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Bento XVI anuncia que renunciará ao pontificado

O problema é se essa doutrina católica está de acordo ou melhor conflitante com a realidade que vivemos ( questionamento meu). Condenaram a Teologia da Libertação e no passado queimaram "hereges", autos de fé, e todos os que não compartilhavam do pensamento dominante do catolicismo etc.Penso se a Teologia da Libertação não seria uma alternativa viável para o catolicismo para os novos tempos ( sou simpatizante do movimento). Não há espaço para uma igreja com pensamento conservador que prega como se ainda estivesse na idade média. Sem querer ofender ninguém católico é apenas a impressão que tenho quando vejo e sinto sobre a igreja nos dias de hoje.
 
O Marxismo está na gênese da Teologia da Libertação, Mercúcio.
O desenvolvimento do Marxismo como instrumento de análise social está entre os fatores que deram início à teologia da libertação. O materialismo como horientalização da fé cristã (total ênfase na relação com o próximo em detrimento do aspecto vertical, relação com Deus, da fé) é um dos fundamentos desta teologia. Sem esquecer, é claro, dos sincretismos religiosos que fez, incitação a luta de classes, desvalorização do magistério da Igreja e de sua interpretação dos ensinamentos de Cristo como uma libertação em âmbitos sociais, econômicos e políticos. A Sagrada Congregação para a doutrina da fé já condenou-a como herética e incompatível com a doutrina católica. Vale lembrar que Leonardo Boff, um ícone da teologia da libertação, assessora o MST, movimento claramente de inspiração marxista.

Não foi o Concílio Vaticano II que trouxe a idéia de que a Igreja precisava se aproximar de seu rebanho?
Eu estudei o tema menos do que gostaria, mas o que eu vejo são os detratores da TL o tempo todo construindo essa ligação. É apelativo e falacioso querer relacionar o materialismo à TL, uma vez que é de uma concepção espiritual que estamos tratando. A Teologia da Libertação, me parece, quis humanizar a Igreja. Deparando-se com situações de injustiça social a que estava submetido o povo, é a Igreja se posicionando tendo em vista a libertação dos oprimidos e sofredores. E eu não concordo que a ênfase na relação com o próximo tenha se dado em detrimento do aspecto transcendental, da ligação com Deus. Pelo contrário, essa visão faz do próximo o altar que nos liga ao Pai, dando sentido ao "Amai-vos uns aos outros como eu vos amei!" A Igreja tem medo de se posicionar politicamente em favor dos sofredores, mas não hesita em meter o bedelho em mesquinharias, tentando obstar, por exemplo, pesquisas com células tronco.
A Teologia da Libertação teve ligação com a Pastoral da Terra e também com o MST. E daí?
As bandeiras do MST são uma afronta à Cristandade? Por quê?

Também há pontos de contato entre o marxismo e o Estado de Bem Estar Social. Você é contra?
Muitas legislações trabalhistas têm inspiração marxista. Você é contra?
Os detratores da TL querem fazer do marxismo uma baliza - se é que é correto usar aqui este termo - epistemológica da mesma, quando sua colaboração diz respeito à formulação de um aparato sociológico que permita pensar historicamente a exploração. A TL é materialista por isso? Porque a mim parece que em nada ela perde o seu sentido espiritual.

A Sagrada Congregação, que você citou, é o novo nome do Santo Ofício, certo? Aliás, a mesma que julgou o Boff (tendo sido o Ratzinger o responsável por julgá-lo, inclusive).


A respeito do erro de Bento XVI em encobertar os casos de pedofilia, não cabe a mim julgá-lo. Porém, não seria justo eu ver apenas seus erros e tachá-lo como "mau papa" e esquecer todas as coisas boas que seu pontificado trouxe. Usando uma analogia simples, não é certo um professor chamar um aluno de "mau aluno" porque errou 1 item e acertou 9 num exame com 10 itens. Se Bento XVI tem responsabilidade direta nesses escândalos, como disseste, ele já pediu perdão pelo fato. E talvez sua atual renúncia seja já uma forma de assumir essa responsabilidade e o começo de uma possível expiação. Mas, para os inimigos da Igreja e aqueles que a odeiam, um pedido de perdão e a renúncia não serão suficientes. “Para aquele que é impiedoso, os atos de compaixão são sempre estranhos e estão sempre fora do alcance de sua compreensão.”

Limpe, não me entenda mal... mas isso me parece uma postura covarde e fanática.
Você diz que é um erro, mas que não tem condições de julgá-lo? Você julga os erros do Leonardo Boff ou do Frei Beto? Até onde eu sei eles não estão envolvidos com escândalos de pedofilia. E no entanto, Boff quase foi submetido à excomunhão e foi punido com o "silêncio obsequioso". O seu julgador, que acobertou tais crimes, pediu perdão e está tudo bem.
Sua analogia com um exame onde o aluno errou uma questão em nove me causa repugnância. Você sabe o que esses abusos podem ter provocado na vida dessas crianças? Que traumas podem ter gerado? Falta gravíssima! Inadmissível! Mas pra me adequar à analogia, há determinados exames que comportam falhas eliminatórias.
A renúncia dele não é uma forma de assumir responsabilidade, ou teria sido feita no contexto que essas questões vieram à tona.

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No mais, Limpe, desculpe se pareci agressivo em alguns comentários. Não é nada pessoalizado. :cerva:
 
Última edição:
Eu conheço de nome, mas não me lembro dos detalhes, fala mais aí!

Foi um massacre que se iniciou na noite de 23/24 de agosto de 1572 e durou por vários meses, onde dezenas de milhares de huguenotes (protestantes franceses) foram mortos por católicos em supostos tempos de paz.

O próprio Lutero reprovou a revolta dos camponeses e encorajou os príncipes a sufocá-la, classificou Müntzer como um dos “profetas do assassínio” (o que mostra a total falta de coerência entre os reformadores).

Uma das bases da Reforma era a interpretação pessoal das Escrituras. As divergências sempre existirão, por menores que sejam.

A respeito de Calvino, vale lembrar que ele presidiu a condenação à fogueira de Miguel Servet, o médico espanhol que descobriu a circulação do sangue.

"O Conselho municipal escreveu a Calvino pedindo ajuda contra o ensino do Cardeal Sadoleto, que procurava chamar Genebra de volta para a Igreja Católica. Pediu desculpas e, com mais um apelo de Farel, convenceu Calvino a voltar. Dr. McGrath, historiador da Universidade de Oxford, demonstra como o mito do “grande ditador de Genebra” está enraizado em conceitos populares difundidos especialmente pelas obras de Bolsec e Huxley, que fizeram afirmações sem ter qualquer fato histórico que os apoiasse, mas que não obstante acabaram por moldar a visão de Calvino que hoje prevalece em muitos meios evangélicos. Calvino não tinha qualquer acesso à máquina decisória do Conselho. Ele mesmo não podia votar e nem concorrer a qualquer cargo político eletivo. E mesmo quanto aos negócios da Igreja, Calvino quase não tinha qualquer poder decisório." Fonte.

Uma lida nas 11 considerações que contextualizam a execução de Serveto seria útil para esclarecer alguma coisa sobre a imagem de "assassino" que se tem dele.
 
Se Bento XVI tem responsabilidade direta nesses escândalos, como disseste, ele já pediu perdão pelo fato. E talvez sua atual renúncia seja já uma forma de assumir essa responsabilidade e o começo de uma possível expiação. Mas, para os inimigos da Igreja e aqueles que a odeiam, um pedido de perdão e a renúncia não serão suficientes. “Para aquele que é impiedoso, os atos de compaixão são sempre estranhos e estão sempre fora do alcance de sua compreensão.”

