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As melhores e as piores leituras de 2021

Finarfin

Perdeu, mané.
Tópico para listarmos/comentarmos sobre as melhores e as piores leituras do ano.
Escolhi 5 de cada. Sintam-se à vontade para usar o número que melhor lhes aprouver.

Minhas melhores leituras:

5. A vida invisível de Eurídice Gusmão - Martha Batalha
4. Ninguém Escreve ao Coronel - Gabriel Garcia Marquez
3. Tieta do Agreste - Jorge Amado
2. Dois irmãos - Milton Hatoum
1. Ensaio Sobre a Cegueira - José Saramago

Minhas piores leituras:

5. O Náufrago - Thomas Bernhard
4. Cidades Invisíveis - Italo Calvino
3. Poemas concebidos sem pecado / Face imóvel - Manoel de Barros
2. Outros jeitos de usar a boca - Rupi Kaur
1. O Álbum Branco - Joan Didion

No geral, foi um ano de leituras boas ou regulares. Gostei mais do que desgostei das minha leituras.
O da Didion foi o único que abandonei. Livro dos mais desinteressantes que já tive o desprazer de ler.
 
1. Declínio de um Homem (Osamu Dazai).
2. Libertinagem (Manuel Bandeira).
3. Triste Fim de Policarpo Quaresma (Lima Barreto).
4. O Nome da Rosa (Umberto Eco).
5. A Redenção do Anjo Caído (Fábio Baptista).

Os únicos que eu realmente não gostei foram os dois sobre hinduísmo que a minha professora de segurança de laboratório me deu. :timido:

A Redenção segue entre os meus favoritos, mas, como foi releitura, não teve a emoção da primeira vez.
 
Vou eleger meu TOP5. Não tive leituras realmente ruins...

1. Os Miseráveis (Victor Hugo)
2. Churchill: caminhando com o destino (Andrew Roberts)
3. Projeto nacional: O dever da esperança (Ciro Gomes)
4. Você não merece ser feliz - Como conseguir mesmo assim (Craque Daniel) [Daniel Furlan e Pedro Leite]
5. Os Irmãos Karamazov (Fiódor Dostoiévski)

Comentários estão nos meus posts no Censo, exceto do 2 porque ainda não atualizei. Pretendo hoje. :dente:
 
Não li muita coisa esse ano, e boa parte era releitura, que eu vou deixar de fora do top porque a releitura já deixa subentendido que o livro é bom (nem seeeeempre mas vocês entenderam). Por isso deixo de fora a trilogia da Fundação e o Drácula, por exemplo.

Top 5 Melhores:
- O homem do castelo alto (Dick)
- O fim da infância (Clarke)
- A mão esquerda da escuridão (Le Guin)
- A pomba (Süskind)
- O livro de Moriarty (Conan Doyle)

Top 5 Piores:
- Os quatro do Byung-Chul Han
- O livro do RezendeEvil
:rofl:
 
A produtividade da minha leitura foi bem abaixo do que eu gostaria. Tive alguns contratempos esse ano, especialmente na parte laboral e acadêmica, que me tomaram bastante tempo, e por isso não pude dar à leitura a atenção que ela merece.

Pois bem. Acho que, apesar de tudo, o saldo foi positivo. Seguem alguns destaques.

Em março li O Lobo da Estepe, do Hermann Hesse, e foi uma leitura bem impactante, conforme relatado no tópico "Cinco livros favoritos com". Em seguida, li O Homem do Castelo Alto, do Philip K. Dick. Gostei muito. (@Béla van Tesma já avisando: a série não tem NADA A VER com a o livro. Tipo, nada, só o plano de fundo é igual. E o final é podre). Bem impactante também foi o Kafka do ano, A Metamorfose e O Veredicto, na mesma edição da L&PM e trad. do Marcelo Backes.

