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Guia Politicamente Incorreto da América Latina - Leandro Narloch/Duda Teixeira

nanamft

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Ver anexo 10189

Che Guevara, Fidel Castro e Salvador Allende são os alvos desta vez. Utilizando a mesma fórmula que consagrou o Guia politicamente incorreto da história do Brasil – com mais de 200 mil exemplares vendidos –, Leandro Narloch e Duda Teixeira retomam alguns dos personagens e fatos marcantes da história da América Latina para mostrar que a história não aconteceu exatamente como aprendemos na escola. “Fidel Castro foi capitalista”, “Che Guevara ordenava torturas” ou “Os Incas aprovaram a dominação espanhola” são algumas das afirmações polêmicas que os autores defendem e explicam por meio de outras correntes de pesquisa histórica rejeitadas como oficiais. Com o mesmo propósito do livro anterior, o Guia politicamente incorreto da América Latina é contra regras batidas para se contar a história. E o falso herói latino-americano é o principal alvo deste livro.


Saiu também uma reportagem no G1 sobre o livro, mas especificamente sobre a participação do Leandro Narloch na Bienal do Livro deste ano:


Na Bienal, autor desafia mitos da história e diz que 'Che era retrógrado'

Leandro Narloch lança 'Guia políticamente incorreto da América Latina'.

Carla Meneghini
Do G1 RJ

O escritor Leandro Narloch vai participar de debate na Bienal do Livro do Rio (Foto: Divulgação)Poucas coisas incomodam mais o escritor Leandro Narloch do que uma camiseta com a imagem de Che Guevara. “Ele matou, torturou e perseguiu centenas por não estarem de acordo com suas ideias, não devia ser símbolo de liberdade”, afirma Narloch, que promete criar polêmica na Bienal do Livro do Rio, que começa nesta quinta-feira (1), no Riocentro, na Zona Oeste do Rio. “Che era retrógrado, era tão retrógrado quanto ditadores”, provoca o autor.

No evento, Narloch lança o livro “Guia politicamente incorreto da América Latina” (Editora Leya), escrito a quatro mãos com o jornalista Duda Teixeira, em que tenta derrubar mitos e supostas farsas da história da região. “Quero mostrar que essa história que a gente estuda na escola é mais discurso ideológico do que ciência”, explica o autor.

Heróis ou vilões?
No guia, Narloch também desafia outros heróis da esquerda latino-americana, como o presidente socialista chileno Salvador Allende, o revolucionário mexicano Pancho Villa, a primeira-dama argentina Evita Péron e outros. "Tendemos a apagar os erros daqueles com que concordamos", diz o jornalista, que se dedica à pesquisa na área há mais de cinco anos.

“Guia politicamente incorreto da América Latina” é o segundo volume da série que o escritor deu início com “Guia politicamente incorreto da história do Brasil”, lançado em 2009, e que chegou à lista dos mais vendidos de não-ficção (300 mil exemplares, segundo a editora). No primeiro livro da série, suas provocações miram figuras como Zumbi, Machado de Assis, Santos Dumont e até a tradicional feijoada, que segundo o autor, tem origem europeia.

No novo livro, ele reúne indícios de que Pancho Villa, por exemplo, seria um fumante habitual de cigarros de maconha, e que os Perón teriam levado a Argentina à ruína econômica, ao contrário do que está impresso em muitos livros didáticos. "Não podemos mais encarar a história como uma novela das 20h, com vilões e mocinhos", completa Narloch. "No Brasil, a verdade é que se os guerrilheiros tivessem vencido estaríamos muito pior hoje", opina o escritor, que diz ter sido recebido com "indiferença" pela comunidade acadêmica.

Mas nas livrarias o sucesso tem sido tão grande que o autor decidiu largar seu emprego como jornalista em uma revista mensal para se dedicar exclusivamente ao projeto e já planeja um novo livro, agora voltado para a história mundial. "Reconheço que é um projeto ambicioso, principalmente para uma ideia que nasceu numa mesa de bar", brinca Narloch.

Na Bienal do Livro, Leandro Narloch participa de debate com a historiadora Isabel Lustosa no Café Literário, no dia 9 de setembro, às 20h.​



Alguém já leu? Confesso que não li nem o primeiro, o "Guia politicamente incorreto da História do Brasil", mas acho os assuntos abordados por ele bem interessantes...
(se bem que, graças a minha mãe, sofro de paixonite aguda pelo Che, e não gostei muito do que ele falou nesta reportagem não...:timido:)
 
A única coisa que li sobre esse livro foi um crítica que saiu uma crítica na Folha escrachando o livro.. o mesmo praticamente disseram sobre o primeiro livro, que é sobre o Brasil

eu até tive uma curiosidade de ler esse primeiro, mas depois de tanto ouvir falar mal, perdi a vontade. Ainda mais depois que um professor que carece de credibilidade indicou o livro na aula como algo muito bom... =P
 
Meu senso de humor, tenho certeza, será bem ranzinza com esse livro. Tendo em vista tal coisa, não tenho a menor vontade de ler esse livro. Não quero bancar o chato, mas permanecerei bem longe desse aí. E o sobre Brasil também.
 