Aposto que aquelas crianças foram dormir mais tranquilas depois dele se "arrepender" (não me lembro dele pedir perdão em lugar nenhum). Não querendo ser agressivo, mas DUVIDO que se fosse você uma das crianças ou fosse um de seus filhos lá você pensasse assim.
 
Uma aproximação do rebanho não significa a renúncia a doutrina, a Tradição e a Revelação Cristã como a TL faz. Esta aproximação foi colocada em prática por muitos movimentos e posturas da Igreja, como por exemplo, o Caminho Neocatecumenal, os Focolares, a RCC, e tantíssimos outros que estão em perfeita comunhão com Roma e o Magistério. Coisa que a TL jamais esteve.
Disse Papa Pio XI na carta encíclica Quadragesimo Anno: "Socialismo religioso, socialismo cristão, são termos contraditórios: ninguém pode ao mesmo tempo ser bom católico e socialista verdadeiro"(Quadragesimo Anno, nº 117 a 120).
Contudo, os Teólogos da Libertação afirmaram: "o Reino de Deus é concretamente o socialismo" (BOFF, L. e BOFF, Cl. Da Libertação, p. 96)
E mais:
Genésio Boff disse, ao Jornal do Brasil, que o proposto pelos seus "não é Teologia dentro do marxismo, mas marxismo (materialismo histórico) dentro da Teologia". (FONTE: http://www.veritatis.com.br/conheca-mais/7254-o-marxismo-e-a-teologia-da-libertacao)

O que é isso senão uma aberta desobediência e rebeldia ao Magistério da Igreja. A TL já foi condenada como heresia, e esse é o parecer da Igreja e respeito dela.
A Teologia da Libertação foi posteriormente condenada através do documento Libertatis Nuntius, que afirmou, entre outras coisas, que ela causava "uma interpretação inovadora do conteúdo da fé e da existência cristã, interpretação que se afasta gravemente da fé da Igreja, mais ainda, constitui uma negação prática dessa fé”. Isso se somou as condenações ao marxismo feitas por Pio IX, Leão XIII, São Pio X, Pio XI, Pio XII, João XXIII, Paulo VI e João Paulo II. Em Puebla, o documento do CELAM frisou que "(...) A libertação cristã usa 'meios evangélicos', com a sua eficácia peculiar e não recorre a nenhum tipo de violência, nem à dialética da luta de classes (...)" (nº 486) "ou à praxis ou análise marxista" (nº 8). (FONTE: http://www.veritatis.com.br/conheca-mais/7254-o-marxismo-e-a-teologia-da-libertacao)

A Teologia da Libertação, me parece, quis humanizar a Igreja.
A meu ver, ela quis descristianizar a Igreja.

Deparando-se com situações de injustiça social a que estava submetido o povo, é a Igreja se posicionando tendo em vista a libertação dos oprimidos e sofredores.
A Igreja tem uma posição a respeito das injustiças sociais, oprimidos e sofredores. E ela não é a TL, mas está compendiada na Doutrina Social da Igreja Católica.


E eu não concordo que a ênfase na relação com o próximo tenha se dado em detrimento do aspecto transcendental, da ligação com Deus. Pelo contrário, essa visão faz do próximo o altar que nos liga ao Pai, dando sentido ao "Amai-vos uns aos outros como eu vos amei!"
Há uma grande diferença entre o altar (Deus) e o próximo. Se assim não fosse, não constituiríam dois mandamentos distintos, porém complementares.

"Respondeu Jesus: Amarás o Senhor teu Deus de todo teu coração, de toda tua alma e de todo teu espírito (Dt 6,5).Este é o maior e o primeiro mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás teu próximo como a ti mesmo (Lv 19,18). Nesses dois mandamentos se resumem toda a lei e os profetas." (Mateus 22, 37-40)


A Igreja tem medo de se posicionar politicamente em favor dos sofredores, mas não hesita em meter o bedelho em mesquinharias, tentando obstar, por exemplo, pesquisas com células tronco.
A Igreja proíbe expressamente o clero de participar na política, a não ser em situações urgentes. O caso das células-tronco é uma delas.


A Teologia da Libertação teve ligação com a Pastoral da Terra e também com o MST. E daí?
As bandeiras do MST são uma afronta à Cristandade? Por quê?
O MST, como já disse, tem inspiração marxista, e viola o direito a propriedade privada invadindo fazendas. Por que a TL teria ligação com ele se não tivesse o marxismo em suas bases?
Além disso, o direito a propriedade privada é defendido pela doutrina social da Igreja.


Também há pontos de contato entre o marxismo e o Estado de Bem Estar Social. Você é contra?
Não.
Muitas legislações trabalhistas têm inspiração marxista. Você é contra?
Não.

Os detratores da TL querem fazer do marxismo uma baliza - se é que é correto usar aqui este termo - epistemológica da mesma, quando sua colaboração diz respeito à formulação de um aparato sociológico que permita pensar historicamente a exploração. A TL é materialista por isso? Porque a mim parece que em nada ela perde o seu sentido espiritual.

A Sagrada Congregação, que você citou, é o novo nome do Santo Ofício, certo? Aliás, a mesma que julgou o Boff (tendo sido o Ratzinger o responsável por julgá-lo, inclusive).
Sim.


Você diz que é um erro, mas que não tem condições de julgá-lo? Você julga os erros do Leonardo Boff ou do Frei Beto? Até onde eu sei eles não estão envolvidos com escândalos de pedofilia.
Não fui eu que o julguei mas a Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé, e em minha posição pessoal me coloco do lado da Igreja. Leonardo Boff pedira dispensa do sacerdócio em 1992. Sem que está lhe fosse concedida, uniu a Márcia Monteiro da Silva Miranda, divorciada e mãe de seis filhos, com quem mantinha uma relação amorosa secreta desde 1981. Pode não ter sido um pedófilo mas também não foi um bom e casto padre.

Voltando ao tema Bento XVI. Ainda considero que seu pontificado trouxe coisas boas a Igreja. Compreendo a vossa indigninação e respeito a vossa opinião. No mais, o potificado de Bento XVI ainda não acabou, ele ainda pode fazer algo a respeito dos escândalos da pedofilia antes da renúncia. Aqui terminam meus argumentos em defesa de Bento XVI, e só espero que no venha um bom novo papa.

A propósito, Mercúcio, desculpas aceitas.=]

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Foi um massacre que se iniciou na noite de 23/24 de agosto de 1572 e durou por vários meses, onde dezenas de milhares de huguenotes (protestantes franceses) foram mortos por católicos em supostos tempos de paz.

Não penso que a noite de São Bartolomeu é um argumento válido, já que tudo foi organizado, planejado e chefiado pela fámilia real francesa, que via seus interesses ameaçados pelas núpcias de Marguarida de Valois com Henrique de Navarra (chefe dos huguenotes). Sem qualquer relação com a Religião Católica (talvez só o nome). Não é certo jogar a culpa das ações das autoridades seculares sobre a Igreja.
Mas se o argumento for de fato válido, também seria bom lembrar o que aconteceu 45 anos atrás do fato, no chamado saque de Roma. No dia 6 de maio de 1527 os membros das legiões luteranas do exército imperial de Carlos V promoveram um levante e tomaram de assalto a cidade de Roma. Gritavam: "Viva Lutero, nosso Papa." Ávidos, incansáveis na busca de riquezas, os invasores saquearam a cidade e massacraram a população local. A tragédia foi muito grande:

- Todos os doentes do Hospital do Espírito Santo foram massacrados em seus leitos.

