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Desarmamento: você vai votar! (Enquete atualizada.)

O comércio de armas de fogo e munição deve ser proibido no Brasil?

  • Sim

    Votos: 47 41,6%
  • Não

    Votos: 63 55,8%
  • Nulo

    Votos: 3 2,7%
  • Branco

    Votos: 0 0,0%

  • Total de votantes
    113
Resumindo.
A população brasileira terá de fazer uma escolha, mas eu vejo que ela ainda está muito mal informada. Mal informada pelo seguinte: ninguém sabe exatamente quais as possíveis consequências do SIM ganhar.
Não é uma medida na qual a população devesse fazer a escolha. Isso me parece mais uma questão para abafar a crise política, não sei.
Ao invés disso, como o Isildur falou, uma coisa mais relevante seria garantir a segurança pública, requisito este que não vai ser atendido pela simples vitória do desarmamento.

Enfim, há mais elementos e politocagem aí do que a população, com seu baixo nível de instrução e conhecimento sobre a própria sociedade, pode prever.

Bom, meu voto pra isso tudo é nulo. Democracia imposta! Eca ...

Isso nos torna mais vuneraveis aos bandidos que sabem que não temos armas em casa
Já ouvi muita gente dizer isso. Sinceramente, acho q o cara que tem peito de invadir sua residência pra assaltar/roubar o fará, e o fato dele imaginar se o proprietário tem ou não uma arma não vai fazer diferença nenhuma para com sua atitude. Eu falo pra grande cidade, na zona rural pode ser outra história.

Outra coisa. Estar armado perante uma situação de risco nem sempre é uma condição positiva. Vai por mim!
 
Última edição:
Isildur, eu não disse que vidas têm de ser salvas a qualquer custo, penso que devemos tentar fazê-lo ao máximo, respeitando as necessidades da população. Comprar armas, certamente, não é uma delas.

Pela enésima vez, eu digo: as exigências para compra e porte de arma não são respeitadas! Este país não é a Suiça, aqui existe propina, conversa, jeitinho, cervejinha, amigo de filho de superior hierárquico, etc. A solução é acabar de uma vez com este comércio, ou vamos continuar com a ilusão de que apenas cidadãos da mais alta nobreza, moral, auto-controle e habilidade possuem arma de fogo.

E a segurança do cidadão já é garantida, a proteção da polícia estende-se a todos. Se você acredita que ela é insuficiente, proteste, mas não aceite que mais cidadãos sejam baleados em discussões bobas de bar em nome de uma "segurança" e "auto-proteção" absolutamente falsas. Se você tenta atirar num bandido, ele o mata antes que encoste o dedo no gatilho, nem que seja apenas para levar a sua arma. A única vantagem obtida é quando se pega o criminoso de surpresa, o que me parece uma ocasião bem incomum para justificar o risco de ser morto ou, pior, de acertar outras pessoas. Se vocês não se importam em morrer nas mãos de um bandido, eu não me importo, mas que haja respeito ao direito de viver de quem por acaso pode entrar em uma linha de tiro.
 
Morpheu disse:
Pela enésima vez, eu digo: as exigências para compra e porte de arma não são respeitadas! Este país não é a Suiça, aqui existe propina, conversa, jeitinho, cervejinha, amigo de filho de superior hierárquico, etc.
Eu baseio todas as minhas discussões na lei. Eu não posso levar em conta, na hora de votar sim ou não, que vai ter gente posteriormente infrigindo a lei. Caso levasse isso a sério, esse referendo seria mais ridiculo ainda, porque a propina vai continuar existindo depois do referendo. E quem consegue a arma assim, vai continuar conseguindo. É ingenuidade sua crer que a proibição de venda de armas vai impedir uma pessoa de conseguir uma arma por meios escusos. Muito pelo contrário, só vai aumentar o comércio ilegal. Além de não resolver, ainda vamos deixar de arrecadas impostos.

É isso que eu digo, os argumentos de quem defende o sim são ralos como uma sopa aguada...