Ao reassistir Twin Peaks, em maio, resolvi ler os livros ligados à série: O Diário Secreto de Laura Palmer, A História Secreta de Twin Peaks e Twin Peaks: Arquivos e Memórias. Esse último entra na lista de piores do ano. Um livro de fã feito para fãs; um livro que não acrescenta NADA. Já os dois primeiros são bem bons, especialmente o segundo.

Li O Mestre e Margarida em agosto e achei um livro bem esquecível. Reli-o em novembro e tive outra visão do livro: muito, muito bom, ainda que nada sério.

O ano fechou de forma magistral com Os Semelhantes, de Ricardo Guilherme Dicke, autor mato-grossense :mrgreen:, o escritor favorito de Hilda Hilst. Fiquei apaixonado pela forma sinestésica como a história é contada, sempre com um grande diálogo metafórico com a natureza do entorno da história. Uma pena que Ricardo Guilherme Dicke não seja conhecido nacionalmente nem com sua morte.

Por fim, destaco a leitura dos Cem Melhores Contos Brasileiros do Século. Nunca fui muito ligado a contos, e essa antologia me fez descobrir o quanto o conto brasileiro é bom, é bonito, é formoso, mesmo achando que, no livro, os contos deram uma bela caída de qualidade durante os anos 80 e 90.

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Como destaque negativo, além do péssimo Twin Peaks: Arquivos e Memórias, destaco o hermético Origem do Drama Trágico Alemão, do Walter Benjamin. Eu estava (estou?) numa vibe de ler literatura alemã, e o momento parecia ideal para a leitura. O livro não é ruim, só não é inteligível. Antes de lê-lo deve-se, no mínimo, ler os livros do drama barroco alemão, que sequer possuem tradução em português. Aí fica difícil.
 
Última edição:
Meu ano também foi menos produtivo em leituras, mas algumas delas fizeram valer à pena.

Melhores leituras:

1. La Casa de los Espíritus (Isabel Allende);
2. A Sibila (Agustina Bessa-Luís);
3. Os Tambores de São Luís (Josué Montello);
4. Um Dia Chegarei a Sagres (Nélida Piñon);
5. A Noite Escura e mais Eu (Lygia Fagundes Telles).

Os três primeiros foi até difícil definir a ordem.

Maior surpresa literária (positiva), considerando as expectativas/preconceitos que eu tinha e o que o livro me entregou:

1. Norte das Águas, do José Sarney.


Top 5 - Melhores contos lidos:

1. Boa noite, Maria (Lygia Fagundes Telles);
2. O Alienista (Machado de Assis);
3. Uma Branca Sombra Pálida (Lygia Fagundes Telles);
4. Anão de Jardim (Lygia Fagundes Telles);
5. Os Bonsdias (José Sarney).

Piores leituras do ano:

1. Moby Dick (Herman Melville).
2. Americanah (Chimamanda Ngozi Adichie).

Moby Dick eu detestei com força. Foi a leitura mais penosa do ano. Eu me sentia envelhecendo enquanto me obrigava a ler.

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Ricardo Guilherme Dicke. Anotado, @Loveless . :joinha:
 
Não fui rápido o suficiente pra criar o tópico com uma introdução gracinha. :lol:
Mas já que estamos aqui, seguem as 5 melhores e as 5 piores leituras de 2021.

Melhores leituras

1) O papel de parede amarelo, de Charlotte Perkins Gilman

Bom, é um conto que veio na forma de livro solo, então... :lol:
Mas eu adorei como ela criou uma obra que abre espaço para múltiplas interpretações e fiquei impressionado como na leitura ela expressa uma ambiguidade sobre a natureza dos eventos. É esse tipo de abordagem que sinto falta muitas vezes ao ler obras de terror - ouviu, Stephen King?

2) Sonhos de trem, de Denis Johnson
É um romance curto pelo qual não dava nada, mas que até me pega reflexivo. Creio que seja o anti-romance histórico do século XXI, já que ele fala dos eventos sem se referir a eles, a historicidade está lá mas atravessa a dimensão pessoal do protagonista. Além disso, o estilo deve muito a Ford Maddox Ford. É um autor que merece mais atenção.