- Dos 55.000 habitantes de Roma, sobreviveram apenas 19.000.

- O resgate foi da ordem de 10 milhões de ducados (uma soma astronômica naquela época).

- Os palácios foram destruídos por tiros de canhões com os seus habitantes dentro.

- Os crânios dos Apóstolos São João e Santo André serviram para os jogos [esportivos] das tropas.

- O rio [Tibre] carregou centenas de cadáveres de religiosas, leigas e crianças violentadas (muitas com lanças incrustadas em seu sexo).

- As igrejas, inclusive a Basílica de São Pedro, foram convertidas em estábulos e missas profanas com prostitutas divertiam a soldadesca.(FONTE: http://www.veritatis.com.br/apologetica/protestantismo/8119-a-inquisicao-protestante)
E mais:
"Conforme disse Maurice Andrieaux, esse ataque a Roma ?superou em atrocidade todas as tragédias da história?, até mesmo a destruição de Jerusalém e a tomada de Constantinopla." (FONTE: http://www.veritatis.com.br/apologetica/protestantismo/8020-a-inquisicao-e-o-protestantismo-parte-01)
Os protestantes não foram mais tolerantes que os católicos na história.



Uma das bases da Reforma era a interpretação pessoal das Escrituras. As divergências sempre existirão, por menores que sejam.
E por maiores que sejam também.



"O Conselho municipal escreveu a Calvino pedindo ajuda contra o ensino do Cardeal Sadoleto, que procurava chamar Genebra de volta para a Igreja Católica. Pediu desculpas e, com mais um apelo de Farel, convenceu Calvino a voltar. Dr. McGrath, historiador da Universidade de Oxford, demonstra como o mito do “grande ditador de Genebra” está enraizado em conceitos populares difundidos especialmente pelas obras de Bolsec e Huxley, que fizeram afirmações sem ter qualquer fato histórico que os apoiasse, mas que não obstante acabaram por moldar a visão de Calvino que hoje prevalece em muitos meios evangélicos. Calvino não tinha qualquer acesso à máquina decisória do Conselho. Ele mesmo não podia votar e nem concorrer a qualquer cargo político eletivo. E mesmo quanto aos negócios da Igreja, Calvino quase não tinha qualquer poder decisório." Fonte.

Uma lida nas 11 considerações que contextualizam a execução de Serveto seria útil para esclarecer alguma coisa sobre a imagem de "assassino" que se tem dele.

Não foi isso que li a respeito de João Calvino.
"Preciso dizer desde o início que minha intenção não é justificar a participação de Calvino no incidente.[...]Não podemos justificar Calvino por pedir a pena de morte para Serveto..."(FONTE: http://www.mackenzie.br/7035.html)

“Se ele [Servet] vier [à Genebra], eu nunca o deixarei escapar vivo se a minha autoridade tiver peso.” (Schaff-Herzog Encyclopedia of Religious Knowledge (Baker Book House, 1950), p. 371.)

Evidentemente, naqueles dias a autoridade de Calvino em Genebra, Suíça, tinha “peso” absoluto era inquestionável. Durante o julgamento de Servet, Calvino escreveu:

“Eu espero que o veredicto seja pena de morte.” ( Walter Nigg, The Heretics (Alfred A. Knopf, Inc., 1962), p. 328.)
Seja observado que os calvinistas de Genebra colocaram madeiras semiverdes em torno dos pés de Servet e uma coroa de enxofre em sua cabeça. Levou em torno de trinta minutos até que sua agonia terminasse em tal fogo, com o povo de Genebra em pé em volta para assistir ele sofrendo e morrendo lentamente! Logo antes disso acontecer, os arquivos mostram:

“Farel caminhou ao lado do homem condenado e manteve uma constante enxurrada de palavras, em completa insensibilidade ao que Servet pudesse estar sentindo. Tudo que ele tinha em mente era extorquir do prisioneiro um reconhecimento de seu erro teológico – um chocante exemplo de uma desalmada cura de almas. Depois de alguns minutos disso, Servet cessou de responder e orou silenciosamente para si mesmo. Quando eles chegaram ao local de execução, Farel anunciou a multidão que assistia: ‘Aqui você vê o poder que Satanás possui quando ele tem um homem em seu poder. Este homem é um distinto estudioso e ele, no entanto acreditava que estava agindo corretamente. Mas agora Satanás o possui completamente, como ele poderia possuir você, cairia então você em suas armadilhas. Quando o executor começou o seu trabalho, Servet sussurrou com voz trêmula: ‘Oh Deus, Oh Deus!’ O opositor Farel vociferou para ele: ‘Você não tem nada mais a dizer?’ Neste momento Servet respondeu para ele: ‘O que mais eu posso fazer, mas falar com Deus!’ Logo após isso, ele foi suspenso até a fogueira e amarrado às estacas. Uma coroa com enxofre foi colocada em sua cabeça. Quando as fagulhas foram acesas, um lancinante grito de horror brotou dele. ‘Misericórdia, misericórdia!’ ele clamou. Por mais de meia hora a horrível agonia continuou, porque a fogueira havia sido feita com madeira semiverde, que queima lentamente. ‘Jesus, Filho do eterno Deus, tenha misericórdia de mim,’ o homem atormentado clamava do meio das chamas[...]” ( The Heretics, p. 326-329.).

“Calvino havia então matado seu inimigo e não há nada que sugira que ele jamais tenha se arrependido deste crime. No ano seguinte ele publicou a defesa na qual mais insultos foram acrescentados a seu antigo adversário num linguajar dos mais vingativos e severos.”( Michael Servetus Humanist and Martyr, p. 36.).
(FONTE: http://www.veritatis.com.br/apologe...o-reformador-joao-calvino-que-poucos-conhecem)
 
Uma aproximação do rebanho não significa a renúncia a doutrina, a Tradição e a Revelação Cristã como a TL faz. Esta aproximação foi colocada em prática por muitos movimentos e posturas da Igreja, como por exemplo, o Caminho Neocatecumenal, os Focolares, a RCC, e tantíssimos outros que estão em perfeita comunhão com Roma e o Magistério. Coisa que a TL jamais esteve.

Ainda bem. :mrgreen:

Disse Papa Pio XI na carta encíclica Quadragesimo Anno: "Socialismo religioso, socialismo cristão, são termos contraditórios: ninguém pode ao mesmo tempo ser bom católico e socialista verdadeiro"(Quadragesimo Anno, nº 117 a 120).

Por que não? Por que um ideal de justiça social, de igualdade entre os homens, é infenso à Igreja?

Contudo, os Teólogos da Libertação afirmaram: "o Reino de Deus é concretamente o socialismo" (BOFF, L. e BOFF, Cl. Da Libertação, p. 96)

Concordo!

A meu ver, ela quis descristianizar a Igreja.

E por que ela descristianizaria a Igreja?
Por se posicionar em favor dos oprimidos?
Digo mais. São as próprias posturas intransigentes da ICAR que promovem a descristianização.


A Igreja tem uma posição a respeito das injustiças sociais, oprimidos e sofredores. E ela não é a TL, mas está compendiada na Doutrina Social da Igreja Católica.

E qual seria?

Há uma grande diferença entre o altar (Deus) e o próximo. Se assim não fosse, não constituiríam dois mandamentos distintos, porém complementares.

