imported_Amélie
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Devidamente homenageada
Cecília Benevides de Carvalho Meireles é uma das responsáveis pelo meu gosto pela poesia! Em meus tempos de criança, amava os poeminhas dela, nos livros didáticos, ou aquele livro "Ou isto, ou aquilo"...
Nascida em 1901, no Rio de Janeiro, ela foi criada pela avó... Seus 3 irmãos, pai e mãe morreram antes que ela completasse os 3 anos de idade. Casou com 21 anos, com um pintor, mas ele comete suicídio 13 anos depois. A partir daí a virada. Ela recebe inúmeros prêmios, viaja o mundo, e publica muitos livros...
E quem fala por ela são suas poesias:
"...Liberdade, essa palavra
que o sonho humano alimenta
que não há ninguém que explique
e ninguém que não entenda..."
(Romanceiro da Inconfidência)
"Eu canto porque o instante existe
e a minha vida está completa.
Não sou alegre nem sou triste:
sou poeta.
Irmão das coisas fugidias,
não sinto gozo nem tormento.
Atravesso noites e dias
no vento.
Se desmorono ou se edifico,
se permaneço ou me desfaço,
— não sei, não sei. Não sei se fico
ou passo.
Sei que canto. E a canção é tudo.
Tem sangue eterno a asa ritmada.
E um dia sei que estarei mudo:
— mais nada."
(Motivo)
Essa é infantil:
O mosquito pernilongo
trança as pernas, faz um M,
depois, treme, treme, treme,
faz um O bastante oblongo,
faz um S.
O mosquito sobe e desce.
Com artes que ninguém vê,
faz um Q,
faz um U, e faz um I.
Este mosquito
esquisito
cruza as patas, faz um T.
E aí,
se arredonda e faz outro O,
mais bonito.
Oh!
Já não é analfabeto,
esse inseto,
pois sabe escrever seu nome.
Mas depois vai procurar
alguém que possa picar,
pois escrever cansa,
não é, criança?
E ele está com muita fome.
(O Mosquito Escreve)
Cecília Benevides de Carvalho Meireles é uma das responsáveis pelo meu gosto pela poesia! Em meus tempos de criança, amava os poeminhas dela, nos livros didáticos, ou aquele livro "Ou isto, ou aquilo"...
Nascida em 1901, no Rio de Janeiro, ela foi criada pela avó... Seus 3 irmãos, pai e mãe morreram antes que ela completasse os 3 anos de idade. Casou com 21 anos, com um pintor, mas ele comete suicídio 13 anos depois. A partir daí a virada. Ela recebe inúmeros prêmios, viaja o mundo, e publica muitos livros...
E quem fala por ela são suas poesias:
"...Liberdade, essa palavra
que o sonho humano alimenta
que não há ninguém que explique
e ninguém que não entenda..."
(Romanceiro da Inconfidência)
"Eu canto porque o instante existe
e a minha vida está completa.
Não sou alegre nem sou triste:
sou poeta.
Irmão das coisas fugidias,
não sinto gozo nem tormento.
Atravesso noites e dias
no vento.
Se desmorono ou se edifico,
se permaneço ou me desfaço,
— não sei, não sei. Não sei se fico
ou passo.
Sei que canto. E a canção é tudo.
Tem sangue eterno a asa ritmada.
E um dia sei que estarei mudo:
— mais nada."
(Motivo)
Essa é infantil:
O mosquito pernilongo
trança as pernas, faz um M,
depois, treme, treme, treme,
faz um O bastante oblongo,
faz um S.
O mosquito sobe e desce.
Com artes que ninguém vê,
faz um Q,
faz um U, e faz um I.
Este mosquito
esquisito
cruza as patas, faz um T.
E aí,
se arredonda e faz outro O,
mais bonito.
Oh!
Já não é analfabeto,
esse inseto,
pois sabe escrever seu nome.
Mas depois vai procurar
alguém que possa picar,
pois escrever cansa,
não é, criança?
E ele está com muita fome.
(O Mosquito Escreve)