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Re: Estudantes de medicina terão que trabalhar 2 anos no SUS para ter diploma

Não sei quais são as negativas da classe média e honestamente não estou muito interessado em saber de onde vem os argumentos para criticá-los. Estou interessado em argumentos e os meus continuam os mesmos.



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Aliás, se o governo realmente acredita que tem esse direito, que exerça esse autoritarismo apenas nas faculdades públicas (e para todos os cursos, é claro, por uma questão de justiça), mas que esteja preparado para uma debandada para faculdades privadas.



Debandar para as faculdades particulares duvido muito, pois com mensalidades de mais de 4 mil reais ( outro absurdo a ser discutido) aperta no orçamento mesmo da classe média alta.E não considero as medidas autoritárias (discordo do seu ponto de vista), mas que precisam ser tomadas dentro de um contexto social (saúde pública) e tanto quem se formar em particular ou federal atenderá a população do país de um modo geral. Se as medidas ficarem restritivas apenas nas faculdades federais não seria justo por parte de quem governa.Pode-se discutir o tempo de duração de trabalho no SUS, exigir condições de trabalho decente etc, mas continuo entendendo as argumentações dos conselhos de classe como protecionistas (Lembra muito a situação dos dentistas brasileiros que trabalhavam em Portugal na década de 80/90). A questão é: faltam médicos no interior do Brasil e a situação calamitosa não poderá perdurar. Quanto a avaliação de outros cursos seria justo, só não acho que haverá essa grita toda.Abraços!
 
Re: Estudantes de medicina terão que trabalhar 2 anos no SUS para ter diploma

O Estado não fornece educação/saúde de qualidade, e o culpado por isso é o mercado? :think:

O Estado cria privilégios, distorce o mecanismo de preços, é extremamente ineficiente nos gastos e é capturado por interesses particulares (o que é muito diferente de mercado, veja bem) e a culpa disso é.... do mercado?

Aí vai depender de que concepção de Estado estamos falando. Se o vermos como ente que paira acima, desconectado do corpo social e das classes, o que não é o caso, então o mercado é inocente e puro como uma virgem entrando no céu. Se, por outro lado, vermos o Estado como entidade representativa da classe dominante, que em última instância é aquela composta pelos grandes capitais que regem o "imaculado" mercado, aí, meu caro, vão todos pro banco dos réus.
 
Re: Estudantes de medicina terão que trabalhar 2 anos no SUS para ter diploma

Aí vai depender de que concepção de Estado estamos falando. Se o vermos como ente que paira acima, desconectado do corpo social e das classes, o que não é o caso, então o mercado é inocente e puro como uma virgem entrando no céu. Se, por outro lado, vermos o Estado como entidade representativa da classe dominante, que em última instância é aquela composta pelos grandes capitais que regem o "imaculado" mercado, aí, meu caro, vão todos pro banco dos réus.

Essa lógica tá invertida. É justamente pela existência do Estado que interesses particulares obtém benefícios em detrimento do resto da sociedade, benefícios esses que não conseguiriam se o Estado não metesse tanto o bedelho onde não deve.

Mas eu entendo seu lado, pois na sua visão os "grandes capitais" são vilões, o capitalismo é o bandido da história e os mercados são ineficientes e só privilegiam os mais abastados. Eu poderia discorrer aqui sobre esses pontos e mostrar o porquê de não passarem de conversinha ideológica, e poderia falar sobre como o mercado é o mecanismo mais eficiente já criado para alocação de recursos, e ainda de como, sob o capitalismo, a longevidade das pessoas aumentou drasticamente. Mas seria fugir demais do escopo do tópico. Fico à disposição para debater esses assuntos em outro momento/tópico.
 
Re: Estudantes de medicina terão que trabalhar 2 anos no SUS para ter diploma

Essa lógica tá invertida. É justamente pela existência do Estado que interesses particulares obtém benefícios em detrimento do resto da sociedade, benefícios esses que não conseguiriam se o Estado não metesse tanto o bedelho onde não deve.

Mas eu entendo seu lado, pois na sua visão os "grandes capitais" são vilões, o capitalismo é o bandido da história e os mercados são ineficientes e só privilegiam os mais abastados. Eu poderia discorrer aqui sobre esses pontos e mostrar o porquê de não passarem de conversinha ideológica, e poderia falar sobre como o mercado é o mecanismo mais eficiente já criado para alocação de recursos, e ainda de como, sob o capitalismo, a longevidade das pessoas aumentou drasticamente. Mas seria fugir demais do escopo do tópico. Fico à disposição para debater esses assuntos em outro momento/tópico.