Paulo também escreveu aos coríntios: "Não sabeis vós que sois o Templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?" (1 Co 3:16)
Amar ao próximo está intrinsecamente ligado a amar a Deus.

A Igreja proíbe expressamente o clero de participar na política, a não ser em situações urgentes. O caso das células-tronco é uma dels.

As células-tronco são uma situação urgente. A fome, a miséria, a exploração não?

O MST, como já disse, tem inspiração marxista, e viola o direito a propriedade privada invadindo fazendas. Por que a TL teria ligação com ele se não tivesse o marxismo em suas bases?
Além disso, o direito a propriedade privada é defendido pela doutrina social da Igreja.

Então a doutrina social da Igreja se curva aos afortunados?
Não tem terra pra todo mundo porque Deus quis. Se você nasceu pobre, contente-se com as migalhas que lhe são atiradas.
É isso?

Pode não ter sido um pedófilo mas também não foi um bom e casto padre.

Eu tomo o celibato como um grande erro da ICAR.
Houve um post em que o Paganus deu uma aula sobre isso, e os católicos ortodoxos têm uma postura, aos meus olhos, muito mais aceitável.
Então, acho que nem precisa perguntar o que acho mais grave: relacionar-se com uma mulher madura ou acobertar crimes de pedofilia.

Voltando ao tema Bento XVI. Ainda considero que seu pontificado trouxe coisas boas a Igreja. Compreendo a vossa indigninação e respeito a vossa opinião. No mais, o potificado de Bento XVI ainda não acabou, ele ainda pode fazer algo a respeito dos escândalos da pedofilia antes da renúncia. Aqui terminam meus argumentos em defesa de Bento XVI, e só espero que no venha um bom novo papa.

Com a palavra, a sementinha da discórdia:

A entrevista de Leonardo Boff sobre Bento XVI que a Folha não publicou
Postado em: 16 fev 2013 às 1:17

“O perfil do próximo Papa não deveria ser o de um homem do poder e da instituição. Onde há poder inexiste amor e desaparece a misericórdia. Deveria ser um pastor, próximo dos fiéis e de todos os seres humanos, pouco importa a sua situação moral, étnica e política”


Por Leonardo Boff, eu seu blog

Dei generosamente uma entrevista à Folha de São Paulo que quase não aproveitou nada do que disse e escrevi. Então publico a entrevista inteira a seguir para reflexão e discussão entre os interessados pelas coisas da Igreja Católica. As perguntas foram reordenadas. (Leonardo Boff)

1.Como o Sr. recebeu a renúncia de Bento XVI?

Eu desde o principio sentia muita pena dele, pois pelo que o conhecia, especialmente em sua timidez, imaginava o esforço que devia fazer para saudar o povo, abraçar pessoas, beijar crianças. Eu tinha certeza de que um dia ele, aproveitaria alguma ocasião sensata, como os limites fisicos de sua saúde e menor vigor mental para renunciar. Embora mostrou-se um Papa autoritário, não era apegado ao cargo de Papa. Eu fiquei aliviado porque a Igreja está sem liderança espiritual que suscite esperança e ânimo. Precisamos de um outro perfil de Papa mais pastor que professor, não um homem da instituição-Igreja mas um representante de Jesus que disse: “se alguém vem a mim eu não mandarei embora” (Evangelho de João 6,37), podia ser um homoafetivo, uma prostituta, um transsexual.

2. Como é a personalidade de Bento XVI já que o Sr. privou de certa amizade com ele?

Conheci Bento XVI nos meus anos de estudo na Alemanha entre 1965-1970. Ouvi muitas conferências dele mas não fui aluno dele. Ele leu minha tese doutoral: O lugar da Igreja no mudo secularizado” e gostou muito a ponto de achar uma editora para publicá-la, um calhamaço de mais de 500 pp. Depois trabalhamos juntos na revista internacional Concilium, cujos diretores se reuniam todos os anos na semana de Pentecostes em algum lugar na Europa. Eu a editava em portugues. Isso entre 1975-1980. Enquanto os outros faziam sesta eu e ele passeávamos e conversávamos temas de teologia, sobre a fé na América Latina, especialmente sobre São Boaventura e Santo Agostinho, do quais é especialista e eu até hoje os frequento a miúde.

Depois em 1984 nos encontramos num momento conflitivo: ele como meu julgador no processo do ex-Santo Ofício, movido contra meu livro Igreja: carisma e poder” (Vozes 1981). Ai tive que sentar na cadeirinha onde Galileo Galilei e Giordano Bruno entre outros sentaram. Submeteu-me a um tempo de “silêncio obsequioso”; tive que deixar a cátedra e proibido de publicar qualquer coisa. Depois disso nunca mais nos encontramos. Como pessoa é finíssimo, tímido e extremamente inteligente.

3. Ele como Cardeal foi o seu Inquisidor depois de ter sido seu amigo: como viu esta situação?

Quando foi nomeado Presidente da Congregação para a Doutrina da Fé(ex-Inquisição) fiquei sumamente feliz. Pensava com meus botões: finalmente teremos um teólogo à frente de uma instituição com a pior fama que se possa imaginar. Quinze dias após me respondeu, agradecendo e disse: vejo que há várias pendências suas aqui na Congregação e temos que resolvê-las logo. É que praticamentea cada livro que publicava vinham de Roma perguntas de esclarecimento que eu demorava em responder. Nada vem de Roma sem antes de ter sido enviado a Roma.

Havia aqui bispos conservadores e perseguidores de teólogos da libertação que enviavam as queixas de sua ignorância teológica a Roma a pretexto de que minha teologia poderia fazer mal aos fiéis. Ai eu me dei conta: ele já foi contaminado pelo bacilo romano que faz com que todos os que aitrabalham no Vaticano rapidamente encontram mil razões para serem moderados e até conservadores. Então sim fiquei mais que surpreso, verdadeiramente decepcionado.

4. Como o Sr. recebeu a punição do “silêncio obsequioso”?

Após o interrogatório e a leitura de minha defesa escrita que está como adendo da nova edição de Igreja: charisma e poder (Record 2008) são 13 cardeais que opinam e decidem. Ratzinger é um apenas entre eles. Depois submetem a decisão ao Papa. Creio que ele foi voto vencido porque conhecia outros livros meus de teologia, traduzidos para alemão e me havia dito que tinha gostado deles, até, uma vez, diante do Papa numa audiência em Roma fez uma referência elogiosa. Eu recebi o “silêncio obsequioso” como um cristão ligado à Igreja o faria: calmamente o acolhi. Lembro que disse: “é melhor caminhar com a Igreja que sozinho com minha teologia”. Para mim foi relativamente fácil aceitar a imposição porque a Presidência da CNBB me havia sempre apoiado e dois Cardeais Dom Aloysio Lorscheider e Dom Paulo Evaristo Arns me acompanharam a Roma e depois participaram, numa segunda parte, do diálogo com o Card. Ratzinger e comigo. Ai éramos três contra um. Colocamos algumas vezes o Card Ratzinger em certo constrangimento pois os cardeais brasileiros lhe asseguravam que as críticas contra a teologia da libertação que ele fizera num document saido recentemente eram eco dos detratores e não uma análise objetiva. E pediram um novo documento positivo; ele acolheu a idéia e realmente o fez dois anos após. E até pediram a mim e ao meu irmão teólogo Clodovis que estava em Roma que escrevêssemos um esquema e o entregássemos na Sagrada Congregação. E num dia e numa noite o fizemos e o entregamos.