3) O bandido que sabia latim, de Toninho Vaz
Entendi porque a família de Leminski não queria reeditar o livro, mas é uma pena porque Vaz soube como "dar cola" aos testemunhos sobre o poeta e tradutor. Uma pena que não seja tão fácil de encontrar - até vendi meu exemplar em tempos de "vacas magras", porque eu aprendi muito sobre Leminski. Se tiver nova edição, contudo, vão ter que atualizar algumas coisas recém-descobertas sobre ele - eis o mal da biografia.

4) Hellblazer Origens, Vol. 5: Histórias Raras
Pra me desfazer das minhas HQs de Hellblazer, comecei a ler e me deparei com esta que não só explica certos eventos da vida de Constantine (o exorcismo que deu errado, a maldição que o atormenta, o assassino que se prova mais perigoso que o sobrenatural para o detetive), como também expõe críticas pertinentes ao descontrole psicológico na era das paranoias - a história sobre a bomba nuclear de Newcastle me deixou impressionado e desconfortável.

5) O Espetacular Homem-Aranha: A Última Caçada de Kraven, de JM DeMatteis, Mike Zeck e Bob McLeod
Meu Deus, esse cara só leu HQs este ano?! Eu não sabia o que esperar ao pegar essa pra ler, mas as imagens são incríveis - do Kraven experimentando a roupa do Aranha ao Peter saindo do túmulo - e me impressionou como a trama funciona em paralelos: afinal, tanto Kraven como Parker estão lidando com seu subconsciente, mas enquanto um tenta domá-lo, o outro não sabe como deixá-lo vir à tona, algo importante para quem tenta definir ou precisar sua própria identidade. Mas a minha cena favorita é do vilão Rattus, que quer vingança contra o Homem-Aranha, quando ergue um bueiro só pra sair correndo ao ver uma aranha pequena - ele é justamente o inverso de Kraven e Parker, mas tão compreensível quanto para o leitor. É uma obra que sabe dosar ação e reflexão.

Piores leituras

1) Juventude e outros contos, de Isaac Asimov

O problema não foram os contos, mas a tradução porca da L-Dopa. Fujam dessa editora.

2) A festa da insignificância, de Milan Kundera
Queira Deus que eu não conceba que qualquer coisa que eu escrever valha a pena ser lida. É um exercício de estilo em forma anedótica, mas outros já fizeram isso melhor - até mesmo o próprio Kundera.

3) Goldfinger/Diamantes são eternos, de Ian Fleming
O problema com Goldfinger é que a trama beira o irreal com o vilão sendo tão obtuso com a investigação de Bond. Já Diamantes... não surpreende por Bond, mas por Tiffany Case, o que é uma pena porque temos que acompanhar quem? Pois é. Sem contar que outro vilão obtuso, vários blocos de informações necessárias - você começa lendo Ian Fleming e termina com Irving Wallace.

4) Star Wars - Episódio IV: Uma Nova Esperança, de Roy Thomas e Howard Chaykin / Star Wars - Episódio VI: O Retorno de Jedi, de Archie Goodwin
O único mérito da adaptação do Episódio IV que ficou a cargo de dois dos maiores quadrinistas de todos os tempos é que você vê como era parte do roteiro original do primeiro filme de Star Wars. De resto, não há nada interessante em termos de traço.
Já no caso do Episódio VI, creio que simplesmente jogaram a toalha. Uma pena, pois o Episódio V pelo menos tinha ótimas ilustrações de Al Williamson.

5) Se eu fechar os olhos agora, de Edney Silvestre
Não é que seja ruim, mas entre este e Seu Ibrahim e as Flores do Corão, de Éric-Emmannuel Schmitt, preferi escolher o de Silvestre porque a inverossimilhança saltou os olhos, sem contar que em alguns momentos parecia que o autor não sabia quando era o momento de passar do thriller que escrevia para a peroração social. Espero que a série seja melhor.

