Eru disse:
Alan Moore, Garth Ennis, Neil Gaiman, Kazuo Koike, J. Michael Straczinski, Brian Azzarello, Shirow Masamune, Warren Ellis, Hergé, Laerte, Kurt Busiek, Maurício de Souza, Mark Millar, Grant Morrison, Will Eisner, Art Spiegelman.
Peguei só um pedaço do que li no ano passado e acrescentei um ou outro que li anos antes. E citei obviamente aqueles que se destacavam por um estilo original de contar histórias.
Eu realmente gostaria que você citasse quantos mangakas são realmente originais no que escrevem, de preferência evitando aqueles vícios idiotas de linguagem que sempre usam em mangás.
Ah, aqui mesmo no A&M o V fez o favor de citar mais uma porralhada de autores, mas melhor perguntar a ele se prestam mesmo, eu não li tudo aquilo.
Eru disse:
A grande maioria, particularmente dos QUE CHEGAM AO BRASIL, são sim, povoados por inúmeros clichês.
Eu tive a oportunidade de checar vários mangás que não vieram pra cá e num expressei o menor desejo que fossem publicados aqui, porque acabam sendo tão pipoca fraquinha quanto o resto que acaba chegando aqui.
Eru disse:
Evidente que a maioria dos mangás de grande qualidade não passa nessas terras, e você sabe porque? Porque os imbecis que transmitem e publicam aqui não conseguem associar a idéia de desenho animado e quadrinhos pra público adulto, salvo raras exceções.
O problema do que é considerado adulto lá, é que na maioria se lida com apenas perversões e tremendas distorções da psique humana, deixando de lado o mais comum do cotidiano pessoal.
Já que em maioria são histórias extremamente escapistas, não me surpreende.
Eru disse:
Histórias em quadrinhos semanais da DC e da Marvel.
E há muito mais tempo.
Sério que número após número eles sempre usam os mesmos clichês que todos os outros escritores usam, na mesma quantidade a ponto de você
nunca conseguir identificar alguma gota de estilo próprio no cara que escreve?
Porque da época que eu comprava com alguma frequência, tinha um ou outro zé lá que ue ainda via o estilo no modo de narrar, sabe.
Ainda hoje em dia sempre me contam que ainda acham uma ou outra história que preste todo santo mês.
Admito que isso nunca deixou de me surpreender, pela pouca fé que ponho em histórias boas de super heróis ao ponto de ter uma todo mês pelo menos.
Coisa rara de se diferenciar em mangás.
Ou você simplesmente ignora as histórias boas e decentemente originais que têm todos os meses, vindo daqueles mais incomuns escritores que tentam colocar alguma novidade nesse mercado idiota de heróis ocidentais?
Eru disse:
Fox disse:
Eru disse:
E eu estava falando especificamente de um personagem.
Um personagem que se aplica completamente a minha explanação sobre arquétipos usados abusivamente em um sem número de mangás.
Uma questão de opinião.
Bom, a partir de agora vou tentar me dignar a não responder partes do seus posts que apelam pra "opinião" e "gosto" quando falta argumento pra defender o que diz.
Eru disse:
eu só disse que abortaram a participação dele quando ela ia se tornar mais interessante e ele poderia se desenvolver mais.
Aí eu fico na dúvida, você fez parecer que não foi só o Watsuki o responsável pelo roteiro... ele foi ou não?
Eru disse:
Se procurar olha que tem. De qualquer forma, o seu espaço amostral inclui animes e mangás que não são lançados no Brasil?
Obviamente, porque aqui a única coisa que me valeria a pena comprar seria Vagabond, mas num me entra na cabeça deixar de sair por conta de gibi nenhum, então deixo pra lá.
Antes de conseguir acesso aos mangás que eu tinha extrema dificuldade de encontrar anos atrás, eu tinha muita curiosidade sobre como eram no geral. Aí eu tive acesso e vi como eram.
Daí meus posts negativos sobre a maioria deles.
Eru disse:
Levando em conta como aquele mercado é, isso não cobre 1% do que existe.
Eru disse:
Eu nunca disse que não alcança. Mas também vejo essa mesma repetição em todos os mercados. Pelo simples fato de que hoje arte é feita pensando nos mercados, amparadas mais por pesquisa que por inspiração.