É verdade, Fëanor. Em uma coisa concordo contigo: entre "conversinha ideológica" de um lado e a "falácia da mão imaculada do mercado" de outro, o assunto do tópico foi pra escanteio.
 
Re: Estudantes de medicina terão que trabalhar 2 anos no SUS para ter diploma

Otimo. Voltando ao assunto: pq n eh uma medida autoritaria? Eh justo q o governo obrigue a trabalhar no sus quem pagou pela propria educacao? Qual eh a nocao de justo q estamos considerando aqui?
 
Re: Estudantes de medicina terão que trabalhar 2 anos no SUS para ter diploma

Aliás, fechar os olhos para as causas é prática recorrente na definição de políticas públicas. Querem um exemplo? Recentemente fiz um breve levantamento sobre as características dos domicílios do Mato Grosso e do Mato Grosso do Sul quanto à estrutura de saneamento. E descobri que apenas 35,8% dos domicílios têm acesso à saneamento adequado (rede geral de esgoto ou pluvial e fossas sépticas). Os outros 64,2% utilizam fossas rudimentares, valas ou despejam diretamente em rios/lagos. Some-se a isso o ponto de que o investimento em saneamento poupa mais do proporcionalmente os gastos em saúde, e fica evidente o que eu quero dizer.

Esta parte aqui já te vale um beijo :kiss: :lol:

Quando você lê dados como esse, você que falta muito mais do que simplesmente construir hospitais ou trazer mais médicos.
 
Re: Estudantes de medicina terão que trabalhar 2 anos no SUS para ter diploma

Otimo. Voltando ao assunto: pq n eh uma medida autoritaria? Eh justo q o governo obrigue a trabalhar no sus quem pagou pela propria educacao? Qual eh a nocao de justo q estamos considerando aqui?

Eu acho, e q fique claro aqui q é achismo meu, que foi uma questão jurídica e não administrativa. No direito é tudo semântica. Não é apenas oq de fato é, qual o intuito, mas sim, se há alguma brecha na lei onde eu consigo caracterizar o que eu quero como algo legal, ou pelo menos não caracterizá-lo como algo ilegal.

Se vc obriga ao universitário público a fazer isso, fica caracterizado como serviço civil obrigatório, oq inconstitucional.

Ao obrigar a todos, vc consegue caracterizar como uma medida educacional. Do mesmo modo que Anatomia é obrigatório a todos que querem ser médico, agora estágio no SUS tb é.

Não há como caracterizar como uma obrigatoriedade educacional algo que não é obrigatório a todos.

Uma coisa que talvez consigam ganhar depois na justiça é o direito de fazer esse estágio em qualquer hospital, SUS ou não, pois se é educacional, não há sentido de ser exclusividade do governo.

Mas como eu disse, sou engenheiro, não advogado, e estou supondo essas coisas ai em cima. Mas pra mim faz sentido.
 
Re: Estudantes de medicina terão que trabalhar 2 anos no SUS para ter diploma

Mas como eu disse, sou engenheiro, não advogado, e estou supondo essas coisas ai em cima. Mas pra mim faz sentido.

Estamos na mesma, Fingol. Sou economista, não advogado (beijo no coração, Luiz Pareto). Acontece que a minha pergunta é sobre justiça e felizmente ninguém precisa ser advogado para discutir sobre isso.

Ao obrigar a todos, vc consegue caracterizar como uma medida educacional. Do mesmo modo que Anatomia é obrigatório a todos que querem ser médico, agora estágio no SUS tb é.

Também estou falando com base no achismo, mas suponho que o conteúdo programático de um curso não pode ser decidido na base da canetada, né? Se seguirmos por esse caminho, a medida será mais autoritária ainda, já que está passando por cima da autoridade dos conselhos de Medicina. Sei lá, to falando besteira? É o Ministério da Educação que defino o que deve ser ensinado nas faculdades (públicas e privadas)? Eu realmente não sei quem é que pode determinar ou definir esse tipo de conteúdo.

