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[Call of Cthulhu] O Rei em Amarelo [on]

Jerome mais do que depressa coloca a caixa no chão e a encharca com o restante do galão que estava com menos da metade e mete fogo.
 
Alberto tinha levado a sério a tarefa de segurar os inimigos enquanto Jimmy e Anajé tentavam resolver a situação de uma forma mais sutil. O policial vê o disparo contra si passar longe e atingir quase o teto do paiol, enquanto atira mais duas vezes, acertando ambos no russo, um no braço e outro no abdômem, muito embora ele soubesse que àquela distância não seriam tão efetivos. O grandalhão solta um grito de agonia e abaixa a espingarda, olhando seus ferimentos. Mas ele parece estar longe de ter desistido do combate e tenta se concentrar para esquecer a dor e continuar atacando.

Mas algo horrível estava acontecendo com Alberto. O outro adversário, o mascarado, continuava sua ladainha ululante e seus gestos e certamente tinha lançado algum tipo de feitiço contra o policial. Jerome e Jim veem o rosto dele tomar uma expressão de sofrimento profundo enquanto se curva, soltando os revólveres. Quase instantaneamente a pele de Alberto torna-se avermelhada e como que parece ferver, surgindo por todo o corpo bolhas e pústulas que o fazem gritar de dor e pânico de uma maneira assombrosa.

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Off: Teste de Sanidade (0/1d3) para vocês.

Os dois novos cultistas que tinham acabado de aparecer vão se aproximando perigosamente e também se preparam para disparar. O incêndio na casa começa a se espalhar.

Vendo tudo isso, Jerome busca do fundo de sua alma coragem e perseverança e abre a caixa para incendiar no que houvesse ali dentro, temendo que se tentasse atear fogo pelo lado de fora a espessa madeira poderia demorar muito a queimar. Ao abrir a tampa do pequeno bau, o que o arqueólogo vê, embora estivesse se acostumando com cenas e coisas apavorantes, faz seu sangue gelar nas veias: ali dentro estava um órgão humano, um arremedo grotesco de coração, inchado, anormalmente alongado e escurecido. De seus lados saiam dois apêndices avermelhados e salpicados de um sangue negro. E o pior: eles se mexiam, assim como o aberrante coração, que batia acelerado como se estivesse no peito de alguém correndo!!!

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Off: Teste de Sanidade (1/1d4) para Jerome. Se falhar ele não consegue atear fogo na caixa neste turno.

Sanidade atual:

Jerome (43 PS) [60-6-2-1+3-1-3-6-1] OK

Alberto (54 PS) [60-1-0-3+1-1-2] OK

Jim (46 PS) [65-1-4-1+3-4-1-3-5-3] OK


Pontos de Vida:

Jerome (15 PV)

Alberto (6 PV) (12-6)

Jim (10 PV)
 
Última edição:
Jerome vê a situação voltar a piorar e tenta se concentrar do que estava fazendo.

[roll0]

[roll1]

[roll2]

[roll3]

Ele fica espantado com a cena vivida por Alberto mas toma coragem e ateia fogo o mais rápido possível naquele coração monstruoso.

-Vamos Jimmy. Ajude o Alberto. Enquanto ponho fogo nessa merda toda. Tome, talvez isso ajude.

Talvez agora fosse um bom momento para usar a dinamite. Ele então a oferece ao Jimmy para acendê-la e lançá naquelas criaturas que os atacavam.
 
Última edição:
Teste de Sanidade Jim [46]: [roll0]

Caso falhe: [roll1]


Jim tenta ajudar Alberto, que parece ter sido atingido por algum encanto ou maldição de seus oponentes. Ao ver o policial fraquejar, Jim tenta arrastá-lo para algum lugar que possua melhor cobertura, enquanto torce para que Jerome consiga atear fogo no coração de Valtrop.
 
Off: O armazém onde estão não oferece grande cobertura, ele é mais ou menos como na foto abaixo, só que menor e mais rústico (:obiggraz:). Alberto está caído, Jim ao lado dele e Jerome abaixado diante da caixa. Os três estão parcialmente cobertos pelas colunas de sustentação.

13.jpg

Mesmo ferido, o russo começa a recarregar sua arma para novos ataques. Os dois outros perseguidores vão chegando abaixados e se posicionam a uns 50 metros, quando fazem disparos contra os investigadores:

Gretsby (Handgun 45%-25% por cobertura parcial = 20%)
[roll0]
dano: 1d10/2 = [roll1]

Staufenberg (Handgun 35%-25%=15%)
[roll2]
dano: 1d10/2 = [roll3]

O mascarado continua cantando e gesticulando.

