Ver anexo 10189
Saiu também uma reportagem no G1 sobre o livro, mas especificamente sobre a participação do Leandro Narloch na Bienal do Livro deste ano:
Na Bienal, autor desafia mitos da história e diz que 'Che era retrógrado'
Leandro Narloch lança 'Guia políticamente incorreto da América Latina'.
Carla Meneghini
Do G1 RJ
O escritor Leandro Narloch vai participar de debate na Bienal do Livro do Rio (Foto: Divulgação)Poucas coisas incomodam mais o escritor Leandro Narloch do que uma camiseta com a imagem de Che Guevara. “Ele matou, torturou e perseguiu centenas por não estarem de acordo com suas ideias, não devia ser símbolo de liberdade”, afirma Narloch, que promete criar polêmica na Bienal do Livro do Rio, que começa nesta quinta-feira (1), no Riocentro, na Zona Oeste do Rio. “Che era retrógrado, era tão retrógrado quanto ditadores”, provoca o autor.
No evento, Narloch lança o livro “Guia politicamente incorreto da América Latina” (Editora Leya), escrito a quatro mãos com o jornalista Duda Teixeira, em que tenta derrubar mitos e supostas farsas da história da região. “Quero mostrar que essa história que a gente estuda na escola é mais discurso ideológico do que ciência”, explica o autor.
Heróis ou vilões?
No guia, Narloch também desafia outros heróis da esquerda latino-americana, como o presidente socialista chileno Salvador Allende, o revolucionário mexicano Pancho Villa, a primeira-dama argentina Evita Péron e outros. "Tendemos a apagar os erros daqueles com que concordamos", diz o jornalista, que se dedica à pesquisa na área há mais de cinco anos.
“Guia politicamente incorreto da América Latina” é o segundo volume da série que o escritor deu início com “Guia politicamente incorreto da história do Brasil”, lançado em 2009, e que chegou à lista dos mais vendidos de não-ficção (300 mil exemplares, segundo a editora). No primeiro livro da série, suas provocações miram figuras como Zumbi, Machado de Assis, Santos Dumont e até a tradicional feijoada, que segundo o autor, tem origem europeia.
No novo livro, ele reúne indícios de que Pancho Villa, por exemplo, seria um fumante habitual de cigarros de maconha, e que os Perón teriam levado a Argentina à ruína econômica, ao contrário do que está impresso em muitos livros didáticos. "Não podemos mais encarar a história como uma novela das 20h, com vilões e mocinhos", completa Narloch. "No Brasil, a verdade é que se os guerrilheiros tivessem vencido estaríamos muito pior hoje", opina o escritor, que diz ter sido recebido com "indiferença" pela comunidade acadêmica.
Mas nas livrarias o sucesso tem sido tão grande que o autor decidiu largar seu emprego como jornalista em uma revista mensal para se dedicar exclusivamente ao projeto e já planeja um novo livro, agora voltado para a história mundial. "Reconheço que é um projeto ambicioso, principalmente para uma ideia que nasceu numa mesa de bar", brinca Narloch.
Na Bienal do Livro, Leandro Narloch participa de debate com a historiadora Isabel Lustosa no Café Literário, no dia 9 de setembro, às 20h.
Alguém já leu? Confesso que não li nem o primeiro, o "Guia politicamente incorreto da História do Brasil", mas acho os assuntos abordados por ele bem interessantes...
(se bem que, graças a minha mãe, sofro de paixonite aguda pelo Che, e não gostei muito do que ele falou nesta reportagem não...)