Uma coisa que talvez consigam ganhar depois na justiça é o direito de fazer esse estágio em qualquer hospital, SUS ou não, pois se é educacional, não há sentido de ser exclusividade do governo.

Fingol, esse estágio não seria justamente a residência? De qualquer forma, supondo que não seja, acho difícil que ganhem isso na justiça, já que o propósito "tapa-buraco" da medida é bem evidente.

Mesmo assim, isso que você falou é infinitamente mais interessante de discutir do que argumentos ad hominem usados exaustivamente aqui.
 
Re: Estudantes de medicina terão que trabalhar 2 anos no SUS para ter diploma

Sobre a medida ser autoritária ou não, há discussão, mas sobre ser juridicamente possível, não há. A própria Constituição estabelece a liberdade de profissão como norma de eficácia contida, restringível por lei:

CF/1988 disse:
Art. 5º - XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer.
 
Re: Estudantes de medicina terão que trabalhar 2 anos no SUS para ter diploma

Também estou falando com base no achismo, mas suponho que o conteúdo programático de um curso não pode ser decidido na base da canetada, né? Se seguirmos por esse caminho, a medida será mais autoritária ainda, já que está passando por cima da autoridade dos conselhos de Medicina. Sei lá, to falando besteira? É o Ministério da Educação que defino o que deve ser ensinado nas faculdades (públicas e privadas)? Eu realmente não sei quem é que pode determinar ou definir esse tipo de conteúdo.

Bem o MEC praticamente define o que é ensinado, pois para se obter um diploma o curso tem que ser reconhecido por ele, ou seja, se os técnicos do ministério não estiverem de acordo com a metodologia aplicada, o curso não tem validade. Agora não sei ate onde ele tem autoridade para tanto.
 
Re: Estudantes de medicina terão que trabalhar 2 anos no SUS para ter diploma

Bem o MEC praticamente define o que é ensinado, pois para se obter um diploma o curso tem que ser reconhecido por ele, ou seja, se os técnicos do ministério não estiverem de acordo com a metodologia aplicada, o curso não tem validade. Agora não sei ate onde ele tem autoridade para tanto.

O MEC reconhece os diplomas, mas não necessariamente impõe conteúdo, né?
 
Re: Estudantes de medicina terão que trabalhar 2 anos no SUS para ter diploma

Diretamente não.
 
Re: Estudantes de medicina terão que trabalhar 2 anos no SUS para ter diploma

Meio médico, meio escravo - Fernando Reinach*

*pra quem não sabe o Fernando nem médico é, é biólogo e, portanto, não faz parte diretamente da corja corporativista que "não caga nem sai da moita"

"Incapaz de convencer jovens médicos a trabalhar no SUS, o governo federal resolveu criar um novo profissional, o meio médico meio escravo. Esse profissional, inspirado nos mitológicos centauros e na famosa meia muçarela meia calabresa, virá em duas versões, nacional e importado. É a pizza que vai ser servida no SUS.

Durante anos dei aula para os calouros da Faculdade de Medicina da USP. Eram jovens que haviam escolhido uma profissão em que a derrota é certa. Ninguém consegue escapar da morte. Ingenuamente arrogantes e prepotentes, algo compreensível em quem sempre foi o melhor aluno, sobreviveu dois anos de cursinho, e se classificou entre os 300 melhores no vestibular mais competitivo, acreditavam que se tornando médicos curariam doenças letais, mitigariam o sofrimento, descobririam novos remédios e, lutando contra o único inimigo realmente invencível, ajudariam a humanidade. Durante os dois primeiros anos de curso, a maior dificuldade era mantê-los longe do hospital. Bastava surgir a oportunidade de participar em alguma atividade que envolvesse pacientes e a frequência nas minhas aulas de bioquímica minguava. Isso não era um problema, aqueles alunos aprendiam sozinhos.

Mas nos anos seguintes a realidade desabava sobre a cabeça dos alunos. O primeiro cadáver dissecado, cenas de sofrimento, a primeira morte observada de perto, a primeira parada cardíaca que não consegui reverter, um erro que só não foi fatal porque um supervisor estava atento. A primeira noite no pronto-socorro, uma lâmpada quebrada dentro da vagina de uma paciente. Na década de 80 ano, um aluno se suicidava todo ano. Hoje existe na Medicina da USP um serviço dedicado exclusivamente a ajudar os alunos a enfrentar a impotência e o convívio com o sofrimento e a morte.