Morpheu disse:
A solução é acabar de uma vez com este comércio, ou vamos continuar com a ilusão de que apenas cidadãos da mais alta nobreza, moral, auto-controle e habilidade possuem arma de fogo.

A solução é investir em segurança. Vários paises tem porte liberado e não acontecem as atrocidades que acontecem aqui. Falam dos EUA, sobre massacres em escolas. Por que não olhar nosso próprio país antes de criticar? Massacres acontecem mensalmente nas favelas de São Paulo. Menores são assassinados no Rio de Janeiro, Chacinas são comuns na baixada fluminense. Assim como nos EUA, nós também temos nossas manchas. A diferença é que lá, a justiça funciona. Claro, massacres como os de Columbine vão continuar acontecendo, não só lá, como no mundo todo. Não se pode deter ou impedir alguém que está disposto a sacrificar a própria vida, de cometer um ato desses. Mais cedo ou mais tarde, essa pessoa arruma uma arma. Agora, os nossos massacres são feitos por policiais, matadores de aluguel, bandidos, etc... Pessoas em que, caso houvesse segurança pública e interesse da sociedade, poderiam ser impedidas de fazer essas atrocidades e punidas com rigor.

Morpheu disse:
E a segurança do cidadão já é garantida, a proteção da polícia estende-se a todos.

Só no seu estado. Aqui no Rio de Janeiro isso não acontece não.

Morpheu disse:
Se você acredita que ela é insuficiente, proteste, mas não aceite que mais cidadãos sejam baleados em discussões bobas de bar em nome de uma "segurança" e "auto-proteção" absolutamente falsas.

Eu já faço isso. Acontece que não é tão simples assim. Alias, eu realmente gostaria que a realidade fosse tão facil como você aparentemente pensa. Existe um jogo de interesses muito maior do que eu ou você. Meu protesto está sendo feito votando não, pra ver se alguém percebe que as coisas não vão bem, e que somente tomar a arma do cidadão não é solução.


Morpheu disse:
Se você tenta atirar num bandido, ele o mata antes que encoste o dedo no gatilho, nem que seja apenas para levar a sua arma. A única vantagem obtida é quando se pega o criminoso de surpresa, o que me parece uma ocasião bem incomum para justificar o risco de ser morto ou, pior, de acertar outras pessoas. Se vocês não se importam em morrer nas mãos de um bandido, eu não me importo, mas que haja respeito ao direito de viver de quem por acaso pode entrar em uma linha de tiro.

Não, se você atirar num bandido ele sai correndo. Bandidos não tem treinamento. Mas eu nem vou entrar no mérito dessa discussão.
O que eu quero entender é se o bandido respeita o seu direito de viver. Só isso.


Alias, não sei nos outros estados, mas aqui no Rio de Janeiro, várias favelas já aderiram a campanha do sim. Camisas, botons, adesivos, faixas... Tudo enfeitado!!! Aí eu me pergunto: alguém que mora em favela tem dinheiro pra fazer campanha?!?! Quem esta bancando isso? Pois é...
 
Morpheu disse:
Pela enésima vez, eu digo: as exigências para compra e porte de arma não são respeitadas! Este país não é a Suiça, aqui existe propina, conversa, jeitinho, cervejinha, amigo de filho de superior hierárquico, etc. A solução é acabar de uma vez com este comércio, ou vamos continuar com a ilusão de que apenas cidadãos da mais alta nobreza, moral, auto-controle e habilidade possuem arma de fogo.
Morpheu, é esse tipo de mentalidade entreguista que precisa ser desfeita. Que diferença fará para uma pessoa que obtém uma arma dessa maneira se ela é legal ou ilegal?
E mais, já pedi novamente: nos dê base a essa sua afirmação. Não sou muito exigente. Faça uma pergunta a cinco pessoas que você conheça que tenha uma arma de fogo: "Você obteu a sua licença usando um 'jeitinho'?" É o mínimo que você pode fazer para poder afirmar isso de peito aberto, sendo que uma pessoa que você descobrir que fez isso já é ponto para você, já que contabiliza 20%.