Por serem dos mais vendidos e de uma área de interesse, resolvi dar uma folheada nos dois livros na livraria um dia desses, mas sem esperar muito. Quando vi que o autor (ou um deles) era jornalista da Veja, aí entendi tudo. Supostamente ele pretende "destruir" "mitos" da história, só que para isso às vezes quer nos forçar outros goela abaixo, como no caso de Santos Dumont no primeiro livro, ou suas próprias convicções sem embasamento, só com um "é assim porque a doutrina da Veja me ensinou e agora eu sei".

No caso de Santos Dumont, por exemplo, capítulo sobre o qual mais me deti, ele pretende que os Irmãos Wright, inventaram o avião sozinhos da noite para o dia, glória aos Estados Unidos, ignorando simplesmente todos os desenvolvimentos anteriores a eles, toda a história da aviação em suma e todos os vários outros e outras que foram também pioneiros a seu modo.

Me surpreendo muito que seja um dos mais vendidos: positivamente, pois prova que as pessoas têm interesse por história, embora por um jeito de contá-la com o qual não concordo muito; e negativamente, pelo grande desserviço que o(s) livro(s) presta(m) ao ensino de história no Brasil, pela baixa qualidade das informações, e por ser triste ver que a concepção que as pessoas teem/podem ter de história ainda continua passando pelo decoreba que supostamente o "humor torna mais palatável", como com literatura, por outro lado...

Infelizmente isso também é culpa dos historiadores, que poderiam estar produzindo material de melhor qualidade a ser vendido no lugar dele...
 
Última edição:
Eu sou o único que venho percebendo que livros com "Politicamente Incorreto" no título é quase que certeza de material duvidoso? Não sei onde eu li, e realmente espero ser mentira, mas estava escrito que o cara não cita um livro sequer na bibliografia o_O

Confere esse tipo de informação?
 
Pois, mas tem outros com o "politicamente incorreto"?

Acho que tem bibliografia sim, quase certeza. Agora uma coisa é ter bibliografia, outra é só escolher livros que suportam seus argumentos. Outra também é apresentar estudos já "consagrados" como se fossem grande novidade, caso do capítulo sobre a Guerra do Paraguai. Lendo ele eu me perguntava: ué, mas isso é novidade? qual o mito que se destruiu? isso já não foi feito 10 anos atrás? E foi assim ao longo do livro todo também...

(Talvez não seja novidade para mim, né? Mas aí, mais uma vez isso prova que os historiadores não estão fazendo seu trabalho).
 
Estou lendo o último 'guia' lançado, sobre a história do mundo e só não gostei do 'guia' sobre filosofia. Gostei banstante e recomendo. Além de ser uma porta de indicação de outras leituras, como obras que esclarecem os crimes praticados em Cuba com o regime dos Castros.
 
Da série "não li e não gostei".

A alcunha de "politicamente incorreto" me parece propositalmente distorcida por escritores cuja ideologia tende muito ao conservadorismo típico da nossa sociedade. Essa estratégia é simples, mas eficaz aos seus propósitos. Dar um caráter inovador a um texto claramente conservador é uma forma de perpetuar práticas execráveis, tais como segregação social.

Alguém que leu concorda?
 
Da série "não li e não gostei".

A alcunha de "politicamente incorreto" me parece propositalmente distorcida por escritores cuja ideologia tende muito ao conservadorismo típico da nossa sociedade. Essa estratégia é simples, mas eficaz aos seus propósitos. Dar um caráter inovador a um texto claramente conservador é uma forma de perpetuar práticas execráveis, tais como segregação social.

Alguém que leu concorda?

Bom, eu li o da América Latina e do Brasil e o escritor vai contra algumas coisas bem divulgadas pela mídia por ai.

Ex:
1. Che Guevara que é ídolo por esquerdistas mundo a fora, é retratado como um assassino e não como esse bom mocinho de estampas de camisetas por ai.
2. Machado de Assis é tido como um escritor bom mas não excepcional.
3. Santos Dumont é bem desmitificado com aquela história que nem foi ele que inventou o avião e por aí vai.

