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[CARTAS] #43 - Casamento e relacionamento entre os sexos

Bem, com a carta vc apenas vê a realidade baseada em fato-físico, não acho que ele era machista, na verdade ele provou apenas que o homem tem uma grande sensibilidade em querer fazer sexo (sem amor), se apaixona facilmente, não escolhe muito....
e a mulher é sensivel mas tambem é pratica, ou seja vc pode ser o cara mais romântico do mundo, dá a ela tudo de mão beijada, colocar tapete vermelho, isso é praticamente inutil, ficticio, elas não querem isso no mundo contemporâneo, elas querem mesmo é statusociais, elas escolhem muito e não se apaixonam facilmente....

Sexo é um desejo orgânico, biologico e necessário. Se não sabe controlar seus desejos, dificilmente sabe o que seria de fato honra, devoção e sacrifício.

pode ser estranho mas o "mundo caído" como Tolkien ressalta, hj esta bem pior do que na época dele, a prostituição de mulheres existia, mas não em comerciais de televisão, "outdoors", revistas e internet (paparazzo)................

acho que nao preciso dizer mais nada....
 
Eu já tinha lido essa carta antes... ou melhor parte...
Nunca consegui terminar... :disgusti:
É machista sim...

Trechos:

(...)porque é o seu dom por serem receptivas, estimuladas, fertilizadas (em muitos outros aspectos que o físico) pelo macho.

Como tão rápido uma mulher inteligente pode ser ensinada, captar as idéias dele, ponto de vista - e como (com raras exceções) elas podem ir a lugar nenhum, quando elas largam sua mão, ou quando elas deixam de se interessar por ele.

Uma mulher jovem, até aquela "economicamente independente", como dizem agora (isto na verdade significa realmente subserviência econômica a um macho empregador em vez de um pai ou uma família)(...)

Nunca consegui ler o resto... parei aí...

:?
 
Pearl, acho que você devia ler o final dessa carta. Eu acho aquele final uma das coisas mais intrigantes que o Tolkien escreveu.
 
Teminei... :D

Interessante esse final mesmo. Dá pra ver o quanto a religião influenciava Tolkien. Na verdade a carta toda tem um Q religioso.

Morte: pelo paradoxo divino aquela que termina com a vida, e exige a renúncia de tudo, e ainda pelo gosto (ou antegosto) de que sozinha pode o que você busca em suas relações terrestres (amor, fidelidade, alegria) seja mantido, ou assuma aquela aparência de realidade, de duração eterna, que o coração de todo homem deseja.

Realmente é intrigante como ele encarava a morte, como um paradoxo divino.
 
Talvez se não fosse tão importante ler essa carta eu teria desistido completamente quando li o Letters. A 113 por exemplo foi um tiro na minha paciência infelizmente, e pulei-a, assim como pulei o capítulo "De Beleriand e seus reinos", e quando o li percebi a burrice que tinha feito. Talvez eu leia a 113 qualquer dia desses.
As cartas pré-SdA são muito mais interessantes que as posteriores. Minha opinião é que a grande maioria da 212 para baixo merece uma tradução (212 inclusa por ser um rascunho da 211, talvez a mais famosa de todas).
 
O que eu acho mais estranho não é que ele achasse que a morte é um paradoxo divino. O que parece mesmo, é que ele achava que a morte era uma forma de se libertar...
 
Swanhild disse:
O que eu acho mais estranho não é que ele achasse que a morte é um paradoxo divino. O que parece mesmo, é que ele achava que a morte era uma forma de se libertar...

Com esse tipo de pensamento extremamente regrado e rígido, até eu desenvolveria apreço especial pela morte. :P
 
Fox disse:
Swanhild disse:
O que eu acho mais estranho não é que ele achasse que a morte é um paradoxo divino. O que parece mesmo, é que ele achava que a morte era uma forma de se libertar...

Com esse tipo de pensamento extremamente regrado e rígido, até eu desenvolveria apreço especial pela morte. :P

Talvez por isso os humanos fossem agraciados pela dádiva da morte no SDA.

Galileu uma vez disse que algo a respeito de imutabilidade e perfeição extremas (quando viu a face da Lua e ela não era lisinha)... afinal de que vale um mundo perfeito de cristal, se não está vivo? Um mundo cheio de imperfeições, de poeira e sujeira tem mais chances de desenvolver vida do que um mundo perfeito e limpo.

Quando penso em elfos (e mesmo em SDA) eu tenho uma sensação ruim, como se fossem pessoas que não pudessem aceitar a mutabilidade. Que não conseguem aceitar o fim das coisas belas... como se não fosse possível o ciclo criação-destruição-criação. Pois seria sempre uma coisa bela igual para sempre (monotonia), ao invés de mudar para outra paisagem bela.

Me vem à mente a cena de Sandman, onde Lucifer conversa com um mortal sobre o pôr do Sol em uma praia. O velho todo dia vinha ali, mas sempre era um pôr do Sol diferente, como se Deus mudasse as tintas e pintasse tudo de novo. Se fosse um pôr do Sol sempre igual (como o de uma pintura) não ficaríamos tão maravilhados... mas por ser diferente e impressionantemente belo mesmo assim (pois não haveria dúvida de que seria mais feio, já que o lindo anterior foi destruído?).

Em Silma, a criação do Dia e da Noite foi meio emergencial, e sempre tive a impressão de perda, de que o novo não era tão belo quanto a Luz anterior. Seria esse trauma que faz com que os elfos insistam em manter o belo? O mesmo Belo de sempre? Eu acredito que sim...
 
É, toda a obra está cheia desse sentimento de perda irrecuperável, extremamente incômoda em muitos pontos. Acho que Tolkien devia ter muito esse sentimento de que seu tempo não estava compatível com ele, ele se identificava com tempos antigos. Esse é um mundo caído. Mas é importante ver que ele não considerava isso bom, ele descreve a decadência dos elfos, como o seu talento foi direcionado somente para conservar, não criar. Isso é mostrado muito negativamente. E ele também louva a força renovadora dos homens, mesmo renegando esse mundo "sarumanizado". Ele devia ser bem parodoxal, e bem melancólico. Talvez por isso a literatura dele seja tão escapista.
 

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