E a segurança do cidadão já é garantida, a proteção da polícia estende-se a todos. Se você acredita que ela é insuficiente, proteste, mas não aceite que mais cidadãos sejam baleados em discussões bobas de bar em nome de uma "segurança" e "auto-proteção" absolutamente falsas. Se você tenta atirar num bandido, ele o mata antes que encoste o dedo no gatilho, nem que seja apenas para levar a sua arma. A única vantagem obtida é quando se pega o criminoso de surpresa, o que me parece uma ocasião bem incomum para justificar o risco de ser morto ou, pior, de acertar outras pessoas. Se vocês não se importam em morrer nas mãos de um bandido, eu não me importo, mas que haja respeito ao direito de viver de quem por acaso pode entrar em uma linha de tiro.
Estou lendo isso da mesma pessoa que disse que as leis para comprar uma arma podem ser facilmente burladas? É essa pessoa que está pedindo para que eu confie na polícia? É essa pessoa que quer que eu vá protestar cara a cara com a polícia contra a sua própria corruptibilidade?
E como você já repetiu milhões de vezes, vou repetir milhões de vezes também: Se alguém der um passo para fora de sua casa com uma arma que não esteja em uma caixa lacrada ela está em situação ilegal! Não tem jeito, é cana meu amigo! Porte ilegal e assassinato! (não sei que tipo de homicídio seria)
E como foi dito anteriormente, qual é a diferença entre matar com uma faca e com uma arma de fogo nessas situações? Talvez o fato de que a faca não estaria em situação irregular.
E entrar em uma linha de tiro? O que você vai estar fazendo na porta da minha casa assistindo à ação dos assaltantes? Ou você está em um lugar MUITO errado em uma hora MUITO errada e não tem a mínima noção do perigo que os próprios assaltantes são para você, ou é cúmplice! Afinal, o cidadão que não vai poder mais comprar armas e munições é o mesmo que não pode se defender mais na rua com armas de fogo desde 2003!


Abraços!
 
Slicer disse:
E entrar em uma linha de tiro? O que você vai estar fazendo na porta da minha casa assistindo à ação dos assaltantes? Ou você está em um lugar MUITO errado em uma hora MUITO errada e não tem a mínima noção do perigo que os próprios assaltantes são para você, ou é cúmplice! Afinal, o cidadão que não vai poder mais comprar armas e munições é o mesmo que não pode se defender mais na rua com armas de fogo desde 2003!

Slicer, eu acho que na verdade o Morpheu quer eliminar o acaso.
Vamos impedir o tráfego de helicópteros em perímetro urbano, pois um deles pode acabar caindo em sua cabeça quando você estiver saindo de casa. :roll:


Morpheu disse:
Pela enésima vez, eu digo: as exigências para compra e porte de arma não são respeitadas! Este país não é a Suiça, aqui existe propina, conversa, jeitinho, cervejinha, amigo de filho de superior hierárquico, etc.

Beleza. Vamos proibir o que dirijam carros, pois a carteira de habilitação é facilmente conseguida com "jeitinho".
Não é melhor que se tenha maior rigor no que se refere à conseguir o porte do que desarmar? É menos utópico do que acreditar que simplesmente exigir que a polícia faça sua parte vá dar resultados efetivos.
Fora o que o Slicer e o Isildur já mencionaram...

Não se suspende a corrida por que existe um atalho ilegal na mesma. Ao invés disso, procura-se eliminar o atalho.
 
Só uma coisinha Faramir. O porte de arma JÁ É PROIBIDO. A posse de arma é que está em discussão.

Hoje só pode portar armas pessoas que estão numa categoria especial(juizes, militares, empresas de segurança... etc). Agora eles querem que apenas esses possam POSSUIR arma tb.

é q toda hora alguém confunde Porte com Posse.
Verdade Fingol, to ligado nisso, mas na hora de escrever eu confundi. De qualquer forma, em meu post quis dizer que sou contra a posse também. Embora sejam duas coisas diferentes, na prática não diferem muito. Possuir uma arma pode perfeitamente levar uma pessoa a porta-la. Uma coisa leva a outra e não devemos contar com a boa vontade das pessoas.
 