Mas a realização do sonho também aparece, sofrimentos são amenizados, situações desesperadoras são revertidas. Aos poucos, os alunos percebem que a medicina moderna é poderosa, mas complexa. Com conhecimento teórico, muita prática e um trabalho coordenado de toda a equipe, o sonho pode se tornar realidade.

A arrogância do calouro que acreditava que se bastava, que o sucesso dependia somente de sua dedicação e esforço, desaparece. Ele aprende que o bom médico, sem recursos diagnósticos e equipamentos, sem leitos hospitalares, sem remédios, sem enfermeiros, sem fisioterapeutas, sem nutricionistas e sem um processo de gestão sofisticado e ágil, vai praticar uma medicina medíocre.

Doenças que poderiam ser curadas pioram, doenças controláveis progridem rapidamente e mortes que poderiam ser evitadas ocorrem frequentemente. Aprendem que o médico é somente uma peça importante do sistema de saúde. Esse aprendizado não é teórico, os alunos trabalham no caos semiorganizado do Hospital das Clínicas, fazem estágios em outros hospitais públicos e em centros de saúde. Ao terminar o curso, eles sabem que praticar a medicina sem suporte é tão difícil quanto jogar tênis sem raquete.

Para os recém-formados, a frustração mais difícil de tolerar é não praticar a medicina que aprenderam por falta de infraestrutura. Muitos, incapazes de suportar a impotência diante de pacientes que voltam piores por falta de remédio, frustrados diante de pacientes que não podem ser tratados por falta de resultados de diagnósticos, ou desesperados com a visão de filas infinitas, abandonam a prática médica. Outros, apesar de despreparados para tarefas administrativas, se tornam gestores na esperança de melhorar a infraestrutura pública. Vários preferem trabalhar em hospitais de elite, onde a infraestrutura é quase perfeita. Alguns desenvolvem uma casca mais grossa e aceitam fazer o que é possível, tolerando a frustração. E é claro que há os que se aproveitam da bagunça para fingir que trabalham e receber o salário no final do mês.

Não é de se espantar que nos últimos anos os serviços públicos não tenham conseguido atrair médicos para trabalhar nos postos de saúde e hospitais onde as condições de trabalho são piores. Os salários foram aumentados, mas a maioria dos médicos recusa um emprego fixo de R$ 10 mil em um local sem infraestrutura. O experimento não foi levado adiante, mas seria interessante saber o salário necessário para convencer os melhores alunos de nossas melhores universidades a venderem seus sonhos.

Melhorar as condições de trabalho é a solução óbvia. Mas isso exige que o governo assuma a culpa e deixe de empurrar o problema com a barriga. Mais fácil é culpar os jovens médicos, pouco patrióticos, que só pensam em dinheiro e se recusam a trabalhar em um sistema público de saúde bem organizado, eficiente, sem filas e tão bem avaliado pela população.

Diálogo no Planalto: "A solução é forçar os médicos a trabalhar onde queremos. Mas como é possível forçar alguém que possui um CRM e portanto o direito de praticar sua profissão em qualquer lugar do País? Fácil, basta criar um CRM provisório, que só permite ao recém-formado clinicar no local designado. Cumprida a missão, liberamos o CRM definitivo. Mas isso não é uma forma de coerção? Não se preocupe, o trabalho cívico fará parte formal do treinamento, basta aumentar o curso em dois anos. Boa ideia, quem escreve a medida provisória?"

No dia seguinte: "Um aluno com um CRM provisório é um médico de verdade? Pode tratar pacientes sem supervisão? Claro que sim, senão como ele vai trabalhar no local designado? Mas então ele não é um aluno, é um médico escravizado. Não, escravidão é inconstitucional, ele tem de ser também aluno, vai lá, escreve a MP, depois resolvemos esse detalhe. Sim, chefe, mas que tal incluirmos os médicos importados na MP? Basta dar a eles uma licença provisória para praticar a medicina no País, uma espécie de CRM provisório atrelado ao local de trabalho. Brilhante, vai, escreve a MP que o Diário Oficial fecha daqui a duas horas."

No terceiro dia eles descansaram. Haviam criado o meio médico, meio escravo. A pizza que esperam servir aos manifestantes. Se tudo der certo, agora vamos protestar na frente das Faculdades de Medicina e do CRM, os verdadeiros culpados pela crise na saúde pública."


