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Pessoas sem Facebook são alvo de suspeitas de RH e psicólogos

então dermeister, você comentou sobre a forma da tua resistência, mas não o motivo dela. pq exatamente vc não quer de jeito nenhum que facebooks, googles e afins (megacorps) façam o mapeamento de dados sobre vc?

É suficiente dizer que são as minhas informações? Coisas triviais, os sites que visito, matérias que leio, etc. podem ficar comigo mesmo. Mesmo que não sejam nada fora do convencional, gosto de tratar como privado por padrão.

Para não ficar só no exemplo do FB, saiba que eu não navego conectado aos serviços sociais "grandes" (Google, Youtube, Twitter, etc.) que usam esses modelos de captura silenciosa de informações. Sério. E nem é difícil, só exige algum cuidado técnico.

Por exemplo: Em casa eu raramente acesso o email pela web mas um cliente desktop, que é muito mais prático, porém frequentemente uso alguma coisa do Google Docs (não uso ele para documentos *meus*, mas sim para aqueles que acabo compartilhando e editando em conjunto). No passado eu usava perfis diferentes do Firefox para cada coisa mas, como alguns esses serviços funcionam melhor com o Chromium (não uso o Chrome), acabei mudando de estratégia e abro uma instância dele só para conectar às coisas do Google, faço o que precisa ser feito, desconecto e apago (automaticamente) as informações persistentes (cookies, local storage, etc). É uma estratégia parecida com a que uso no trabalho: meu email pessoal fica aberto em uma instância dedicada e isolada do Chromium, enquanto as outras atividades ficam em um Firefox. Assim não preciso manter um cliente de email sincronizando por IMAP e dá uma boa separação entre os domínios pessoal e profissional. Usar exclusivamente Linux em casa e no trabalho tem muitas vantagens.

Outro exemplo de paranoia saudável quanto ao email, ainda que não relacionada ao problema: não deixo emails arquivados no servidor por muito tempo. Tenho todos os emails que troquei nos últimos 14 anos salvos aqui (mas não os de listas de discussão; exceto por listas de projetos que desenvolvo, desses só mantenho os enviados), mas apago-os do servidor depois de uns três meses -- isso não impede o data-mining pelos fornecedores (o Google provavelmente mantém os emails para isso), mas evita que um eventual comprometimento da minha senha dê ao atacante acesso a anos e anos de emails meus.

Outros cuidados dos meus cuidados triviais: forçar o navegador a tratar todos os cookies como cookies de sessão, bloquear cookies de terceiros, não permitir que o Flash salve os cookies dele, Flashblock, AdBlock com minhas regras, isolação entre instâncias do navegador, etc.

Cuidados dos meus cuidados são mais complexos e voltados a cenários diferentes dos tratados aqui incluem: usar contas de usuário (locais, no micro) separadas para teste de software, só rodar coisas suspeitas em VMs e usar critptografia completa de disco no notebook -- completa mesmo, incluindo swap e hibernação. O objetivo é evitar que um eventual ladrão tenha acesso aos meus dados. Ele ele for roubado, eu ficarei fulo pela perda de um bom note mas dormirei tranquilo porque o ladrão não terá acesso à nenhuma informação minha guardada lá.




por outro lado, tem todo aquele lance do barateamento do serviço: há uns 15 anos, por exemplo, e-mail normalmente era um serviço pago.

Fato, mas sem entrar na Síndrome de Númenor ("Tudo era melhor no passado"), essa situação era melhor porque o email não era tão concentrado em um número tão pequeno de provedores quanto hoje. Distribuição e independência são

Para os curiosos, eu uso um domínio próprio apontando para o Google Apps -- assim posso trocar de fornecedor caso o Google torne-se desvantajoso sem ter que trocar de endereços no processo. Isso vale para meu GTalk também (que, para os tecnicamente orientados, é um Jabber com extensões e é distribuído. Espero que o Google não resolva fechar a rede).



de acordo com os TOS deles, a tua identificação continua anônima (embora seja tecnicamente viável chegar na tua identidade real através de métodos estatísticos, depois procuro o link pra fonte), mas eles negociam sim as informações que vc gera. eles NÃO PODEM vender o seguinte vetor: {dermeister, valinor, não tem redes sociais}, mas podem vender o seguinte: {x, valinor, não tem redes sociais} (na verdade, estou assumindo como se dermeister fosse a tua identificação real ). concordo com vc: é fácil, em qualquer das duas situações, chegar no dermeister, se este for o objetivo.


Na verdade, eles podem fazer essa associação sim. Usando aquele mecanismo do conteúdo carregado com cookies de terceiros + conluido do site de origem, é possível associar o site visitado ao seu perfil, que tem seu nome real e outras informações. O mesmo vale para os serviços do Google, todos integrados: ter acesso a essas informações é uma das grandes razões por trás do Google Plus, eles estavam perdendo feito para o FB nesse campo. O ponto é que todo o processo pode ser automatizado e as informações coletadas são guardadas indefinidamente e distribuídas aleatoriamente.