Alguns livros que estiveram entre os melhores e que vale a pena ir atrás: Os salgueiros, de Algernon Blackwood; O labor da morte, de Ferdinand Barth; Hellblazer, Origens 6 e 7; Casanova: Luxuria, de Gabriel Bá e Matt Fraction; Viva e deixe morrer, de Ian Fleming - talvez até Da Rússia, com amor, se você tiver saco pra atravessar a primeira parte; A guerra dos gibis, de Gonçalo Junior; À sombra de Yavin, de Brian Wood, tanto pelo enredo como pelo traço; As cavernas de aço e O sol desvelado, de Isaac Asimov (reli O fim da eternidade e continuo achando ótimo); A mulher calada, de Janet Malcolm, e Pulp, de Charles Bukowski - acho que em ambos os casos é preciso ver quão familiarizado se está com as personagens discutidas; A balada de Adam Henry, de Ian McEwan, sua releitura d'Os mortos de James Joyce; e Realidade e sonhos, de Muriel Spark.
 
Melhores leituras - Top 5:

1. Meridiano de Sangue, Cormac McCarthy (top 3 de todos os tempos)
2. Submundo, Don DeLillo
3. As Aventuras de Huckleberry Finn, Mark Twain
4. Memorial do Convento, José Saramago
5. Uma Casa para o Senhor Biswas, V. S. Naipaul

Menção honrosa: As Brasas, Sándor Márai


Piores leituras - Top 3:

1. Te Vendo Um Cachorro, Juan Pablo Villalobos
2. História do Pranto, Alan Pauls
3. O Emblema Vermelho da Coragem, Stephen Crane
 
Não li muito no ano passado, mas li muitos bons livros.

Acho que as minhas leituras preferidas foram os livros do Patrick Modiano (Do mais longe do esquecimento, Meninos valentes e The black notebook), cuja obra eu continuo explorando. Já tinha lido os sete livros lançados ou relançados no Brasil quando ele ganhou o Nobel, e agora tenho ido atrás dos livros fora de catálogo e dos publicados em inglês. São livros simples, curtos, em que ele se debruça sobre o passado, lembrando ou imaginando vidas e histórias. Há uma atmosfera de romance noir, os personagens têm um aspecto misterioso e geralmente desaparecem sem aviso, muitas vezes sem deixar rastro por um longo tempo. Os livros muitas vezes retrabalham histórias já contadas em outros e muitas vezes se complementam ou se contradizem. Em mim, o conjunto da obra produz grande efeito.

Afora os livros do Modiano, ficam menções honrosas a “Veredicto em Canudos”, do Sándor Márai e a “Um artista do mundo flutuante”, do Kazuo Ishiguro.

Como destaque negativo, o curtíssimo “O senhor vai entender”, do Claudio Magris. Um horror.
 
Tive essa impressão também. Não é um livro ruim mas o considero extremamente superestimado.
Tava conversando com o Gabriel (sempre esqueço o username dele aqui) sobre um vídeo de um resenhista dizendo algo semelhante. Comentei com o amigo carioca-da-gema que tinha sido a primeira vez que via alguém dizer algo do tipo, e ficamos pensando se não deve ser porque o livro é uma obra inacabada.
 
O ano fechou de forma magistral com Os Semelhantes, de Ricardo Guilherme Dicke, autor mato-grossense :mrgreen:, o escritor favorito de Hilda Hilst. Fiquei apaixonado pela forma sinestésica como a história é contada, sempre com um grande diálogo metafórico com a natureza do entorno da história. Uma pena que Ricardo Guilherme Dicke não seja conhecido nacionalmente nem com sua morte.
Acho que o Terron que tem falado bastante dele, não?
 

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