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[L] Prosas poéticas e poemas curtos [ NON-TOLKIEN ]

Pensei a mesma coisa qnd li haha
É mesmo? Bem, foi coincidência eu ter usado a repetição justo no s ao invés de qualquer outra letra. O legal de escrever um diário é que como ninguém vai ler (exceto aqui) dá pra escrever qualquer coisa que não faz sentido a não ser de uma forma abstrata na minha própria mente.
 
Achei muito legal e também pensei no Gollum. Hahaha!
É interessante dar voz à nossa mente, quantas versões de nós mesmos se escondem no nosso interior?
 
Achei muito legal e também pensei no Gollum. Hahaha!
É interessante dar voz à nossa mente, quantas versões de nós mesmos se escondem no nosso interior?
Tantas quantos pensamentos existem no universo, só que todos dentro da própria mente. Quando eu escrevo uma coisa "séria" (poemas, romance etc.) não fica desse jeito, é só no diário que eu escrevo assim já que lá nada precisa fazer sentido, posso escrever qualquer coisa que eu estiver pensando.
 
Concordo plenamente, escrever é uma atividade terapêutica, não tenho dúvida. De certa forma é um diálogo, mesmo quando não há um interlocutor como é o caso do diário.
Aqui vai um pouco mais de nonsense:

Um luxo, meu amigo, simplesmente um luxo, a coisa mais impressionante que eu já vi na vida como se fosse tão linda que me fizesse desmaiar e minha nossa as montanhas, Gandalf, ele quer ver as montanhas de novo e eu só queria poder dar uma passadinha na França e Marrocos e na Floresta de Nottingham (é lá que morava o Robin Hood?). Sol ardente matador, sede de matar, morrer e reviver de novo. Água pura que cai fervendo congela mais uma vez e depois vem. O néctar é doce e dá arrepios e é você que vem e me olha e me ajuda e me perde e me vence e me conduz e me leva e me lembra de lembrar das coisas (AS COISAS!). Elrond é um ótimo guardador de livros (foi o que disseram), he would be a hell of a librarian, A LIBRARIAN I SAY!
 
Última edição:
Bah, acabo de ver no Google que o Robin Hood morava na floresta de Sherwood, não de Nottingham. O inimigo dele era o xerife de Nottingham, esse sim era Nottinghamense de coração. Mas não dá pra acertar todas toda vez.
** Posts duplicados combinados **
O @Giuseppe está competindo seriamente com o Lewis Carroll pra ver quem tem um estilo mais nonsense...
Na verdade eu aprendi essa bagaça com o James Joyce. Descobri que fluxo de consciência é uma ótima técnica pra matar o chamado bloqueio de escritor. Dá uma olhadinha em um trecho de Ulysses, do James Joyce (estou citando do original em inglês que está em domínio público):

"Sleep six months out of twelve. Too hot to quarrel. Influence of the climate. Lethargy. Flowers of idleness. The air feeds most. Azotes. Hothouse in Botanic gardens. Sensitive plants. Waterlilies. Petals too tired to. Sleeping sickness in the air. Walk on roseleaves. Imagine trying to eat tripe and cowheel. Where was the chap I saw in that picture somewhere? Ah yes, in the dead sea floating on his back, reading a book with a parasol open. Couldn’t sink if you tried: so thick with salt. Because the weight of the water, no, the weight of the body in the water is equal to the weight of the what?
Or is it the volume is equal to the weight? It’s a law something like that."

E minha vida literária nunca mais foi a mesma.
É só ir escrevendo tudo o que vier à mente, as ideias acabam vindo inevitavelmente, depois você vai esculpindo o texto tirando as partes ruins e mantendo e/ou melhorando as partes boas. Às vezes fica um ritmo frenético, alucinado, bom demais, a mente se expressa de um jeito fantástico e você simplesmente registra o que há dentro de você.
 
Última edição:
O que ser isso? Desculpe pela ignorância.
ah, não é ignorância não... é um filme estadunidense de 2001. O filme todo é basicamente um sonho onde o protagonista tem um bando de conversas existenciais/filosóficas com estranhos e como pouco a pouco ele começa a tomar consciência de que está sonhando
 
@Giuseppe continua que eu to gostando do seu estilo!
Acho que finalmente encontrei uma audiência. Não que eu tenha tentado antes, já que nunca mostrei essas maluquices pra ninguém além de vocês. É só um monte de doideira, meus poemas "sérios" e outros escritos eu evito colocar na internet já que fóruns são lugares públicos e quero evitar que alguém copie. Mas o diário é só o diário, ninguém lê além de mim e jamais será publicado em lugar algum, então eu posso colocar alguma coisa aqui de vez em quando se vocês quiserem.
 