Ah, termos de uso não valem nada nesse caso. Prefiro tratar o problema tecnicamente :)

Acho que o método estatístico que você citou é um envolvendo comparação de grafos, não? Faz uns anos que li um paper sobre isso, mas não lembro exatamente.


e não é isso bom? hoje vc tem twitter, facebook, gmail, instagram, etc etc. todos serviços de difusão de informações, e gratuitos para o usuário. todos baseados nos mesmos princípios.

Não exatamente gratuitos, né? Pagamos por esse serviço vendo propaganda e dando nossas informações. Nesse modelo de negócio, usuários são o produto (mas já é clichê dizer isso).
 
Não tenho porque não sinto necessidade. Sério.
Eu tinha orkut, mas deletei também depois de um tempo, achava perda de tempo (Tá, confesso que se soubermos utilizar algumas ferramentas, a coisa fica até produtiva). Tinha uma época que eu ficava muito nessas redes, e vi que meu desempenho começou a cair, eu e meu namorado brigávamos por coisas bobas, vira e mexe tinha gente indesejável bicando, querendo saber de minha vida, colocando comentários sobre no twitter...Notei que as pessoas tinham um interesse enorme em saber coisas sobre mim (no caso em questão, não que eu seja importante e minha vida também o seja, pelo contrário. serve para qualquer um, só dei meu exemplo) , sei lá para quê... Hoje estou bem sem.
 
Não tenho porque não sinto necessidade. Sério.
Eu tinha orkut, mas deletei também depois de um tempo, achava perda de tempo (Tá, confesso que se soubermos utilizar algumas ferramentas, a coisa fica até produtiva). Tinha uma época que eu ficava muito nessas redes, e vi que meu desempenho começou a cair, eu e meu namorado brigávamos por coisas bobas, vira e mexe tinha gente indesejável bicando, querendo saber de minha vida, colocando comentários sobre no twitter...Notei que as pessoas tinham um interesse enorme em saber coisas sobre mim (no caso em questão, não que eu seja importante e minha vida também o seja, pelo contrário. serve para qualquer um, só dei meu exemplo) , sei lá para quê... Hoje estou bem sem.

Necessidade realmente ninguém tem. E em relacionamentos é embaçado mesmo, sempre tem nego ciscando ambos os lados.

Mas eu curto mais pela facilidade de comunicar-se com os outros. Seja povo das antigas, com quem estudou 10 anos atrás, seja parentes distantes. Você fica mais por dentro da vida das pessoas. Eu acompanho o crescimento do meu priminho em salvador toda semana, por fotos. Ou vejo se minhas irmãs estão bem, como estão meus colegas de outros estados, etc... porque na sinceridade: não dá pra ligar/mandar sms/e-mail sempre, pra todos os seus amigos. O face junta tudo. Me poupa tempo.

E é uma merda. Se me tirarem a Internet, perco MUITO contato. Até pela correria que é a minha vida.
 
Concordo com tudo que o Neithan disse e adicionaria ainda um outro fator: fica mais fácil de conhecer novas pessoas. Tipo, você não passa o número do seu celular pra alguém que acabou de conhecer, mas passar o seu facebook é tranquilo. Ali você tem uma noção do que a pessoa gosta e fica muito mais fácil puxar assunto desse jeito. Eu não só aumentei o meu contato com a galera das antigas, como o Neithan colocou, como também aumentei o volume de conversas com pessoas que tinha acabado de conhecer. Além disso, uma coisa que eu gosto muito é que ele permite que você converse com pessoas com interesses em comum, com essa história de compartilhamento e tals. As vezes, você nem ia conversar com fulano de tal, mas ele acaba postando uma música que você curte e você acaba trocando uma ideia com a pessoa. Ontem mesmo, postei algo sobre um livro que tava interessado e um amigo já mostrou interesse em comprá-lo comigo. Era um cara que eu raramente encontro e que jamais conversaria com ele sobre comprar livros, quaisquer que fossem. É o tipo de coisa interessante que o fb permite.
 
Sim, concordo com os argumentos a favor do uso. Mas eles não me convencem a utilizar :)

Ah Neithan, e o pior é que existe sim gente que tem necessidade de usar essas redes sociais, que se ficar um dia sem entrar e ver as "novis", surta.

(Tem vício pra tudo...)
 
Nunca gostei de e-mail, acho uma ferramenta antiquada e chata. Infelizmente não dá pra se livrar totalmente dele, mas com o Facebook deu pra reduzir bastante meu uso de e-mails. Gosto dele, pela versatilidade e velocidade de informação.

