Alberto para por um momento, procurando escutar qualquer ruído dentro da casa. Ele levanta a mão pedindo para que os dois companheiros parem e sussurra:
- Há mais alguém aqui dentro, escutei passos naquela sala. - E aponta para o cômodo à esquerda.
Jerome olha aquela suntuosidade toda e se admira do quanto de dinheiro esses barões da borracha amazonense esbanjavam, apesar do preço do produto em baixa pela concorrência com a Malásia. Diziam mesmo que em tempos áureos alguns deles chegavam a acender charutos cubanos com notas de 100 dólares... De toda forma, fora esse dinheiro, obtido às custas do suor e do sangue dos pobres seringueiros, que levantara Manaós e até mesmo a universidade onde ele trabalha. Mas ele sabia no fundo que Mascarenhas era ainda mais podre do que os outros coronéis da região.