"Se tu não queres uma arma hoje, tudo bem!
mas tu não tens o direito de tirar a liberdade de outro!"

O que deveria ser feito é uma fiscalização. Assim: Libera o comércio de armas legal (com a proibição, não haverá comércio legal e que decidir usar uma arma terá que comprar ilegalmente. O que aumentará o tráfico de armas), mas exige um curso preparatório (uma pessoa com arma de fogo deve saber usá-la, como mirar, quando usar, como segurar, se portar,...) e uma análise psicológica (para não acabar danda armas a loucos), depois a cada período X de anos, há uma reciclagem (sem perigos....)

O que ainda nos protege é o temor, dos ladrões, que possamos nos proteger; se eles não mais temerem seremos alvo fácil, como já foi dito!

Quem quer armas de fogo vai conseguir legalmente ou ilegalmente. Só poderiamos proibir a venda de armas se nossa fronteira estivesse bem resguardada e/ou se a nossa polícia conseguisse controlar o povo.

"Se a polícia não faz a parte dela, eu faço a minha: segurança já!"

-

Para mim esse referendo só está sendo feito com o objetivo de desviar nossas atenções... E as CPI's? e tudo mais...
Estão escondendo, por trás de um referendo desnecessário, eventos bem mais polêmicos.
 
Sim... na verdade havia uma previsão... uma grande previsão de que as CPI's iriam acontecer e então desde o ano passado or something o legislativo tem preparado o referendo. :roll:
 
OLAVO DE CARVALHO DESMONTA A FARSA DOS NÚMEROS!!
A arte de mentir

No jornalismo há muitos tipos de fraude. O mais banal é ofuscar os leitores com um título, na esperança de que não leiam a matéria ou não percebam que ela o desmente.

“A maioria das armas do crime teve origem legal”, proclama O Globo de 4 de outubro. No cérebro do leitor, a conclusão é instantânea: o grosso da violência no Brasil não é causado pelos criminosos assíduos, mas por pessoas de bem que “matam por motivos fúteis”. Urge portanto desarmá-las. Desarmar os bandidos é secundário.

No texto, a informação, baseada numa pesquisa da polícia carioca, não é bem essa: é que, “de um total de 86 mil armas apreendidas de criminosos desde 1999, 33% eram do chamado estoque legal — com registro... Outras 39% eram do estoque informal — originalmente pertenciam a pessoas sem antecedentes criminais, mas nunca foram registradas. Apenas 28% tinham origem criminosa... Do total de armas registradas, cerca de dois terços pertenciam a pessoas físicas, um terço ao Estado (polícias, Forças Armadas etc.)”.

Basta você ler com atenção e a fraude embutida salta do pacote gritando: “Surpresa!”, como aquelas garotas do bolo de aniversário nos filmes de máfia. Armas sem registro não provêm do comércio lícito. Estão fora da lei. Classificá-las eufemisticamente de “informais” não modifica em nada a sua condição. Portanto, 67 por cento das armas apreendidas eram ilegais. Sessenta e sete? Nada disso. Dos 33 por cento restantes, um terço pertencia ao Estado. Sobram 22 por cento de armas lícitas roubadas. Setenta e oito por cento das armas usadas na prática de crimes ao longo de seis anos eram de origem ilegal. Exatamente o contrário do que diz o título.

O jornal ainda reforça a informação errônea explicitando a sua conclusão, para maior didatismo do engano: “Para Rubem César Fernandes, do Viva Rio, a pesquisa é um argumento único a favor do desarmamento no Brasil.” Único no sentido de ímpar, inigualado, lindão mesmo.