5. O Sr deixou a Igreja em 1992. Guardou alguma mágoa de todo o affaire no Vaticano?

Eu nunca deixei a Igreja. Deixei uma função dentro dela que é de padre. Continuei como teólogo e professor de teologia em várias cátedras aqui e fora do pais. Quem entende a lógica de um sistema autoritário e fechado, que pouco se abre ao mundo, não cultiva o diálogo e a troca (os sistemas vivos vivem na medida em que se abrem e trocam) sabe que, se alguém, como eu, não se alinhar totalmente a tal sistema, será vigiado, controlado e eventualmente punido. É semelhante aos regime de segurança nacional que temos conhecido na A.Latina sob os regimes militares no Brasil, na Argentina, no Chile e no Uruguai. Dentro desta lógica o então Presidente da Congregação da Doutrina da Fé (ex-Santo Oficio, ex-Inquisição), o Card. J. Ratzinger condenou, silenciou, depôs de cátedra ou transferiu mais de cem teólogos. Do Brasil fomos dois: a teóloga Ivone Gebara e eu. Em razão de entender a referida lógica, e lamentá-la, sei que eles estão condenados fazer o que fazem na maior das boas vontades. Mas como dizia Blaise Pascal:”Nunca se faz tão perfeitamente o mal como quando se faz de boa vontade”. Só que esta boa-vontade não é boa, pois cria vítimas. Não guardo nenhuma mágoa ou ressentimento pois exerci compaixão e misericórdia por aqueles que se movem dentro daquela lógica que, a meu ver, está a quilômetros luz da prática de Jesus. Aliás é coisa do século passado, já passado. E evito voltar a isso.

6. Como o Sr. avalia o pontificado de Bento XVI? Soube gerenciar as crises internas e externas da Igreja?

Bento XVI foi um eminente teólogo mas um Papa frustrado. Não tinha o carisma de direção e de animação da comunidade, como tinha João Paulo II. Infelizmente ele será estigmatizado, de forma reducionista, como o Papa onde grassaram os pedófilos, onde os homoafetivos não tiveram reconhecimento e as mulheres foram humilhadas como nos USA negando o direito de cidadania a uma teologia feita a partir do gênero. E também entrará na história como o Papa que censurou pesadamente a Teologia da Libertação, interpretada à luz de seus detratores, e não à luz das práticas pastorais e libertadoras de bispos, padres, teólogos, religiosos/as e leigos que fizeram uma séria opção pelos pobres contra a pobreza e a favor da vida e da liberdade. Por esta causa justa e nobre foram incompreendidos por seus irmãos de fé, e muitos deles presos, torturados e mortos pelos órgãos de segurança do Estado militar. Entre eles estavam bispos como Dom Angelelli da Argentina e Dom Oscar Romero de El Salvador. Dom Helder foi o mártir que não mataram. Mas a Igreja é maior que seus papas e ela continuará, entre sombras e luzes, a prestar um serviço à humanidade, no sentido de manter viva a memória de Jesus, de oferecer uma fonte possível de sentido de vida que vai para além desta vida. Hoje sabemos pelo Vatileaks que dentro da Cúria romana se trava uma feroz disputa de poder, especialmente entre o atual Secretário de Estado Bertone e o ex-secretário Sodano já emérito. Ambos tem seus aliados. Bertone, aproveitando as limitações do Papa, construiu praticamente um governo paralelo. Os escândalos de vazamento de documentos secretos da mesa do Papa e do Banco do Vaticano, usado pelos milionários italianos,alguns da mafia, para lavar dinheiro e mandá-lo para fora, abalaram muito o Papa. Ele foi se isolando cada vez mais. Sua renúncia se deve aos limites da idade e das enfermidades mas agravadas por estas crises internas que o enfraqueceram e que ele não soube ou não pode atalhar a tempo.

7. O Papa João XXIII disse que a Igreja não pode virar um museu mas uma casa com janelas e portas abertas. O Sr. acha que Bento XVI não tentou transfomar a Igreja novamente em algo como um museu?

Bento XVI é um nostálgico da síntese medieval. Ele reintroduziu o latim na missa, escolheu vestimentas de papas renascentistas e de outros tempos passados, manteve os hábitos e os cerimoniais palacianos; para quem iria comungar, oferecia primeiro o anel papal para ser beijado e depois dava a hóstia, coisa que nunca mais se fazia. Sua visão era restauracionista e saudosista de uma síntese entre cultura e fé que existe muito visível em sua terra natal, a Baviera, coisa que ele explicitamente comentava. Quando na Universidade onde ele estudou e eu também, em Munique, viu um cartaz me anunciando como professor visitante para dar aulas sobre as novas fronteiras da teologia da libertação pediu o reitor que protelasse sine dia o convite já acertado. Seus ídolos teológicos são Santo Agostinho e São Boaventura que mantiveram sempre uma desconfiança de tudo o que vinha do mundo, contaminado pelo pecado e necessitado de ser resgatado pela Igreja. É uma das razões que explicam sua oposição à modernidade que a vê sob a ótica do secularism e do relativismo e for a do campo de influência do cristianismo que ajudou a formar a Europa.

8. A igreja vai mudar, em sua opinião, a doutrina sobre o uso de preservativos e em geral a moral sexual?

A Igreja deverá manter as suas convicções, algumas que estima irrenunciáveis como a questão do aborto e da não manipulação da vida. Mas deveria renunciar ao status de exclusividade, como se fora a única portadora da verdade. Ele deve se entender dentro do espaço democrático, no qual sua voz se faz ouvir junto com outras vozes. E as respeita e até se dispõe a aprender delas. E quando derrotada em seus pontos de vista, deveria oferecer sua experiência e tradição para melhorar onde puder melhorar e tornar mais leve o peso da existência. No fundo ela precisa ser mais humana, humilde e ter mais fé, no sentido de não ter medo. O que se opõe à fé não é o ateismo, mas o medo. O medo paraliza e isola as pessoas das outras pessoas. A Igreja precisa caminhar junto com a humanidade, porque a humanidade é o verdadeiro Povo de Deus. Ela o mostra mais conscientemente mas não se apropria com exclusividade desta realidade.

9. O que um futuro Papa deveria fazer para evitar a emigração de tantos fiéis para outras igrejas, e especialmente pentecostais?

Bento XVI freou a renovação da Igreja incentivada pelo Concílio Vaticano II. Ele não aceita que na Igreja haja rupturas. Assim que preferiu uma visão linear, reforçando a tradição. Ocorre que a tradição a partir do seéculo XVIII e XIX se opôs a todas as conquistas modernas, da democracia, da liberdade religiosa e outros direitos.Ele tentou reduzir a Igreja a uma fortaleza contra estas modernidades. E via no Vaticano II o cavalo de Tróia por onde elas poderiam entrar. Não negou o Vaticano II mas o interpretou à luz do Vaticano I que é todo centrado na figura do Papa com poder monárquico, absolutista e infalível. Assim se produziu uma grande centralização de tudo em Roma sob a direção do Papa que, coitado, tem que dirigir uma população católica do tamano da China.Tal opção trouxe grande conflito na Igreja até entre inteiros episcopados como o alemão e frances e contaminou a atmosfera interna da Igreja com suspeitas, criação de grupos, emigração de muitos católicos da comunidade e acusações de relativismo e magistério paralelo. Em outras palavras na Igreja não se vivia mais a fraternidade franca e aberta, um lar espiritual comum a todos. O perfil do próximo Papa, no meu entender, não deveria ser o de um homem do poder e da instituição. Onde há poder inexiste amor e desaparece a misericórdia. Deveria ser um pastor, próximo dos fiéis e de todos os seres humanos, pouco importa a sua situação moral, étnica e política. Deveria tomar como lema a frase de Jesus que já citei anteriormente:”Se alguém vem a mim, eu não o mandarei embora”, pois acolhia a todos, desde uma prostituta como Madalena até um teólogo como Nicodemos.