Eu gosto do gosto das palavras
Amo a forma da minha boca ao dizer algo
Deleito-me no jeito que o ar sai de meus pulmões
Adoro o modo como a língua vibra dentro de mim

Gosto de saber que o que está dentro da minha mente está viajando para fora
Está sendo transmitido, mesmo que apenas em parte
Para o universo
Ou ao menos para a parte ínfima do universo que ouviu minhas palavras

Teste isso
Diga seu nome
Saboreie o gosto das palavras
Dos fonemas
Sinta, pausadamente, o sabor suave da sua identidade
Mesmo que seja a identidade que outros lhe deram ao nascer
E depois tente novamente com o nome que você escolheria para si

Deguste-se
 
Eu gosto do gosto das palavras
Amo a forma da minha boca ao dizer algo
Deleito-me no jeito que o ar sai de meus pulmões
Adoro o modo como a língua vibra dentro de mim

Gosto de saber que o que está dentro da minha mente está viajando para fora
Está sendo transmitido, mesmo que apenas em parte
Para o universo
Ou ao menos para a parte ínfima do universo que ouviu minhas palavras

Teste isso
Diga seu nome
Saboreie o gosto das palavras
Dos fonemas
Sinta, pausadamente, o sabor suave da sua identidade
Mesmo que seja a identidade que outros lhe deram ao nascer
E depois tente novamente com o nome que você escolheria para si

Deguste-se
Um hino à poesia e à linguagem. Muito bom!
 
Bem, atendendo ao pedido da @Darkness aqui está mais um trecho do meu diário.

Bolinhos de chuva no café da manhã com ovos fritos e pão torrado e requeijão e leite e frutas e mel e suco e café. Não foi o meu café da manhã, mas eu queria que fosse. No caminho para o mercado o céu estava em cima de mim, voltando da biblioteca ele estava embaixo de mim, ao chegar em casa ele estava dentro de mim. Não pude evitar, a mente absorve a realidade como esponja e que coisa nem sei mais o que pensar sobre o inverno, já que há dias de outono que são mais frios que o inverno por aqui. Pediram minha ajuda para levantar o portão da biblioteca, estava emperrado, levantei a bagaça, devolvi meu livro e peguei outro. Estou começando a contar as épocas e fases da minha vida pelo livro que eu estava lendo, nova crescente cheia e minguante e vai indo e indo e o ciclo infinito não acaba (senão não seria infinito) e Órion é uma belíssima constelação mas não sei o nome de todas. Às vezes faz frio demais, morro de preocupação com os que moram na rua. Lembro que o sujeito catador de latinhas me desejou feliz Páscoa e me pediu ajuda, dei a ele todo o dinheiro que eu tinha na carteira, uma nota de 5 e duas de 2. Ele estava catando latinhas e eu já tinha visto ele por lá outras vezes. Estranhos já me ajudaram na rua em uma situação de dificuldade minha então não posso esquecer ou ignorar a coisa toda. Também não posso esquecer que o aniversário de Tolkien vai ser dia 3 de janeiro, vou brindar um café em honra à ele, álcool não, não sou fã de bebida alcoólica, e em novembro é o aniversário da morte de C.S. Lewis e da esposa de Tolkien, Edith. Ela e Lewis morreram no mesmo dia mas não no mesmo ano. Não posso esquecer, não posso esquecer dos grandes, principalmente dos que estão perto. A memória não pode falhar quando se trata de assuntos importantes e não posso ser ingrato. As grandes almas vivem pra sempre, estou morrendo de saudades do Elie Wiesel de abençoada memória, o yahrzeit dele foi no dia 26 de Sivan, ou seja, 9 de junho de 2018, e estou lembrando também do Leonard Cohen de abençoada memória e é claro que Dance me to the end of love é uma das melhores músicas que eu conheço, letra perfeita, eterna, maravilhosa. O Rebbe Schneerson perguntou pra moça que escreveu o artigo se ela tinha alguma pergunta e quis saber sobre a família dela. Parecia que ela ia perguntar alguma coisa, hesitou por um momento, e acabou só dizendo "they are happy". O Rebbe Schneerson respondeu "be twice as happy". E eu concordo e assino embaixo. Não posso deixar de lamentar por todos os que perdem tempo com coisas inúteis e fúteis e qualquer tipo de briguinha ridícula, minha nossa, será que é tão difícil entender que ser gentil é muito mais importante do que estar certo e que não interessa quem tem razão, é só não agir feito um idiota e a coisa toda vai funcionar bem e essa é uma das principais regras do universo, um princípio realmente muito simples mas infelizmente muito ignorado. O que é bom é sempre melhor do que o que não é e o que é melhor é sempre melhor ainda.
 
Última edição:
@Giuseppe gostei muito, uma loucura e caos, saudade e algo mais...
Obrigado! Realmente é uma coisa caótica, mas gosto de escrever assim, o que vier veio e sempre tem algo de novo há ser dito, ou algo velho pra ser dito de um jeito novo.
 

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