Mesma repetição...
Sério, pára de defender sem antes ler mais que 20, cara.
Fox disse:
Isso é simplesmente fato, depois de ir correndo atrás de tudo quanto é mangá e conseguindo ler, é impossível negar o xerox descarado.
Eru disse:
Em alguns casos sim. Mas porque estamos discutindo isso?
Porque você citou como bem desenvolvido um personagem que fatalmente você vai esbarrar mais dez, vinte, trinta vezes lendo mais um pouco de mangás, na exata mesma estrutura.
Fox disse:
Se essa repetição abusiva fosse limitada a uma ou outra temática, como no caso de super-heróis no mercado americano, eu nem falava tanto, seria o normal, como em qualquer outra arte.
Eru disse:
Porque, pro bem ou pro mal, aquela temática só prejudica a si mesma sendo repetitiva e você sempre pode partir pra algum outro assunto dentro daquela mídia.
Mas quando a mídia inteira tá assim, chega a ser revoltante, ainda mais se ela atinga grandes massas.
Quer dizer, revolta se você liga praquela determinada massa. Eu já num ligo mais, eles lá na ilha que gostam tanto de escapismo.
Eru disse:
Há vários mercados de xerox. Até o mercado de fãs de Star Treek que é por si só de uma repetição de fórmula só é mais lucrativo do que eu ou você podemos imaginar.
Eu tô falando de uma mídia inteira, você de um produto só, nem de temática é. Não se confunda.
Fox disse:
De personagens com olhar frio e traumas de infância, os mangás tão cheios. Realmente cheios.
Eru disse:
Mas um que de repente, numa crise de identidade, encontra outro com um passado parecido, e parte para tentar descobrir a própria verdade, permitindo ao autor esculpir do zero uma nova forma desse personagem descobrir o mundo a partir da experiência passada e presente? Não são tantos.
Bom, vinte mangás, eu tô tentando manter isso em mente...
Eru disse:
Cara, vivemos na era do Pastiche.
As coisas não são mais fruto de inspiração, mas de fórmulas de montagem e linhas de produção. Literalmente. Não pensa que eu estou feliz dizendo isso.
Eu acho que vou jogar a toalha, vou esperar você ler mais mangá, sério. A gente tá em campos diferentes aqui, você parece que simplesmente num faz idéia de como é o negócio.
Haja saco.
Fox disse:
Que diabo de critério é esse? Eu já vi até idéias idiotas darem extramamente certo, então isso nem critério é.
Eru disse:
É bem mais difícil de acontecer.
Não mude de assunto.
Você acha qualquer coisa com a simples possibilidade de ser boa algo bom por si só.
Potencial não é nada senão algo que ainda não aconteceu.
Se você vê qualidade no que não aconteceu, então num dá pra levar a sério o teu julgamento das coisas.
Eru disse:
Históricamente coeso, o traço me agrada, os personagens bem ou mal cativam e uma série de informações interessantíssimas sobre a cultura do Japão são assimilados na leitura desse mangá.
Se fosse o caso de ser uma forma de educação sobre a história da Era Meiji, eu concordaria com a qualidade do roteiro, caso não tivesse os maneirismos que eu já citei demais pro meu próprio gosto, nem as pretensões de estilosidade que gibis (gibis mesmo, âmbito mundial) comerciais baratos têm, nem as construções pseudo-psicológicas atiradas nos personagens.
Mas não é, é um mangá que usa de um período interessante da história do Japão pra contar a saga de um personagem, por mais que baseado em alguém real, bastante fictício.
E conta de forma afetada, com vários tapa-buracos e pedidos de desculpas que não adiantam nada, além de um traço muito limitado.
Se ele te agrada ótimo, não dou a mínima pra gosto.
Mas dizer que o cara manda bem pegando uns poucos modelos de rosto e encaixando em uns poucos modelos de corpos, realmente é o que eu precisava pra ignorar seu julgamento de arte.
Isso aliás me deixa quase irritado de ter escrito isso tudo, simplesmente não valeu o esforço. Mas eu tenho mó pena de apagar post grande, então tá aí.