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Alberto urra de dor. Sua carne está fervendo e mais bolhas pipocam por toda sua pele, estourando logo em seguida deixando escorrer um pus fétido e nojento. Jimmy vê tudo isso horrorizado e impotente enquanto apanha no chão a dinamite que o arqueólogo lhe passara.

Dano: [roll]1d6[/roll
Perda de APP: [roll4]

Jerome procura manter o sangue-frio naquele momento crítico e molha a caixa com o restante do querosene. Ele então acende um fósforo e o joga dentro dela. O coração macabro começa a arder em chamas, chiando e pipocando como se a estourar por dentro.
 
Última edição:
Jerome dá uma olhada nas possibilidades e enquanto Jimmy não acende o maldito explosivo ele decide atirar no mascarado para que ele parece de vazer a maldita mandinga.

-Vamos Jimmy! Acenda logo isso e lance contra esses malditos.

[roll0]
 
Para o inglês, a única esperança agora - se é que de fato havia alguma - parecia ser realmente usar a dinamite. Jim tenta se aproveitar da cobertura das colunas para acender o explosivo e arremessá-lo na direção dos atiradores.



OFF: e aí, rolo o quê?
 
Jim parece hesitar por um momento, imaginando qual seria o resultado daquilo - e se deveria realmente fazê-lo. Mas de repente ele se vê de volta à realidade dos fatos: ele e seus colegas estavam muito próximos de morrer de qualquer maneira! "Preciso arriscar", pensa o jornalista enquanto acende a dinamite. "E seja o que deus quiser!" E assim o inglês aposta todas suas fichas (e de seus colegas) no arremesso:

Throw [25] [roll0]


OFF:
HAHAHAHA, não creio! Valeu pessoal, foi bom jogar com vocês :rofl:
 
Cena 16: Grand finale

Fazenda do Coronel Mascarenhas, 11 de junho de 1910, ~ 9:30

Investigadores:
Alberto, Jerome e Jim


Jerome erra o seu tiro contra o mascarado, que continuava sua maléfica litania. Alberto permanecia deitado perto de Jeremy, com as horríveis bolhas saltando pelo corpo e fazendo-o morrer lenta e dolorosamente.

Numa tentativa desesperada, o inglês acende a banana de dinamite e se prepara para lançá-la contra os inimigos. Mas algo dá errado, muito errado! O inglês se atrapalha miseravelmente e deixa o explosivo cair aos seus pés! Antes que tivesse sequer tempo de pensar em alguma coisa, a dinamite explode. Alberto, Jim e Jerome são feitos em pedaços pelo efeito da detonação.

A caixa de madeira é arremessada para longe, mas dentro dela o fogo já terminara de destruir o coração de Valtrop, que resseca e murcha até não restar nada dele além de pó. Quase ao mesmo tempo em que isso acontece, os cultistas que atacavam os pobres investigadores começam a gritar de agonia: morto o seu líder, seus corpos começam a mostrar todos os efeitos da decadência e dos anos e anos de consumo das estranhas drogas do culto a Hastur. O corpo de cada um dele ia inchando abominavelmente enquanto os ossos de seus braços se tornavam flácidos e sua pele ficava esverdeada e depois começa a ferver. Eles até tentam se proteger do efeito mortal da luz solar, mas não há onde se esconder, pois a casa de Mascarenhas já ardia em chamas. Em poucos instantes, os quatro não são mais do que poças de carne e sangue, derretidos como pedaços de plástico.

Em algum lugar de Manáos, dentro de um veículo de luxo, o mesmo acontecia ao coronel Mascarenhas. Já Valtrop sofria em segundos o efeito dos anos de apodrecimento pelo qual seu corpo, vendido ao Inominável, não passara. Dele também não restava mais do que um montículo nojento de ossos encarquilhados e restos de pele e de roupa. Ao sentir o insuportável cheiro dentro do carro e olhar abismado a cena pelo vidro retrovisor, o motorista do carro enlouquece e bate o carro em um poste.

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FIM DA CENA 16
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Última edição:
O Rei em Amarelo: Epílogo

Quase nada se publicou na imprensa manauara a respeito do desaparecimento do coronel Mascarenhas, a não que ele teria viajado para “um longo cruzeiro pela Europa e África”. Mas a censura não conseguiu coibir tablóides como o Notícias do Igarapé de mencionar em artigos esparsos sobre o carro do magnata da borracha, encontrado batido em uma rua menor da cidade, e aquilo que havia dentro dele, algo cuja visão provocara ondas de pânico nos que correram para tentar ajudar os possíveis acidentados. Boatos de envolvimento do coronel e do líder da trupe de teatro com cultos demoníacos se espalharam por todas as casas, mas como toda informação sem provas, acabou sendo esquecida depois de algum tempo.