Aí o engodo aparentemente simples do título sobe às alturas de uma fraude lógica requintada. Pois aqueles 22 por cento abrangem somente armas de origem legal que passaram às mãos de criminosos. Não incluem de maneira alguma as que permanecem em poder de seus donos legítimos – aqueles mesmos cidadãos de bem que matam por nada, por frescura, em transes repentinos e inexplicáveis. Se estes e não os bandidos, segundo o discurso desarmamentista, são os responsáveis pela maior quota de crimes com armas de fogo, então é óbvio que, quanto mais armas são roubadas dessas perigosas criaturas e postas a serviço da bandidagem, mais diminui o poder de fogo da parcela mais perigosa da sociedade. O roubo de armas, nessa perspectiva, é uma ajuda providencial que os delinqüentes dão à manutenção da ordem pública. A análise do discurso desarmamentista revela implacavelmente essa premissa maior oculta. O desarmamentista coerente, em busca de um “argumento ímpar” para a proibição do comércio de armas, o encontraria portanto num índice baixo, e não alto, de armas legais roubadas. O índice é realmente baixo, como o demonstra a pesquisa. Mas a premissa maior é imoral e absurda demais para ser declarada em voz alta. Para tornar o silogismo digerível é preciso então uma dupla camuflagem: inverter as proporções no título e em seguida convocar o sr. Rubem César para tirar delas uma conclusão também invertida. Tudo parece lógico e veraz, quando é completamente irracional e falso.

É que a inverdade, por si, às vezes não pega. Para aumentar sua aderência é preciso acrescentar-lhe uma dose de absurdo. Não basta mentir: é preciso estontear a vítima para que, mesmo percebendo vagamente a mentira, não consiga discerni-la da verdade.


Texto de Olavo de Carvalho.
 
OLAVO DE CARVALHO NAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAO!!!!!

••••• cara, colocar texto do Olavo ja é se auto humilhar, sinceramente...
 
Lordpas disse:
Sim... na verdade havia uma previsão... uma grande previsão de que as CPI's iriam acontecer e então desde o ano passado or something o legislativo tem preparado o referendo. :roll:
Não havia uma previsão, mas você viu toda essa festa quando houve o plebiscito sobre a forma de governo? Claro são coisas distintas, mas reparou que sempre que se tem algum escândalo político, existe mais alguma coisa acontecendo, com apelo popular muito maior, e que no fim das contas, sendo o objetivo ou não, o foco é desviado das CPI's?
Pode ser coincidência, mas é uma coincidência um tanto quanto reincidente. O referendo poderia ocorrer sem toda essa festa que está sendo veiculada nos jornais, televisão e revistas. Eu não lembro de ter visto gritarias eufóricas sobre o parlamentarismo ou a monarquia. Não, não houve previsão miraculosa, mas que o referendo veio numa época bem a calhar, e que está se criando um circo em volta do assunto, isso eu acho que não dá pra negar.

Enquanto isso, em brasília... Quantos foram cassados até agora mesmo?
 
Se ao invés de campanha de desarmamento usarmos esse dinheiro na polícia, uma quantidade muito maior de vidas será salva. Tenho certeza.

Fazer o cidadão não precisar de uma arma vem antes de tirar a arma dele.

Meu sogro fez um comentário que eu considero o mais pertinente até hoje:

Desarmamento soa como aquela piada do português que descobriu que a mulher o trai em cima do sofá, e para resolver o problema, vende o sofá.

Sem querer ofender os portugueses, claro, mesmo porque quem realmente faria isso é o brasileiro. Aquele mesmo brasileiro que bateu na atriz que interpretava a "Melzinha" - porque esta era vilã na novela.

a opção que você defende é não fazer nada?

Não. A opção que defendemos é não tirar as armas do povo. Não é como se estivéssemos votando numa pergunta "Para as melhorias na segurança você vota:" ou algo assim. Queremos que se resolva a questão por outros caminhos.

Comprar armas, certamente, não é uma delas.

Sim, mas ninguém aqui falou nisso. O assunto não é comprar armas. O assunto não é e nunca foi "usar armas pra se defender é melhor". Não se trata de comprar armas. Se trata de garantir que mais da metade do continente estará obrigatoriamente indefeso - mesmo contra os perigos cotidianos da vida de cada um. Se você quer esperar que a polícia te defenda, você tem o direito de esperar. Mas você não tem o direito de obrigar todo mundo a fazer como você.