Não deveria ser um homem do Ocidente que já é visto como um acidente na história. Mas um homem do vasto mundo globalizado sentindo a paixão dos sofredores e o grito da Terra devastada pela voracidade consumista. Não deveria ser um homem de certezas mas alguém que estimulasse a todos a buscarem os melhores caminhos. Logicamente se orientaria pelo Evangelho mas sem espírito proselitista, com a consciência de que o Espírito chega sempre antes do missionário e o Verbo ilumina a todos que vem a este mundo, como diz o evangelista São João. Deveria ser um homem profundamente espiritual e aberto a todos os caminhos religiosos para juntos manterem viva a chama sagrada que existe em cada pessoa: a misteriosa presença de Deus. E por fim, um homem de profunda bondade, no estilo do Papa João XXIII, com ternura para com os humildes e com firmeza profética para denunciar quem promove a exploração e faz da violência e da guerra instrumentos de dominação dos outros e do mundo. Que nas negociações que os cardeais fazem no conclave e nas tensões das tendências, prevaleça um nome com semelhante perfil. Como age o Espírito Santo ai é mistério.Ele não tem outra voz e outra cabeça do que aquela dos cardeais. Que o Espírito não lhes falte.

A propósito, Mercúcio, desculpas aceitas.=]

:joinha:
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Eu não sou mais católico (fui criado em família católica), mas boto mó fé no pouco que eu conheço da TL...
 
Por que não? Por que um ideal de justiça social, de igualdade entre os homens, é infenso à Igreja?
Veja bem! A Igreja não é contra a justiça social, já que ela dedicou em seu Catecismo um artigo inteiro sobre a justiça social.
"A justiça social está ligada ao bem comum e ao exercício da autoridade." (CIC, nº 1928)
"Só se pode conseguir a justiça social no respeito à dignidade transcendente do homem. A pessoa representa o fim último da sociedade, que por sua vez lhe está ordenada" (CIC, nº 1929)
Já a ideia de justiça social do socialismo, sim, ela rejeita. Já que o socialismo prega o anarquismo e renega a sociedade hierarquizada:
"O anarquismo, também conhecido como 'comunismo libertário', e o socialismo científico de Marx coincidem quanto ao objetivo final: atingir o comunismo, estagio em que não existem mais divisões de classes, exploração, e nem mesmo o Estado."(Vincentino, Cláudio. História para o ensino médio. pp. 342-346. São Paulo: Scipione, 2001)
a Igreja defende a igualdade entre os homens, mas também defende que há diferenças entre eles.
"Criados á imagem do Deus único, dotados de uma mesma alma racional, todos os homens têm a mesma natureza e a mesma origem. Resgatados pelo sacrifício de Cristo, todos são convidados a participar na mesma felicidade divina; todos gozam, portanto, de igual dignidade.
[...]
Quando nasce, o homem não dispõe de tudo aquilo que é necessário ao desenvolvimento de sua vida corporal e espiritual. Precisa dos outros. Aparecem difierenças ligadas a idade, às capacidades físicas, às aptidões intelectuais ou morais, aos intercâmbios de que cada um pôde se beneficiar, à distribuição das riquezas. Os 'talentos' não são distribuídos de maneira igual.
Essas diferenças pertencem ao plano de Deus; Ele quer que cada um receba do outro aquilo que precisa e que os que dispõem de 'talentos' específicos comuniquem seus benefícios aos que precisam. As diferenças estimulam e muitas vezes obrigam as pessoas à magnanimidade, à benevolência e à partilha; (essas) diferenças motivam as culturas a se enriquecerem umas às outras."(CIC nº 1934 - 1938)

Santa Catarina escreveu um de seus diálogos com Deus que exemplfica bem isso:
"Eu (Deus) ao dou todas as virtudes na mesma medida a cada um. (...) Existem virtudes que eu distribuo desta maneira, ora a um ora a outro. (...) A este a caridade, àquele uma fé viva. (...) Distribuí muitas graças e virtudes, espirituais e temporais, com tal diversidade que a ninguém por si só concedi todo o necessário, para serdes obrigados a usar a caridade uns com os outros. (...) Quis que todos tivessem necessidade uns dos outros e fossem meus ministros na distribuição das graças e liberalidades que de mim receberam."(Sta. Catarina de Sena, Diál., 7.)

Tal coisa que o socialismo com sua ideias igualitárias abomina.



E por que ela descristianizaria a Igreja?
Por se posicionar em favor dos oprimidos?
Digo mais. São as próprias posturas intransigentes da ICAR que promovem a descristianização.

Te digo mais uma vez. A TL, além de sua inspiração marxista(fato claramente anti-cristão e anti-religioso já que Marx considerava a religião o "ópio do povo"), interpreta os ensinamentos de Jesus Cristo em termos de uma libertação de injustas condições econômicas, políticas ou sociais. Tem uma visão antropológica da fé, tirou Deus do centro e colocou o homem, e fez sincretismos com diversas religiões diversas do cristianismo como Xamanismo, Umbanda, Espiritismo entre outros. Se isso não é descristianizar então não sei mais o que é.
É errado ajudar os pobres materialmente em suas dificuldades? Certamente que não, pelo contrário, é muito louvável. Mas isso não é tudo:
"A virtude da solidariedade vai além dos bens materiais. Difundindo os bens espirituais da fé, a Igreja favoreceu também o desenvolvimento dos bens temporais, aos quais muitas vezes abriu novos caminhos. Assim foi-se verificando, ao longo dos séculos, a palavra do Senhor: 'Buscai, em primeiro lugar, o Reino de Deus e sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas'(Mt 6,33):

Há dois mil anos vive e persevera na alma da Igreja este sentimento que levou e ainda leva as almas ao heroísmo caritativo dos monges agricultores, dos libertadores de escravos, dos que tratam dos enfermos, dos mensageiros de fé, de civilização, de ciência a todas as gerações e a todos os povos, em vista de criar condições sociais capazes de possibilitar a todos uma vida digna do homem e do cristão. (Pio XI, discurso de 1º de junho de 1941)

(CIC, nº 1942)"
Não foram as posições da Igreja que promoveram a descristianização mas a revolução francesa e a revolução socialista.

E qual seria?
O princípio da solidariedade, baseado na caridade e não na partilha obrigatória dos bens em detrimento da propriedade privada.



Paulo também escreveu aos coríntios: "Não sabeis vós que sois o Templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?" (1 Co 3:16)
Amar ao próximo está intrinsecamente ligado a amar a Deus.
Concordo plenamente contigo. Mas continuam sendo coisas diferentes. Se não, por que haveria dois mandamentos diferentes?


