• Caro Visitante, por que não gastar alguns segundos e criar uma Conta no Fórum Valinor? Desta forma, além de não ver este aviso novamente, poderá participar de nossa comunidade, inserir suas opiniões e sugestões, fazendo parte deste que é um maiores Fóruns de Discussão do Brasil! Aproveite e cadastre-se já!

Outros Sistemas Runequest

Você não leu justamente a 2º parte, onde eu botei justamente o que é único de GLorantha. E se ler, eu te desafio a citar um cenário que faça algo como isso.
Eu sei oq faz de Glorantha único e até citei quais referencias do genero de fantasia você iria encontrar algo assim. O que quis dizer é que mesmo sendo único ele é de certa forma equivalente. Pra mim não tenha essa de "chega até a assutar" ou ainda não julgo esse o mais bem amarrado que outros cenários.

Mas nunca disse que ele nao é interessante ou bem amarrado, não interprete errado o que eu digo.

Pois é, comprovando o que acabei de dizer acima. Sua experiencia, mesmo na mesa, não foi tão rica quanto a minha, num jogo de PC. O que nos trás de volta à conclusão: se você baseia suas impressões sobre o cenário pela experiencia que teve na mesa, então você *não* conhece Glorantha, já que sou grupo parece ter jogado como jogaria em qualquer outro cenário, só trocando a "capa" do livro mas sem trocar o conteúdo.
Isso, meu amigo nem eu nem você tem como saber. Suas presunções não são menos arrogantes do que as que você tanto critica meu caro. Eu nao te conheço, você nao me conhece, nem a aventura que eu joguei nem as aventuras que eu faria para esse cenário para afirmar categoricamente que minha visão de Glorantha não é genuína ou certa. Foi mal ae, tr00zão XD

A impressão que eu tenho nesse caso é que voce jah acha errado uma coisa simplesmente pelo fato de parecer despretensiosa, diante da sua interpretação do cenário. Eu li o livro basico mas nunca mestrei, sei das peculariedades do cenário, qualidades e até defeitos. Não tenho tempo de ficar indagando sobre mitologia sob uma ótica tão "profunda" como a sua. Aliás voce enxergou coisas que está presumindo existir no livro. Sugiro que você os leia para ver se sua visão baseada em previews reflete mesmo o que o jogo propõe. Não que sua interpretação não seja válida, aliás uma aventura com esse enfoque é muito boa pra quem tem tempo.

Meus jogos semanais duram 3 ou 4 horas no máximo e sempre preparo alguma coisa uma hora antes. Não tenho tempo para tantos "porques". O mesmo já acontecia a uns 5 anos atrás quando joguei Runequest, e eu to pouco me lixando.
 
Última edição:
TODAS AS RAÇAS NÃO-HUMANAS SÃO TEMIDAS E EVITADAS pelos humanos, independente de ser Elfo, Troll, etc. Chamar elfos e trolls de "Mal" não faz justiça ao que realmente são - chamá-los de "alienígenas" faz mais justiça, pois reflete seus comportamentos, motivações e agendas únicas e não-compreensíveis para os humanos; O mesmo pode ser dito de todas as Elder races - ou seja, nada de Elfos Bonzinhos vs Orcs Malzinhos - TODAS as Elder Races são alienígenas para o homem, e podem um dia estar agindo de forma "admirável" aos olhos do homem, como podem no outro dia estar agindo de forma "desprezível" para o mesmo; Conclusão: TODAS as Elder Races são EVITADAS pelo homem, não por serem "do Mal", mas por serem não-compreendidas pelo mesmo, e por tanto não confiáveis;

Continuo esperando o resumo das raças humano elfo e orc.
 