E a segurança do cidadão já é garantida

:rofl: por isso que eu nunca fui assaltado e o carro em que eu estava ainda está com a antiga dona e não foi desmontado no mesmo dia e eu não vi a arma do assaltante que, afinal, nunca me assaltou.

Se você acredita que ela é insuficiente, proteste, mas não aceite que mais cidadãos sejam baleados em discussões bobas de bar em nome de uma "segurança" e "auto-proteção" absolutamente falsas.

Você está falando da lei errada - ou errou o assunto, ou faltou argumento. O porte de arma já não temos, ninguém poderá ter arma em bar, referendo dando SIM ou NÃO. Essa lei é sóbre poder ter arma em CASA.

E o problema não é desarmar essas pessoas. Desarmar essas pessoas é certo. O problema é que pra isso funcionar precisamos já ter feito muitas coisas que ainda não fizemos, e o dinheiro gasto nessa campanha é na melhor das hipóteses um desperdício.

Se você tenta atirar num bandido, ele o mata antes que encoste o dedo no gatilho, nem que seja apenas para levar a sua arma.

Você já esteve num assalto? Você sabia que é raro um assaltante não ter medo do assaltado? Você sabia que ele treme na hora do assalto (de forma perceptível)? Você sabia que uma pessoa treinada com uma arma (o que é exigido hoje para comprar uma arma) sabe atirar bem melhor, com mais precisão e rapidez que um assaltante?

Beleza. Vamos proibir o que dirijam carros, pois a carteira de habilitação é facilmente conseguida com "jeitinho".

Em Laguna/SC, o DETRAN aprovou carteira de motorista para um cego. Meu cunhado disse que duas tias dele têm carteira e nenhuma das duas jamais encostou num volante. Você realmente acha que esses casos são menos perigosos que ter um revolver no armario de casa?

Sim, eu sei, você vai dizer que carros não foram feitos para matar. Portanto vidas tiradas com um carro são menos importantes?
___

Enquanto isso, em Brasília...

- Dirceu, me passa o sal?
 
Verdade, é o que não é esse texto. Vamos por partes.

“A maioria das armas do crime teve origem legal”, proclama O Globo de 4 de outubro. No cérebro do leitor, a conclusão é instantânea: o grosso da violência no Brasil não é causado pelos criminosos assíduos, mas por pessoas de bem que “matam por motivos fúteis”.

Um título desses (que como eu vou mostrar adiante não é uma mentira) só enganaria alguém que além de desinformado não tem muito raciocínio lógico. Não há nada aí que leve a crer que a maior parte dos crimes são cometidos por cidadãos. Pelo contrário, já que ele usa a expressão "teve origem legal", ou seja, era legal, mas quando o crime foi cometido a arma já estava nas mãos erradas.

Armas sem registro não provêm do comércio lícito. Estão fora da lei. Classificá-las eufemisticamente de “informais” não modifica em nada a sua condição. Portanto, 67 por cento das armas apreendidas eram ilegais. Sessenta e sete? Nada disso. Dos 33 por cento restantes, um terço pertencia ao Estado. Sobram 22 por cento de armas lícitas roubadas. Setenta e oito por cento das armas usadas na prática de crimes ao longo de seis anos eram de origem ilegal. Exatamente o contrário do que diz o título.

Um erro básico se evidencia logo na primeira frase: as armas que foram classificadas como "informais" não foram as que não tinham registro, foram aquelas fabricadas até de 1980 - no Rio de Janeiro não se registravam as armas nessa época, portanto elas são legais. As armas sem registro posteriores a essa data foram todas pro rol do contrabando.

Outro ponto é que o jornal diz que 61% das armas do crime foram compradas legamente por civis. Esses 61% são a soma dos 39% do comércio informal com os 22% do legal. Portanto o cálculo pra descontar as armas do patrimônio do estado e de pessoas jurídicas foi feito (e foi mencionado na mesma matéria).

