Tyrion se manteve como o meu preferido, ele chegando em Porto Real foi muito foda! Eu ficava tenso sempre que ele tomava cuidado para que ninguém o seguisse ou duvidava dos conselhos de Varys, tive medo de que ele não fosse capaz de jogar com todos como se fossem peças de xadrez, a Cersei me intrigava muito sempre que ria junto com ele, imaginei que Shae seria o seu ponto fraco e que seria ali onde sua irmã o atacaria, mas no final ele não apenas conseguiu manter seus planos em segredo e deixou todas as suas "peças" onde deveriam ficar como também se tornou um cavaleiro maior que o próprio Cão de caça
Lorde Tywin e Robb ficaram sumidos, provavelmente vão aparecer mais no próximo livro, mas fico sem saber ao certo como Robb ficou depois de tantas batalhas e nem quais serão as ações de Tywin agora como Mão do Joffrey. Davos o novato também não apareceu muito, mas gostei demais de como ele agia naquela situação com o rei mudando de deus e acompanhado daquela mulher de vermelho (ps: essa mulher me dá medo, ela pariu uma sombra
).
Stannis e Renly deveriam ter ouvido a Cat, quando os três estavam conversando eu tive esperanças que iam se juntar para atacar Cersei, mas nada acontece como eu espero
, como a vitória de Porto Real, para mim a cidade já estava perdida, desmoronando aos poucos, chegando na parte sensacional quando jogaram bosta no reizinho
, e foi nesse momento que prestei mais atenção no Cão, salvando a Sansa, ele se importava com ela, ensinou muitas verdades sobre cavaleiros, acredito que Sansa cresceu bastante, gosto mais dela a cada vez que se depara com a realidade e vai adaptando a mentalidade baseada em contos que ela tem.
Jon fora da Muralha eu achei muito legal, a Patrulha da Noite em ação caçando os selvagens foi bom demais, desde o cara que comia as filhas até o sonho verde e a traição no final, foi um trajeto com suspense e mistério na medida certa, mostrou a parte da magia que está mais ativa em Westeros, enquanto em Essos Daenerys aumentava a magia de fogo de todo mundo só com a presença dos dragões, achei isso muito interessante, a simples existência de certos seres influenciando no crescimento da magia, que era tida como fraca para alguns e lenda para outros. E aquela casa dos imortais foi muito boa também para esse lado da magia, mostrou como a Dany está fortemente envolvida com isso, além de como é esperta.
Rickon confesso que para mim não existe, é só uma criança, nem faz nada, mas com esse jeito rebelde e sendo cuidado pela Osha, acho que poderá se tornar um personagem bacana mais para frente. Bran me deu um susto com essa suposta morte! Com tudo isso do terceiro olho e ser um warg, ele não poderia morrer, não fazia sentido, mas como eu achava que em um conto de George Martin qualquer um poderia morrer, nem tive esperanças, mas voltar no final com uma frase de efeito ("Como eu, pensou. Também não estou morto.") deu um ânimo pela Casa Stark, que até então estava só perdendo terrenos e filhos.
Sobre a Arya eu só tenho a comentar como ela está se tornando uma ótima dançarina das águas, tanto pelo treino como pela liderança e coragem que tem demonstrado em toda situação de perigo, criando calos nos pés, abaixando a cabeça, pedindo ajuda, andando nas sombras, contra atacando, e a cena final com ela degolando o guarda para fugir foi muito show, só aumenta minhas expectativas para ela.
Cersei que eu odiava no primeiro agora eu consegui me sensibilizar, provavelmente isso não aconteceu com todo mundo que leu, mas eu vi um novo lado em cada um dos personagens, uma coisa humana que me impediu de ver um ou outro como mocinho ou vilão, acho que a oração da Cat vendo Cersei como uma mãe me fez pensar mais nisso, e ver o Cão com medo do fogo me lembrou que todos ali são humanos, até os mais temidos, todos tem os seus amores, seus medos, seus critérios, pelo o que lutar, e sua noção de como viver a vida, ninguém pode ser definido como mocinho ou vilão pela vida que o formou.
Resumindo acho que é isso o que Martin oferece de melhor, personagens reais que refletem questionamentos importantes sobre a nossa própria vida, personagens que nos entristecem com a sua morte e nos fazem celebrar com suas vitórias.