Quando penso em Glorantha me vem a mente contos de Conan, as obras de Fritz Lieber e até Tarzan com suas crenças "primitivas" e cheias de tribalismos e rituais exóticos

Sim, mas além disso Glorantha tem aquilo que a gente queria fazer outro dia por aqui - "um cenário medieval visto pelos olhos de um homem comum da idade média", lembra? Pois é, substitua Idade Média nessa sentença por "antiguidade/Era do Bronze politeísta". É isso que praticamente NENHUM cenário faz - nem mesmo Ars Mágica - tão bem quanto GLorantha. É ISSO que eu disse que assusta:

- quando você, depois de enxergar isso em Glorantha, olha para um culto espirita de candomblé pegando santos e pensa "Isso é uma HeroQuest";
- ou vê uma senhora católica batendo 3 vezes na madeira para afastar mal olhado antes de sair pro trabalho, e pensa "como a magia de Glorantha";
- ou ainda, vê o mesmo "espirita de candomblé" sacrificando um galinha, botando na esquina pro seu Deus, e pensa: "um ritual mágico de Glorantha";

É esse tipo de coisa que Glorantha tem e que EU não vi em nenhum outro cenário, de maneira tão bem-amarrada, a ponto de você jogar no cenário e perguntar "Será que a magia existe mesmo nesse cenário? Ou não é tudo auto-sugestão por causa da Fé? :think: " ... ver isso num cenário de RPG é *genial* do ponto de vista mitológico.

Isso, meu amigo nem eu nem você tem como saber. Suas presunções não são menos arrogantes do que as que você tanto critica meu caro. Eu nao te conheço, você nao me conhece, nem a aventura que eu joguei nem as aventuras que eu faria para esse cenário para afirmar categoricamente que minha visão de Glorantha não é genuína ou certa. Foi mal ae, tr00zão

ERRADO. Se sua experiencia com o cenário não englobou estes aspectos que citei - e que são caracteristicas identificadores do cenário, podemos tirar tranquilamente a conclusão de que não foi rica o suficiente, quanto o jogo de pc que falei, para retratar o mesmo. É a mesma coisa que:

- jogar em Planescape e ficar em algum plano "de fantasia medieval" lutando espadas contra Orcs, sem em nenhum momento focar as caracteristicas únicas deste cenário - as facções filosógicas em busca do sentido do multiverso, Sigil - a cidade das portas, as caracteristicas dos outer planes, etc.
- ou jogar em DarkSun, Dragonlance ou Ravenloft e ficar em alguma "região com caracteristicas medievais lutando espadas";

Desse jeito é *óbvio* que vai dar tudo no mesmo, se for pra jogar sem retratar as caracteristicas identificadoras de cada cenário, é como eu disse: "Você apenas trocou a capa do livro, mas as páginas de dentro continuaram as mesmas". De quê adianta jogar em Planescape, Dragonlance, Ravenloft, Warhammer, Pendragon, Pênisdragon, etc. se a experiencia vai ser sempre a mesma que jogar em Faerun? :blah:

O exemplo perfeito parece ser o cenário do Margrave (o Areon 5) - quando ele postou falando que ia fazer um cenário futurista eu estava visualizando algumas coisas de tematica futurista e tentei dar sugestões nesse sentido - convenções cyberpunk, hard Sci-fi, transhumanistas, etc. mas no final, quando ele disse que nem gostava de Sci-fi e mostrou isso - eu ví que o que ele queria era uma "capa de livro" futurista, mas com o conteúdo de fantasia - magia, espadas, combates corpo-a-corpo, etc. tanto que no final, ele mesmo confessou ser Sci-Fantasy .(Nada contra o cenário Areon em si, que parece bem bacana, e eu jogaria com maior prazer se pudesse. Apenas serve de exemplo para meu ponto ).

Pense nisso Taverneiro. Não foi minha intenção te ofender ali em cima, e se foi o caso peço desculpas. Mas pense nisso.