As células-tronco são uma situação urgente. A fome, a miséria, a exploração não?
Sim. Mas os governos devem resolver essas situações por si mesmos, sem intervenção da Igreja:
"Se cada comunidade humana possui um bem comum que lhe permite reconhecer-se como tal, é na comunidade política que encontramos sua realização mais completa. Cabe ao Estado defender e promover o bem comum da sociedade civil, dos cidadãos e dos organismos intermediários. (CIC, nº 1910)"



Então a doutrina social da Igreja se curva aos afortunados?
Não tem terra pra todo mundo porque Deus quis. Se você nasceu pobre, contente-se com as migalhas que lhe são atiradas.
É isso?
Dizer que a doutrina social da Igreja se curva aos afortunados é calunioso e enganoso (sem ofensa). A doutrina social da Igreja defende a reforma agrária justa e eficiente, mas que não vá contra a propriedade privada, e sem qualquer apelo a violência.
Suponhamos que há a pessoa A e pessoa B. a pessoa A quer trabalhar e trabalha, a pessoa B não quer trabalhar e não trabalha. É natural que a pessoa A enriqueça mais que a pessoa B, e isso é justo. Mais ainda, é natural que os filhos da pessoa A herdem uma herança maior que os filhos da pessoa B, e isso também é justo. Negar isso seria ir contra o direito a propriedade privada.
Portanto, se queres deixar a pobreza, trabalhe e estude.
Pense bem. Você gostaria, acharia justo, que um grupo de mendigos invadissem sua casa e declarassem que aquela casa não seria só sua mas deles também?
Portanto, se você quer deixar a pobreza, trabalhe e estude.




Com a palavra, a sementinha da discórdia:

Desculpe, eu não entendi. Como a opinião de Boff a respeito de Bento XVI e de seu pontificado seria uma "sementinha de discórdia"?

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Comentei isso com o Pagz!! :lol:
Mas é bom termos mais um católico bem embasado.

E é... eu floodei. :cerva:

Concordo. É bom, assim a gente tem a visão do outro lado.

Meus mais sinceros agradecimentos!:yep:

Teologia da libertação, Inquisição, paganismo, Marxismo? Tem certeza de que tu não é o Paganus, Limpe?

:lol:

Perdoe minha ignorância(já que estou há menos de um mês no fórum), mas, que é paganus?
 
Última edição:
Te digo mais uma vez. A TL, além de sua inspiração marxista(fato claramente anti-cristão e anti-religioso já que Marx considerava a religião o "ópio do povo")
Milésima vez que venho falar isso aqui na Valinor: Marx não era anti-religioso!
Se vc leu Marx, provavelmente não entendeu o conceito de "ópio do povo" que ele coloca. Para ele, a religião é o coração da criatura sem coração, no sentido de que ela tem sua função social em amenizar o sofrimento mundano dos trabalhadores. Ópio, naquela época, era um analgésico, por isso a relação ópio x religião. Para Marx, religião servia para prencher uma sociedade vazia de consciencia e liberdade.
Para Marx, a unica problematização séria que existe na sociedade são os controles dos meios de produção pela classe dominante. Para a religião ele está literalmente se lixando, tanto é que escreve muito pouco sobre isso.

Suponhamos que há a pessoa A e pessoa B. a pessoa A quer trabalhar e trabalha, a pessoa B não quer trabalhar e não trabalha. É natural que a pessoa A enriqueça mais que a pessoa B, e isso é justo. Mais ainda, é natural que os filhos da pessoa A herdem uma herança maior que os filhos da pessoa B, e isso também é justo. Negar isso seria ir contra o direito a propriedade privada.
Que simplismo! É tão banal pensar que o mundo é dividido entre pessoas que "querem vencer na vida" e pessoas "acomodadas" ignorando todas as complexidades sociais e todas as problematizações trazidas por inumeros pensadores em todos esses anos de capitalismo...
E herança é um absurdo, a maior contradição burguesa que existe. Se acreditam tanto nessa"vontade de ser" pra que serve a herança? Se seu filho for empenhado e usar bem da educação cara que vc pagou, para que herança? Ela serviria apenas para "esfriar" a potencia de capacidade do cidadão, já que seu meio de vida está garantido.

Portanto, se queres deixar a pobreza, trabalhe e estude.
A fábula da formiga e da cigarra, novamente, simplismo que não explica absolutamente nada.
Sem contar que vc despreza que na pobreza as pessoas precisam TRABALHAR! Se não morrem de fome, além do fato de milhões delas serem semi ou totalmente analfabetas, o que dificulta em muito o estudo.
Enfim, é tão simplista essa sua colocação que dá pra rpoblematizar de mil formas diferentes, mas não farei isso.

Pense bem. Você gostaria, acharia justo, que um grupo de mendigos invadissem sua casa e declarassem que aquela casa não seria só sua mas deles também?
Portanto, se você quer deixar a pobreza, trabalhe e estude.
E você acha justo o simples fato de existirem mendigos?

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Perdoe minha ignorância(já que estou há menos de um mês no fórum), mas, que é paganus?
Camarada que saiu recentemente do fórum, cristão ortodoxo, tradicionalista, anti-moderno e anti-capitalista, critico de todos os valores mundanos e também critico a TL.
 
Última edição:
Te digo mais uma vez. A TL, além de sua inspiração marxista(fato claramente anti-cristão e anti-religioso já que Marx considerava a religião o "ópio do povo"), interpreta os ensinamentos de Jesus Cristo em termos de uma libertação de injustas condições econômicas, políticas ou sociais. Tem uma visão antropológica da fé, tirou Deus do centro e colocou o homem, e fez sincretismos com diversas religiões diversas do cristianismo como Xamanismo, Umbanda, Espiritismo entre outros. Se isso não é descristianizar então não sei mais o que é.

Com relação à citação de Marx, o Felagund já respondeu muito bem.
Mas uma pergunta: Que sincretismos foram esses?

Não foram as posições da Igreja que promoveram a descristianização mas a revolução francesa e a revolução socialista.

Na verdade a secularização do pensamento político moderno é perceptível já no século XVII, por exemplo nos trabalhos de Hobbes e Locke. A Revolução Inglesa têm papel importante nas reflexões de pensadores do século XVIII, como Voltaire e Montesquieu. O surgimento do liberalismo político, a ascenção da classe burguesa, a crítica aos dogmas políticos, sociais e filosóficos, a Revolução e a propagação de seus ideais fazem parte de um determinado contexto que se caracteriza também por um "avanço do profano". A religião deixava pouco a pouco de dominar a esfera pública, sendo restringida à esfera privada.
Mas o processo de descristianização da Europa, cujo início é situado por Vovelle na Europa setecentista, não foi algo linear. Há contextos diversos, variáveis diversas, flutuações. A Igreja, que antes repousava confortavelmente sobre o signo de autoridade, de repente se viu constrangida pela necessidade do convencimento.
E sua intransigência, suas posturas anacrônicas perante a modernidade, contribuem e muito para o esvaziamento de seu rebanho. São sintomáticos os protestos que algumas visitas do agora ex-Papa provocaram.

Dizer que a doutrina social da Igreja se curva aos afortunados é calunioso e enganoso (sem ofensa). A doutrina social da Igreja defende a reforma agrária justa e eficiente, mas que não vá contra a propriedade privada, e sem qualquer apelo a violência.
Suponhamos que há a pessoa A e pessoa B. a pessoa A quer trabalhar e trabalha, a pessoa B não quer trabalhar e não trabalha. É natural que a pessoa A enriqueça mais que a pessoa B, e isso é justo. Mais ainda, é natural que os filhos da pessoa A herdem uma herança maior que os filhos da pessoa B, e isso também é justo. Negar isso seria ir contra o direito a propriedade privada.
Portanto, se queres deixar a pobreza, trabalhe e estude.
Pense bem. Você gostaria, acharia justo, que um grupo de mendigos invadissem sua casa e declarassem que aquela casa não seria só sua mas deles também?
Portanto, se você quer deixar a pobreza, trabalhe e estude.

