Bom, meus dois centavos (SPOILER):
Dele eu li Os Sete e Sétimo. A idéia me pareceu, desde o começo, interessante. Só que, num dado momento, acho que ele se perde com a narrativa, algo como uma inabilidade de conduzir coisas que estão acontecendo simultâneamente (vampiros x exército x mergulhadores). Afora isso, determinadas coisas, pra mim, são desnecessárias, e outras que eu gostaria de saber ele não cita (a históia pregressa dos vampiros, e como é a vida de um vampiro, além dos clichês "alho-estaca-cruz-luz solar"). Eu diria que é um livro razoável (tem coisas bem piores, como Angus) e que eu fracamente recomendaria pra um leitos iniciante, sem remorsos. Já sétimo é mais ruinzinho, acho que ele seguiu pelo pior caminho numa continuação: parte da novidade eram os poderes, mas, subitamente, o mergulhadir também pode ter, lá-lá-lá-lá. E o deus-ex-machina dos vampiros retornando como amigos não é nada feliz.
De resto, com quase todas as obras sobre Vampiros o que eu vejo é um danado de um repeteco a respeito da obra do Bram Stoker. Raramente eu percebi alguém indo atrás das fontes que ele consultou (a riquíssima mitologia eslava) pra escrever algo. Nesse sentido, ele pelo menos teve alguma originalidade, mas eu senti que ele se limitou muito, não deu dimensão ao que fez.
Afora ele, eu já li a Anne Rice (Armand e Entrevista com o Vampiro) e, afora o primeiro com um retrato interessante da efevescência do renascimento, não vi nada demais - embora goste da forma como ela escreve. Já li, é claro, o Drácula original, e não é preciso citar a obra como magnífica.
Não li, e mantenho uma cordial e longa distância de Crepúsculo. Que me perdoem os fãs, mas só de ouvir falar e conversar sobre o romantismo da obra eu me senti com náuseas. Me pareceu uma reedição de Romeu e Julieta com uma canja de Vampiro: A máscara. Como não é muito meu gênero, cai fora.
Bom, eu sugiro a todo mundo que gosta - é bem possível que a maioria, inclusive, já tenha assistido - que vejam o filme Drácula de Bram Stoker. É muito, muito bom, e, dentro dos limites, investe em certo aspecto sensual e cruel do Vampiro, que o Stoker deixa meio no ar, na obra.
A nivel de livro, eu não me recordo de nenhum outro que eu tenha lido, mas comecei a escrever dois contos a respeito: sobre o nascimento do drácula vampiro na corte de Sigismundo, e sobre a condessa Drácula - Erzsébet Báthory - e a sua relação com práticas de bruxaria e nigromancia.