O livro bate contra algumas verdades difundidas principalmente pela mídia/escola e vai contra.
Cabe ao leitor após refletir ir atrás do que considera verdade.
 
oops... na verdade ele fala que o Machado de Assis era chato pra cara@#@$$ e era censor do império... censurava diversas peças e etc... falha minha.
 
Bom, eu li o da América Latina e do Brasil e o escritor vai contra algumas coisas bem divulgadas pela mídia por ai.

Ex:
1. Che Guevara que é ídolo por esquerdistas mundo a fora, é retratado como um assassino e não como esse bom mocinho de estampas de camisetas por ai.
2. Machado de Assis é tido como um escritor bom mas não excepcional.
3. Santos Dumont é bem desmitificado com aquela história que nem foi ele que inventou o avião e por aí vai.

O livro bate contra algumas verdades difundidas principalmente pela mídia/escola e vai contra.
Cabe ao leitor após refletir ir atrás do que considera verdade.
Alegar que o Machado seria um censor, carece de fontes confiáveis.
Até onde eu sei, ou seja, a leitura de boa parte das obras literárias dele, não vejo nele um caráter imperialista.
Ao contrário, as discussões que ele propõe trazem à tona questões sociais vigentes à sua época, a fim de questioná-las e desconstruí-las.
Isso seria o oposto de um pensamento conservador.

A discussão sobre Santos Dumont me parece meio banal... Enfim!

O ponto que eu queria tocar era especificamente o das questões políticas.
A visão que uma pessoa ou outra tem de figuras míticas como Che ou Chávez varia muito em função da posição política de cada observador.
Nesses casos, a presunção de isenção é uma posição fictícia, dissimulada e irreal.
Em geral, essa é a ilusão que historiadores, escritores ou jornalistas mais conservadores tentam transmitir a seus leitores.
Na realidade, eles acabam por esconder o fato de que a História é contada pelos vencedores.

E no caso cubano, somos os vencidos!
 
Na realidade, eles acabam por esconder o fato de que a História é contada pelos vencedores.
E no caso cubano, somos os vencidos!

Bem legal essas duas ultimas frases. Mas acho o livro válido por ser uma forma "diferente" de abordar esses mitos.
Pode despertar o leitor curioso a procurar novas fontes e por fim ler mais!
 
'Guia políticamente incorreto da América Latina'. Um amigo me emprestou (comprar/sem chance) esse livro, sinceramente não consegui nem com muita boa vontade passar das vinte páginas. Vou tentar ler algum dia com o mesmo esforço ( não é fácil, por isso reconheço que não sou um bom leitor) que faço pra ler as "reportagens da revista Veja".
 
não conhecia esse livro, nem a história que o Chavez deu ele pro Obama e muito menos que foi banido pelas ditaduras por aqui.
Você já leu? Gostou?
 
não conhecia esse livro, nem a história que o Chavez deu ele pro Obama e muito menos que foi banido pelas ditaduras por aqui.
Você já leu? Gostou?
É sensacional!

A leitura das veias abertas faz com que você reflita sobre as mazelas que hoje nos assolam. Elas não existem por acaso ou porque o governante a, b ou c é malvado. Os nossos problemas têm raízes históricas que, inclusive, extrapolam a questão da dominação portuguesa/espanhola. É a construção desses sentidos que o Galeano faz, ao que parece, com um viés bem diferente desses "guias politicamente incorretos".

A minha opinião é de que "politicamente incorreto" significa ir contra uma tendência dominante. Falar mal de Che Guevara não é ser politicamente incorreto. Politicamente incorreto é publicar um livro sobre a exploração da América Latina na década de 70, auge das ditaduras militares que mataram, torturaram e sequestraram com financiamento do bloco capitalista liderado pelos estados unidos.

Enfim... Acima de qualquer posição ideológica, acho importante conhecer as diversas perspectivas.
E aí, cabe a cada um optar pela posição que mais lhe parece sensata.
 
Li e gostei do livro.
O fato de abordar q muitas figuras da história da América Latina, idolatrados por tantos, não eram lá, digamos assim, flores q prestassem para serem cheiradas.
 
Li e gostei do livro.
O fato de abordar q muitas figuras da história da América Latina, idolatrados por tantos, não eram lá, digamos assim, flores q prestassem para serem cheiradas.

Se bem que eu diria pra isso: grandes merda. Mals aí, mas a obra em si não agrega muito. É só uma compilação de fatos que qualquer um que se interesse por História de verdade conhece.
 
É uma publicação cujo conteúdo não me convenceu e deixou muitas dúvidas sobre a veracidade dos fatos lá publicados.
 

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