Pois aqueles 22 por cento abrangem somente armas de origem legal que passaram às mãos de criminosos. Não incluem de maneira alguma as que permanecem em poder de seus donos legítimos – aqueles mesmos cidadãos de bem que matam por nada, por frescura, em transes repentinos e inexplicáveis. Se estes e não os bandidos, segundo o discurso desarmamentista, são os responsáveis pela maior quota de crimes com armas de fogo, (...)

Daí pra frente, ele se baseia em um suposto discurso desarmamentista, que provavelmente não foi criado por ele, mas que também não corresponde à realidade. Dar atenção a isso seria perda de tempo.


Mas o que me perturba é a forte sensação de que há algo podre por trás desse estatuto. Seria muito estranho se de repente se os políticos resolvessem agir em benefício de povo sem nenhuma vantagem por trás de tudo, ainda mais com uma ação que vai ferrar as fabricantes de armas. Mistério...
 
Última edição:
Primeiramente,gostaria de parabenizar o Vela pela excelente defesa feita sobre o tema. E eu estou 100% de acordo com ele.

Não entendo como as pessoas, vendo a situação em que se encontra nosso país, ainda podem querer votar a favor do desarmamento do cidadão.
A arma não é uma garantia de segurança,mas tem uma ajuda significativa,na minha opinião.
Acho até uma coisa óbvia perceber que não é essa proibição que vai fazer a violência diminuir em nossa sociedade. Assaltos,assassinatos,tráfico e muitas outras coisas são proibidos,e os bandidos se importam com isso? Parece que não. Conseguir as armas através do mercado negro vai ser apenas mais uma coisa ilegal que eles terão que fazer. Deve até estar sendo engraçado para os marginais toda essa situação.
As únicas vítimas que vejo,mais uma vez, somos nós, pessoas de bem que ficarão obrigatoriamente indefesas diante de criminosos a cada dia mais audaciosos e agora, até tranquilos de certa forma,já que ao assaltar uma residência terão a certeza de que ninguém estará portando uma arma para se defender.
Todos nós estamos cientes da situação que se encontra a polícia. Ela está corrompida, temerosa, e não recebe salários dignos. Não podemos colocar nossas vidas nas mãos deles enquanto isso não for mudado.
Eu gostaria de falar muitas coisas mais, só que acho que quase tudo já foi dito aqui anteriormente. A decisão está em nossas mãos, e só cabe a nós agir com a razão e votar corretamente.
É preciso abrir os olhos,e parar de ver nossa sociedade da maneira utópica que estão demonstrando ver! A realidade é bem diferente,infelizmente.
 
Muito bem, continuaremos a discutir quando voltarem à lucidez.

Slicer, eu acho que na verdade o Morpheu quer eliminar o acaso.
Vamos impedir o tráfego de helicópteros em perímetro urbano, pois um deles pode acabar caindo em sua cabeça quando você estiver saindo de casa

Isto é patético. Pergunto ao Varatar se é possível respeitar alguém que se mostra tão estúpido...

Se não querem debater o assunto, mas usar de artifícios para convencer uns e outros, paciência. Sabe-se lá quem os financia...
 
Última edição:
Isildur disse:
Não havia uma previsão, mas você viu toda essa festa quando houve o plebiscito sobre a forma de governo? Claro são coisas distintas, mas reparou que sempre que se tem algum escândalo político, existe mais alguma coisa acontecendo, com apelo popular muito maior, e que no fim das contas, sendo o objetivo ou não, o foco é desviado das CPI's?
Pode ser coincidência, mas é uma coincidência um tanto quanto reincidente. O referendo poderia ocorrer sem toda essa festa que está sendo veiculada nos jornais, televisão e revistas. Eu não lembro de ter visto gritarias eufóricas sobre o parlamentarismo ou a monarquia. Não, não houve previsão miraculosa, mas que o referendo veio numa época bem a calhar, e que está se criando um circo em volta do assunto, isso eu acho que não dá pra negar.