Che Guevara, Fidel Castro e Salvador Allende são os alvos desta vez. Utilizando a mesma fórmula que consagrou o Guia politicamente incorreto da história do Brasil – com mais de 200 mil exemplares vendidos –, Leandro Narloch e Duda Teixeira retomam alguns dos personagens e fatos marcantes da história da América Latina para mostrar que a história não aconteceu exatamente como aprendemos na escola. “Fidel Castro foi capitalista”, “Che Guevara ordenava torturas” ou “Os Incas aprovaram a dominação espanhola” são algumas das afirmações polêmicas que os autores defendem e explicam por meio de outras correntes de pesquisa histórica rejeitadas como oficiais. Com o mesmo propósito do livro anterior, o Guia politicamente incorreto da América Latina é contra regras batidas para se contar a história. E o falso herói latino-americano é o principal alvo deste livro.
Saiu também uma reportagem no G1 sobre o livro, mas especificamente sobre a participação do Leandro Narloch na Bienal do Livro deste ano:
Na Bienal, autor desafia mitos da história e diz que 'Che era retrógrado'
Leandro Narloch lança 'Guia políticamente incorreto da América Latina'.
Carla Meneghini
Do G1 RJ
O escritor Leandro Narloch vai participar de debate na Bienal do Livro do Rio (Foto: Divulgação)Poucas coisas incomodam mais o escritor Leandro Narloch do que uma camiseta com a imagem de Che Guevara. “Ele matou, torturou e perseguiu centenas por não estarem de acordo com suas ideias, não devia ser símbolo de liberdade”, afirma Narloch, que promete criar polêmica na Bienal do Livro do Rio, que começa nesta quinta-feira (1), no Riocentro, na Zona Oeste do Rio. “Che era retrógrado, era tão retrógrado quanto ditadores”, provoca o autor.
No evento, Narloch lança o livro “Guia politicamente incorreto da América Latina” (Editora Leya), escrito a quatro mãos com o jornalista Duda Teixeira, em que tenta derrubar mitos e supostas farsas da história da região. “Quero mostrar que essa história que a gente estuda na escola é mais discurso ideológico do que ciência”, explica o autor.
Heróis ou vilões?
No guia, Narloch também desafia outros heróis da esquerda latino-americana, como o presidente socialista chileno Salvador Allende, o revolucionário mexicano Pancho Villa, a primeira-dama argentina Evita Péron e outros. "Tendemos a apagar os erros daqueles com que concordamos", diz o jornalista, que se dedica à pesquisa na área há mais de cinco anos.
“Guia politicamente incorreto da América Latina” é o segundo volume da série que o escritor deu início com “Guia politicamente incorreto da história do Brasil”, lançado em 2009, e que chegou à lista dos mais vendidos de não-ficção (300 mil exemplares, segundo a editora). No primeiro livro da série, suas provocações miram figuras como Zumbi, Machado de Assis, Santos Dumont e até a tradicional feijoada, que segundo o autor, tem origem europeia.
No novo livro, ele reúne indícios de que Pancho Villa, por exemplo, seria um fumante habitual de cigarros de maconha, e que os Perón teriam levado a Argentina à ruína econômica, ao contrário do que está impresso em muitos livros didáticos. "Não podemos mais encarar a história como uma novela das 20h, com vilões e mocinhos", completa Narloch. "No Brasil, a verdade é que se os guerrilheiros tivessem vencido estaríamos muito pior hoje", opina o escritor, que diz ter sido recebido com "indiferença" pela comunidade acadêmica.
Mas nas livrarias o sucesso tem sido tão grande que o autor decidiu largar seu emprego como jornalista em uma revista mensal para se dedicar exclusivamente ao projeto e já planeja um novo livro, agora voltado para a história mundial. "Reconheço que é um projeto ambicioso, principalmente para uma ideia que nasceu numa mesa de bar", brinca Narloch.
Na Bienal do Livro, Leandro Narloch participa de debate com a historiadora Isabel Lustosa no Café Literário, no dia 9 de setembro, às 20h.
Alguém já leu? Confesso que não li nem o primeiro, o "Guia politicamente incorreto da História do Brasil", mas acho os assuntos abordados por ele bem interessantes...
(se bem que, graças a minha mãe, sofro de paixonite aguda pelo Che, e não gostei muito do que ele falou nesta reportagem não...)