- - -

EDIT:
Continuo esperando o resumo das raças humano elfo e orc

Sky, Orcs *não* existem no cenário. Os Elfos são os "aldryami", e sua origem está ligada à deusa das plantas, Aldrya. Os Elfos têm a pele de vegetal, e os ossos de madeira de árvore, e é comum serem chamados de "Plantas ambulantes" pelo homem (e chamarem o homem de "meat-people" , povo de carne). Existem uma classificação por cores, que é obra do homem. São divididos pela semelhança com as plantas:
- Elfos Verdes: associados com árvores coníferas;
- Elfos Marrons: associados com árvores "decidious" (não sei a tradução pra isso);
E mais uma dezena de classificações - elfos do Sedro, do Carvalho, etc, etc. O jogo não recomenda criar grupos de aventureiros de diferentes raças ( por causa do abismo de diferenças fisiológicas e culturais - os costumes de Elfos são completamente alienígenas para o homem); e também por causa da alto xenophobia que impera entre os povos (é difícil até fazer grupos compreendendo culturas diferentes! O que dizer raás diferentes!). E em geral, os elfos são temidos e evitados pelos povos - diferentemente de Faerun, os elfos aqui estão mais para monstros do que alguma raça inteligente. E álém disso, não existe a tal lingua "comum" de Faerun - cada povo e cada raça tem sua lingua perticular, fazer aventureiros culturalmente diferentes resultaria num grupo incomunicável! :lol: . O máximo que se tem é o "trade-talk", uma linguagem por gestos que é moderadamente difundida e serve de base para o comércio entre os povos. (fazer aventureiros de culturas diferentes que saibam Trade-talk seria curioso - a própria comunicação entre eles seria engraçada! )

- - -

Quanto as raças humanas, são difernenciadas por "cultura". Um humano Orlanth recebe bônuses e modificadores particulares; Um humano de Prax, recebe outros bonuses, um humano de Dara Happa recebe outros, etc.
 
Última edição:
Aqui vão descrições que comparam Glorantha com D&D (e seus cenários), relatando porque é um cenário único, e detalhe: são feitas por fãs de D&D, direto do site EnWorld. Por isso, são mais imparciais e confiáveis do que qualquer um desta discussão (que parece ter virado uma espécie de competição, depois que o Margrave entrou tentando avacalhar o tópico). Se alguem ainda tem dúvidas, tire-as: :D

(retirado do tópico do ENworld "Fale-me a respeito de Glorantha ?" : http://www.enworld.org/archive/index.php/t-140614.html )

- - -

"Glorantha is a world with a true sense of otherness to it. The way that religion and history are handled in the game force both player and GM to actually try and enter the mindset of genuinely different yet compellingly believable alien cultures. That stated, it is not low-magic in the traditional sense; a larger portion of NPCs can cast spells than in nearly any other world - but very very very few spell do anything other than make you luckier or more proficient at combatting invisible spirits. Magic is ubiquitous but largely invisible.

Other races, similarly, are at once more alien and more three-dimensional than anything you can read regarding a D&D setting. What makes the world stick together is the sense on the part of the author that culture and religion are real, meaningful and vibrant things that shape a player-character's experience of the world. But they aren't presented in an academic or dry way -- you're swept right along. A couple of really cool features I'll just randomly mention: the relative power of gods to mortals is much more appropriate than D&D's over-powered mortals and under-powered gods. In one book, just to make their point, the game designers statted the ticks in the fur of the steed of Red Moon Goddess. One of them could give the party a tough fight! Another feature: there is no 100% agreed-upon history of the world; different groups of people have different histories that contradict eachother. Often the general events are the same but the details are reversed. This is just a continuation of the myths from Godtime, that the different cults fight about. There is a very sociologically credible blending of history and myth in the setting material that I found deeply satisfying."

The magic systems, cults, spirits, religions and all other belief systems are integral to the world. Farmers use spells like ‘bless crops,’ warriors use ‘swordsharp,’ etc. The world is in itself magical. The nine great giant mountains are just that, nine great giants! There are monsters and creatures everywhere and dozens of non-human sentient races.

The whole world is based on the power of myths and mythical events and much of the background can be read in a number of ways. As an example:

- The Orlanthi are a proud (and often boastful) race of warrior/farmers. Their culture is vaguely Celtic and/or Saxon. They have been invaded by the evil Lunar Empire, who are intent on the destruction of their culture and who are trying to kill Orlanth, Storm God and king of the Orlanthi Pantheon. The Lunars are the bad guys.

- The Lunar Empire are a noble and enlightened (some may say illuminated) race who have discovered the truth in their Chief Goddess, The Red Moon. They struggle to bring enlightenment to impoverished (and in the main ungrateful) Orlanthi barbarians. The Orlanthi are the bad guys.

Add to this some very odd creatures and world views, Elves (living plants) want to recreate the green age, Dwarves (cogs in the great world machine) want to repair the machine, Trolls want darkness, and you get a very rich world."