Enquanto isso, em brasília... Quantos foram cassados até agora mesmo?
E que espécie de eleição é realizada no Brasil sem festa e balbúrdia política? Será que não é óbvio que todos querem aparecer um pouco mais? Pois então. Eu não posso e não devo culpar um governo ou mesmo uma instutição por não estar aparecendo tanto quanto um Referendo sobre o Comércio de Armas previsto desde 2003, quando nada era podre e tudo estava indo bem.

Isildur disse:
Enquanto isso, em brasília... Quantos foram cassados até agora mesmo?

Quantas provas cabais existem até agora mesmo? Quanto tempo o regimento da Instituição Câmara prevê entre auditorias, Conselho de Ética e Cassação? huh? :roll:

O Tópico não é sobre isso, mas de qualquer forma seguimos, como bons brasileiros que somos julgando as coisas via convicção e dados denuncistas. Seguimos com uma trágica memória incapaz de lembrar de casos como o Ibsen e tal.

O que é uma pena.

Vela disse:
Você já esteve num assalto? Você sabia que é raro um assaltante não ter medo do assaltado? Você sabia que ele treme na hora do assalto (de forma perceptível)? Você sabia que uma pessoa treinada com uma arma (o que é exigido hoje para comprar uma arma) sabe atirar bem melhor, com mais precisão e rapidez que um assaltante?

Sim, duas vezes na rua.

Relativo, existem os mais diversos tipos de assaltantes, até onde eu saiba essa relação é uma convicção sua, etc.

Relativo ao estado emocional. Quando se trata de uma arma, não acredito que por mais treinamento que possa existir, que qualquer um vá agir friamente e conseguir usá-la de maneira adequada.
 
Morpheu disse:
Isto é patético. Pergunto ao Varatar se é possível respeitar alguém que se mostra tão estúpido...

Se não querem debater o assunto, mas usar de artifícios para convencer uns e outros, paciência. Sabe-se lá quem os financia...

Por favor né Morpheu? "Oh, o Fëanor foi irônico demais e por isso é estúpido". Se você quer realmente deixar o assunto de lado e me criticar pelo que eu falei (ressalto, sem baixar o nível), faça-o por MP, e deixe o tópico livre disso.

Fui realmente irônico, beeem irônico, para demonstrar o quanto me parece vazio seu argumento.

Eu estou debatendo o assunto. Quem parece que não está é você, a exemplo deste seu último post. E ainda quer envolver o Varatar nisso, alguém com quem nunca me desentendi e respeito. Olha a apelação, Morpheu.

E quanta infelicidade sua soltar um "Sabe-se lá quem os financia...". Depois são os outros que não debatem os assuntos e usam artifícios? :roll:

---------

Voltando ao assunto...

.* Lady Arien *. disse:
Não entendo como as pessoas, vendo a situação em que se encontra nosso país, ainda podem querer votar a favor do desarmamento do cidadão.

Na verdade nós precisamos entender, mesmo por que não dá pra todo mundo pensar do mesmo modo, certo? :wink:
A questão é que para alguns os argumentos do sim soam mais verossímeis, fazem mais sentido. Mesmo que para você ou para mim não faça. É como disse o Vela, sobre as diferentes formas de pensar do povo brasileiro, citando o exemplo do cara que bateu na atriz que interpretava a vilã da novela. Nem todos têm esclarecimento suficiente, o que também não significa que todos que sejam esclarecidas sejam a favor do sim ou do não.

Balbo disse:
Mas o que me perturba é a forte sensação de que há algo podre por trás desse estatuto. Seria muito estranho se de repente se os políticos resolvessem agir em benefício de povo sem nenhuma vantagem por trás de tudo, ainda mais com uma ação que vai ferrar as fabricantes de armas. Mistério...

Na verdade é pura demagogia disfarçada de democracia. É claro que há um bom motivo para se gastar mais num referendo ridículo do que com a segurança nacional diretamente. Vamos ver no que vai dar.
 

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