Ué, Arkantus... o Glaurung é um chato, mas aqui ele estava apenas discutindo o assunto. Não vi nenhuma ofensa pessoal contra ninguém no tópico.
Eu heim, que neuras.
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Tudo bem que Turin conseguiu o improvável, depois de uma vida de desgraças. Mas o feito em si não foi exatamente planejado, por ele, foi? Tipo a mente dele era basicamente do herói tradicional "vou matar o lorde do mal", mas sem plano sem eira nem beira. E isto porque tratava-se apenas de seu próprio destino (que no final, não controlou porcaria nenhuma e pelo destino foi controlado... também, ele nunca ouviu ninguém, nunca planejou nada, fazia o que dava na telha... nobre sim, mas...)
A travessia do Helcaraxe foi muito mais difícil pela incertezas (eles deixaram os Valar), pela dimensão da responsabilidade (Fingolfin tinha de se preocupar não só consigo mesmo, mas com todos!), e ainda por cima considerando-se que a motivação era nula (continuaram mais porque quebrar um juramento - mesmo um idiota e maldito como o do Feanor - teria consequências muito piores do que simplesmente a própria morte).
Sei que não é uma visão romântica como a de Beren&Luthien ou mesmo de Turin, e ainda por cima é muito mais logística. Mas o que conta é que até podemos saber quem não conseguiu fazer a travessia, mas não sabemos de todos os dramas, das pequenas vitórias que traziam ânimo aos espíritos cansados dos peregrinos, e nem mesmo temos a descrição do sorriso cansado e triste pelos que se foram, mas cheio de esperança pelo futuro que virá.
O vácuo é uma faca de dois gumes: posso imaginar um monte de coisas, ou posso me entediar porque foi descrito como uma curiosidade, e não descrito exaustivamente como merece uma parte tão importante da estória de Tolkien.