Fonte: Estadao.com
 
Re: Estudantes de medicina terão que trabalhar 2 anos no SUS para ter diploma

Caramba, visivelmente trata-se da classe médica querendo manter seus próprios privilégios e esquecendo sua função social... Finge ignorar que a verdadeira escravidão é daqueles que precisam do SUS e não tem seu direito fundamental à saúde pública, direito esse que o Estado, visando apenas satisfazer o interesse do grande capital, relega ao mercado, o que favorece apenas o lucro e o bem-estar da elite burguesa.
 
Re: Estudantes de medicina terão que trabalhar 2 anos no SUS para ter diploma

Caramba, visivelmente trata-se da classe médica querendo manter seus próprios privilégios e esquecendo sua função social... Finge ignorar que a verdadeira escravidão é daqueles que precisam do SUS e não tem seu direito fundamental à saúde pública, direito esse que o Estado, visando apenas satisfazer o interesse do grande capital, relega ao mercado, o que favorece apenas o lucro e o bem-estar da elite burguesa.

Não vou nem questionar se está certo ou errado, mas como que a suposta vilania do Estado justifica a decisão arbitrária de obrigar os médicos a trabalharem no SUS? Aliás, a expressão "função social" é vazia e com mil-e-uma utilidades. O que isso significa? Que os médicos devem ir onde estão os doentes, não importando se terão boas condições de trabalho ou se o salário será adequado? Afinal, sobre quais privilégios você está falando? O de escolher onde quer trabalhar?
 
Re: Estudantes de medicina terão que trabalhar 2 anos no SUS para ter diploma

Não vou nem questionar se está certo ou errado, mas como que a suposta vilania do Estado justifica a decisão arbitrária de obrigar os médicos a trabalharem no SUS? Aliás, a expressão "função social" é vazia e com mil-e-uma utilidades. O que isso significa? Que os médicos devem ir onde estão os doentes, não importando se terão boas condições de trabalho ou se o salário será adequado? Afinal, sobre quais privilégios você está falando? O de escolher onde quer trabalhar?

Me explica isso? :timido:
 
Re: Estudantes de medicina terão que trabalhar 2 anos no SUS para ter diploma

Em tempo.

Notícia sobre o Revalida, em 2012 os resultados não foram bem legais.

Alguém ainda acredita em pesquisa com interesse político do G1? Não sei não...

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Re: Estudantes de medicina terão que trabalhar 2 anos no SUS para ter diploma

Bem, uma fonte contra a outra, em quem acreditar?

Realmente espero que seja os 70%


Esse Revalida é bizarro, entrei no site deles, e é a pior coisa que já vi, entrei em outros sites de médicos (tão terriveis quanto, sério esse povo precisa conhecer de web design) e encontrei dois resultados, o da primeira fase e o da segunda fase.

O da primeira fase é meio tenebroso, já o da segunda é uma belezura.

Primeira fase

Segunda fase

O segundo parece menos amador do que o primeiro, apesar de os dois serem do mesmo link, por isso tomei o cuidado de comparar alguns CPF's entre os resultados, e todos batiam.

Mas mesmo assim não tenho como garantir a autenticidade dos resultados.


Um ultimo Edit, o site do consulado geral do brasil mostra alguns números.

Vale ressaltar que, do total dos 77 candidatos aprovados no exame, 42 são brasileiros, 10 bolivianos, 5 peruanos, 4 cubanos, 3 colombianos. 3 venezuelanos, 2 argentinos, 1 alemão, 1 equatoriano, 1 francês, 1 hondurenho, 1 italiano, 1 paraguaio, 1 português e 1 uruguaio.

Quanto ao país de origem dos diplomas, dos aprovados, 20 são de Cuba, 15 da Bolívia, 14 da Argentina, 5 da Espanha, 4 da Venezuela, 3 da Colômbia, 3 de Portugal, 2 da Itália, 2 do Paraguai, 1 da Alemanha, 1 da França, 1 do Uruguai e 1 da Polônia.

fonte

Segundo o site do consulado as duas notícias ta faltando informação, pois ninguém que cursou aqui no Brasil fez exames.
Outra coisa, o site infelizmente não mostra os o numero de candidatos totais por país.
 
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