Como você viu Taverneiro, não é preciso um "academic mindset" para retratar as peculiaridades de Glorantha - basta ler os livros do cenário com sua "xícara vazia", ou seja, deixando as convenções D&Dísticas de lado. :D


ps: gente, depois dessa, creio que podemos encerrar a discussão. Quem gostou gostou, quem não gostou não gostou, mas o importante foi feito - mostrar de forma cristalina como glorantha realmente é, sem falsas impressões e pressupostos. Conhecer mais do que isso só jogando em Glorantha (com um grupo que realmente *conheça* o cenário para retratar suas individualidades, o que, como mostrado nas descrições acima, não necessita nenhum approach acadêmico), ou então jogando o game "King of Dragon Pass" pra PC. Abraços a todos!


EDIT: Aqui tem uma comparação de Glorantha com a Terra-Média de Tolkien, e com a era Hyboriana (Conan) de Howard - detalhe: fala exatemebte tudo que EU tinha dito, mas o pessoal (Margrave e Sky principalmente) teimava em nao aceitar: :mrgreen:

"Consider Tolkien. Middle Earth is a world which has an absolute truth. Eru created the world, and those who live in accordance with the “mind of Eru” are good while those who go against it are bad. Goodness, truth, and righteousness are the rewards of those who side with Eru and the Valar. Those who defy Eru, from Melkor and Sauron right down to the Easterlings, fall into error and ultimately suffer. This is the kind of absolutism offered by Christianity, which is not surprising considering Tolkien's own devout Catholicism.

On the other hand, we have Howard. Howard's Hyborian Age has no absolutes, no good, no truth, and no real evil (its demons may be alien and inhuman, but don't qualify as evil the way Melkor does, because there is no absolute good to be the opposite of). The Hyborian Age is an almost Nietzschean paradigm where strength is the only real virtue.

With this in mind, let's consider Glorantha. If Middle Earth embraces a single truth, and Hyboria mocks truth, Glorantha says to us that truth is in the eye of the beholder. Truth exists, and can be obtained, but it is a cultural and—to an extent—personal truth, not valid for everyone. Truth is a local, rather than a universal, phenomenon. For example, most cultures in Glorantha agree that there was a time when the sun disappeared from the sky. The Orlanthi say that the sun was a tyrannical emperor, and that mighty Orlanth slew him to liberate the cosmos. However, the sun-worshiping Dara Happans say Orlanth merely slew the solar emperor's son(the divine sun himself was far too great to slay), and that the solar emperor died of grief. Now, in any other world, we might just say that these too cultures have different beliefs and leave it at that. But in Glorantha, an objective third party—like, say, a God Learner—could go to Dara Happa, leave the mortal plane, and personally witness Orlanth slaying the solar emperor's son. The same God Learner could then go to an Orlanthi holy site, enter the Hero Plane, and personally witness Orlanth slaying the tyrannical solar emperor himself. In fact, he could get powers from participating in two contradictory myths!

Because of this, Glorantha embraces a pluralism unprecedented in other fantasy settings. Tolkien is culturally pluralistic, but his world operates around a single truth. Hyboria is also culturally pluralistic, but truth is ambiguous at best. Even Dungeons & Dragons, with its “everything but the kitchen sink” approach to setting design, still has the cosmic absolutes of law, chaos, good, and evil (lawful good is lawful good, from world to world and setting to setting). Glorantha is wholly relativistic.

This pluralism is not the result of a modern, politically correct, “accept all faiths” viewpoint, but rather indicative of the pagan attitude, which is wholly consistent with the mythic, bronze-age world Glorantha portrays. When we examine the religious attitudes of ancient Mediterranean and Near Eastern cultures, for example, we find that they are perfectly aware of foreign gods, and accept their existence, but view their own deities as being more central to their lives. A clear example can be found in the Ten Commandments of Hebrew scriptures, where Yahweh tells his people “I am your God, and you shall have no other gods before me.” Note he does not say, “I am the only true God, and all other gods are false.” This attitude did not appear until late antiquity, a period which falls long after Glorantha's scope. "

:mrgreen:
 
Última edição:
Me pareceu interessante!
Se for mais simples que Pendragon vai se constituir como um forte candidato a substituir o D&D nas minhas campanhas!

Valeu Armitage!
 

Valinor 2023

Total arrecadado
R$2.434,79
Termina em:
Back
Topo