Salamanca
=]
Quando terminei de assistir ao filme, ontem de madrugada, eu até assumi que tinha pego as idéias gerais, mas repassando mentalmente cada cena percebi que minha cabeça girava tentando decifrar a cronologia de tudo e etc.
Revi hoje de manhã, e muito mais coisas deu pra digerir, principalmente quando você começa a identificar melhor as diferentes linhas temporais. É o tipo de filme sobre o qual você reflete durante horas e dias e as questões parecem inesgotáveis, e ainda bem que minha perspectiva de vida não é a de ser um cineasta, porque pensei: "Bem, está aí uma coisa que eu jamais seria capaz de produzir".
Duas coisas: primeiro que o filme é extremamente inteligente; pouco mais de uma hora é o suficiente pra exibir uma idéia brilhante e complexa que deixa uma porrada de gente quebrando a cabeça depois do fim. (esse mapa aí em cima é ótimo)
Segundo: descobri ao ler o primeiro post que o filme foi feito com apenas 7 mil dólares, o que defintivamente é incrível e fascinante, porque em todas as cenas não parece faltar mais nada.
Isso tudo me faz admirar o filme, que é MUITO bom, mas não ISSO TUDO. É forte porque penetra de verdade ne mente e provocante porque nos desafia a quebrar a cabeça, exatamente como um problema de matemática sofisticado. (Com a diferença que analisar Primer é muito mais divertido [até porque viagem no tempo é atraente em qualquer ocasião]).
Mas pra ser um GRANDE filme teria que mexer mais do que com minha cabeça, cadê o MEDO que você sentiu, Strider? Cadê a tristeza, humor, inquietação, emoção, explosão, whatever? O Folco falou que não teve uma reação assim desde que viu Mal dos Trópicos, mas nem de longe eu poderia dizer o mesmo, porque se em um caso me peguei pensando num filme em outro me peguei pensando além dele, e alguma coisa além da puta vontade de decifrar isso e aquilo seria muito bem-vinda.
Admirei o que vi, me intriguei, em alguns momentos até me impressionava com o absurdo da situação, como o fato dos eventos terem os levado a confrontar com eles próprios (Carruth realmente? fez uma maravilha ao explorar essas possibilidades imprevis?íveis que se desdobraram a partir de algo que foi ficando cada vez maior, até sair ao controle?), mas faltou alguma coisa que fervesse de verdade dentro de mim. Eu daria um 70, por aí.
Revi hoje de manhã, e muito mais coisas deu pra digerir, principalmente quando você começa a identificar melhor as diferentes linhas temporais. É o tipo de filme sobre o qual você reflete durante horas e dias e as questões parecem inesgotáveis, e ainda bem que minha perspectiva de vida não é a de ser um cineasta, porque pensei: "Bem, está aí uma coisa que eu jamais seria capaz de produzir".
Duas coisas: primeiro que o filme é extremamente inteligente; pouco mais de uma hora é o suficiente pra exibir uma idéia brilhante e complexa que deixa uma porrada de gente quebrando a cabeça depois do fim. (esse mapa aí em cima é ótimo)
Segundo: descobri ao ler o primeiro post que o filme foi feito com apenas 7 mil dólares, o que defintivamente é incrível e fascinante, porque em todas as cenas não parece faltar mais nada.
Isso tudo me faz admirar o filme, que é MUITO bom, mas não ISSO TUDO. É forte porque penetra de verdade ne mente e provocante porque nos desafia a quebrar a cabeça, exatamente como um problema de matemática sofisticado. (Com a diferença que analisar Primer é muito mais divertido [até porque viagem no tempo é atraente em qualquer ocasião]).
Mas pra ser um GRANDE filme teria que mexer mais do que com minha cabeça, cadê o MEDO que você sentiu, Strider? Cadê a tristeza, humor, inquietação, emoção, explosão, whatever? O Folco falou que não teve uma reação assim desde que viu Mal dos Trópicos, mas nem de longe eu poderia dizer o mesmo, porque se em um caso me peguei pensando num filme em outro me peguei pensando além dele, e alguma coisa além da puta vontade de decifrar isso e aquilo seria muito bem-vinda.
Admirei o que vi, me intriguei, em alguns momentos até me impressionava com o absurdo da situação, como o fato dos eventos terem os levado a confrontar com eles próprios (Carruth realmente? fez uma maravilha ao explorar essas possibilidades imprevis?íveis que se desdobraram a partir de algo que foi ficando cada vez maior, até sair ao controle?), mas faltou alguma coisa que fervesse de verdade dentro de mim. Eu daria um 70, por aí.
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