o perdão não é arrogancia, confunde ao máximo. Lembro que no começo o narrado fala que os personagens moram em barracos, lembro que Chuck bringa com o filho por dar carne para o cachorro enquanto eles morrem de fome, lembro de Grace dizendo que se ela tivessa nascido em Dogville seria como ela... Para mim ela se tornou como eles... Para mim, Dogville é a prova da transformação do homem em animal.
Tecnicamente tbm é perfeito, os detalhes do tablado nu são brilhantes, a luz imitando a lua reveladora ou o dia é a diferença. Uma obra de arte.
 

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