No entanto, o estudo é de uma bizarrice total. Todo mundo tem direito a não se expor.

E RH de ** é rola. Desprezo essa corja.

eu achava q ele tinha sido deletado :O

e a bel está certa.

Facebook não é como o orkut, ele nunca é deletado, apenas desativado. Basta ver a Melian, que vive indo e voltando.
 
Eu sou patrão de mim mesmo e se necessário contratar alguém pra trabalhar pra mim o que me importa é o desempenho dela aqui dentro e não no virtual.

Cada vez menos entro nessa bagaça (em média uma vez por mês) que pra mim a única utilidade foi apenas pela nostalgia de reencontrar pessoas que não tenho contato há mais de 10 anos. Nada além disso.
 
"[...] psicólogos veem a existência de perfis na web como indicativo de uma vida social ativa e saudável."

Realmente uma vida social ativa! sempre pensei que fosse o contrário.
 
Acho que o método estatístico que você citou é um envolvendo comparação de grafos, não? Faz uns anos que li um paper sobre isso, mas não lembro exatamente.
uhum. tem esse paper aqui que é provavelmente o mesmo que vc leu:
http://www.cs.utexas.edu/~shmat/shmat_oak09.pdf

esses mesmos caras fizeram também o artigo do famoso caso do netflix que criou um banco de dados com informações supostamente anonimas de "rating" pra filmes amarrados a uma data. pouco tempo depois disso, já estava vazado um método de amarração com 99% de precisão para identificação do usuário, se vc soubesse 6 notas que a pessoa deu (ou 8, com duas erradas) em um intervalo marginal de 2 semanas (1 mês). dava pra pegar 70% com 2 rating em um intervalo marginal de 3 dias.
Pag 11 disse:
Our conclusion is that very little auxiliary information is needed for de-anonymize an average subscriber record from the Netflix Prize dataset. With 8 movie ratings (of which 2 may be completely wrong) and dates that may have a 14-day error, 99% of records can be uniquely identified in the dataset. For 68%, two ratings and dates (with a 3-day error) are sufficient (Fig. 4).
Even for the other 32%, the number of possible candidates is brought down dramatically. In terms of entropy, the additional information required for complete de-anonymization is around 3 bits in the latter case (with no auxiliary information, this number is 19 bits). When the adversary knows 6 movies correctly and 2 incorrectly, the extra information he needs for complete deanonymization is a fraction of a bit (Fig. 6).
Fonte

Não exatamente gratuitos, né? Pagamos por esse serviço vendo propaganda e dando nossas informações. Nesse modelo de negócio, usuários são o produto (mas já é clichê dizer isso).
Ah sim, gratuito no sentido de vc ter que pagar dinheiro vivo pelo serviço. digamos que vc paga com um produto de baixíssima liquidez, e um valor _muito_ barato. das informações que vc gera, qto vc ganharia vendendo-as isoladamente? provavelmente nem 1 centavo. mas com os <insira aqui um número bem grande> usuários do facebook, dá pra aumentar dos infinitesimais pros milhares. analisando somente o teu bolso: este nem 1 centavo virando uma rede social de qualidade, não é interessante?

eu acho bastante justo e coerente. outro dia uma amiga minha tava reclamando que a eletropaulo tá com uns programas meio doidos de assumir que existem, por exemplo, adolescentes mulheres em uma casa. ao analisar o consumo mensal de energia e verificar que ele se parece com o de moças adolescentes que demoram mto no banho, eles assumem (por exemplo) que existe uma maior probabilidade de retorno para mala direta de umas bullshit ao estilo capricho, teens, etc. pode parecer absurdo, mas não é mentira, embora eu n tenha como provar por n ter nada oficial sobre isso. é de certa forma uma violação de privacidade? é. na verdade, somente se avaliarmos de uma visão ética pertinente ao século passado.

pode parecer meio tenebroso, mas e se essa nova forma de absorver as informações que geramos baratear os custos e aumentar a qualidade? além de tudo, recebemos ofertas mais coerentes e alinhadas com o que queremos, tendo também o revés do consumo compulsivo e insustentável ser incentivado. mas né, nada vem de graça, como este caso corrobora :lol:

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ah, sobre o shadow profile, sei que eles conseguem amarrar também ao perfil google. existia um shadow profile do meu gmail no facebook, com indicação de contatos e tudo mais. descobri isso qdo minha irmã disse q me encontrou no facebook, só q eu nunca tinha criado um. fui me informar, e constatei um pseudo-profile do meu e-mail com uma caralhada de sugestões de contatos de gente que eu conhecia de verdade...

vendo direito o que aconteceu, era normalmente de pessoas com as quais tive contato por e-mail e/ou gtalk.
 
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