Com o desaparecimento do grupo de teatro, a peça teve que ser cancelada, para total desgosto e prejuízo político do presidente do estado. Celebridades e autoridades convidadas, muitas delas já a caminho da Europa, tiveram que ser avisadas de última hora e não ficaram nada satisfeitas com a ridícula situação de chegar ao meio da Floresta Amazônica para nada. Junto com a decadência do comércio do látex, esse fato faria com que quase nenhum evento de vulto voltasse a ser organizado em Manaós por anos e anos e que poucos aceitassem cruzar o Atlântico correndo o risco de um novo fiasco.

Uma semana depois de internado, distante do efeito da mbaë-ú e do maldito Sinal Amarelo, Marcopolo Santon, o diretor do Teatro Amazonas, recebeu alta do hospício do Dr. Meganha. Marcopolo, abalado com todos os horrores pelo qual passara, decidiu então pedir demissão de seu cargo e se exilar no Rio de Janeiro antes de uma viagem para sua amada França, de onde nunca mais voltou.

Pietro e Nagato foram liberados da cadeia dois dias depois graças à intervenção do bispo da cidade, já que o italiano na verdade era um agente da antiga Inquisição. Pietro conseguiu com a Igreja que o japonês também fosse solto, o que levaria muito mais tempo até que o distante governo japonês se manifestasse em favor de seu súdito. Assim que se viram em liberdade, os dois investigadores procuraram sem sucesso pelo paradeiro dos outros colegas, descobrindo no porto o carro de Jerome estacionado e vindo a saber que os três haviam embarcado num pequeno navio que subira o rio Negro com destino desconhecido. O desaparecimento dos amigos era um sinal que algo de muito ruim lhes acontecera, mas Pietro e Nagato pelo menos sabiam que eles haviam cumprido de alguma forma a missão, já que a peça havia sido cancelada e os rumores davam conta da morte de Valtrop e do coronel. Poucos dias depois ambos embarcaram rumo ao Velho Continente desejando nunca mais por os pés na Amazônia.

O barqueiro contratado pelo trio aguardou por eles no embarcadouro incendiado até duas horas após o combinado. Depois disso, rumou para Manaós, onde entregou o cartão de Jimmy ao cônsul britânico e recebeu sua recompensa. As bagagens do repórter, como ele pedira, foram despachadas para Londres, onde ele próprio nunca chegaria, entrando para a listagem de cidadãos britânicos desaparecidos em solo estrangeiro.

A estrela Aldebaran brilhava forte no céu noturno daquele mesmo dia em que o horror fora destruído qando vultos humanóides disformes saíram da floresta na direção da casa de fazenda arrasada pelo fogo. Eram alguns Maku que chegaram para a rapinagem do que sobrara. Houve uma grande cerimônia naquela madrugada, já que eles carregaram para a tribo a máscara pálida e uma placa de ouro com a representação do Jurupari Negro. E não faltou carne para os guerreiros, que se fartaram com os pedaços estraçalhados dos três homens que ali tinham encontrado a morte. Levaram ainda aquelas duas crianças encontradas dentro de uma das pequenas casas que rodeavam a fazenda, que teriam seus belos olhos saboreados pelos feiticeiros antes que estes as degolassem em honra d’Aquele que ainda aguarda sob as águas do lago o regresso do Rei.

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FIM DA AVENTURA O REI EM AMARELO
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Última edição:
Esta foi outra aventura que me deu muito gosto conduzir por aqui. Foi longa e trabalhosa, com várias desistências pelo caminho, e um final que não esperava, mas ainda assim muito divertido e bem ao estilo cthulhiano...rsrs Diria até que explosivo demais, por meu gosto... Como eu disse no tópico do outro cenário, quem sabe um dia, com novos (ou velhos) jogadores, mais tempo e menos problemas na minha vida, não possa retomar as aventuras aqui neste fórum... :think:
 
Ri sozinho aqui com a lembrança desse final :lol:

Esse PbF foi definitivamente ótimo. Um dos únicos que me empolguei para jogar e que conseguiu ser conduzido ao seu final. Obviamente a maior parte do mérito coube ao Jeff, que conduziu tudo impecavelmente.
 
Li o começo da narrativa e gostei bastante de modo de desenvolvimento.. Se permitirem novos jogadores , quando abrirem um novo jogo, podem contar comigo!:bruxa:
 

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