É por isso que minhas posições e a da Igreja são irreconciliáveis.
Fui criado em família católica e cheguei mesmo a ser crismado.
Hoje sou espírita e receberia de bom grado a excomunhão.
Para mim a defesa da justiça social é incompatível com a defesa da propriedade privada e das hierarquias tal como se constituem.
E concordo com o Felagund. A realidade é muito mais complexa que a fábula da cigarra e da formiga.


Desculpe, eu não entendi. Como a opinião de Boff a respeito de Bento XVI e de seu pontificado seria uma "sementinha de discórdia"?

Talvez o comentário tenha carecido de contexto.
Mas como debatíamos a TL, trouxe à tona um de seus porta-vozes, falando inclusive sobre a perseguição vivenciada... :cerva:

Perdoe minha ignorância(já que estou há menos de um mês no fórum), mas, que é paganus?

Paganus era um usuário do fórum, que pediu exclusão de sua conta.
Hoje ele é Católico ortodoxo e é um puta erudito nessas questões.
Nós quase nunca concordávamos, apesar do fato de que acabamos nos dando bem. :lol:
Nós dois provavelmente raramente chegaremos a um denominador comum também! :cerva:
Mas é isso... seja bem vindo e continue postando assim! :joinha:
 
Já que o socialismo (...) e renega a sociedade hierarquizada:

E isso é ruim? Você gpstaria de uma sociedade hierarquizada se você fosse um alfa, mas duvido que você gostaria dela se fosse um gama, um delta ou um ípsilon. Alfas, betas etc são castas no livro Admirável Mundo Novo (Aldous Huxley), os alfas são os mais altos na hierarquia social, os ípsilones os mais baixos.

Se não, por que haveria dois mandamentos diferentes?

Política? Interesses mundanos? Erro de compilação?

Sim. Mas os governos devem resolver essas situações por si mesmos, sem intervenção da Igreja:

E por que a Igreja intervem tanto no Estado? Direitos dos homossexuais, aborto, uso de camisinha e demais contraceptivos. Em tudo isso (e muito mais) a Igreja se mete.
 
Não penso que a noite de São Bartolomeu é um argumento válido, já que tudo foi organizado, planejado e chefiado pela fámilia real francesa, que via seus interesses ameaçados pelas núpcias de Marguarida de Valois com Henrique de Navarra (chefe dos huguenotes). Sem qualquer relação com a Religião Católica (talvez só o nome). Não é certo jogar a culpa das ações das autoridades seculares sobre a Igreja.
Mas se o argumento for de fato válido, também seria bom lembrar o que aconteceu 45 anos atrás do fato, no chamado saque de Roma. No dia 6 de maio de 1527 os membros das legiões luteranas do exército imperial de Carlos V promoveram um levante e tomaram de assalto a cidade de Roma. Gritavam: "Viva Lutero, nosso Papa." Ávidos, incansáveis na busca de riquezas, os invasores saquearam a cidade e massacraram a população local. A tragédia foi muito grande...

O Saque de Roma ocorreu por motivos materiais, dinheiro mesmo. Os invasores eram em maioria alemães, sim, mas também haviam espanhóis e italianos (que eu acho difícil que fossem luteranos). E qualquer grito empolgado de "Viva Lutero, nosso Papa", com certeza não foi com o aval do reformador.

Enquanto isso, na Noite de São Bartolomeu, foram mortos exclusivamente protestantes, e o rei ainda ganhou medalha do Papa pelo sucesso da carnificina. Bizarro.

Os protestantes não foram mais tolerantes que os católicos na história.

Eu acho que foram sim.

E por maiores que sejam também.

Aleluia!

Não foi isso que li a respeito de João Calvino.

É, a moeda tem dois lados.
 
E por que a Igreja intervem tanto no Estado? Direitos dos homossexuais, aborto, uso de camisinha e demais contraceptivos. Em tudo isso (e muito mais) a Igreja se mete.
Porque a Igreja, assim como qualquer outra organização da sociedade, tem o direito de opinar sobre como o Estado deve ser conduzido, quando achar necessário. Quantas organizações organizam protestos e manifestos sobre as ações do governo? Por que só quando é a Igreja que fala todos dizem que ela não pode se manifestar? Ela não obriga o governo a fazer nada, apenas se manifesta sobre como ela acha que deveria ser.
 
O mais engraçado é que as pessoas esquecem que só Deus não falha.
A igreja cometeu muitos erros no passado (e comete muitos erros ainda hoje), que nunca vão ser esquecidos. Podem se passar 500 milhões de anos que as pessoas ainda vão lembrar da época que foi cometidos tantos assassinatos em que a desculpa era Cristo, o que não é verdade, pois Deus nunca pediu pra ninguém impor sua religião. Ao contrario ele nos deu o Livre Arbítrio. Mesmo que hoje a igreja seja a instituição que mais ajuda os pobres, os que tem fome, inclusive na África ainda assim não foi o bastante para muita gente.
Veja bem, não estou dizendo que o fato dela ajudar milhões de pessoas cobre o fato dela ter matado milhões. Só estou querendo apontar que as pessoas só apontam os defeitos. As qualidades é outra história.
Sobre a questão de padres pedófilos. Isso é uma desgraça para nossa religião. E digo mais, isso só tem tanta repercussão por ser Padres da Igreja Católica. Todo mundo ia falar se fosse um Pastor. Mas logo ia cair no esquecimento. Quando c trata da Igreja Católica o buraco é sempre mais embaixo. Agora acusar o Papa por algo que ele não fez,(como c a culpa fosse dele pelos erros de todos os padres desse mundo) me desculpem mas é o ponto mais baixo da hipocrisia.

"Uma árvore que cai, faz mais barulho que uma floresta que cresce"
 
Aliás, dizer que a Igreja no Brasil não aborda temas sociais é um tanto injusto, já que praticamente todas as Campanhas da Fraternidade abordam temas de cunho social.
 
O mais engraçado é que as pessoas esquecem que só Deus não falha.
A igreja cometeu muitos erros no passado (e comete muitos erros ainda hoje), que nunca vão ser esquecidos. Podem se passar 500 milhões de anos que as pessoas ainda vão lembrar da época que foi cometidos tantos assassinatos em que a desculpa era Cristo, o que não é verdade, pois Deus nunca pediu pra ninguém impor sua religião. Ao contrario ele nos deu o Livre Arbítrio. Mesmo que hoje a igreja seja a instituição que mais ajuda os pobres, os que tem fome, inclusive na África ainda assim não foi o bastante para muita gente.
Veja bem, não estou dizendo que o fato dela ajudar milhões de pessoas cobre o fato dela ter matado milhões. Só estou querendo apontar que as pessoas só apontam os defeitos. As qualidades é outra história.
Sobre a questão de padres pedófilos. Isso é uma desgraça para nossa religião. E digo mais, isso só tem tanta repercussão por ser Padres da Igreja Católica. Todo mundo ia falar se fosse um Pastor. Mas logo ia cair no esquecimento. Quando c trata da Igreja Católica o buraco é sempre mais embaixo. Agora acusar o Papa por algo que ele não fez,(como c a culpa fosse dele pelos erros de todos os padres desse mundo) me desculpem mas é o ponto mais baixo da hipocrisia.

"Uma árvore que cai, faz mais barulho que uma floresta que cresce"

Lynoka, você tem toda a razão; falar que a Igreja Católica é culpada por inúmeros crimes cometidos em nome de Cristo, é a mesma coisa que culpar a religião islâmica pelos vários atos terroristas ou a religião protestante por eventuais falcatruas cometidas por pastores.

Portanto, não podemos misturar as coisas.
 

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